Textos de Lembranças
Lembranças.
O cheiro da terra me faz lembrar o quanto sou pequeno, o quanto sou dependente, de onde vim e pra onde vou.
O cheiro da terra me faz lembrar a infância, onde as brincadeiras eram como ilusões reais que me prendiam.
O cheiro da terra me faz lembrar a chuva que ao encontrar a terra faz com que seu perfume seja exalado por todo lado.
O cheiro da terra me trás lembranças que eu não quero esquecer. Vejo o jardim da minha casa pela janela da sala recebendo a chuva de verão ao entardecer, as flores com suas pétalas encharcadas e o vento que força suas raízes como se estivesse provando suas forças naquele momento espetacular.
Lembro minha infância, que por muito sem esperança, delata meus pensamentos em meio à beleza da natureza.
Guardo na gaveta
Minhas joias raras
Que não estão à venda
Não empresto
Não alugo
A lembrança
Os amores
As boas recordações
E quando a saudade aperta
Abro a gaveta
E lá volto ao passado
Que foi ontem
Outro dia
Muito tempo
Minha história de vida
Errando...
Foi que aprendi
Chorando...
Foi que valorizei
E amando...
Tive a certeza que fui feliz!
Eu ainda resido em teu coração?
Eu ainda faço parte de tuas lembranças?
O quão frágil foi nosso amor, para se acabar em tantas lágrimas?
Tudo era como castelos de areia, que até mesmo o vento era capaz de desmanchar.
Até mesmo a lua choras com tua ausência.
Então o que esperas que eu faça com tamanha angústia?
Deixe-me sentir o toque de suas mãos mais uma vez.
Beije-me com o fervor de seus lábios.
Minha alma perdida clama por teu amor.
Você seria capaz de me salvar?
Minhas palavras seriam capazes de tocar teu coração?
Você ainda seria capaz de me ludibriar com seus beijos?
Vozes ecoam em minha mente, elas narram lembranças do nosso passado.
Então diga-me o que restou de nossa história, diga-me o que ainda restou em teu coração.
Melania Ludwig
7 de maio de 2011 ·
Esta é a lembrança que tenho, de um dos dias mais felizes de minha família: Bodas de Ouro de meus pais. Aconteceu ha quase 20 anos atrás. Uma data que foi comemorada por todos: fihos, netos, noras, genros e amigos. Com certeza o dia mais feliz de minha mãe, que hoje já não está mais entre nós...Saudades
As rimas das lembranças inexistentes transparecem um eu impresso pela ausência de você.
Um eu que se esvai bem lentamente, esfaqueado pelo tontear da mais impactante despedida.
A vida com porte de sua arma mais violenta mostra uma realidade envolta de momentos que não aconteceram e muito menos vão acontecer.
Momentos que se foram e nunca sequer existiram.
Uma recordação da infância
Pensamento vai ao longe,
em procura de um rastro seu;
lembranças me vem a mente,
trazendo recordação do que se viveu.
Em meu sembrante, atravez
do olhar, revelo saudades que neste
momento, já não consigo disfarçar.
Quem terá eu ter o poder de
voltar os dias, regredir as horas
e no momento certo do passado,
retornar a minha infância.
Momentos felizes e alegres em
que vivi, recordações e lembranças
em que hoje me fazem refletir.
Questões e dúvidas sobre
quem hoje me tornei, confrontam
meus anseios e desejos
que na minha infância sonhei.
Mas quando olho para a lua,
escuto uma criança a brincar na rua;
Travessa e traquina, que naquela
noite se apaixonou por uma menina.
Era Amor!
Sabe aquelas lembranças que invade a sua mente...
lhe trazendo momentos inesquecíveis....Incomparáveis.
Fazendo você lembrar o quanto foi feliz por AMAR!
Aquele amor que não soube cuidar e, por mais que busque algo para comparar e explicar o porquê acabou se era AMOR.
Mas menino, quem disse que acabou?
Ele só mudou de lugar... Não mora mais em seu coração e sim na sua mente.
Lá é mais seguro!
O vento...
O vento vem soprando, vem acariciando meu rosto.
Traz lembranças de suas carícias.
Ele chega até a me confundir. Se fechar meus olhos por alguns instantes.
A suavidade do toque, lembra-me as suas mãos...
Se não fosse pelo frescor com que ele acaricia meu corpo, juraria que eram suas quentes e macias mãos.
O vento...
O vento vem soprando, leve fraco, tímido.
E traz lembranças...
Saudades de você!
As palavras só fazem sentido na vida das pessoas quando há sentimento
Que acalma e trazem lembranças de momentos inesquecíveis
Escrever ou falar não é a mesma coisa
Se não forem pronunciadas ou escritas com emoção
Aquela emoção que sentimos quando o pensamento se conecta com a pessoa amada.
Feliz aniversário para a flor que em sintonia com o sol, a chuva, o vento, os pássaros e as estrelas do céu, me mostra o verdadeiro sentido da vida.
LEMBRANÇAS PASSADAS
Na palma das mãos, o passado, o presente e um futuro incerto.
Símbolos de sonhos, de lutas, de esperas. Nos olhos, a esperança.
Nos lábios, um sorriso esperançoso. Uma vida vivida.
Uma espera. Um lugar desconhecido, sonhos e mágicos momentos.
Um amontoado de ferro nas mãos. Entre os dedos trêmulos, uma espera
Uma luta vencida. Um recomeço. Uma vida nova. Um despertar.
No esquecimento, apenas o passado vivido.
Nos meus pensamentos, você. Momentos desconhecidos.
Minhas mãos frias de um inverno rigoroso
Ainda conseguem segurar o passado.
Olho pausadamente e nada restou para lembrar.
Apenas a máscara pendurada no chaveiro.
Lembranças
Outra vez você volta a me assombrar,
Trazendo à tona, algo que me faz chorar,
Chega sempre me deixando sem jeito,
Como uma flecha alvejando meu peito,
Causando uma enorme e sufocante dor,
Por desprezar de vez um grande amor,
Tentei varias vezes tirar lhe da mente,
Confesso que muito tentei, infelizmente,
A dificuldade é tanta que não imaginava,
Pensei que fosse só paixão, mas eu o amava,
Tuas lembranças atingem a minha emoção,
Porque vagueiam pelos espaços do meu coração,
Foram muitas as tentativas em lhe esquecer,
Mas não havia motivos que pudessem me convencer,
Hoje aprendi a interpretar de forma diferente,
Pois nem sempre o que me faz sorrir me faz contente,
Às vezes fazemos muitas coisas somente por pirraça,
Na esperança de não se tornar um palhaço sem graça,
Vivendo simplesmente num mundo de pura ilusão,
Onde nada é real, é só e unicamente uma mera sensação,
Onde procuramos de certa forma mostrar a bondade,
Buscando uma maneira para alcançarmos a felicidade,
Hoje, porém muito feliz e totalmente satisfeito,
Pude enriquecer o meu viver imprimindo o modo perfeito,
Na certeza de que jamais poderá me envolver,
E com suas lembranças voltar a me entristecer.
Du’Art 04 / 06 / 2016
Querer Bem
Querer bem é guardar dentro do peito,
O que representa a lembrança de alguém,
Independente da condição ou do jeito,
Porque o que importa e se sentir bem.
É algo que jamais te ofende,
Pois sabe o encanto que tem,
Diante de tudo a defende,
Pelo valor desse alguém.
É uma crença desmedida,
É um grande nó na garganta,
É uma tese bem defendida,
É a devoção por uma santa.
É sempre poder perdoar,
É melodia que nos ares soa,
É na alma incorporar,
As notas que a voz entoa.
Du’Art 28 / 05 / 2016
►Lembranças, Irmã
Quero focar em meus estudos
"Estudos formam futuros"
Não penso muito sobre o amanhã
Nem mesmo olho o sol pela manhã
Escrevendo, lembro da perda de minha irmã
Não éramos perfeitos
Éramos atentados de vários jeitos
Já conseguimos tantos feitos
Pelo tamanho, falavam que eu era o mais velho
Quem dizia tal coisa era cego
Aquele tempo antes das tecnologias
Acabou com a sintonia, biologia, sociologia.
Falsidade era o ponto forte nela
Frases mentirosas saíam da boca dela
"Ele me empurrou", para minha mãe dizia ela
Para ser honesto, ela era uma fera
Maquiavélica
Maléfica
A irmã infernal
Era esperta, era racional
Engraçado, nunca fora passional
Pensava em cada detalhe, tudo era intencional.
Um ano sem ela e eu vejo
Essas palavras que à ela eu deixo
A língua inglesa ela me ensinou
"Vou lhe dizer as falas dos jogos", ela falou
O conhecimento à mim, passou
Enquanto isso eu jogava, ela citava
As traduções ela falava
Certo ou errado, não me importava
Apenas a participação dela eu ligava.
Ela se foi sem me explicar
Por que aquela decisão ela teve que tomar
Nem mesmo adiantava falar
Não adianta mais
Já é tarde de mais
Deixo aqui, a ti, "Good Bye".
Minha princesinha
Sabe aquele fogo que queima o coração? Sabe aquela lembrança que nos enche de emoção? É o amor que chegou pra tirar a atenção.
É bom se sentir bem e amado, é bom ter alguém que amamos ao nosso lado, é bom ganhar um beijo, não um beijo qualquer, mas um beijo apaixonado.
Amo amar pessoas me amam, amo momentos único, eles que me apaixonam, pois são essas memórias que nos alegram e impressionam.
Você sabe que eu amo você, sabe que o que eu quero e te ter, sabe que quero te dar um beijo antes de dormir e ao amanhecer, sabes que te amo pra valer.
Então vamos tentar viver, vamos ficha juntinho até envelhecer, pois no final das contas o que vale é o nosso querer, querendo agente alcança o que bem entender.
Minha princesinha linda que Deus me deu, fico triste quando não sinto um beijo seu, sonho a noite toda com você e me entristeço em saber que amanheceu.
Mas um dia isso vai acabar, juntos pra sempre vamos ficar e viveremos pra amar r amar
BANCO DAS LEMBRANÇAS
Do que adianta agora,
pedir para juntar lagrimas caídas
depois que o vento levou-as,
agora que tudo acabou...
Do que adianta falar de amor.
Hoje, só...
Nesse banco, abaixo d'essa janela,
que ontem ainda era tão nossa...
Eu olho a lua do nossos sonhos
e não vejo mais as estrelas,
do nosso esplendor.
Sinto o desespero evadir o meu silencio
e meu coração dispara querendo
enxugar as lagrimas da minha cara.
Tudo entristece em minha volta?
em sonhos, eu tenho a sua imagem
e acordado, sou açoitado pela saudade,
e o desespero, torna-se agonia
diante do meu pesadelo.
Antonio Montes
Lembranças torpes
Mas uma vez a noite cai...
E as obras dos meus pensamentos
Vagam sobre a biblioteca do meu ser...
Aquelas lembranças íntimas
De uma tarde ensolarada de verão
Pingos de suor nos consumiam
E do desejo queimava na paixão!
Éramos dois jovens homens
Doces, tenros, turvos, loucos
Macios, sóbrios, lúgubres, roxos
Da boca ardida a morder o outro!
Paixão doente, maluca e torpe
Era aquela onda quente
Que passeava-me todo...
Cavalgava em mar
Em terra
Em queda
Por cima das pernas
Nas celas do potro!
Ah verão louco!
De dois jovens nervosos...
Em cima, em baixo
No eixo, no todo.
Nas rédeas, no laço
E no rastro do outro!
Depois de tanto tempo não esperava te encontrar ,
Desenterrar em mim lembranças e sentimentos.
Porque te ver assim, repentinamente foi uma trituração interna.
Dentro de mim procurei ofuscar os brilhos dos teus olhos,
Esquivar-me ao teu encontro.
Muitas vezes em pranto jurei esquecer-me de ti ,
E inundando cada canto do travesseiro que testemunhava minha dor,
prometi não mais ser imune a esse amor.
Porque te encontrar foi reascender todas as chamas do meu coração,
Foi uma explosão de recaída ,
Uma erupção transbordada pelos olhos.
Porque te ver assim depois de tantas palavras ditas,
Tanta dor sentida!
Te ver foi o desejo mais profundo de sair correndo ao teu encontro e beijar-te.
Longe e perto na mesma proporção, lindo anjo,
Imune a mim.
Perigoso amor!
Perigoso coração!
Depois de tanto tempo,
Porque te ver?
Élcio José Martins
UMA DOCE LEMBRANÇA
A história que vou contar,
Muitos, também vão se lembrar.
Casinha na roça e laranjas no pomar,
Sombras das mangueiras e noites de luar.
Piso de chão batido ou tijolo mal cozido,
Telhado de estrelas com fissuras de vidro.
São goles e goteiras de saudade,
Portas e janelas de humildade.
Lamparina ou lampião,
Davam luz na escuridão.
Na trempe do fogão cozinhava-se o feijão,
No fumeiro, o toucinho e a linguiça à altura da mão.
Na taipa do fogão aquecia-se do frio,
Causos eram contados, davam medo de arrepio.
Para o fogo não apagar era um grande desafio,
Lenha boa fazia brasa e queimava noite a fio.
A água era da bica,
Era saudável, era rica.
O colchão era de palha,
Não existiam grades e nem muralha.
Biscoito no forno era a sensação,
Dia de pamonha tinha muita emoção.
Porco no chiqueiro ficava bem grandão,
Carne não faltava, tinha em toda refeição.
Carne na lata a gordura conservava,
Quando matava porco era alegria da criançada.
Vitaminas eram naturais e saborosas,
Colhia-se do pomar as frutas mais gostosas.
As conversas eram sempre prazerosas,
Damas habilidosas eram muito prestimosas.
Na redondeza eram famosas,
Envergonhadas, disfarçavam, não davam prosas.
O paiol o milho lotava,
Os bois e os porcos, vovô tratava.
No moinho o milho era moído,
No pilão o fubá era batido.
O cavalo arreado era para a lida e a peleja,
A carroça e o carro de bois carregavam a riqueza.
A colheita era certeza,
Era o fruto do trabalho feito com destreza.
No monjolo a farinha era preparada,
No engenho a garapa era gerada.
Da garapa fazia-se o melado,
A rapadura era a alegria do povoado.
Das galinhas eu me lembro com saudade,
Hora do trato era alegria e felicidade.
O milho espalhado pelo terreiro,
Só faltava abrir o portão do galinheiro.
Lembro-me das modas de viola,
Reunia-se a vizinhança pra fazer a cantarola.
No sábado o bailinho levantava o pó e a poeira,
Era saudável, tinha respeito e não havia bebedeira.
Cobras, sapos e lagartos. Só não tinha iguana.
A palha de arroz servia como cabana.
O prazer era subir nas árvores para apanhar os frutos mais altos,
O guerreiro marchador gostava de dar seus saltos.
Cedo as vacas encostavam. Era hora da ordenha.
Bem cedo descobri o que é uma vaca prenha.
Até hoje ainda ouço o mugir,
É bom e é gostoso a lembrança emergir.
Saudade daquele tempo. Era duro e trabalhoso,
Com certeza não tem ninguém que não se ache orgulhoso.
Não tinha luxo, não tinha vaidade,
A viagem mais longe era compras na cidade.
Pés descalços com espinhos e bichos de pé,
Tinha festa todo ano com barraca de sapé.
Tinham doces, quitandas e salgados. Só não podia faltar o bule de café,
Rezava-se se o terço, pois primeiro vinha à fé.
Da infância levo a saudade,
Levo o amor, o afeto e a amizade.
Faltava o alfabeto, mas muita educação,
É da roça que se ergue o sustento da nação.
Mesmo com dificuldade o pai à escola encaminhou,
Queria ver seus filhos tudo aquilo que sonhou.
Com sacrifício criou os filhos para uma vida melhor,
A estrela foi mostrada por Gaspar, Baltasar e Belchior.
Hoje é só agradecimento,
Nada de tristeza, de lamento ou sentimento.
Cada um é um vencedor, pois mudou o tom da cor,
O sacrifício da família deu aos filhos o caminho e o amor.
As pedras no caminho serviram de degrau,
Os desvios da vida fizeram distanciar do mal.
Os meandros dos sonhos fizeram um novo recital,
Do sertão para a cidade e depois pra capital.
Fez doutores e senhores de respeito,
Deu escola, deu lição, muro de arrimo e parapeito.
Nosso dicionário não existia e palavra desrespeito,
Com orgulho e gratidão encho o riso e choro o peito.
É colheita do que se plantou outrora,
Tudo somou e nada ficou de fora.
O fruto de agora,
É a luta, é o trabalho, é a fé. É a mão de Nossa Senhora.
Élcio José Martins
TITUBEIO
Projetado pelo mar das lembranças
... Navego sobre o barco do vazio
e nas ondas da insônias, eu viajo
sob escuro do sinistro silencio...
Tudo é demarcação articulada...
Eu adentro no ponto vago da saudade
e no momento, flechas pontiagudas
são atiradas aos ventos, a esmo,
e o alvo, é sempre...
Uma ausência esculpida na vida,
aonde o escultor sem ponto,
vaga de posse a uma lamparina vã
e esta as cegas sob a neblina...
Titubeando pelos planos do amanhã.
Antonio Montes
"Lutar, brigar, enfrentar o tempo,
para fugir das lembranças de uma vida,
é o mesmo que encarar o vazio, o nada.
Melhor será arrastá-las
para mais fundo no seu coração,
será como um mergulho para escapar
de águas revoltas em redemoinho
ganhando força para voltar a tona,
domina-las para melhor conviver com elas."