Textos de Lembranças
Passado aquele...
O tão temido e arruinado passado
Tantas lembranças que tento apagar
Tantos atos que não ouso recordar
Quero apenas me livrar para não me arruinar
Não pensavas que me arrependerias tanto
De algo que fiz sem pensar
E lembrar agora me faz mudar
Quero novos rumos para tomar
Novas histórias para contar
Coisas novas para pensar
E quem sabe um dia essa dor aliviar
A culpa não vai passar
Mas não vou me condenar
Cada ato que fiz vai me melhorar
E me fazer pensar que tudo
Tudo um dia há de mudar
Inclusive as pessoas a me condenar
Aprenderes que todos um dia vão errar
E devem se perdoar por saber
Que a dor ensina a chorar
E que o tempo ensina a amar
AS MELHORES LEMBRANÇAS
Quero guardar comigo
Suas melhores lembranças
Nossos melhores momentos
Nossa amizade sincera
Nosso amor tão bonito
Até hoje vivido
Pois amor de um amigo
É o amor jamais esquecido
Quero lembrar de você
Com meu carinho
E jamais com rancor
Os nossos momentos vividos
Serão na minha mente
Guardados eternamente
Quero fechar meus olhos
E ver seu rosto alegre e sorrindo
Como se um filme fosse
Um filme de amor
Jamais esquecido
Assim que quero lembrar de você
Um amor de amigo
Mudanças
De um bem querer
Não restou somente
Dor e sofrer.
Ficaram lembranças
Sonhos, encantos
De doces momentos
Mas que, com o tempo,
Sofreram mudanças.
Mexeu com a cabeça
Ajudou com a bagunça
Que já se firmara
Nos dois corações.
O tempo é que firma
Afirma ou confirma
Se tanta emoção
É ou não
Pura ilusão.
QUIMERAS DOLOROSAS (soneto)
Estou solitário no cerrado sem cores
Nas lembranças tristuras guardadas
No peito vis nostalgias desmaiadas
De sortes desfolhadas e sem flores
As tardes de mesmices requentadas
Que a solidão arrefece aos arredores
Enquanto vão esgarçando as dores
Perdidas saudades hão em toadas
Quantos gemidos, quantos valores
Por estarem dolorosas nas ciladas
Largam as quimeras nos bastidores
E nas presunções alheias, estacadas
Que fazem da condição só temores...
Me vou arrastando entre vergastadas!
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
As peças que vida me pregou em formas de enigmáticas,
Me trazem lembranças que as vezes não quero lembrar
Aflora certas coisas que não quero reviver
Às vezes é melhor cala-se e se recolher para tentar entender...
Compreender muitas vezes o incompreensível
Compreender a vida e seus caminhos tortuosos....
Porque os meus pensamentos se incham pelo seu nome?
E pelas suas lembranças me levo a afagar?
Porque tem me tornado um peso te amar!
E te levar comigo é o maior dos meus sofrimentos
As minhas lembranças não matam os meus desejos
E aquilo que de ti tenho não me é suficiente
Cada foto de ti me encanto, toda vez um sussurro de espanto
A vontade de te ter em meus braços... em um eterno encontro
Você levou minha paz, minha sobriedade
Levou consigo a estabilidade e a minha comodidade
Arrastou para ti sem perceber tudo aquilo
Que eu trazia comigo antes de te conhecer
E agora nos becos escuros do meu eu
Grito incessantemente pela sua atenção
Estou doente e a única coisa que pode me curar
É o seu amor, minha eterna paixão.
São lembranças do passado
O sono já chegou
O tempo encerrado
De um sonho que já terminou
A obra já acabou
Foram anos vivendo assim
No coração sem ter amor
Agonia sem fim
Aconteceu em um dia qualquer
Sou a trombeta de repente
Foi embora mesmo sem fé
Na alma momento ausente
É preciso sempre se preparar
Ninguém sabe o que vai acontecer
Aprenda ao Divino respeitar
E ao seu semelhante compreender.
O que o vento não levou
Restou más lembranças,
de um passado que não era meu.
E toda vez que eu me deito,
lembro-me dos olhos teu!
E por mais que dói em mim,
ainda desejo o seu bem...
Nada disso teria mesmo acontecido
Se eu não tivesse ido além.
O vento não levou as lágrimas...
que um dia me traumatizaram.
E mesmo a perturbação,
das outras que hoje restaram.
Muitas são as lembranças que o tempo não desfaz...
as doces lembranças da infância, das brincadeiras de criança.
Lembranças de momentos em que a felicidade parecia sonhos que se realizavam...
Não se vive de passado, mas sem passado não existe presente...Não existe o agora!
" Que seus melhores sorrisos ilumine todos os seus espaços"
23/12/16
AGRURA
Tanta fumaça!
Nesse quadrado de lembrança...
enquanto a ausência se faz alvo
A saudade chicoteia o presente.
As lagrimas por certo...
Tentam em vão um aclive reto
e, em deslavo dos pensamentos,
o umedecer do incrível deserto.
E, essa flecha de pontiaguda lembrança
mira em tudo que esta longe
transferindo e ferindo tudo que esta perto.
Nesse ínterim...
O oásis é apenas, miragem de sentimentos
e os sonhos vagam por...
trote desgovernado de ferraduras
e por pedregulhos íngreme de pesadelos.
Por mais uma vez, o encharco do ser
é a única maneira de alvorecer
para logo, despencar no esquecido
e ver a cabeça doer sob o amanhecer.
Antonio Montes
INUMAÇÃO
Em dia de funeral...
As lagrimas e as lembranças
vêem de graça
não cobram nada pelo choro,
ou desespero inconsolado da perca
... E ainda trarão, tristeza fúnebre
para pincelar o momento
afastar e felicidade
e perpetua-se sob o tempo.
Para acomodar-se com esse sepulcro
desse bocado, todo torto,
e a repugnação desse sucumbir
essas catacumbas e d'essas esculturas
gélidas sobre os rostos talhados pela tristeza...
Aparece esse ser... Açougueiro do além,
com sua lâmpada escura
sedento por esse liquido rubro de sangue,
ceifando planos e as esperanças humanas.
Em dia de funeral...
Vem esse evento macabro
essa marcha fúnebre
essa cidade de catacumbas frias
o sepultar desse bocado torto
a perpetua-se sobre as costas do morto.
Antonio Montes
Quem disse que esquecimento
é deixar que as lembranças se apaguem?
Ledo engano...Lembranças serão sempre lembranças!
Elas, no máximo, ficarão guardadas num cantinho escondido
e pouco visitado de uma "gaveta" da alma...
Bastará remexer um pouquinho e lá estão elas!
Prontas para mostrar o "ar da graça"...
Cika Parolin
"A última lembrança que tenho é do campo de amoras.
Depois sei que num bater de cílios eu estava apaixonada.
O tempo era mais rápido que a ampulheta.
E o amor mais complicado que areia movediça.
Outro bater de cílios e mudou o século.
Acordei atordoada com idade cronológica de trinta.
Com um peso nas costas de noventa.
Com contas para pagar quase infinitas.
E com cabeça de poeta.
A casa era alugada, o amor era novo, o gato dormia nas minhas pernas.
Na xícara um café frio repousava.
E a montanha de papéis me contava coisas que eu não entendia.
Pousei os cílios demoradamente tentando mudar de década.
Afinal de contas:
Onde foram parar minhas amoras?"
Então chega o entardecer e mais uma vez estou a esperar.
Incansavelmente.
Traz consigo lembranças, traz sua voz linda feito o brilho da primeira estrela que apareceu aqui no céu.
Logo a noite cai, traz consigo o medo de mais uma vez não adormecer.
Traz vontade incontrolável de abraçar e tocar você.
Logo você vem. E se depara com várias notificações que te causei.
Traz consigo um sorriso, lindo como o brilho do luar pra me matar de amor, me fazer delirar.
Vem meio sem jeito, sem saber se realmente merece tanto amor, sem saber como retribuir e logo nos dedica atenção, e deposita aqui todo seu amor em forma de palavras.
Meu coração acelerado pula forte de alegria, em mim tudo se agita.
Pronto! Não consigo mais dormir.
E o pior é que viciei nessa sensação e gosto disso.
Meu Causador De Insônia.
A noite é tão grande.
Cada segundo que vai passando é um segundo sem te ver.
"E faz o que se não descansa?"
Faço planos, meu bem.
Mil maneiras de te ver amanhã.
Mil desculpas para puxar uma conversa.
Mil loucuras pra conquistar você.
Imagino, invento, componho letras, histórias, sonhos, poesias para você e por você.
Já pode me imaginar cantando...
"Como você faz pra invadir assim meu pensamento?
Como você faz, para dominar meu sentimento?
Como você é capaz?
Mesmo tão distante consegue me tocar.
Eu já tinha me deitado pra dormir e você veio ms acordar.
O que eu vou fazer se essa noite eu não conseguir dormir?
O que eu vou fazer? Parece que eu estou tão dependente de você."
Boa noite, meu CAUSADOR DE INSÔNIA.
TE DESEJO UMA NOITE CARREGADA DE LEMBRANÇAS MINHA.
A vida
De que é feita a vida?
De grandes desejos
Silenciosas lembranças
Saudades
Na vida vivemos
Choramos
Amamos...
De que é feita a vida?
De loucuras
Pecados
Medo
Mudanças
Sentimentos sem fim
Mentiras...
De que é feita a vida?
A vida é feita de sonhos
Dentro deles amamos
Nos sonhos desejamos
Odiamos
Apaixonamos...
De que é feita a vida?
É feita de caminhadas
De cantos
Poesias
Palavras
Encanto
É a vida...
Deixar morrer
Sim, eu sei que vai morrer
A lembrança de mim em você
E eu vou deixar seguir
Apesar de ter em ti algo como luz e vida
A luz ficou no passado
A luz hoje esta perdida
Mas é verdade meu bem,
Há muito de você em mim
Há muito de mim em você
Não adianta negar
Não adianta mentir
Mesmo separados
Quem nos impedirá de sentir?
Mas nessa noite e por muitas outras
Vamos esse sentimento omitir
E assim lentamente deixar morrer
O passado em mim
O passado de você
MEDIDA DO AMOR (soneto)
Não se tem saudade, sem ter lembrança
Não se tem amor, sem que se tenha dor
A separação é a pétala de uma rara flor
Que se desgarra do fado em sua dança
A nossa existência é um bafo de vapor
Na emoção tem renúncia e esperança
É nos riscos que nos faz perseverança
De um olhar, um sonhar, de um clamor
Não se deixa os trilhos de ser criança
Sem paixão, afeto, calor a se interpor
Pois, na vida sempre há semelhança
A distância de um amor, vai onde for
Sua medida não se afere na balança
Viverá sempre conosco, no interior...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Violão
Companheiro de horas
incertas,
amigo de madrugadas
abertas,
dedilhar de lembranças
tão certas !
Percorro o seu braço
longo,
nas noites que passo
sem sono,
acaricio suas linhas
finas, sonadas,
que vibram e ecoam
melodias apaixonadas!
É o som do amor tardio,
solitário,
nas horas mortas da
alvorada !
E o choro geme nas cordas
da saudade.
Nas suas curvas,
envolvo o meu abraço;
e nos dedos ágeis;
ávidos da lembrança
do toque,
suas fibras cantam,
uníssonas, sonoras,
plagiando sinfonias de
outrora!
É o companheiro amigo,
solidário,
que canta comigo o amor
perfeito;
juntinho, abraçado,
bem encostado em meu peito,
arrancando de mim suspiros
com jeito!
Em perfeita parceria,
nos longos dias,
madrugadas quentes,
ou em noites frias;
esse "companheiro dileto"
tem sido por mil vezes,
"o meu único afeto"!
Amigo sincero,
bem junto ao coração,
canta pra ela minha
grande paixão;
o meu amor afinado
gemido, chorado,
apaixonado em canção;
arrancado das dedilhadas
cordas,
vibradas e sonoras;
do meu fiel violão !
VENDAVAL (soneto)
Entre a saudade, a aridez do cerrado
ressecando as lembranças tão sós
adormecendo luas e sóis para nós
em suspiro e soluço ali amargado
Eis que um vendaval de tão feroz
arrombou-nos os sonhos sonhado
deixando o intervalo assim atado
num amarrilho lamento, num retrós
Aí, neste embaraçado, eu atordoado
Oh! Amor, nem sei se estou acordado
ou tão pouco adormecido na ilusão
Só sei que pouco a pouco aqui calado
na solidão, o coração tão esperançado
em vigília, que aporte de novo na paixão...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
sonhar!!
Vagando nos sonhos,em busca da alma....Oque e belo e imaginário....Busco suas lembranças da dor e agonia, nas sombras da fantasia....
A luz precisa prevalecer......O coração não pode morrer......O carma da alma e luz es coração que conduz......Da morte só a passagem.....Da vida a hospedagem .....para a luz a magia conduz......A mente estasia com a força da fantasia.....Da dor se opor sonhando com a magia , das fadas ou bruxas a fantasia buscamos , realizamos, ah doce sonhar , buscar e realizar nossos sonhos sempre lembrar! Lícia Madeira