Textos de Lembranças
A morte é só uma passagem.
É a lembrança da alma que fica entre os entes queridos.
Não se morre, eterniza-se o sentir, a partilha do amor, os momentos de alegria, a afetividade.
Vive-se um encontro, a sintonia de um tempo juntos.
E a saudade é a manifestação, resgate dos sentimentos vividos.
AS LEMBRANÇAS QUE NÃO SE ACABARÃO
Fecho os olhos sinto as batidas do coração, penso no que a vida nos traz de melhor, naquilo que a vida nos presenteia e que nós jamais nos esqueceremos e nem perderemos em nossa memória com o passar do tempo, tenho certeza que momentos bons não passaram despercebidos , abraços , confissões , isso é o que eu jamais me esquecerei na vida mesmo com o passar dos tempos e com certeza isso será lembrado como algo especial.
Cada amor uma história
Cada história um autor
Cada lembrança um saudade
Cada saudade uma dor.
Cada sorriso uma esperança
Cada desejo um sabor
Cada tristeza um vazio
Cada querer um valor.
Cada música um sentimento
Cada sentimento um momento
Cada momento se passa
Cada passado passou.
Cada calor pede frio
Cada frio cobertor
Cada paixão diferente
Diferente de amor.
Cada fala uma palavra
Cada palavra ficou
Cada marca uma lembrança
Cada lembrança marcou.
Algumas vezes, ainda que apenas
na lembrança eu retorno
e percorro serenamente os caminhos
e as estações da vida por onde passei.
Viagens maravilhosas,
companhias inesquecíveis, amigos,
encontros, chegadas, despedidas,
beijos, abraços, lágrimas e risos.
Nos cafés, nas ruas, nos lares,
nos bares, nas bibliotecas,
nos cantos e recantos do meu mundo,
revivo meus mais intensos
momentos com todos os meus sentidos,
e descubro mais achados que perdidos.
Todos os dias quando acordo... Me pego a pensar em que me faz bem;
E me vem as lembranças de você... Acende uma vontade de um querer;
Ainda sim atravesso a tempestade que chega da cor de seus olhos, e enfim encontrar o amor;
Por ser tão experiente e tão jovem é que me certifico de que sou resiliênte ao meu caminho da vida!
Eu volto pra casa mas fica na lembrança:
Lua cheia na janela
Frango com pequi na panela
A vaca leiteira na cancela
Morcego entre o forro e o telhado
Cheiro de carneiro assado
Ruminar do cavalo malhado
Da vizinha a risada
Muqueca de peixe improvisada
Alvorecer da passarada
Manga madura amolecida
Broa doce amanhecida.
Escova de dente vencida
Ao longe ver a chuvinha
Jabuticaba docinha
Internet perto da cozinha
Saber que vou embora
Mas voltarei outrora
Quiçá sem muita demora...
Mel
'LEMBRANÇAS...'
Todas as vezes que íamos ao aeroporto pegar os malote de jornais, seu Artur Martins me perguntara: - Quem descobriu o Brasil?. Eu sempre respondia com afinco: - Pedro Álvares Cabral!. Ele arrebatava: - Mentira! Foram os índios! Eu sempre sorrira da sua resposta. Pergunta e resposta tornaram-se um 'rito'. Rito que ainda sobrevive e perdura até hoje na memória.
Muitas imagens boas marcam nossa infância, mas tem imagens que permanecem inesquecíveis. Éramos dezenas de Vendedores de Jornais. Moleques. Ávidos na luta diária no final dos anos 90. Era comum crianças trabalharem naquela época para ajudar com as despesas da casa. Comecei a vender jornais com nove anos.
Quando me perguntam se eu tive infância, digo que tive mais que isso. Tive uma aventura memorável. Sempre tínhamos uma sopa quentinha com pão francês quando íamos entregar os jornais ao fim do expediente. Dona Célia Martins sempre atendera a todos com sorriso e brilho no olhar. Seus filhos Pedrinho, André e Artuzinho eram amigos de todos.
Sábado e domingo era dia de almoço caprichado. Na sua residência, particularmente no quintal, havia um campinho de areia onde 'jogávamos aquela bolinha'. A recreação era o ponto forte. É onde meus flash se concentram. Lembro-me de irmos por vezes em alguns clubes para as socializações. Banhos em cachoeiras. Jogos em campos de verdade.
Depois de alguns anos sem vê-lo, soube que seu filho Pedrinho havia falecido e que ele entrara numa depressão profunda. Faleceu dia 16 de Novembro de 1995, vítima de um derrame cerebral. Seu Artur Martins foi um brilhante ser humano. Além de jornalista, era árbitro de futebol.
Todos as vezes quando vejo 'bondade', lembro-me da pessoa excelente que fora. Da forma como conquistava tudo e a todos. Lembranças boas não são esquecidas assim do dia para a noite. Elas permanecem vivas porque são imortais.
A vida passa deixando marcas, levando pessoas, deixando lembranças e saudades.
A vida passa, mas algo sempre fica, as marcas das experiências permanecem intactas em nossas almas, marcas estas que nos modificam e nos fazem crescer, esquecer a infância, deixar a criança adormecida e trazer à tona o adulto para viver a REALIDADE, aí descobrimos que a tal REALIDADE nem sempre é boa. Cabe a nós ou ao destino tornar a SOBREVIVÊNCIA suportável, fazer amigos, fazer amores e o resto é vida que se vai, seguindo o ritmo natural do viver.
Deixemos para trás apenas o necessário. Mesmo que doídas, algumas lembranças forjaram nosso caráter e intensificaram nossa sensibilidade em distinguir o que nos faz bem. Cabe a nós semear carinho e ficarmos embevecidos com a beleza da colheita. Façamos a escolha certa e que possamos colher inesquecíveis momentos de felicidade.
Luiz Machado
Nesse exato dia completamos 10 meses juntos!!! esse dia 22 me trás muitos momentos, muitas lembranças... nessa estrada já passamos poucas e boas, momentos de felicidade, de ira, de tristeza, de sensualidade...
mas é exatamente por isso que eu ainda insisto e persisto e sigo ao seu lado... Não importa a tempestade, nem quanto o vento sopra nos sempre continuamos de pé... amar é ter todos os motivos para terminar com a pessoa e mesmo assim continuar com ela... EU TE AMO e sei que você TAMBÉM ME AMA.
não desisti de mim...
toda felicidade tem começo meio e fim, nada dura para sempre como toda tristeza também, o momento não é favorável mas cabe a nos dois nos abraçarmos e acreditar QUE COMO TUDO NESSE MUNDO... isso também vai passar ai poderemos sorrir e viver uma nova felicidade... AMO VOCÊ...
Eu Levaria A minha Eternidade inteira Pra Te esquecer, e mesmo assim ainda teria alguma lembranca sua me perseguindo e me perguntando aonde te encontrar.
Na Estranha cidade posso me perder entre as Ruas e acreditar nas Bruxas que estou chegando perto de voce, e me escondendo em meio as ruínas, Estaria sem mapa e no bolso apenas com seu rosto desenhado no papel querendo te encontrar
Sorria
Se buscares lembranças minhas,
Faça com carinho.
Ando meio sem rumo nestes caminhos.
Se uma lágrima surgir
Quando olhares a imensidão não ligue
Uma lágrima não vai salgar o mar.
Sorria da mesma forma que sorrimos juntos.
Desatraque os navios, olhe as baleias.
Elas seguem em busca do frio.
Ela afrouxou o nó.
Desatou as lembranças e como uma brisa elas se foram. Vestiu seu casaco, envolveu o cachecol e assumiu quem realmente é. Assumiu os motivos dos seus sorrisos, os motivos dos seus sonhos, o motivo que há traz até aqui. Assumiu que o que realmente é importante e saiu. Vencer nem lhe é tão importante, prefere apenas ser feliz. Casar não é mais tão primordial, pois prefere amar. Status não lhe encanta mais, pois prefere ser feliz em silêncio. Ela assumiu seu passado, abraçou o presente e começou a construir o seu futuro. Cansaço não é apenas de sono, mas de dor nas pernas, nos ombros, no coração de um dia de trabalho. Tempo é o que precisa acrescentar na agenda corrida de uma mulher dona do seu próprio dia. Sorrisos é o que ela mais ganha quando a veem chegar, pois chega por completo sem nenhum pedaço esparramado no passado. Sim ela saiu, mas nunca mais voltou. Ela foi por um caminho sem retorno, por uma via de sentido único, de uma única placa com o seguinte dizer: "vá em frente". Deixou pelo caminho apenas o cheiro de mulher, fragrância de um sonho, sensação de um desejo. Deixou pelo caminho olhares a acompanhá-la, sorrisos a admirá-la, lembranças para fantasiar. Ela vai em frente até que um sorriso a faça parar, para que ela possa atar um novo nó e não deixar que a brisa leve o presente, pois de passado ela não viverá novamente. O que ela quer é alguém presente e que de mãos dadas siga em frente e ao seu lado enfrente os medos que sozinha ela não soube enfrentar.
Você
Você é uma,
Quando mais velha, mais gostosa,
Docemente minha mente, haverá uma lembrança deliciosa.
Enfim você !
Sinto sua falta sabe,
Daquele jeito macio leve,
Tudo em mim enobrece,
Seu jeito carismático me enlouquece.
No entanto !
Se a vejo , coração alegra,
Caso contrario, alma magoa,
Evidente seu andar me fascina,
Seu brilho muito ilumina.
Contra partida !
Não quer minha amizade,
Porque ? não sei tento entende,
Passo meus dias sozinho sofrendo na realidade,
Coisas que, por dentro só vê, sente sofre arduamente.
A melhor lembrança gastronômica que tenho vem da infância: Comer acaçá na cidade de São Félix (BA) no dia de Cosme e Damião. Acaçá é feito de milho e enrolado em folha de bananeira.
A rápida migração do rural para urbano apagou memórias e tradições. Hoje, poucos sabem o que é acaçá. Eu não sei onde tem. E quem sabe?
LEMBRANÇAS.
Voltar no tempo, somente em pensamentos e por alguns instantes, para curtir boas recordações. As ruins a gente deleta, entretanto, delas tiramos grandes lições.
O tempo urge, a vida passa e seguiremos em frente, firmes e fortes para novas conquistas e objetivos. O resto são apenas, SAUDADES!!
Visita
Rostos e lembranças.
Rostos parecidos com rostos que eu já conheci.
E que me levam de volta a um lugar que não volta mais.
Um rosto que só conheci mais velho e que novo assim só vi em fotos.
Um rosto desconhecido que tem um quê familiar.
Um rosto de um desconhecido que me dá saudade de alguém que era tão conhecido e presente.
Como pode um rosto de alguém ser tão parecido com o rosto de outro alguém?
Todas as vezes que o rapaz chega com as correspondências é como se eu visse o meu pai mais novo entrando pela porta.
O meu pai que eu só vi nas fotos bem novinho junto com a minha mãe no começo do namoro deles.
Tem dias que eu fico curiosa com vontade de perguntar e tentar descobrir se ele não é algum parente perdido, da mesma forma que encontrei uma tia por acaso uma vez.
Mas eu sei que nunca vou perguntar.
Daí eu guardo isso pra mim e faço desse o meu segredo.
E continuo em silêncio recebendo a visita do meu pai todos os dias no rosto do rapaz desconhecido que traz a correspondência.
Por que?
Por que, depois de tanto tempo,
Tua lembrança veio me ferir?
Por que, depois de tantos acontecimentos,
Meu pensamento resolveu ir de encontro a ti?
Por que, depois de tantas vivências,
Encontro-me afeita a ideia de rever-te?
Por que, depois de tantos espaços,
A distância de agora não proporciona-me deleite?
Não gosto nem quero voltar,
Porém surgiu a necessidade de saber como te sentisses.
Não gosto nem quero encontrar,
Mas surgiu a urgência de entender como me permitisses:
Viver sem a tua presença,
viver sem a tua memória
Viver sabendo que um dia chegou ao fim tão bela história.
Como andas tu?
Como tu te sentes?
Como te tornasses um ser tão ausente?
Nos perdemos um do outro,
Nos permitimos a distância,
Por que, justo neste momento,
Veio-me ressurgir tal incômoda lembrança?
Qual a utilidade de encontrar-te?
Qual a vantagem de pensar em ti?
Qual a importância de localizar-te?
Qual a indispensabilidade de voltar no tempo assim?
Talvez seja porque descobrindo a ti,
Possa também encontrar-me a mim,
já que há muito esqueci quem sou,
Já que há muito o sonho acabou,
já que tanta vida passou...
Como saber?
Como ter plena certeza?
Como entender se tudo vai valer apena?
Seja lá como for,
Seja em qual tempo aconteça,
Só não quero sentir saudade,
Só não quero perceber que já é tarde,
Só não quero ter que responder:
Por que tu te afastasses?
Por quê?
A noite chega com a lua provocando saudade do seu rosto, as estrelas me trazem lembranças dos seus olhos e o aroma da dama da noite me faz recordar o perfume do seu corpo. Fico aqui com meu corpo ardendo em chamas com a lembrança do seu grudado ao meu entre troca de juras de amor.
Assim fecho os olhos tentando dormir e com você mais uma vez sonhar, para esse desejo mais uma vez se concretizar!
Sergio Fornasari
Mais uma vez eu cheguei naquela bar. Quantas coisas eu passei, quantas lembranças eu tenho desse maldito bar. Nele eu trago amigos, trago cigarros, bebidas, mulheres... Mas eu esperei por uma, uma somente.
Fui, mais uma vez, fumar. Na área dos fumantes, minha cabeça era baixa. Eu enxergava pernas por cima de meu óculos, cada vestido, cada perfume, eu queria que fosse seu. Cada palavra, cada beijo, eu queria que fosse o seu.
Eu finalmente senti o perfume que tanto desejei, foi esplendoroso, eu nunca vou esquecer aquele perfume, eu nunca vou sentir nada igual. Depois de tanto tempo, depois de tantas conversar fúteis, tantas pessoas vazias e momentos mais vazios ainda, eu senti que um perfume e uma palavra me deixaram feliz. Me fizeram completo.
Eu troquei poucas palavras, meus amigos tocaram lindamente as músicas que eu também não vou esquecer, eles chatos, sempre perfeccionistas, querendo tudo certo, mas mostrando que aquilo corria em suas veias, como sangue, sangue na voz, sangue na melodia, música tocada com a carne e a alma. Aquilo me marcou, aquilo marcou o começo de algo.
Eu recordo de cada acorde e de cada olhar que recebi. Eu estava ali, viajei por momentos, mas esses momentos tinham você. Como poucas vezes, eu vivi o presente. Talvez embriagado às 6:00 da manhã, eu perceba que vivo, perceba que não estou completamente morto, que posso ter sentimentos, que posso viver o hoje, que posso viver... Viver... Contigo.