Textos de Lembranças
Quando eu fui criança IV
Um senhor, libanês, abriu uma banquinha em frente ao Grupo Escolar Carmela Dutra, para vender bananas..
No dia da inauguração, como não podia deixar de ser, eu andava por ali, olhando, vendo ele montar as bancadas. Não sei porque o libanês me convidou para trabalhar com ele; Convite aceito imediatamente.
Depois da entrevista, acertado os direitos e obrigações de cada um, fui para a minha casa com o compromisso de voltar à tarde.
Cheguei no horário combinado. Já "almoçado", Precisava, eu ia ficar a tarde toda no "serviço"
Como ele tinha outros compromissos pela cidade. antes de sair, me deu umas aulas sobre o produto (bananas) e umas orientações básicas necessárias: tipo de banana, preços, , como fazer troco, etc. e lá se foi o libanês, deixando aos meus cuidado, seu patrimônio.,
A princípio, ainda com a barriga cheia, pois tinha acabado de almoçar, não me interessei muito pelas bananas, mas com o passar do tempo, sem nenhum movimento mais a demora pela volta do dono, fui experimentando as bananas e suas variedades.,
Comi tanto que comecei a passar mal. Tive que me deitar debaixo de uma das banquinhas,onde fiquei torcendo de dor, não podia nem me mexer que doía tudo . Foi aí, então, que vi o dono. Primeiro ele olhou para as pencas, analisando as faltas, ficou um tempo pensando, depois olhou por debaixo da banquinha, onde eu estava deitado. Sem sentimento de pena, não me perguntou nada., só falou: amanhã você não precisa vir mais . E pior, nem me pagou.(I
Esperança, uma palavra que faz sentido
enquanto somos criança.
Quando amadurecemos, percebemos que a vida não é o que parece.
A gente cresce e se esquece de sonhar os sonhos da infância.
Conforme o tempo passa, tornam-se uma vaga lembrança.
Como retratos antigos nas prateleiras da memória.
Hoje, um conto remoto nos meus livros de estória.
De um passado distante, um caminho sem volta.
E agora? Apenas espero,
apenas espero, o agora.
Se chegastes às lágrimas novamente, é passada a hora de este seu despertar inglório, te deixar em paz.
Exorcize-se deste seu presente, possuído pelas más lembranças, pois estas já não existem mais.
O que é do passado morre no passado.
Atente-se para situações novas, pois estas estão clamando por sua atenção.
Agarre-se às novas oportunidades, e desvencilhe-se de vez deste peso acima
de sua capacidade de suportar.
É a partir desta decisão que renascerá para uma nova caminhada de glória.
Associe-se à ação com determinação e faça da fé seu novo sopro de confiança em ti, e os resultados te exultarão além de tuas expectativas.
(Teorilang)
Existe um bruxa que a tempos me enfeitiçou. Dentro de meus sonhos adentrou e ali reinou. Não que exile minha culpa ou exonere seus encantos e extrema beleza, mas havia algo em sua natureza. Ali zelava com maestria algo que queria, o fogo vivido de seus olhos abraçavam me com a ternura de um presente único, foi-se embora lúdico em arredio. Fui vencido quando convencido a conhecê-la melhor, as vestes em luto servem de alusão ao crime em contramão.
Zuri
Podemos perder uma batalha, mas venceremos a guerra, pois não há nada mais forte do que o coração de um voluntário.
A vida é feita de escolhas. Muitas vezes escolhi errado, fiz besteiras...
No entanto, haja vista a maturidade, aprendi que é necessário o arrependimento para a redenção. Mas, arrependa-se apenas daquilo que não fez. Porque do passado não mudarás nada!
Quando o ídolo é de barro, literalmente.
Quando criança, eu tinha tantos afazeres que faltava tempo para executá-los. Era assim: acordava, tomava café, escola, voltava para casa, almoço e trabalhar de engraxate, desde que não estivesse chovendo, ninguém engraxava os sapatos em dia de chuva. a cidade virava um lamaçal só. Mas nestes dias, me sobravam três opções: Vender serragem, para as pessoas colocarem na porta da casa, vender frutas ou lavar correntes de caminhões. Empregos temporários. claro.
Lavando Correntes. Naquele tempo, a rodovia ainda não era toda asfaltada e os caminhões que vinham da parte sem asfalto tinham correntes nos pneus para não atolarem no barro, mas assim que entravam na parte de asfalto, o motorista era obrigado a retira-las. Obrigado porque existia um guarda rodoviário na espreita para multar quem trafegasse sobre o asfalto, sem retirar as correntes dos pneus.. Num pedaço de mais ou menos 100 metros da parte asfaltada ele até permitia, mas mais do que isso ele multava. Como as correntes ficavam emplastada de barro, os motoristas pagavam pra q esse serviço fosse feito pela molecada, a gente ganhava uns trocados, lavando as correntes. Num naqueles dias de chuva, que não parava mais, estávamos la, eu e mais uma dezena de moleques, tirando e lavando as correntes. O nosso ídolo, o guarda, fazendo a função dele: parando os caminhões e multando alguns. O dia estava correndo bem, até que veio um caminhão bem grande, serpenteando igual a uma cobra na lama Foi chegando na parte asfaltada, entrou no asfalto e foi andando, não parou no ponto pre estabelecido e como não parou, o guarda saiu correndo atrás do caminhão e mais aquela molecada gritando pra que o motorista parasse, mas nada, ele não parava, só parou depois de rodar uns 500 metros no asfalto novinho. . Chegamos, o guarda na frente e nós atrás, bem perto dele. Aí iniciou uma discussão entre os dois. Em determinado momento o guarda sacou seu revolver e disse assim: --"se você for homem, passe por cima do meu boné"-- e colocou aquele boné, a coisa mais linda, Aba marrom, com uma fita verde amarela e mais dois revólverezinhos dourados fixados na parte frontal do boné,(Objeto de desejo de todos os meninos) debaixo dos pneus daquele caminhão enorme, cheio de lama; jamais imaginávamos que o motorista tivesse coragem de fazer o que ele fez, mas ele fez! Passou com os pneus por cima do boné. Ficamos todos sem palavras, olhando aquele, antes boné, virar uma pasta de barro, parecendo um sapo.O motorista ainda deus uns tapas no guarda, nosso ídolo. Naquele dia e nos outros que vieram não lavei mais correntes. Saí correndo daquele local sem olhar pra trás , serviço perigoso. (I
Ah! Que saudades
da minha infância
cheiro de bolo e café
mamãe na cozinha
e papai lendo Jornal
eu e meus irmãos
correndo pelo quintal
não sabia nada de política
muito menos de inflação
não me preocupava com doenças
e muito menos com religião
e quando algo doía
mamãe dava colo e carinho
papai comprava um remedinho
era tudo tão simples
tão puro e sincero
que saudades sem fim
de um tempo que passou
mas em meu coração ficou.
------------ Juliana Rossi Cordeiro
Domingo presente.
Bom dia!
Deus é o nosso presente diário. Presente sem laço, sem nó e sem embrulho... Deus não é uma lembrancinha e nem um brinde...
ELE é um dom, uma dádiva e uma graça: uma abundância sem fim.
Adore, curta e agradeça essa presença infinita em sua vida.
Só um detalhe: esse presente é o maior tesouro que alguém pode ganhar, receber e conquistar!
_ Aprecie mesmo e SEM MODERAÇÃO...
Um adorável e grandioso domingo para todos.
A vida é bela e vale a pena viver, ser feliz e amar
A gente se adapta, se acostuma, se conforma e quase esquece.
O primeiro contato com qualquer situação nos surpreende.
Depois, a gente se adapta ,se acostuma e esquece.
Muitas pessoas nem sabem os nomes dos seus bisavós, alguns lembram com saudades dos avós que já morreram e os nossos pais estarão sempre na nossa memória.
Mas um dia, todos nós seremos apenas uma lembrança, e depois disso talvez uma foto esquecida numa gaveta, e ninguém se lembrará dos fatos que hoje para nós, são os mais importantes das nossas vidas.
A gente esquece porque se adapta e se acostuma que depois de algum tempo só o futuro importa.
abajur
mesmo estando escuro
havia aquele abajur
mesmo sem poesia
havia o lusco fusco da lua
iluminando o teu olhar que luzia
na inspiração, com rima nua
poetando o que não dizia
a paixão... e onde era sua
a minha vontade, o meu amor
hoje, solitário pela rua
os meus versos sem sabor
vai... chora... calado
por onde for
e o abajur apagado...
aí que dor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/05/2020, Triângulo Mineiro
Ela tinha uma alma,
Uma alma totalmente diferente
Uma alma a qual me fez me apaixonar
E logo então, amar.
Ela tinha uma alma
Quebrada, porém, brilhante.
Tão brilhante que me cegou,
Me deixando totalmente perdida.
Teus cacos, me cortaram
Teu brilho, que na verdade era fogo,
Me destruiu por dentro
Me deixando então, em cinzas
E queimando amargamente
Nossas lembranças para sempre
Você não tinha o direito
Verdade
Não conheço todas as suas verdades nem você tem que se preocupar com as minhas.
Nenhuma dúvida que a sua vida e os seus caminhos foram e são completamente diferentes dos meus...
Nenhuma mágoa.
Mas um dia eles se cruzaram e isso pode ter feito muita diferença em como eu encarei o passado, o presente e o breve futuro.
Futuro de lembranças boas, porque sinceramente, não tenho lembranças ruins.
Talvez essas minhas palavras fiquem muito tempo no tempo, uns quarenta ou mais anos, assim como umas fotos que estão por aí.
Você que eu fotografei a qualquer tempo tem um lugar na minha memória.
Algumas no meu coração.
Pode ter certeza!
O passado se distancia da mesma forma que o alto mar se afasta em relação à praia.
Tudo se mistura, se mescla, se apequena.
Mas as vezes, raramente, alguém reaparece de lá de longe e, como um tsunami, remexe tudo, levanta ondas enormes, nos faz repensar em cada gota de vida que se passou...
Então aqui, no litoral do presente, chegam lembranças de nós mesmos, pedaços que insistiram em nunca afundar, e voltam a fazer parte da paisagem do agora, como se nunca tivessem saído daqui.
" Lagrimas sem choro, a dor de uma partida sem despedida,
Assim foi meu adeus com você.
Lembranças do passado, sem presente ao seu lado,
sem planos infundados, sem promessa de nos ver,
Assim foi meu alento sem você.
Dor sem ferida, choros sem lágrima, perdão sem respostas,
Assim foi meu apelo para te ver.
Tristezas alegres lembranças de sonhos não realizados,
Assim ficaram recordações de você".
Ás vezes os meus passos teimam comigo e, quando me dou conta, já estou nos nossos lugares preferidos te procurando.
Passos tão desobedientes que teimam em te procurar em nossos lugares preferidos; é saudade dos momentos, das conversas nesses bancos de praças em meio à arvoredos e tapetes floridos pelas flores no caídas; culpo meus passos, mas meu coração também é culpado.
A amargura se não tratada é como um câncer que aos poucos e sem perceber vai corroendo a alma da forma indolor até virar metástase.
Depois de enraizada só um milagre, uma profunda metanoia em que se decide perdoar e esquecer o passado e viver a vida longe das sombras da dor.
Quanto mais tempo, mais difícil pode ser.
Quanto antes entender o mal que se está alimentando dentro de si, menos penoso será o caminho de volta a sensatez de uma vida com paz interior, sem que lembranças do passado interviram no presente.
Cinema da Cabeça
Olá cinema da cabeça
Reservou um banco pra mim?
Qual vai ser o filme
Que nós vamos assistir?
Eu não tenho pipoca
Nem ingresso ou convidado
Mas vamos ver no que que rola
Nesse filme avaliado
Ei maquinista
Escolhe um filme legal
Já me cansei das sessões
Sobre quando me dei mal
Sobre vergonhas e decepções
Sobre erros e culhões
Ei maquinista
Põe outra fita dessa vez
Ou um CD, tanto faz
Só atenda o freguês
Não dormir já é normal
Mas chorar é a primeira vez
Se eu estiver fazendo algo
Que não seja do meu agrado
Se eu estiver errando
Por favor, que não esteja filmando
Não dá pra viver assim
Cercado de acusações
Toda hora lhe apontam o dedo
Com olhares de reprovações
Esperando reavaliações
Ei cineasta
Não filme, nem fotografe, nem dirige
O próximo curta metragem
Da minha longa vida
Não quero ser lembrado
Por algo que me persiga
Não quero ser lembrado
Como um antagonista
Faça uma montagem, corte as piores partes
Pra que o público aplauda os meus atos covardes
Mascarados de sétima arte
Se abrimos um livro, cada página escrita , nelas apareceram nossos segredos, mistérios, mentiras, verdades, se torna-se uma nova história como um livro da vida, como representasse nosso passado, presente, futuro.
Se abrir, verá e transformará em memórias, sempre será como uma nova história e será novos momentos, novas tristezas, novos ranços, novas paixões.... cada um recria sua própria história da sua vida, transformaram em lembranças como um diário.
VALOR DE UM AMIGO
Quanto vale um amigo?
Não tem preço,
Não tem comparação,
Mais vale muito,
Vale a gratidão
Por ter sido alguém
Com quem,
Trocamos sorrisos
Trocamos energia,
Fomos a alegria
De um, e outro
E o que ficou,
Do tudo que restou
Nada poderá apagar,
As boas lembranças
Que dessa amizade
Em nosso coração
Ficaram gravadas
Para sempre na memória
Serão lembradas...
Aí vem dona moça, o escárnio que baila feito soldadeira no coração desse Segrel.
Entre mui trovadores, sua imagem foi grã, delírio, e o infortúnio que me fez definhar com tamanha paixão.
Por tal razão, tenho vivido deambulando de corte a corte à procura de Amores, mas só encontrei solidão!