Textos de Jesus

Cerca de 5888 textos de Jesus

Perdido em mim

Sinto-me um fantasma
Um rosto sem forma
Perdido no desaconchego de mim próprio
Lutar para me encontrar
Seria como ajudar um morto a ressuscitar

Em pensamentos me perdi
Voei sem voar
Dei asas a imaginação e me perdi

Perdi-me na ineptidão psicológica
Já nem me aquece
A inocente poesia metafórica

Procuro-me no espelho
E ele como se fosse fotocopiadora
Me tira a mesma imagem
Perdida em si mesma
Que tal como eu, precisa se encontrar.

Inserida por lagunadejesus

Dedicatória

Quando nasceste, Moça!
Nasceu ao mundo vida,
Claros raios ao sol, luz às estrelas
O céu resplandeceu
E de sua luz só por mim conhecida
A escuridão mostrou coisas belas

Mil ódios em mim
Converteste em 2014 amores

As doces águas amorosas
Trazem-me este poema
Embarcado em cada onda do seu pensamento

Este poema é teu
Este poema é o que sinto
Este poema é o que te desejo
Este poema é a voz do meu amor...

Inserida por lagunadejesus

Palavras para quê?

Toca-me
Beija-me
Abraça-me
Sim!
Descreva com a palma macia da sua mão
Cada contorno do meu corpo quente
Esfregue a tua pele na minha…
Isso!
Agora faça-me vibrar
Com o seu alarme sedutor
Adivinhe o meu ponto fraco
Aí não,
Também não,
Hai céus!
Que prazer, que satisfação!
Se fores a massajar-me com a língua
Juro que te compro o vestido mais caro da loja das damas
Não!
Não faças isso
Ponha-te na posição inicial
Toca-me
Beija-me
Gostei de te amar!

Inserida por lagunadejesus

Amor verdadeiro

Tão forte é esse amor
Tão forte como o ferro
Que tudo quebra e esmiúça
Doce é o que me faz sentir e,
Agradável a sua satisfação

Quero sempre te amar
Porque isto me serve de motivação
Crio, interiorizo e materializo
Tudo a partir do coração

Difícil é assemelhar o que sinto
Porque sinonimo nenhum serve para tal
Esse amor é especial

Não inveja, não trata mal
Não se vende
Até pode enfraquecer
Mas no fim tudo suporta.

Inserida por lagunadejesus

Só quem ama

Pode entender
Os porquês do amor
E gritar sem dissabor
Que ama por merecer

É preciso saber o que é
Isso de amor
Para sentir prazer neste poema
E entender porque as estrofes se apaixonam

Se não amas até hoje
Então esse poema não te diz respeito
Ele é pobre sim, bem que aceito

Mas para que ama
Esse poema é luz, é paz
É sentimento escrito, mas vive
É mais que poema é reflexão.

Inserida por lagunadejesus

As vezes

Sinto-me inerte
Nos meus agitados movimentos
Vagueio na imaginação
Perco-me sem me ter encontrado

Penso na desgraça que sou
E lamento por ter sido obediente
No dia e momento que,
Aceitei viver na vida

Arrependo-me por nada
Sim. Nada.
Nada por vezes também sou
Mas quando não sou
Também não penso em nada

Vezes e vezes
Busco alento
No grande vazio do meu ser
Mas quando percebo que sofro
Apenas digo: as vezes!

Porque as vezes nem, é sempre
O que significa que tudo passa
E se hoje sou infeliz
Espero no “As vezes” do amanhã.

Inserida por lagunadejesus

Primeira reflexão

Quando paro e analiso as coisas
Concluo que nem tudo tem lógica
Por exemplo; nem todas as moças
Na hora H despregam quem só faz cócegas

É complexa a estrada dos que vivem
Duma ou doutra forma vamos todos em contramão
Enquanto uns bendizem outros maldizem
Nota-se em ambos falta de comunhão

Há momentos que acredito que existo
Mas quando a certeza me enche de dúvidas
Duvido da certeza que me torna esquisito
Começo a subir para baixo pelas descidas

É estranho, o sol me molha e a água me suja
Me molha de tanto suar e me suja por molhar
Isso alguma vez te aconteceu? É claro que já
No sol causticante que aos pássaros faz assar.

Inserida por lagunadejesus

Mais reflexões

No farfalhar das folhas dos tempos
E no canto dos pássaros aos ventos
Sinto a enfadonha música da vida
Marrabentando numa melodia dançante
Acusticamente mergulho na batida
E me desligo desta vida stressante

Quem sou eu quando sou eu
Morri quando nasci do pai meu
Não escolhi ser maluco e poeta
Tudo é fruto dos dias bons e maus
E da pressão que nem o morto aguenta
Pois viver é um autêntico caos

Muitos dizem: se eu pudesse escolher
Pois não sabem: viver, não viver, tudo é morrer
Esse é o lado bom da vida descansar
Não ser quando o deveria
Ficar inerte no excitante movimento do dançar
Desviver tristemente na própria alegria

Viver é isto viver é aquilo
A questão não é não querer dificuldades
Porque sem elas não seriámos o que somos
Essas são as adversas realidades
Quer queiramos, queiramos não. Tristonhos vamos.

Inserida por lagunadejesus

Meu talento

Tenho amigos que me desacreditam
Fingem que não elogiam o que faço
Os que assim fazem são os que acreditam
Que o seu desapoio é apoio e avanço

Fico feliz por saber que não mereço
Nem me ficam os versos que escrevo
É verdade que até eu me desconheço
Nos rabiscos poéticos que me descrevo

O que me alegra em todas estas acusações
É que nem um verso dos meus pobres textos
Acharás em alguma obra de todas as edições
Vós sois meus fãs não sei porquê pretextos

Os de longe sem recreio me apoiaram
Com prazer saborearam as minhas cruzadas
E vocês cheios de ódio só censuraram
Tão pouco me aquece o vosso calor de bradas.

Inserida por lagunadejesus

Poema para Mondlane

Na terra onde nasci há um só arquitecto
E esse poema é prova da sua existência
Quando escrevo, é com liberdade
Com que ele me libertou
Quando amo
É com amor que ao povo amou

Esse arquitecto és tu, ponte da unidade
Nacional
Tu, imortal Mondlane
Fundador da Frente de Libertação de Moçambique
Orgulho de Mocuba, Nagande e filho de Moçambique
Tu, gigante a sonhar, rua da liberdade
Onde os Moçambicanos fazem ninho.

Inserida por lagunadejesus

Vítima da vida

Com muitos, vivo
Ainda assim
Sozinho me sinto
Vítima da vida
Vivo inalando a paz nociva
Que é o silêncio dos dias em que estou só
Não sei se é dor
Não sei se é amor
Mas algo sinto
E não me deixa viver
Viver significa existir
Estar em conexão com os sonhos
Não só viver de sonhos
Tal e como sempre fui
Sonhador de primeira
Perdido na podridão do destino
Vagando no deserto dos meus desejos
E desejando não mais ser…
Vítima da vida!

Inserida por lagunadejesus

Ingratidão total

Olha só,
Como me devolveste o coração!?
Sujo, húmido e pestilento
Nem parece que nos amamos
Com emoção
Vejo que te esqueceste de tudo,
Juras docemente proferidas
E hoje? Promessas viraram feridas

Me amaste de corpo e boca
E culpas a vida por ser como tu; louca!
Não soubeste conservar o sentimento
Buscaste achar nos outros
O que eu não dispunha no momento
Fizeste de mim idiota e eu fui

Nada mais posso fazer
Senão reabilitar o coração
Quem sem ínfima piedade me destruíste
Buscarei um novo amor
Sincero, amável, que ame
Porque um amor igual ao seu
Tenha certeza; nem você merece.

Inserida por lagunadejesus

Voar sem voar

É dar asas ao pensamento
Ir longe, mas sem sair do lugar
É ser pássaro por um momento
Voar! Sem terra para alcançar

Voar sem voar

É aceitar que eu posso lá chegar
Caminhado pelas ruas do meu querer
Ruas sem transito nem polícia a controlar
Voar sem voar é o que estou a fazer

Há um voo em cada verão ou inverno
E quem disser que pode voar para sempre
É porque assemelha o paraíso ao inferno

Só podemos voar no momento exacto
Porque uma vida sem voo é um abstracto

Voar sem voar é amar sem amar
Porque quem ama sem amar ainda pode sonhar.

Inserida por lagunadejesus

Este poema

Este poema é meu
De tão simples que é
Só podia ser meu

Adicionei o La e o Guna
É por isso que este poema
De ninguém mais pode ser
Senão de Laguna

Sim! Laguna sou eu
Sou eu laguna
Tão virgem na poesia
Que este poema de ninguém mais seria
Senão da minha própria autoria

Se não o julgo melhor
Também não o tomo por pior
Pois, apesar de serem versos simples
O fiz por amor.

Inserida por lagunadejesus

Meu primeiro amor

Com o …
Por entre as pétalas das suas “mathangas”
Aprendi como é que,
Se desenha um filho
Sem noção de arquitectura

Penetrei-te amorosamente
Como o camponês
Desvirgina a terra
Na esperança de um dia
Lhe proporcionar uma bela colheita

Quando gritei Nhandayeyoôô…

Quando invoquei aos meus antepassados
Era o nosso filho estalando-se no seu óvulo,
Fecundante.
Era o leite que, amanhã, fará com que,
Os que hoje te chamam de “Nguavana”
Te chamem mulher

Contigo aprendi que,
Na vida nada mais doce pode existir
Senão essa fonte de prazer
Que as sexopatas vendem até em “Dumbanegues” .

Inserida por lagunadejesus

Coitado de mim

Sempre fui amado
Mas nunca subi retribuir
Vagabundo incorrigível
E causador do sofrimento alheio
Eu sou bicho, me assumo sem receio

Quantas vezes me quiseram amar
E eu fingi que já amava sem razão
Magoando inocentes sentimentos
Acabando com sonhos do coração
Se eu pudesse ser outra pessoa

Invento sorrisos para enganar, e consigo
Vivo inventado cores sem sentido
Um dia irei pagar. Coitado de mim
Não estou a saber viver a própria vida
Sou ironia de mim mesmo, é!

Enquanto eu semear esta semente
Ela não vai parar de crescer
E quanto menos tardar, irei colher
Porém, amargos serão os seus frutos
Como mudar?! Coitado de mim.

Inserida por lagunadejesus

Imaginação

Quando o sabão acariciava,
O seu corpo apoiado na palma da mão
E eu em pensamentos te via
Suava e o desejo me molhava o rosto

Me sentia inútil por nada poder fazer
Mas a esperança adormecida despertava
E eu desacreditado acreditava em mim
E não via a hora nem o dia de possui-la.

Inserida por lagunadejesus

O destino é sempre justo

Na hora oportuna
Sabe sempre juntar;
Lábios,
Gémeos nascidos um para o outro

Assim aconteceu
Quando naquela noite, eu laguna
Associado num beijo ruidoso de prazer
Assinando o contrato do meu amor por você

A combinação biológica e química
Se deu para nunca mais chamar outra mulher
De meu amor senão você meu amor.

Inserida por lagunadejesus

Mulheres montagem

Enquanto umas
Preferem trabalhar deitadas
E descansar em pé
Umas outras
Gastam o suor do sangue velho dos pais
Na compra de beleza em “Dumbanengues”

Compram cabelos
Cujos verdadeiros donos
Vão apodrecendo em sarcófagos
Compram unhas
E agem como onças
Nas noites em que vendem e não são pagas

Vestem-se erudita e artisticamente
Mas nem se quer
Nas suas próprias línguas
Me podem definir “Arte”

Elas montam-se de princesas
Para ludibriar coitadinhos
Que roubam o salário mísero
Que a adúltera da vida
Vomita em cada final do mês
Como ganho dos pobres pretos dos pais.

Inserida por lagunadejesus

Desvida

Se é vida não sei
Momentos há que desacredito
No quanto na desvida me apeguei
Enfadonho e imprestável no descritivo
Mais sei o que foi mais do que o que será

Eu e muitos como eu
Cá chegamos vindos de boleia
Uns nasceram do pai que morreu
E outros foram paridos na diarreia
O optimismo em algo nos ajuda
Prologar a nosso crença absurda

Tolos! Pouco sobra-nos esperança
Com razão. O sofrimento tem desgastado
Aqui se nasce e se morre na desgraça
E foi preciso pecar para ser diabo
Há uma conotação entre nós todos
A carência nos fustiga como doidos.

Inserida por lagunadejesus