Textos de Jardim
Todas às vezes que renasce a esperança em meu coração, é sinal que Jesus nasce dentro de mim. E todas às vezes que Jesus nasce em mim, o campo florido da minha existência cresce tanto que perfuma o jardim do meu irmão. Porque Natal é isto: quando a gente deixa a presença de Jesus ganhar vida em nós, o amor se propaga iluminando a noite e encantando o dia.
Junto com o sol não chega só o clarão de um novo dia, chega a luz da renovação, a benção do recomeço, a oportunidade de mudar, corrigir, ajustar ou simplesmente manter as conquistas de ontem. Junto com a luz de um novo dia chega, sobretudo, a possibilidade de colher no sublime jardim da existência a bendita flor da vida.
“Há quem diga, sem titubear, que o amor é uma flor roxa que nasce no coração dos trouxas. Posso-lhes afirmar que o amor, em simples palavras, é um jardim multicolorido que vive no coração dos sabidos. E, diante de abundantes exemplos, trouxa de verdade é aquele que não sabe diferençar a flor do amor e tampouco este daquela.”
Um dia a pequena criança viu a nuvem e nela quis voar. Como doida pulava e obvio- jamais alcançaria . Resolveu formar com elas mil imagens que surgiam de sua fértil imaginação. Lá na amplidão azul mesclada de branco apareciam então mil carneirinhos, flores, dragões, barcos e monstros sem braços ...Depois esquecia de tudo e voltava a atenção aos pássaros que em revoadas passavam sobre sua cabeça no imenso jardim ou trilhas por onde andava. Com eles queria voar também e lógico não era possível, resolveu então vestir asas imaginárias e aos solavancos, descia rampas de gramados, achando-se uma sabiá. Até que rolou por uma ribanceira e feriu-se muito. Não desanimou, seus pés não se contentavam em andar apenas sobre o chão e vestiu asas de borboleta. Pelos prados sem fim, voava e ruflava, indo de flor em flor. Sabia todos os perfumes e texturas delas, mas um dia uma vespa predadora a quis pegar, ela perdeu uma das asas e caiu. Nunca mais voou e aos poucos morreu no jardim que amava. Não se deu por vencida, largou a fantasia de borboleta e virou vespa. Como essa, voava sem receio, apavorando borboletas, até que veio um pássaro e a comeu. A garotinha resolveu ser um pássaro e foi voando pertinho das nuvens e ali conseguiu por um instante tocá-las. Imaginou junto à nuvenzinha uma varinha de condão e como fada do faz de conta virou poeta para sempre.
"E quando renasça a primavera, quando Sole me olhar profundamente nos olhos sem saber até onde seus pensamentos ausentes a levaram, verá a explosão de cores, onde todas as flores do jardim são para ela, inteiras e silenciosas, porque para o amor não existe poesia mais profunda que o silêncio, o breve momento de um instante que equivale a todo um porvir. Até o último suspiro de minha vida. E mais além..."
Quando Deus olha para o homem, nos vê como projetou, nos vê como Paizão bondoso e zeloso, não tem como termos um dia diferente ou sentir dores, ou mágoas, tudo que precisamos é voltar ao Jardim, todos somos capazes de imaginar o nosso lar, embora momentaneamente, o nosso trabalho é confiar somente, por isso todos os dias quando estiver ansioso, pegue seu bilhete exclusivo e Vem para o Jardim de Deus.
Como um passe de mágica fui transportado para um terreno vazio, destroçado pelas buraqueiras que alguém tratou de escavar. Um cenário solitário, mas com vestígio de que a semente nunca planta precisa do único jardineiro capaz de transformar aquele ambiente caótico no lugar perfeito para descansar.
Mereces flores em vida, um justo e mínimo reconhecimento pela que diferença que fazes, sendo o destaque de momentos maravilhosos e marcantes, enaltecidos pela essência da tua jovialidade sob uma simplicidade elegante, o amor de Deus em todos detalhes entre o teu agir, o teu ser e o teu sentir, dessarte, notória é a tua importância, uma flor amável de um lindo jardim.
Tratas com muita estima o teu tempo, defendes os teus interesses, principalmente, aqueles que instigam os batimentos do teu coração a seguirem um ritmo de avivamento por um trajeto de liberdade, o fluxo determinado de um rio impetuoso, cuja fogosidade é transbordante, que faz arrepiar a tua pele, que atiça a tua vontade avassaladora, considerando que a tua paixão é farta, o calor da tua alma não esmorece, conquistar a tua confiança é um grande passo, mas a falta de atitude atrai o teu desinteresse, um jardim não cultivado, onde o teu querer não floresce.
No Brasil o processo de jardinagem é feito ao contrário do que se espera do paisagismo. Eles deixam o gramado secar, cortam todas as flores e retiram todos os nutrientes da terra. Depois eles irrigam as ervas daninhas e tratam dos espinhos para que fiquem como os dentes famintos de um crocodilo. É exatamente isso, não existe beleza alguma nesse jardim.
Luz e escuridão. O bem e o mal. Otimismo e pessimismo. Paz e guerra. Amor e ódio. Fartura e miséria. Anjos e demônios. Progresso e estagnação. Verdades e mentiras. Ética e canalhice. Moral e imoral. A dualidade permeia a humanidade, que se agita diante do incerto futuro. O cristianismo se desenvolveu na tradição dualística de Israel. Incorporou a cultura greco-romana, que também era dualista e influenciou outras culturas e religiões. O islamismo não foi diferente. A meditação é um dos caminhos para se ir além do dualismo. Quando a mente cessa, podemos superar resquícios da memória atávica e descobrir um princípio unificador que nos leva a compreensão do todo, da unidade e diversidade cósmica. (D. Juan de Marco - filósofo espanhol Sec. XVIII incorporado por J. Jardim - Sacy Pererê).