Textos de Incertezas
Tudo que você possuir em sua forma artificial provem da natureza, desse gigante planeta, algo que modificaram e suas origens eliminaram.
Aos pobres mortais restam penas desiguais, simples animais imaginam sempre serem mais.
Livres por condição, aprisionam-se por opção,
congelam sua dignidade correndo atrás apenas de falsas verdades.
Coletividade individual paira sem final.
Cada segundo passado evapora-se instantaneamente, idealizam um amanhã humilhando antecipadamente um incerto futuro desejado, fantasiado. Apenas maquiado...
Cada minuto é um minuto perdido, cada momento é único e precisa ser perfeitamente aproveitado.
Conscientes da sua própria mortalidade talvez a desgraça não reinasse e a vida plena a todos prolongasse.
Num piscar fecharam os olhos e nunca mais os abrirão, nem aqui nem em outra dimensão, apenas ossos sem nenhuma função.
Apesar de terem o cérebro, de fato, o mais complexo,
é também o mais sem reflexo.
O tempo tem que ser encarado como um investimento positivo,
sempre com respeito enriquecera-se de bons sentimentos.
Enxerguem seu fim, vigiem enfim...
Não espere a oportunidade
Pra dizer o que sente
Incrustado na mente,
Pois o mundo gira a vontade
Independentemente
da verdade... Qualquer verdade!
E a cada volta sua, maldade!
Nada estanca a vontade
De te trazer felicidade.
E pelo suspiro da criatividade,
Que desabrocha em veleidade,
Ocuparemos toda a cidade.
Das matas ao deserto,
Recíprocos, decerto.
Análogos ao incerto
Viver, nesse estado encoberto
Onde a mente priva certo
Sentimento, distante é perto.
Das estrelas, o brilho incerto
Que figura o passado, flerto
O existir que não está perto.
E sem saber de um certo
Sentimento teu, incoberto
Pelas dúvidas, me liberto.
Castelo de Cartas
Construí meu castelo, acreditava ser forte e inabalável. Usei como material muito amor, amizade e confiança, pensava estar muito bem protegido de tudo e de todos no seu interior. Eis que a vida manda uma leve brisa e o desmonta, estou atordoado, derrotado, quão frágil e incerta é a vida, jamais teremos certeza de nada.
Talvez
Bem, talvez tenha sido o fogo daquela paixãoardente.
Talvez ele tenha ardido tão intensamente que queimara até o que nãodevia.
Implacável e sem noçãode limites foi assim que ocorreu tal queima talvez de repente e impiedosamente mas lenta e gradualmente.
Talvez não fosse pra ser... Talvez não fosse o momento certo...
Talvez...
Talvez seja um erro tão grande acabar quanto foi iniciar tudo isso.
Mas eis o lado bom da incerteza, nunca saberemos se era pra ser de outro jeito, afinal esse foi o futuro que escolhemos.
(Talvez ele tenha nos escolhido)
Após um ano, estamos nós aqui evitando a nossa realidade e esperando que as coisas aconteçam ou se prolongue para que então não chegássemos a isso.
A nossa vida mesmo indo para caminhos distintos volta a nos aproximar da maneira inesperada que começou. Você agindo e perpetuando coisas que eu não gosto mas aceito por amar.
Hoje eu queria sua verdade além dos carinhos e beijos, queria sua descrição e percepção do que espera de nós. Queria sentir quais as intenções e se tens alguma.
A vida passa, mas meu sentimento fica. E a certeza se posso cultivá-lo em mim está esperando sua escolha.
Enfim, mais um mês...
Nessa nossa relação atípica, mas sentimental...nesse nosso sentimento confuso, mas intenso.....e nesse nosso querer controlado, com ânsia de querer do lado, ficando descontrolado, a paixão vai ficando e ficando..
Quero desejar tanta coisa, nesse desejo incerto, onde a vontade é maior do que a razão, e muitas vezes a razão é maior do que os dois juntos.
Quem quiser explicar nossa relação, vai ter que se explicar com essa explicação, pois não há outra descrição, pra esse tipo de paixão.
Na certeza da incerteza de nós dois, só sei que meu coração quer sempre desejar você...
Nossa musica nunca mais tocou. Aquele abraço nunca mais rolou. O meu colo ainda espero em ti e ainda tenho medo de me sentir assim. Aquela velha nostalgia me encontra e me faz querer chorar. Você me falou pra não me preocupar. Que era uma coisa besta. Pena que suas palavras brigam com meus sentimentos.
Sei que quando nossas íris se encontram, elas contam historias. Elas ficam felizes em relembrar aquela cena. Você sentado na janela, fumando mais um cigarro enquanto eu deitada materializava o futuro perfeito, com muitas xícaras de café e um cachorro grande. Mas aí, você se transforma. Vira as costas e não quer mais saber. Dói. Dói por ser tão perfeito.
Nove meses para ser feliz. Nove meses para parar com essa mania de sofrer. Sinto-me como uma aprendiza. Uma criança que não sabe de nada e com medo do futuro. E você como um professor as vezes sem paciência. Lamento não te dar as maçãs.
Eu te encontrei e quis duvidar da possível razão de ser feliz. Mas quem imaginaria?
Me tira daqui, me leva pra longe e diz mais uma vez que o amor ainda existe. Que todo aquele rímel borrado não voltará. E que as flores colhidas do jardim serão para coroar uma rainha.
Certeza? Nenhuma. Vontade? Muita. Amor? É o que não falta.
Eu só espero ansiosa o dia que vou ser coroada rainha de mim.
E por falar em certezas
de nada tenho certeza...
Neste universo
há de tudo um pouco
e em cada canto
pelo menos um louco.
Destoo de tudo...
discordo em tudo...
desde que acordo
com nada concordo
divergir é minha alegria
o dia todo... todo dia
Falta harmonia,
entendimento...
em todo canto
desavença
sempre há alguém esperando que eu não vença.
Conflito,
discórdia
rixa,
disputa,
cizânia...
Que porcaria...
E por falar de certeza,
a incerteza não é um desvio ocasional e temporário...
a incerteza reina neste Universo...
em qualquer horário
a certeza é o anti-horário.
e não importa se você pensa o contrário.
Às vezes vejo tudo no mesmíssimo lugar.
Às vezes imagino um mundo sem solidão.
Às vezes percebo que nada foi em vão.
Às vezes vejo uma luz se perdendo na escuridão.
Embora seja às vezes, sinto que tudo aconteceu ou irá acontecer.
Momentos incertos falam por si só, e, lá no fundo, querem nos dizer algo.
Fixo meu pensamento, compreendo o futuro e busco ser verdadeiro.
Às vezes...
Quem pudesse ouvir oque grita meu silêncio
Com a força que reprime um sentimento
Como passarro que tem asas e não voa
Como sombra que dessipa a luz acesa
Como veu que cobre e não esconde
Um tesouro de raríssima beleza
Colocando as cartas sobre a mesa
Onde o medo consumindo pela duvida
A armadilha pegou pela certeza
Trancafiando o peito em armadura
Que breve seja a passagem
Pelos campos da cruel incerteza
Que ao cruzar a ponte do desprezo
Que renasça os campos de beleza
É interessante!
É interessante como, às vezes, a experiência passada pode moldar nossas expectativas. Quando nos deparamos com situações semelhantes no presente, tendemos a antecipar resultados com base no que já vivemos. No entanto, é importante lembrar que cada momento é único e pode trazer surpresas. Às vezes, a incerteza é a única certeza que temos, e é quando ousamos acreditar em possibilidades que podemos encontrar resultados diferentes. Portanto, mesmo quando a história parece se repetir, devemos deixar espaço para a esperança e a mudança, pois a vida pode nos surpreender quando menos esperamos.
"Existem escolhas e escolhas....
Quiz o destino que fizéssemos escolhas.
Saber se elas foram certas ou erradas,
nunca iremos saber.
No momento só temos a certeza que o coração quer algo que a razão diz que não convém ter.
Talvez essa seja a certeza do poeta,
nunca saber se aquele amor vai valer
ou não a pena viver.
Se entregar as paixões, eis a questão a escolher. "
O que se é
Eu posso ser o mais feliz possível
Ou, devo eu
Ser possivelmente feliz?
Entre adjetivos e substantivos,
Implicâncias gramaticais,
Posso ser o que há em mim agora
E o que há em mim
Nem me disponho a reconhecer.
Tem mora,
Custa conhecimento,
Requer expressão.
O que há em mim
Não cabe em regras literárias,
Pois enquanto é expansivo demais
É desconhecido ao mesmo tanto.
Ora em sombra,
Ora em luz
E muito sobre neblina
Findando então qualquer questionamento sobre mim,
Todavia ordenando todas as certezas que me coloco em hesitar, abnegar.
PATOLOGIA COLETIVA (Abr/1984)
Quando já não se acredita,
Quando já não se busca,
Revelamos nossa condição,
De mortos, que a vida ofusca!
Por que não dar lugar a esta chama?
Que certamente existe em teu ser?
Por que não libertar-se das quimeras?
Deixando os sonhos perecerem?
Por que não libertar do íntimo,
Aquela gostosa sensação?
De que a paz é tão possível,
Mesmo diante de tanta confusão?!
Ah, como me sinto!
Em nome de tamanha incerteza...
Que vontade de gritar ao mundo,
Que a solução está na natureza!
Só que temo bastante,
A hora em que ele perceber.
Será normal a Terra não aceitar.
Mais árvores para nascer!
Quando ocorrer em sua vida,
Imagine a primavera.
Creia na conversão de sonhos!
Trabalhe por uma nova era.
Eu não sou o único homem sobre a Terra e talvez só haja Terra e homens.
Pode ser um deus, um engano.
Pode ser que ninguém tenha me condenado ao tempo(essa longa ilusão) a não ser eu mesmo.
Já não sonho a Terra , meus olhos não à percebem.
Já não sonho a noite e muito menos a manhã.
Já não sonho a vida eterna.
Já não sonho os céus.
Sonho o Sol
Sonho a lua
Sonho a aurora
Sonho a dúvida e a incerteza.
Sonho o dia do eterno amanhã.
Mas talvez não haja amanhã,
talvez eu morra, talvez eu nasça e talvez a vida seja, assim como essa descrença, infindável e ininteligível.
Sonho, talvez, um sonho.
Equinócio - equilíbrio da noite e do dia
Equilíbrio da noite e do dia
Assim como a vida equilibra
Talvez não na prática, mas sim na teoria
Talvez não todo dia, mas sim alguns dias
A vida e suas incertezas
Dias e seus mistérios
Assim como a vida e os dias
Devemos apenas vivenciá-los
Não tentaremos saber o futuro
Pois ele não existe
Há apenas uma hipótese
Há apenas uma breve história
Do que gostaríamos que acontecesse
O agora é o que importa
Suas incertezas é sua graça
Que graça teria se não existissem-as
O desequilíbrio da vida e seus mistérios
À torna bela a cada dia
A derrocada dos viajantes
O meu destempero acompanha meus passos, os portões silenciosos e as janelas escuras são testemunhas, mas são através de subidas, e mais subidas, e um repente de súbitas sensações de cansaço, que se fazem todas minhas manhãs. Muitos me dizem que esta é a hora de se fortificar, porém esses parecem tão fracos quanto eu, não os julgo, muitos se contentam com suas estradas, e é claro, cada um têm a sua; curva, inclinada, esburacada estrada que os levam para um destino, esse no qual é incerto de sua chegada e, sua volta é almejada desde à partida. Sou mais um como muitos outros, mas ainda não perdi a graça de observar meu trajeto, entretanto, outros nem perscrutam por onde passam.
Outrora vazio ou cheio me sinto, ouço o ressonar dos passos atrás de mim, e aqueles que irão me acompanhar, não os conheço, mas são gente assim como sou, pois, é assim que penso, e sei, que não deveria pensar assim. Hoje, ainda jovem, tenho força para me defender, ou será que tenho? Porque pessoas não são nada, para aqueles que gostam de sentir o poder e o domínio de sua jornada, e quando você pensa, é menos um andando pelo caminho que partilha. Claro, tenho medo, mas não posso parar de viajar. Minha juventude, infelizmente, em nada me beneficia neste caminho que começo tão jovem, consigo se traz ingenuidade e carência, eu vigio por muitos, mas será que alguém vigia por mim? Não, sei que não, porém logo cedo o sol bate no pico da catedral, e nos ilumina, nós, os viajantes. Ainda assim, mesmo com essa luz, meus consortes não conheço, logo, como os mais velhos instruem; “olhem para os seus pés”.
Agora fria, minha pele começa a ficar morna, contudo, esta bendita estrela não me consolará assim. Em horas, estarei banhado pelo meu suor, angustias, revoltas, e pelos cantos, ficarei choroso. Mas meus pés nem doeram para pensar assim, nem estou na metade do percurso, quem dirá o dia. Sendo assim, devo me atentar para não me desarmar na frente daqueles que cruzam bem rapidamente minha caminhada. Sempre acenam, fazem um assobio, mas o que se faz presente nesses, são os sorrisos sem tempero, até menos que o alimento na metade do dia.
Outrora, fazia questão de se atentar para minha jovem saúde, hoje, parece que não tenho mais opções para fazê-lo, são grãos que não agraciam minha dispensa, minha fruteira de plástico, são medicinas que não jazem mais em nossos velhos criados, e um conjunto de pessoas que necessitam do mesmo que eu, que prezam pela sua recém vitalidade, e aquela que já quase parte. Canso-me de pensar, e de tanto pensar, canso de mim. Ó, descida desvanecida, não cheguei aos montes para não conseguir te enfrentar, pois, quando eu estiver no platô, terá mais um cume para desbravar, donde desaguarei em vias e rodovias turbulentas, sujas e com mais gente assim como eu, que de tanto pensar, cansa de si. A minha astúcia não se faz mais presente quando tenho de exercer o que realmente tenho que fazer, e minha altivez se desbota na última esquina que dobro, e sinto o tempo escorrer pelas minhas mãos, meu doce e precioso tempo, escorre por minhas grandes e (que agora) gélidas mãos.
Todavia, na volta é onde me faço vivo, onde minha existência não é tão execrável assim, onde minhas enfermidades não me preocupam, e nem sequer me pego pensando que todo fruto do meu esforço, são para dividas que não foram engendradas por mim, e paras quais, desconheço seus valores exorbitantes. No fim das contas; para ser exato, no fim de muitas contas. O meu êxtase se torna real quando ouço o caloroso e doce falar de um futuro viajante, que peno por ele em todas minhas caminhadas.
- Chegou cedo, papai!!!
Onde você está?
Queria está com você neste momento, mas não sei se queres está comigo. Queria tanto te ver, mas já não sei se queres me ver.
Queria tanto te falar, mas já não sei se queres me ouvir.
Quero te procurar, mas já não sei onde está.
Sinto aqui um vazio de você. ...
Porque fui te amar tanto assim?
Este sentimento que me consome cada dia mais. ...
Quero compartilhar com você tudo isso.
Mais não já não sei onde está.
Porque a gente sonha em ser brilhante em alguma coisa?
Adultos brilhantes
Pais brilhantes
Trabalhos brilhantes
Com certeza é a propaganda do brilhantismo do mundo globalizado
A gente sonha com um talento brilhante que nos destaque dos outros e nos faça especiais, diferentes do todo, destaques
Qual o sentido de ser diferente?
Porque a normalidade, a média e a razão não são suficientes?
Qual o sentido nessa atração pelo brilhantismo?
Eterna busca em eterna incerteza
É tudo tão turvo
Inebriado
Mas tem seu cheiro
E gosto do seu batom
Posso ficar feliz
De não enxergar
Ou triste
De só imaginar
Não sabendo
Acho o que quiser
Sem certeza
Posso ser o único de pé
Esperando pra dançar
A música que só eu ouço
Mesmo assim eu torço
Pra não pisar no pés
De quem me tira o chão
Toda vez que abro os olhos
E fico nessa escuridão
A tatear
Em sua frente
Um futuro que eu invente
Ou talvez exista
E resista
Com medo de se mostrar