Textos de Ignorância

Cerca de 596 textos de Ignorância

⁠No vasto mundo do saber a fluir,
Não tema o conhecimento, deixe-o surgir.
A ignorância, também, não tema enfrentar,
Na busca da verdade, sempre avançar.

Sem ideologias, em busca da união,
Abra-se ao diálogo, de coração.
Troque ideias, sem restrição,
Aprendendo com a diversidade em ação.

Em cada livro, um universo a desvelar,
Olhos atentos, prontos a explorar.
A origem não importa, o que vale é aprender,
O conhecimento espera por você.

Curiosidade, guie-nos com fervor,
Descobrindo mistérios, a todo vapor.
Deixe o medo de lado, vença o receio,
No saber reside o poder que almejo.

Então, abrace o conhecimento em harmonia,
Encontrando sabedoria a cada dia.
Na troca e no respeito, erga seu canto,
Rimando versos, celebrando o encanto.

Inserida por JorgeLimaLoiola

⁠O que é a ignorância e o admirável mundo novo de evolução tecnológica, em que tudo pode ser usado contra ti e manipulado o teu ser virtual e que se repercute no teu eu social real,o que é verdade ou a mentira, de que forma esta contemporaneidade pode afectar a curto e médio prazo, em que a ignorância é o orgulho, o que se espera é saber filtrar e ter sentido e questionamento crítico, e não comer tudo o que lhe dão.A evolução da globalização permitirá que tenhamos inteligência de um questionamento mais avançado, e ter uma maior sensibilidade de reconhecer o outro com as suas capacidades, limitações e que progressos podem surgir a partir daí.
O silêncio e o diálogo pode ser também injustiça sem poder defender-se para quem debate. Isto quer dizer que também temos que ter direito às nossas certezas e incertezas, e nesta sociedade actual teremos que saber conversar com um diálogo profícuo que permita inteirarmo-nos do que realmente seja humanista e importante.

Inserida por miguelclasen

⁠Meros fantoches

Busco na minha ignorância
E descubro que a cada dia
Pessoas se acham poderosas
Por ter subido em um tijolo
Dentro das firmas tem muito disto
Também em outros setores
Olham de cima para baixo
Olhando a cor do uniforme
Se está de gravata ou na sala tem ar condicionado
Acham-se superiores
Vomitam um monte de besteira
Apontam dedos
Usam filosofias
Nem conhecem as pessoas que menosprezam
Estão acostumados no ar condicionado
Quando saem da sala
Derretem com o calor que está aqui fora
Saem se abanando
Dizendo que calor?
Mais funcionários na opinião deles
Tem que usar uniforme dois ,três dias
Porque funcionário no calor pode
Vejo a hipocrisia
Nas comparações vocês acham que podem usar isto
Gastamos muito para vocês destruírem.
Me da nojo ,ânsia de vômito
Da vontade de falar um monte
Mais estaria me igualando
Ao mundo que tem na sua cabeça
Que as pessoas especiais
As mais inteligentes
Os bem vestidos
São aqueles que têm um ar condicionado
Na sala
Os restantes são meros fantoches
Que podem ser manipulados
Sim senhor, não senhor.
Na utilização em uma organização
A parte da limpeza tem suas normalizações
Mas em tudo tem que ter disciplina
Não importa qual o cargo
Achar que é superior
Será sempre a ruína
De qualquer pessoa que se acha superior à outra
Vivemos num mundo
Que somos apenas números
Temos nomes
Mais somos números
O mundo gira
A vida é uma roda gigante
Não devemos desprezar ninguém
Porque hoje ele te serve
Amanhã a roda gigante gira
E é você que pode estar servindo
Quem você desprezou.

Inserida por Paulopereira13

⁠Pensamento do dia:
O dinheiro não tira você da ignorância. Você pode ser um ignorante com dinheiro.
Como o letramento também não tira você da ignorância. Você pode ser uma pessoa letrada, mais continua sendo ignorante. Para que isso não acontecessa você tem que ouvir os mais velhos, que daí você vai adquirir o comenhecimento humanizado, e isso só se aprende com a vida, e com as pessoas mais velhas que você. Bom dia, confiança e paz sempre.

⁠O livre-arbítrio é uma ilusão que nos aprisiona na nossa própria ignorância e nos expõe ao sofrimento. A graça de Deus é uma verdade que nos liberta da nossa própria limitação e nos conduz à felicidade.
Nós nos orgulhamos do nosso suposto livre arbítrio, pois ele nos dá a sensação de autonomia e de superioridade. Deus se humilha pelo seu verdadeiro livre-arbítrio, pois ele revela o seu amor e a sua graça.

Inserida por Ketellly

Só a ignorância do homem é capaz de escravizá-lo.

Você não precisa de correntes para escravizar um homem, apenas de palavras que ele anseie ouvir.

Foi-se o tempo em que o homem invadia nações e as conquistava com armas em punho, matando e acorrentado sua gente.

Hoje, o homem invade nações armado apenas com palavras e as escraviza com a mais forte de todas as correntes: a esperança.

Roubam e nome de partidos, causas e até de Deus. Sua capacidade de mentir e sua ganância só encontram paralelo na fé daqueles a quem escravizam.

A ignorância é a mais cruel e eficiente das prisões.

A mente de um escravo preso a correntes vai onde ele quer que ela vá, mas a mente de um escravo preso à palavras fica onde seu senhorio quer que ela fique.

Inserida por Peter2008

⁠Sempre achei que oferecer sacrifício aos deuses fosse fruto da ignorância de povos antigos, ou até de povos contemporâneos, mas igualmente ignorantes.
Hoje, parando pra pensar sobre isso, vi que não.
Quantas vezes eu deixei de fazer algo que queria, ou me penitenciei por ter feito, simplesmente porque era pecado. Não teria eu oferecido em sacrifício, a Deus, a minha vontade, em troca de um sentimento de bondade ou da esperança de um lugar no reino dos céus?
Isso sem contar as vezes em que ofereci em sacrifício, não a Deus, mas a outras pessoas, o meu próprio eu, em troca de uma relação mais duradoura e menos tempestuosa.
A oferenda de sacrifícios pode ser fruto da ignorância em alguns momentos, fruto de escolhas conscientes em outros e até uma prática antiga, mas definitivamente não é restrita a alguns povos. Todos, em algum momento, fazemos uso dela.
Se é inevitável que a pratiquemos, então, que a felicidade seja sempre o prêmio, nunca a oferenda dada em sacrifício.

Inserida por Peter2008

⁠**Realidade mágica**

Em um momento de pura ignorância, pode-se pensar num mundo irremediavelmente chato.
Sem a possibilidade de fantasmas, telepatia, mundos perdidos ou discos voadores.
A natureza, pelo contrário, não precisa de nada disso para ser interessante.
Esquecer do quão impressionante é a existência das coisas,
ao invés do vazio, demonstra uma miséria no saber da realidade.

O universo, visto como um todo, é um vazio imenso,
altamente inóspito à vida. Em sua totalidade,
As temperaturas tornam impossíveis a existência de qualquer forma
Que não seja o caos ou a imutável apatia.

Estruturas complexas nascem da magia do acaso.
Seres formados de matéria não viva,
vivendo em corpos enfeitiçados.

Minúsculos seres, em sistemas altamente complexos,
Vivendo magicamente em harmonia, como peças em ciclos
Que transformam a luz do sol em suas breves permanências na terra,

Desde o início do tempo, as menores peças do universo
São magicamente as mesmas por toda imensidão do tempo.
As menores partes de uma estrela, do seu nascimento até a sua morte,
São as mesmas iluminando a visão de quem enxerga o universo.
Enxergar o universo, em suas diversas formas de criar existências,
É fugir da chatice de uma visão ignorante
Renegante a um universo repleto de magias desconhecidas
Que permitem a simples existência ao invés de vazios,
apesar das ínfimas possibilidades.

Inserida por LuheLuiz

⁠" Não menospreze, o que desconheces pois, sua ignorância vai lembrá-lo que disseres serão rasas, é tudo o disseres serão reflexões de quem eres verdadeiramente em tua existência.
O pior destes ignorantes -----
são aqueles que agem pelo que acreditam, sem estabelecer dois pontos em intersecções do alinhamento do desconhecido. "

Inserida por Knodes

Ignorância

Do latim ignorare
Significa "não saber'
É percorrer uma longa estrada
Sem ter aprendido a correr.

Em minha vida, se faz muito presente
É da família
Assume a forma de gente
Às vezes, finge ser melancolia.

Se diz tão católica
Mas apesar de desejar o bem
Faz intrigas e escarcéus
Quer se apoderar da vida alheia
Mesmo não cuidando da própria.

Para mim a ignorância tem nome:
Maria.
Não uma Maria comum, como várias nesse planeta.
Seu nome simboliza a bela escarpa rochosa em declive.
A ignorância se chama Maria de Lourdes.

Inserida por lauraamorimbahia1803

⁠George Orwell uma vez escreveu: "Guerra é paz, liberdade é escravidão e ignorância é força".

E eu escrevo: 1984 ainda é 2024, com soldados encarando uma guerra de frente deixando esposas e filhos a sua espera, levando assim, a uma falsa paz global apenas para avançar agendas...

Inserida por evelynlugo

⁠No Cristianismo, a ignorância espiritual e falta de sabedoria, nos faz ver pecados onde não existe, e onde existe realmente o pecado, como que não existisse.
A verdadeira sabedoria e maturidade cristã, está em primeiramente olhar para dentro de si, vê o que precisa mudar ou melhorar, principalmente em se tratando do próximo, e principalmente nunca pronunciar palavras, fazer gestos ou tomar ações que jamais gostaríamos que fizessem com a gente.

"Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas".
(Mateus 7:12)

"Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas. Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes. O que come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu. Quem és tu que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar. Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo".
(Romanos 14:1-4,10)

(DVS)

Inserida por daniel3808

⁠A cabeça que me guia
é a mesma que sufoca na ignorância do homem.
As mulheres que me criaram
se envergonham das irmãs que as traem.
Os lugares por onde passo
se elevam pelo brilho que carrego.

São fotografias de um passado de dor:
retratos de sorrisos mortos,
marcas de dias tristes,
buracos de dentes tortos.

Cicatrizes da alma,
defeitos de cor,
a beleza da pele
e o desejo de amor.

É a vida negra que luta pra brilhar,
pra sair na foto,
onde o contraste da pele
é um alvo na mira.

Minhas fotografias não são preto e branco.
São preto escuro

Inserida por Filhodaterra

⁠Perdoe minha ignorância



Se eu não souber falar

Se eu não souber amar

Se eu não souber escutar

Perdoe minha ignorância!



Se eu não souber fazer

Se eu não souber escrever

Se eu não souber dizer

Perdoe minha ignorância!



Se eu não souber decidir

Se eu não souber dividir

Se eu não souber sorrir

Perdoe minha ignorância!



Se eu não souber compor

Se eu não souber propor

Se eu não souber seja lá o que for

Eu só te peço por favor

Perdoe minha ignorância!

Inserida por MONIQUEANGEL7

⁠Apenas Viva

Poder ter ou ter o poder?
A leviandade do ser,
oculta na ignorância... Sem ter.

Não esconda o desejo indesejável
nos labirintos das cicatrizes,
a cura da doença incurável
causada por teus deslizes.

Viva o hoje, o momento
a força do sentimento
que chega sem hora marcada
pois da vida se ganha tudo
mas da vida não se leva nada!

Inserida por oridesrs

⁠REFÚGIO DE MALÍCIAS
(Nepom Ridna)

Sinto saudade do tempo de ignorância plena;
Quando nos roubavam, e minha alma era ingênua!
Hoje, num refúgio cheio de malícias;
Escrevo poemas.

Sinto saudade do tempo encantado
Quando o que era roubado era só o passado
Minha alma ingênua acreditava na cena
Hoje só restam malícias em nossa arena

Escrevo poemas em linhas tortas
Versos que revelam as portas
De um refúgio de malícias tão meu
Onde o certo e o errado se perdeu

Nas noites vazias lembro com tristeza
Daquela ignorância que chamava de certeza
Os sorrisos fáceis e as promessas vãs
Agora são fragmentos em minhas mãos

Escrevo poemas em linhas tortas
Versos que revelam as portas
De um refúgio de malícias tão meu
Onde o certo e o errado se perdeu

O tempo mudou e mudou com ele
Minha alma vela um novo impasse
Um novo emblema
E nos versos soltos encontro meu abrigo
Entre a emoção e a razão tão antigo

Sinto saudade do tempo de ignorância plena;
Quando nos roubavam, e minha alma era ingênua!
Hoje, num refúgio cheio de malícias;
Escrevo poemas.

Escrevo poemas em linhas tortas
Versos que revelam as portas
De um refúgio de malícias tão meu
Onde o certo e o errado se perdeu

Sinto saudade do tempo de ignorância plena;
Quando nos roubavam, e minha alma era ingênua!
Hoje, num refúgio cheio de malícias;
Escrevo poemas.

Inserida por ridnaruJ

⁠Reconhecer a ignorância nos convida a olhar o mundo com curiosidade, em vez de indiferença ou preconceito. É como abrir uma janela que estava fechada e permitir que a luz de novas ideias e realidades entre em nossas vidas. Essa abertura pode ser desconfortável, mas também é libertadora, pois a ignorância, no fim, é uma escolha entre a estagnação e o movimento. Ao nos dispormos a aprender continuamente, podemos superar barreiras e, assim, contribuir para um mundo mais compreensivo e inclusivo."A dualidade da vida", vol.1.
#th_historiador

Inserida por TH_Historiador

⁠O QUE É O VÉU-DA-IGNORÂNCIA?

O Véu-da-Ignorância é o que impede os Homens ou Almas Humanas de enxergarem a Verdade.

É constituído pelo conjunto de Consciência resultante do uso errado do livre-arbítrio, Corpo e Mente.

Libertar-se do Véu-da-Ignorância não é eliminá-lo, mas é estar plenamente ciente da sua existência e desapegado dele.

Inserida por Amanciorego

⁠Saindo da Ignorância



Capítulo 2

Em 1969, numa noite fria de Fevereiro o céu estava nebulado, chovia alguns pingos de água, no sítio do Valinho os cães do Senhor Ferreira ladravam muito. Até parecia que adivinhavam algo. Eram 4 horas da manhã, quando se deu o que se iria dar. Maria Lúcia acordou de repente, ao sentir a cama a tremer. Disse então a seu marido :

- O que se passa? É um tremor de terra! Temos que ir para a rua!

- Vamos acordar os rapazes e fugir para a rua! Imediatamente foram ambos buscar os 3 filhos, pois a rapariga estava em casa dos tios no litoral Algarvio. Pedrinho ouviu os tachos e os pratos na cozinha, caírem para o chão. Foram para a rua da casa, mas o cismo já tinha passado. Um dos rapazes mais velho, chorava e dizia:

- vai fazer mais eu sei que vai!

- Não vai nada! Disse o pai! Maria Lúcia respondeu:

-Temos que ir ver os meus pais, na casa deles! Foi então ainda de noite, em outro local da serra ver os pais. Mas estavam bem. E nunca vieram, para a rua! Pela manhã verificaram que um galinheiro de alvenaria tinha caído sobre as galinhas e matou algumas delas. Também viram que as galinhas com o pânico, foram pôr os ovos em um caminho no campo, durante a noite. Toda a família teve um grande susto. Sendo assim verificou-se que a casa tinha ficado toda rachada. Depois de falarem com o senhorio, para ele fazer as reparações, este disse que não fazia obras nenhumas. Por isso em 1970, os Ferreira mudaram em Janeiro desse ano, para um sítio no litoral Algarvio de nome Terras de Cima.Arrendaram uma horta, para continuar a fazer a sua agricultura e assim os rapazes mais velhos empregaram-se na hotelaria . Pedrinho só em Outubro desse ano foi para a escola em Terras de Cima. Foi para a escola,quase com 8 anos de idade!

(Continua)

Mário Dias

Inserida por Helder-DUARTE

⁠Capítulo 3

Saindo da Ignorância

Capítulo 3

Era o dia 1 de Outubro de 1970. Estava uma manhã um pouco fria, mas com algum sol, enquanto o senhor Gerónimo, estava no seu trabalho de dar comida às suas vacas, Maria Lúcia foi levar o Pedrinho à escola de Terras de Cima. Neste dia era para se fazer as matrículas. O Pedro era uma criança muito nervosa e tímida. A professora estava a receber os pais com os meninos. A senhora professora era a Dona Maria Cristina; vestia uma bata branca. Naquele dia depois das matrículas os alunos vinham com as mães. A sala de aula naquele tempo, do século XX, era mesmo só para os rapazes. As raparigas frequentavam outra sala da parte da tarde, com outra professora. A escola só começava no dia 7 de Outubro. Na abertura da escola, Pedro começou a chorar, dizendo " Eu não quero ficar aqui! Eu quero a minha mãe! " .

Com a criança aos gritos, a pobre mãe deixou-o ficar na escola, na sala de aula, e veio para casa. A professora veio junto dele para tentar que ele se acalmasse. Por fim, teve sucesso nessa tarefa. Começou por chamar os meninos e ensiná - los, que quando ouvissem o seu nome, deveriam dizer "presente". Depois disse para eles rezarem um "Pai nosso" e uma "Avé Maria"; Mas havia um menino que era da religião "Testemunhas de Jeová" Este não sabia rezar nada. Os outros iam rezando e rindo, porque ele ficou calado. Eram tempos difíceis, enfim como se toda a pessoa tivesse que ser Católica!.

No primeiro dia de aulas, apenas fizeram muitos desenhos. Depois por volta das 13.00 horas, saíram. Pedrinho foi para Casa com seu primo (primo terceiro e colega) José Tolentino. A sala tinha 3 classes: a 1.a classe, a terceira e a quarta. A professora dava aulas às 3 classes. Certamente todos se iam habituar à escola. Pedrinho também se habituou. Mas coisas mal feitas sempre houve e naquele tempo o ensino era uma farsa. Era o tempo da "Velha Senhora". Os meninos que eram considerados engraxadores, por trazerem um ramo de flores à professora, esses eram os que a senhora mais gostava. Os restantes eram postos de parte, pela Dona Maria Cristina. Sendo assim só progredia no ensino e na apreensão das contas, na leitura, na escrita e em toda a matéria, quem a senhora quisesse ajudar. Pedro foi posto de parte desde os primeiros dias de aulas. Então passou - se o ano lectivo sem o Pedro aprender nada. Não sabia fazer contas nem ler ou escrever. Por isso a professora batia às vezes nos alunos com uma régua muito grossa de madeira, principalmente quando davam erros nos ditados. Também os meninos mais velhos batiam nos mais novos, o que era um ato de coboardia. No final do ano, a mãe de Pedro, foi perguntar à professora, "Porque ele não passou de classe?" Ao que está respondeu " Ele não sabe nada e também não brinca com os outros meninos!" Maria Lúcia guardava tudo isto no coração, pois não valia de nada reclamar! Não adiantava mesmo nada!

Ele já tinha quase 8 anos, ( Porque um ano antes não o tinham deixado entrar na escola por ser muito novo). Assim ficou dois anos na 1 - a classe. Depois passou para a segunda classe, porque sua irmã mais velha, lhe ensinou as contas de dividir e as outras matérias. Foi então que passou para a terceira classe. Nesta classe, no fim do ano lectivo a professora voltou a dizer -lhe "Você este ano não passa de classe, pois não sabe nada, você é um "burro"!"

Às vezes quando a professora saia, para ir à sala da outra professora ao lado, deixava um aluno no quadro a apontar o nome dos colegas que se portavam mal, ou que este dizia, que se portavam mal. Quando a senhora chegasse, acertava as contas com eles. Algumas vezes eram feitas injustiças, tudo por causa do engraxador que apontava o nome de quem não tinha feito nada de mal. Mais uma vez, a mãe de Pedro, foi falar com a senhora professora. Esta disse" Ele não sabe nada!" Assim ficou Pedro mais 2 anos na terceira classe. Depois passou para a 4 - a classe. Nesse ano veio finalmente uma nova professora .Nova na escola e nova na idade. Isto já depois do 25 de Abril de 1974. Era uma jovem professora, que tinha saído do Magistério Primário. O seu nome era Sílvia Baiona. Graças a esta professora nova, Pedro saiu da ignorância, fez a 4 - a classe, já com 13 anos, em 1976. Mas também o país estava "saindo da Ignorância "!

FIM

MÁRIO DIAS

Inserida por Helder-DUARTE