Textos de Filosofia
Os projetos não morrem:
São anteriores ao tempo
Existem antes do nascimento
E fenecem depois do fim.
Com eles se pode viver,
Mas não facilmente sem.
Vez ou outra renascem fortuitamente
E então pensamos ouvir os passos distantes de um ser que nunca nos foi
Ouvir a voz que ora nos apazigua
Quando, em verdade, são eles dando-nos asas ilusórias
Que mal dadas, são cortadas rentes
E muito posteriormente dilaceradas
Com a amplitude de inúmeros decibéis.
É tudo tão célere que mal notamos,
Tornamo-nos ao seio da mediocridade e vileza humanas.
Os projetos não morrem:
Pulverizam-nos.
Deixe as pessoas tóxicas, radioativas, chatas,infelizes, rancorosas, amargas te ensinar que você não deve ser assim...
Você está tendo a oportunidade de extrair da sua essência exatamente o que elas precisam.
O que for possível fazer faça.. o que não for, só ore por essa pessoa, se afaste se for necessário ou simplesmente fique em silêncio...
Mas uma coisa é certa: Os que sabem o que é o Amor e amam, são felizes e nada pode destruir essa sua felicidade interior. O Amor sempre sai vitorioso, o bem sempre vence!
A ARTE VISTA { soneto}
Será que minha arte e' igual a tua? será?!.
A vejo em casa, no trabalho, na rua...; nua.
Me vejo... a vejo... ensejo de ser, arte crua.
Queria só por hoje saber, Minh 'arte... será
Igual a tua? Vistes por fora melhor que dentro.
Então!. A visão que vês e' a arte forjada ao léu.
Os saberes, que atuam por olhos, sob o céu.
Além... delineando as cores, sóbrio pelo centro.
Despojais de jugos, e dizei-me, dizei-me vós:
Que arte e' esta? Persegue-me a todo lugar,
Na pintura, poesia, rachadura, até mesmo ar.
Deveras devo preocupar-me, estou sem saber.
Moldar-me-ei com outra visão senão a minha.
Será que tinha arte igual a tua? Tinha?!.
poeta_sabedoro
A VOZ DO PASTOR {Soneto}
Ouço grito ecoando pela montanha mais alta.
As pobre-ovelhinhas seguindo o velho pastor.
A relva verde dantes já não se repete pela cor.
O velho levanta o cajado e ordena "as peralta".
Se falta o prover o bom pastor sai a desbravar.
Novas terras há de encontrar sem inseguranças...
As ovelhinhas já acostumadas com mudanças...
Não hesitam na voz seguir, pois cegas alinhavar.
Oh pai, Que nunca um pastor deixe sua ovelha!
São tão cordeiros... pois elas nunca se enfurecem.
Dóceis que vão a perdição sem notar e parelha.
Quando se vê já desvirtuou-se de ser o que era.
Que a voz do pastor não se perca delas, pobres!
Que o pastor não se perca, pobre homem, Fera!
poeta_sabedoro
Demônios ou deuses de onde a maldade e a bondade surge no pensamento comum. Tudo parte da imaginação humana sendo assim no fim, é você que faz o bem ou o mal, você não existia antes de nascer e não existira após morrer' Crenças! Acho que é uma forma do débil intelecto humano buscar sentido pra vida ou uma justificativa para a impossível imortalidade ou existência além da morte. Tudo neste universo morre este é o princípio de toda existência tudo que vivo e vê a sua volta é parte do que era vivo e morreu.
Juliano Assis
Competidores em uma corrida devem disputar e se esforçar pela vitória
o máximo que podem, mas isso não significa de maneira alguma que devem derrubar seus concorrentes ou empurrá-los. Assim também é na vida; não é errado ir atrás do que é útil, mas prejudicar os outros para isso não é justo.
Quando tua alma se tornar um lugar de dor e angústia, lembre-se: Não é sobre o motivo. É sobre você.
Sei que é difícil, leva tempo, mas uma hora as densa noites da alma passam, o sol da vida brilha e quiçá, chuvas de felicidades, valores e amor sejam o começo de uma grande colheita.
F.Fidelis
Filosofia de fim de tarde
TEMPO INEXPRIMIVEL
O tempo passa...
Túnel do tempo;
Labaredas de fogo incinerando...
Fogo constante;
Tomara que não me alcance!
Tomara que não me engula!
Mas vai.
Somos expectadores...
Pobre de mim que sei!
Pobre dos que não sabem!
Em silencio me guardo...
O tempo não e' nosso.
Passamos a vida a fio, como
um passarinho desconsolado
num fio.
Passarinho canta uma vez.
Uma vez passarinho canta,
Sacode as asas e voa.
Voa passarinho sem remorso!
Esta' na hora! Esta' na hora!
A bênção, PAI!
poeta_sabedoro
A Questão
A arma que me deram mais poderosa, é nada menos, que o questionar.
Questionar desorienta, faz pensar.
Questionar mata arrogância, mata ideais, afugenta ignorantes.
Questionar te da destaque, desmente com classe.
Questionar machuca, porém é o melhor modo de crescimento.
Questionar faz com que seja mal visto.
Questionar é o puxão no fio que não pode arrebentar.
Questionar destrói o paraíso, e explode o inferno.
O mundo vai caindo,
Dá pra parar ou amenizar a queda
Porém todos têm olhos vendados,
e a questão é única que tira venda.
Era eu uma lagarta na vida quando o evangelho me encontrou;
Me fechei para o mundo no casulo do evangelho e o mundo não entendeu, até que pelo invólucro dessa graça sofri a metamorfose de Deus em mim.
Agora, quem me viu me arrastando pelo chão do mundo comendo folhas amargas, podem me ver voando nas assas do espirito e me alimentando do doce néctar da palavra de Deus.
Não sou estranho, apenas morri para o mundo para que Cristo viva em mim!
Equilíbrio elementar
O Fogo, que aquece, ilumina e uni os seres com sua aura de encanto e poder, é o mesmo que queima e transforma em cinzas tudo que se submeta a ele, e mesmo assim o respeitamos e adoramos.
A Água, fluida, cheia de vida, nada pode ser mais essencial, parte maior de tudo que vive, é a mesma que inunda, invade e dissolve tudo sobre o efeito do tempo, mesmo assim, não há erro em seu curso. Todo desvio, força, movimento ou paralisia nos são naturais e sagrados.
O Vento, por vezes fresco sobre o despertar da manhã, morno a luz do meio dia, cheiroso e manso ao alvorecer, gélido em madrugadas vazias, é o mesmo que devasta sem piedade tudo e qualquer coisa que se coloque a sua frente em um dia de fúria, e mesmo assim, toda vez que nos toca a pele nos faz sentir vivos e únicos.
A Terra, essa que nos sustenta, equilibra e acolhe. Forte como braços de mãe, garantindo segurança e provendo sustento, transformando semente em alimento, suportando nosso peso e morada, é a mesma que soterra, enterra e transforma tudo pó, e mesmo assim, terra amada.
O Ser-humano, esse que ama, cuida e cria, o que procria, governa e reina, ser que pensa, decide e faz, é o mesmo que odeia, abandona e mata, o que domina e extermina, ser que enlouquece, se perde de deixa de ser humano.
O Equilíbrio, ponto central entre dois polos opostos, morada da harmonia, eixo de sustentação, fiel da balança, é o mesmo que pende e desaba sobre o que pesa em predomínio.
Fogueira e incêndio
Chuva e tempestade
Brisa e furação
Montanha e avalanche
O pêndulo da vida não para, entre ida e volta o equilíbrio se faz, num ciclo infinito no qual os sábios balançam sem aflição.
Não considerando o amor como necessidade e sim como complementação, vamos refletir um pouco.
Todo mundo deve ter esse pensamento de se casar e ter filhos, acreditam na perseverança, na felicidade ao lado de alguém; porém, eu tenho um pensamento bem platônico a respeito disso, acredito que aqui na terra vamos conhecer apenas sensações, nunca vamos saber ao certo o que é de fato o amor, vamos descobrir inúmeras outras coisas, como ilusão e falta de reciprocidade por exemplo; vivemos apenas um devaneio, um sonho de como é o amor verdadeiro, e a todo momento tentamos alimentar esta perspectiva com qualquer outro ente que se preze a essa situação,é praticamente manter acesa a chama em meio a tanta umidade.
DESPERTAR DO SER
De João Batista do Lago
Sinto o desespero dos sujeitos
que se desgraçam em seus desejos,
que se perdem no lodo de suas verdades,
que se encavernam em suas culpas,
que se morrem sem a possibilidade do renascer!
Esses garimpeiros de desejos
são profetas cosmológicos insanos,
enclausurados em suas distopias seculares;
pouco sabem da potência da força
que lhes podem transformar em demiurgos!
Plenos de suas verdades seculares
subjugam o outro sob o canto do amoral,
arrastando massas para o sepulcro abismal
sob o em riste da espada ditatorial,
que degolará qualquer mente que não se pretenda igual!
Ó irmãos de culpas várias e impostoras,
Não vos acomodeis com o jugo opressor,
Não aceiteis as sombras como realidades únicas,
há, por certo, força luminosa em vosso corpo
capaz de livrá-los dos proféticos grilhões
(Aí, então, sabereis do novo renascer e
aprenderás que a única liberdade possível
é a liberdade que te permitirá demiurgo do ser.)
As três naturezas filosóficas do ser humano:
Egoísmo;
Alienação;
Ignorância;
Somos alienados, egoístas e ignorantes por natureza.
Egoísmo:
O mais egoísta é aquele que vive dentro de e somente de si.
O menos egoísta é aquele que se mata, porque assim não interfere na existência de outrem.
Alienação:
O mais alienado é o indivíduo que vê apenas o que lhe convém.
O menos alienado é aquele que não se limita somente a própria visão.
Ignorância:
O mais ignorante é aquele que não tem consciência da própria ignorância.
O menos ignorante é aquele que tem consciência da própria ignorância.
ALMA DE SÍSIFO
De João Batista do Lago
A noite é fria…
Gélida!
O espelho esfumacento
não me revela
nesta fria noite… fria.
Algo dentro de mim
grita feito besta fera.
Ouço-o.
O lamento é lúgubre
e lúgubre é o meu lamento!
Feito Sísifo
desço a montanhosa noite
refazendo meus pensares.
Amanhã terei que rolar a rocha até o topo!
Renascerei ou mais um dia morrerei?
Viagem no Tempo
Consequências da Viagem Temporal
Viagem T. P.
Ao viajar para o passado, consequentemente, verá coisas das quais nunca viu ou presenciou.
Assim estará mudando a si mesmo, por consequência, o seu futuro.
E, pela sua presença no passado, estará alterando toda a história entre a sua “decida” no passado e o seu presente.
Quanto mais ao passado for, maiores as suas consequências. Quanto mais no passado ficar, maiores as suas consequências.
Ex.: Voltei cerca de 2000 mil no passado (tempo que Jesus vivia) e, ao chegar, o mato. Que consequências isso teria? A Bíblia possivelmente nunca teria existido ou, pelo menos, com o novo Testamento. Inúmeras coisas deixariam de ser feitas ou novas coisas seriam.
Viagem T. F.
Ao viajar para o futuro, consequentemente, verá coisas das quais nunca viu ou presenciou.
Assim estará mudando a si mesmo, por consequência, o seu futuro.
E, pela sua presença no futuro, estará alterando toda a história entre a sua “decida” no futuro e o seu presente.
Quanto mais ao futuro for, maiores as suas consequências. Quanto mais no futuro ficar, maiores as suas consequências.
Ex.: Fui para 500 anos no futuro (tempo em que todas as doenças existentes foram curadas) e, ao chegar, sou imediatamente drogado para que também seja imune. Ao voltar ao presente, causará um infortúnio haver um humano imune às enfermidades. Serão realizadas inúmeras pesquisas a respeito deste indivíduo, consequentemente mudando todo o futuro.
Se existe viagem no tempo, a mesma seria usada apenas em último recurso.
À BEIRA DO CAIS
De João Batista do Lago
O velhinho sentado à beira do cais
é silêncio puro
num final de tarde febril
no ocaso de um dia de abril
onde o sol não sorriu para os cabelos brancos
feito asas de gaivotas soltos na imobilidade do vento
Sento-me ao seu lado
vazio...
e calado...
e mudo na prenhez do tempo e do espaço…
Os meus cabelos ainda estão viçosos
alinhados e sem quaisquer querelas com o vento
estão nervosos
e bem mais sofridos que aqueles cabelos brancos sustentados de experiências
capazes de tudo falarem sem uma palavra sussurrar
E eu tão jovem querendo auscultar
o lamento que somente as ondas do mar ouvem
caladas e correm como loucas para...
para guardar na profundidade do seu mar profundo e eterno
as minhas queixas...
as minhas querelas...
e todas as minhas
mágoas guardadas na plenitude daqueles cabelos brancos feito asas de gaivotas famintas do peixe
De repente
o velhinho sentado à beira do cais
levanta-se
e sem me dizer uma palavra
sem um adeus
sumiu na plenitude do tempo e do espaço
Fiquei só sentado à beira do cais...
" Ernesto Bozzano cita,no entanto,casos em que de maneira alguma se poderia invocar a possibilidade de haver um médium armazenado no subconsciente certos conhecimentos revelados inesperadamente."
Deolindo Amorim escreve no prefácio da obra: Literatura de Além-túmulo de Ernesto Bozzano.
Pediram-me uma poesia autoral sobre mãe. Digo a vocês que não sou poeta; seria muita, mas muita pretensão de minha parte, abraçar e/ou adotar esta condição artística-filosófica.
Mas se fosse para eu associar poesia à mãe, diria que:
Mãe é sinônimo de amor que é sinônimo de poesia que é sinônimo de mãe; fim.
MINHA AMENDOEIRA
Um dia fui até que [ por demais feliz],
Lembro-me de uma velha castanheira.
Embaixo dela brincava no tempo de minha
Infância.
Chamava-a pelo nome de castanheira, mas,
O que se comia era a amêndoa [ o fruto].
Certo dia dessas distrações de criança,
Pus-me a brincar num balanço improvisado.
De maneira meio solta e leve com a vida, como
A quem não deve nada e não sabe de nada.
Comecei numa pressa de viver o momento
Que só e' peculiar 'as crianças.
Na primeira balançada foi um vai e vem
Esplêndido, e na segunda vez foi uma atirada
Um pouco mais ousada, rabiscando os pés no
Chão para dar impulso.
Era um sonho de voar nas estrelas e retornar ao
Chão.
Ali nos braços da castanheira via que
Amêndoas eram estrelas e o céu era somente
Outro lugar.
Na terceira vez foi um tanto celestial e eternizada,
Pois povoa minhaslembranças ate' os dias de hoje.
Quando atirei-me para a terceira vez foi num impulso
Potencializado pelas primeiras vezes. E dessa vez
Fui ao céu da castanheira bem perto das amêndoas;
Amêndoas [ que eram estrelas].
Quando retornei ao meu corpo, senti que um portal
Se abriu e via perfeitamente como num telão
Aqueles dez segundos que relataram toda minha vida.
Só percebi coisas indeléveis, doces e inocentes como
Coisas de crianças. Então passei a vigiar-me para
Que nunca cresça a ponto de não ser mais criança.
A única e grande verdade e' que nosso anjo e' a criança
Permanente em cada um de de nós.
O adulto e' um ser oculto que se despiu das asas brancas
E enveredou-se no sombreado da vida.
Tudo isso eu sei porque era criança, e via como as crianças
Viam e nada saberia se já fosse adulto.
poeta_sabedoro