Textos de Filosofia

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FILOSOFIA DO POETA
(23.11.2018).

Na liberdade dos traços que alma deixa,
Vejo um céu transmitindo sua beleza,
Assim como as límpidas águas do mar,
Cujo sentimento anseio em banhar.

Será que eu tenho sonhado?
Qual será a essência da filosofia do poeta?
Quanto mistério existencial do amor,
Abrindo todas as janelas para o jardim.

Inserida por ricardo_oliveira_1

O grande barato de viver é que cada grupo cria sua filosofia, acredita e até mesmo da a vida por ela!
E ninguém encontra nada que tenha efeito imediato, tudo é em doses em fragmentos e demanda espera...
A vida vai fluindo envolta no tempo, te faz crescer envelhecer e morrer
E tudo que te sobra é o aqui agora! Que você nunca observa, por estar sempre esperando o momento seguinte.

Inserida por berudi

Foi pelos pré-socráticos
que a filosofia teve início,
logo as estruturas atuais
são os restos do ofício.

Seus pequenos fragmentos
constituem a doxografia,
escrevendo grandes prosas
abandonando a forma da poesia.

Seu mestre foi importante
e morto injustamente,
por mostrar aos ignorantes
sua opinião consciente.

Ele foi um grande filósofo
e sua mente nos clareia,
triste o motivo de sua morte
que foi a ignorância alheia.

O crime de Sócrates
foi defender a razão,
pois para ter inimigos
basta dar sua opinião.

Os métodos iluministas
foram de grande influência,
pois espalhou sua visão
com base na coerência.

Inserida por pkcst

Confundir a cultura filosófica com o exercício da filosofia é como confundir a cultura musical com a música. É uma atitude tão idiota que basta, por si, para excluir o sujeito tanto da música quanto da cultura musical.
TODO o ensino de filosofia no Brasil é baseado nessa confusão digna de um orangotango.
Entendem por que os verdadeiros filósofos -- Mário Ferreira dos Santos, Vilem Flusser, Vicente Ferreira da Silva, eu -- fomos sempre rejeitados no ambiente universitário brasileiro, enquanto nulidades como José Arthur Gianotti, Marilena Chaui e Renato Janine Ribeiro eram ali celebradas como grandes filósofos?

Inserida por LEandRO_ALissON

Como disciplinar seu filho de forma positiva:

Disciplina positiva é uma filosofia enraizada em conexão. Não é apenas um método de disciplina – mas uma maneira totalmente diferente de se relacionar com as crianças que nos permite manter um vínculo forte com elas, através das idades e estágios da infância, enquanto cria-se pessoas gentis e responsáveis.

Métodos convencionais de criação, muitas vezes, colocam o progenitor contra a criança, como se fôssemos adversários em uma luta sem fim, por poder e posição. Isso naturalmente leva à desconexão entre membros da família e descontentamento em casa. Felizmente, não tem que ser assim!

Ao usar disciplina positiva em sua casa, você pode manter uma conexão profunda enquanto trabalha junto a seu filho para orientá-lo ao longo da jornada, até a idade adulta. Com uma forte conexão, vem mais cooperação e, com isso, mais alegria e paz na família.

Muitas pessoas questionam se isso é ser permissivo, e a resposta é absolutamente não. Os pais permissivos não estabelecem e nem aplicam limites, os pais positivos o fazem. No início, pode ser desafiador aprender a aplicar limites sem recorrer a uma punição, mas tenha a certeza de que a ausência de punição não é a mesma coisa que a ausência de disciplina. As crianças assumirão a responsabilidade por suas ações, corrigindo erros, resolvendo os problemas que criam e aprendendo a fazer melhores escolhas no futuro.

Uma criança aprende a autodisciplinar fazendo. Uma vez que a mudança de paradigma é feita e você entende que toda disciplina é, simplesmente, ensinar, torna-se fácil guiar uma criança, sem punição.

Como usar disciplina positiva com seu filho:
Muitas vezes, é tentador responder ao mau comportamento com raiva, agressão, vergonha e meios convencionais de punição. Mas existe uma abordagem melhor – que não diminui seu filho e que aproveita a oportunidade de ensino que o mau comportamento apresenta. Abaixo estão três passos para a disciplina positiva.

Passo 1: Avalie a necessidade
Todo comportamento é uma indicação do estado interno da criança. O mau comportamento é uma sugestão de que existe uma necessidade subjacente. Quando avaliamos o que é necessário e abordamos, muitas vezes, o mau comportamento desaparece. Isso pode ser complicado com crianças pequenas e pré-escolares que ainda não podem verbalizar suas necessidades ou intenções, mas apenas entender que o comportamento é um apelo à ajuda e não um ato calculado de desafio à sua autoridade, pode ajudá-lo a ser compassivo e responsivo.

Às vezes, a necessidade é fácil de determinar, como a fome ou o cansaço, que podem ser curadas com uma refeição ou uma soneca. Outras vezes, o comportamento está sinalizando a necessidade de um novo limite ou a necessidade de aprender uma habilidade ou, possivelmente, que há alguma coisa acontecendo fora de casa que seu filho está tendo problemas para lidar. Por exemplo, uma criança que descobriu a alegria de saltar no sofá não está tentando comportar-se mal. Ela está brincando. Mesmo assim, você, provavelmente, não quer que ela pule no sofá, mas quando você diz a ela para parar, ela não para. Isto está sinalizando a necessidade de um novo limite.

Outro exemplo é uma criança em idade escolar que, de repente, mostra sinais de agressão ou exibe uma atitude desrespeitosa após a escola. Sim, o comportamento deve ser corrigido, mas este é um sinal claro de que algo dentro da criança não está bem. Descobrir o que está motivando a agressão ou o desrespeito e ajudá-la a resolver o problema, acabará com o mau comportamento.

Passo 2: Acalme a si mesmo primeiro, depois, seu filho
Os pais não disciplinados não podem disciplinar as crianças efetivamente, então, acalme-se primeiro. Mova-se de emocionalmente reativo para cognitivamente responsivo, antes de lidar com o problema em questão.

Uma vez calmo, ajude seu filho a se acalmar. O objetivo é envolver seu cérebro no andar de cima para que ele não seja mais emocionalmente reativo, mas capaz de raciocinar. Isso pode levar dois minutos ou vinte minutos, dependendo da criança e seu estágio de desenvolvimento.

O tempo em contato com você e exercícios calmantes, como leitura e desenho, é útil para acalmar o cérebro. Algumas crianças podem resistir por um tempo e preferir ficar sozinhas. Se isso funcionar para acalmá-las, ótimo. Não queremos forçar a separação, pois isso pode corroer a conexão, mas dar a seu filho o espaço que ele está pedindo é respeitar suas necessidades.

Você estará pronto para ensinar a lição, uma vez que seu filho estiver mostrando receptividade novamente.

Passo 3: Ensine e resolva problemas
Para crianças com menos de 4 anos, a resolução de problemas não é algo compreendido. O desenvolvimento cognitivo para trabalhar através deste processo ainda não aconteceu, embora certamente o pai possa conversar sobre isso. Para crianças pequenas, manter o limite removendo a criança da situação ou removendo o objeto que está sendo jogado, por exemplo, é suficiente.

Ensinar o que a criança pode fazer também é apropriado para crianças muito novas. “Eu não vou deixar você jogar na casa, mas você pode jogar no quintal.”

Quando seu filho estiver entre aproximadamente 4 e 6 anos, você poderá começar a ensiná-lo a resolver problemas. Faça as seguintes perguntas:

O que fez com que isso acontecesse?
Como isso fez você se sentir?
O que você pode fazer na próxima vez que isso acontecer?
Como você vai resolver isso?

Inserida por RivaAlmeida

FILOSOFIA com NILO DEYSON

Olá, amigo Leitor e prezados amigos de rede.
Hoje Nilo Deyson trás para você, o tema "filosofia". Reflita no texto.
Os filósofos são os eternos amigos da humanidade, e nos ensinam a enfrentar as adversidades.

A filosofia existe para que as pessoas possam viver melhor. Sofrer menos. Lidar melhor com as adversidades. Enfrentar serenamente o “perpétuo vai-e-vem de elevações e quedas”, para citar uma grande frase de um filósofo da Antiguidade. A missão essencial da filosofia é tornar viável a busca da felicidade. Todos os grandes pensadores sublinharam esse ponto. A filosofia que não é útil na vida prática pode ser jogada no lixo. Alguém definiu os filósofos como os amigos eternos da humanidade. Nas noites frias e escuras que enfrentamos no correr dos longos dias, eles podem iluminar e aquecer. A filosofia apóia e consola.

Um aristocrata romano chamado Boécio (480-524) era rico, influente, poderoso. Era dono de uma inteligência colossal: traduziu para o latim toda a obra de Aristóteles e Platão. Tudo ia bem. Até o dia em que foi acusado de traição pelo imperador e condenado à morte. Foi torturado. Recebeu a marca dos condenados à morte de então: a letra grega Theta queimada na carne. Boécio recorreu à filosofia, em que era mestre, para enfrentar o suplício. Entre a sentença e a morte, escreveu em condições precárias um livro que se tornaria um clássico da literatura ocidental: A Consolação da Filosofia. Tudo de que ele dispunha, para escrevê-lo, eram pequenas tábuas e estiletes. Isso lhe foi passado, para dentro da cela, por amigos. “A felicidade pode entrar em toda parte se suportarmos tudo sem queixas”, escreveu ele.

A filosofia consola, mostrou em situação extrema Boécio. E ensina. E inspira.
Sim, os filósofos são os eternos amigos da humanidade. Considere Demócrito, pensador grego do século 5 a.C. Ele escreveu um livro chamado Sobre o Prazer. Primeira frase do livro: “Ocupe-se de pouco para ser feliz”. Gênio. Gênio total. A palavra grega para tranqüilidade da alma é euthymia, A recomendação básica de Demócrito, sob diferentes enunciados, é encontrada em muitos outros filósofos. Sobrecarregar a agenda equivale a sobrecarregar o espírito, e traz inevitavelmente angústia. Ninguém que tenha muitas tarefas pode ser feliz.

Um sábio da Antiguidade não abria nenhuma correspondência depois das quatro horas da tarde. Era uma forma de não encontrar mais nenhum motivo de inquietação no resto do dia, que ele dedicava a recuperar a calma que perdera ao entregar-se ao seu trabalho. Olhemos para nós, e nos veremos com freqüência abrindo mensagens no computador alta noite, e não raro nos perturbando por seu conteúdo. O único resultado disso é uma noite mal dormida.

Fazemos muitas coisas desnecessárias. Coloque num papel as atividades de um dia. Depois veja o que realmente era preciso fazer e o que não era. A lista das inutilidades suplanta quase sempre a das ações imperiosas. O imperador filósofo romano Marco Aurélio, do começo da Era Cristã, louvou a frase de Demócrito em suas clássicas Meditações. Acrescentou que devemos evitar não apenas os gestos inúteis, mas também os pensamentos desnecessários.
Marco Aurélio recomendava o formidável exercício de conduzir a mente, quando agitada, para pensamentos aquietadores. Isso conseguido, controlamos a mente, esse cavalo selvagem, em vez de sermos controlados por ela.

Veja com Nilo Deyson, o pensamento de um dos filósofos que mais admiro:
Sêneca escreveu sobre o assunto com imensa graça e espírito. Sêneca usou as expressões “agitação estéril” e “preguiça agitada” ao tratar dos atos que nos trazem apenas desassossego. “É preciso livrar-se da agitação desregrada, à qual se entrega a maioria dos homens”, escreveu Sêneca. “Eles vagam ao acaso, mendigando ocupações. Suas saídas absurdas e inúteis lembram as idas e vindas das formigas ao longo das árvores, quando elas sobem até o alto do tronco e tornam a descer até embaixo, para nada. Quantas pessoas levam uma existência semelhante, que se chamaria com justiça de preguiça agitada?”

Agimos como formigas quase sempre, subindo e descendo sem razão o tronco das árvores, e pagamos um preço alto por isso: ansiedade, aflição, fadiga física e mental. Nossa agenda costuma estar repleta. É uma forma de fugir de nós mesmos, como escreveu sublimemente um poeta romano. Eliminar ao menos algumas das tantas tarefas inúteis que nos impomos a cada dia é vital para a euthymia da qual falavam os sábios gregos.

Outro ponto essencial recomendado pelos filósofos para a vida feliz é aceitar os tropeços. É o principal ensinamento do filósofo Zenão e seus discípulos. Nascido em 333 a.C. na ilha de Chipre, filho de pais ricos, Zenão fundou em Atenas uma escola de filosofia que dominou o mundo culto por séculos e cujos fundamentos influenciaram a doutrina cristã: o estoicismo. Tão forte é a filosofia estóica que “estóico” virou sinônimo de bravura na adversidade. Segundo o mais admirado dicionário de inglês, o Oxford, estóico é quem se porta com serenidade diante do revés ou do triunfo. Nem vibra na vitória e nem se deprime na derrota.

Zenão perdeu todo o seu patrimônio num naufrágio. Seu comentário ao receber a informação: “O destino queria que eu filosofasse mais desembaraçadamente”.
O nome da escola deriva da palavra grega “stoa”, pórtico. Zenão, alto, magro, o pescoço ligeiramente inclinado, pregava suas idéias num pórtico erguido pelos atenienses para celebrar a vitória na guerra sobre os persas. Esse pórtico era colorido com imagens de gregos derrotando os bárbaros.
Na Atenas de então, era comum discutir filosofia em locais públicos, mas a escolha do pórtico por Zenão parece carregada de simbolismo: o triunfo da sabedoria sobre a brutalidade.

O estoicismo defendia uma vida de acordo com a natureza. Simplicidade no vestuário, na comida, nas palavras, no estilo de vida. E a aceitação de tudo que possa ocorrer de ruim. Agastar-se contra as circunstâncias apenas piora o estado de espírito da pessoa: essa a lógica da aceitação, ou resignação, que viria a ser um dos pilares do cristianismo.
O lema estóico: abstenha-se e aceite.
O apreço pela vida de acordo com a natureza Zenão a-prendeu com seu mestre em filosofia, Crates. Crates era da escola cínica.
Os cínicos defendiam a simplicidade tanto quanto os estóicos, e não é difícil entender por que a posteridade ignorante lhes atribuiu um sentido pejorativo: é que eles eram extraordinariamente irreverentes.
O mais notável filósofo cínico, Diógenes, certa vez se masturbou em público. Explicou aos que o interpelavam: “Gostaria de saciar minha fome esfregando o estômago”.

Não sobrou livro nenhum de Zenão. Atribuem-se a ele frases, das quais uma das melhores diz: “A natureza nos deu dois ouvidos e apenas uma boca para que ouvíssemos mais e falássemos menos”. Zenão se matou aos 72 anos. Para os estóicos, o suicídio – sem lamúrias, sem queixas – era uma retirada digna e honrosa quando a pessoa já não encontrasse razões para viver. Sabe-se de sua morte pelo biógrafo Diógenes Laércio, autor de Vida dos Filósofos. Zenão tropeçou e se machucou, segundo Diógenes Laércio. Em seguida citou um verso de um autor grego chamado Timóteo: “Eis-me aqui: por que me chamas?”

Nascido escravo e só liberto depois de adulto, Epitecto foi uma das vozes mais influentes da filosofia da Antiguidade. Ele viveu nos primórdios da Era Cristã, de 40 a 125. Não escreveu um único livro. Seu pensamento é conhecido graças a um discípulo, o historiador Arriamo.
Arriamo teve o cuidado de anotar as idéias de seu mestre, e depois transformá-las em dois livros, Entretenimentos e Manual. Seu tamanho intelectual é tal que o imperador filósofo Marco Aurélio escreveu que um dos acontecimentos capitais de sua vida foi ter tido acesso às obras de Epitecto.

Para ele, o passo básico da vida feliz é aceitar as coisas como elas são. Revoltar-se contra os fatos não altera os fatos, e ainda traz uma dose de tormento desnecessária. “Não se deve pedir que os acontecimentos ocorram como você quer, mas deve-se querê-los como ocorrem: assim sua vida será feliz”, disse Epitecto. (Séculos depois, o pensador francês Descartes escreveu uma frase que é como um tributo à escola de Epitecto: “É mais fácil mudar seus desejos do que mudar a ordem do mundo”.) Não adianta se agastar contra as circunstâncias: elas não se importam. Isso se vê nas pequenas coisas da vida. Você está no meio de um congestionamento?
Exasperar-se não vai dissolver os carros à sua frente. Caiu uma chuva na hora em que você ia jogar tênis com seu amigo? Amaldiçoar as nuvens não vai secar o piso. Que tal uma sessão de cinema em vez do tênis?

Outro ensinamento seu crucial é que só devemos nos ocupar efetivamente daquilo que está sob nosso controle.
Você cruza uma manhã com seu chefe no elevador e ele é efusivo. Você ganha o dia.
Você o encontra de novo e ele é frio. Você fica arrasado.
Daquela vez ele estava bem-humorado, daí o cumprimento caloroso, agora não. O estado de espírito de seu chefe não está sob seu controle.
Você não deve nem se entusiasmar com tapas amáveis que ele dê em suas costas e nem se deprimir com um gesto de frieza. Você não pode entregar aos outros o comando de seu estado de espírito.

“Não é aquele que lhe diz injúrias quem ultraja você, mas sim a opinião que você tem dele”, disse Epitecto. Se você ignora quem o insulta, você lhe tira o poder de chateá-lo, seja no trânsito, na arquibancada de um estádio de futebol ou numa reunião corporativa.
Não são exatamente os fatos que moldam nosso estado de espírito, pregou Epitecto, mas sim a maneira como os encaramos.
Um dos desafios perenes da humanidade, e as palavras de Epitecto são uma lembrança eterna disso, é evitar que nossa opinião sobre as coisas seja tão ruim como costuma ser. A mente humana parece sempre optar pela infelicidade.

Outra lição essencial dos filósofos é não se inquietar com o futuro. O sábio vive apenas o dia de hoje. Não planeja nada. Não se atormenta com o que pode acontecer amanhã. É, numa palavra, um imprevidente.
Eis um conceito comum a quase todas as escolas filosóficas: o descaso pelo dia seguinte. Mesmo em situações extremas. Um filósofo da Antiguidade, ao ver o pânico das pessoas com as quais estava num navio que chacoalhava sob uma tempestade, apontou para um porco impassível.
E disse: “Não é possível que aquele animal seja mais sábio que todos nós”.

O futuro é fonte de inquietação permanente para a humanidade. Tememos perder o emprego. Tememos não ter dinheiro para pagar as contas. Tememos ficar doentes.
Tememos morrer. O medo do dia de amanhã impede que se desfrute o dia de hoje. “A imprevidência é uma das maiores marcas da sabedoria”, escreveu Epicuro.
Nascido em Atenas em 341 AC, Epicuro, como os filósofos cínicos, foi uma vítima da posteridade ignorante. Pregava e praticava a simplicidade, e no entanto seu nome ficou vinculado à busca frívola do prazer.

Somos tanto mais serenos quanto menos pensamos no futuro. Vivemos sob o império dos planos, quer na vida pessoal, quer na vida profissional, e isso traz muito mais desassossego que realizações.
O mundo neurótico em que arrastamos nossas pernas trêmulas de receios múltiplos deriva, em grande parte, do foco obsessivo no futuro. Há um sofrimento por antecipação cuja única função é tornar a vida mais áspera do que já é. Epicuro, numa sentença frequentemente citada, disse que nunca é tarde demais e nem cedo demais para filosofar.
Para refletir sobre a arte de viver bem, ele queria dizer. Para buscar a tranqüilidade da alma, sem a qual mesmo tendo tudo nada temos a não ser medo.
Também nunca é tarde demais e nem cedo demais para lutar contra a presença descomunal e apavorante do futuro em nossa vida. O homem sábio cuida do dia de hoje. E basta.

Heráclito e Demócrito foram dois grandes filósofos gregos da Antiguidade.
Diante da miséria humana, Heráclito chorava. Demócrito ria.
No correr dos dias nós vemos uma série infinita de absurdos e de patifarias.
Alguém a quem você fez bem retribui com ódio. A inveja parece onipresente.
Você tropeça e percebe a alegria maldisfarçada dos inimigos e até de amigos. (Palavras do frasista francês Rochefoucauld: sempre encontramos uma razão de alegria na desgraça de nossos amigos).
A hipocrisia é dominante. As decepções se acumulam. Até seu cachorro se mostrou menos confiável do que você imaginava.
Em suma, a vida como ela é.
Diante de tudo isso, as alternativas estão basicamente representadas nas atitudes opostas de Heráclito e Demócrito.
Você pode chorar.
E dedicar o resto de seus dias a movimentos que alternam gemidos de autopiedade e consumo de antidepressivos de última geração. Ou então você pode rir. Sêneca comparou a atitude de Heráclito e Demócrito para fazer seu ponto: ria das coisas, em vez de chorar.

Mesmo o alemão Schopenhauer, o filósofo do pessimismo, reconhece sabedoria na jovialidade. No seu livro Aforismos para a Sabedoria de Vida, Schopenhauer, que viveu no século XIX, escreveu: “Acima de tudo, o que nos torna mais imediatamente felizes é a jovialidade do ânimo, pois essa boa qualidade recompensa a si mesma de modo instantâneo. Nada pode substituir tão perfeitamente qualquer outro bem quanto essa qualidade, enquanto ela mesma não é substituível por nada".

Cícero, romano, e Demóstenes, grego, foram os dois maiores oradores da Antiguidade.
Cícero nasceu com o dom.
Demóstenes é uma prova do poder do esforço. Foi graças ao treinamento persistente que Demóstenes se elevou à imortalidade como um símbolo da força das palavras. Demóstenes, natural de Atenas, era de uma família rica. Seu pai morreu quando ele tinha 8 anos.
A herança opulenta foi dilapidada por seus tutores, parte por má fé, parte por inépcia. Demóstenes, quando era garoto, assistiu a um julgamento no qual um orador chamado Calístrato teve um desempenho brilhante e, com sua verve, mudou um veredicto que parecia selado. (Orador, lá para trás, era uma espécie de advogado de hoje.)

Esse episódio foi assim narrado por um historiador: “Demóstenes invejou a glória de Calístrato ao ver a multidão escoltá-lo e felicitá-lo, mas ficou ainda mais impressionado com o poder da palavra, que parecia capaz de levar tudo de vencida”.
Ele entrou numa escola de oratória. Assim que pôde, processou seus tutores. Ganhou a causa. Mas estava ainda longe de ser notável. Um dia, desanimado, desabafou com um amigo ator. Gente bem menos preparada que ele provocava melhor impressão nas pessoas. O amigo pediu-lhe que recitasse um trecho de Eurípedes ou de Sófocles, dois gigantes do teatro grego.
Demóstenes recitou.
Em seguida, o amigo leu o mesmo trecho, com o tom dramático de um ator.
Era a mesma coisa, e ao mesmo tempo era tudo inteiramente diferente.

Demóstenes montou então uma sala subterrânea na qual se enfiava todo dia por demoradas horas para treinar, treinar e ainda treinar.
Chegava a raspar um dos lados da cabeça para não poder sair de casa e, assim, praticar sem parar.
Para aperfeiçoar a dicção, Demóstenes punha pequenas pedras na boca enquanto falava.
Fazia também parte de seu treinamento declamar em plena corrida.
Olhava-se num grande espelho para ver se sua expressão causava impacto. “Vem daí a reputação de não ter sido bem dotado pela natureza e só haver adquirido habilidade e força oratória pelo trabalho incansável”, escreveu um biógrafo.
Ao contrário de outros grandes oradores atenienses, Demóstenes não gostava de improvisar.
Por isso os inimigos o chamavam de embusteiro.

Quando a Grécia foi ameaçada por Felipe, rei da Macedônia, a voz de Demóstenes ergueu-se em defesa de seu país. Mais que o exército grego, Felipe, pai de Alexandre, o Grande, temeu a voz de Demóstenes.
Demóstenes retardou, mas não impediu a queda dos gregos.
Fugiu de Atenas para não ser morto, mas estava perdido.
Para não ser capturado pelos inimigos que o caçavam, matou-se com veneno. Mais tarde, os atenienses construíram uma estátua para ele na qual gravaram uma sentença célebre: “Se tivesses tido força igual à tua vontade, Demóstenes, o guerreiro macedônico jamais dominaria a Grécia”.

FALE POUCO

Não faça como as araras falantes e ouça mais do que fale.
Não faça como as araras falantes e ouça mais do que fale.
Uma das questões presentes desde sempre para a humanidade é a seguinte: como se expressar?
Na vida profissional ou amorosa, numa apresentação de trabalho a seus chefes na empresa ou numa mera conversa de bar, comunicar-se bem faz toda a diferença.
Muitos sábios se detiveram nesse tema. Quase todos condenaram a eloqüência desmedida, a suntuosidade verbal.
A opção é pela simplicidade e pela brevidade. Uma pessoa afetada na maneira de falar ou escrever é afetada em outras esferas.
“A verdade precisa falar uma linguagem simples, sem artifícios”, escreveu um filósofo da Antiguidade.

O filósofo francês Montaigne, do século XVI, dedicou linhas brilhantes ao assunto em seus Ensaios.
Montaigne conta duas histórias instrutivas e divertidas.
Numa delas, os embaixadores de uma cidade grega tentavam convencer o rei de Esparta a aderir a um esforço de guerra.
O espartano deixou-os falar longamente. Depois disse: “Não me lembro do começo nem do meio da argumentação de vocês.
Quanto à conclusão, simplesmente não me interessa”. Na outra história, dois arquitetos atenienses disputavam a honra de construir um grande edifício. A platéia à qual cabia a escolha ouviu um extenso discurso do primeiro arquiteto. As pessoas já se inclinavam por ele quando o segundo disse apenas: “Senhores atenienses, o que este acaba de dizer eu vou fazer”.

Montaigne cita seu pensador predileto, o romano Sêneca, segundo o qual nos grandes arroubos da eloqüência há “mais ruído que sentido”. Escreveu Montaigne: “Gosto de uma linguagem simples e pura, a escrita como a falada, e suculenta, e nervosa, breve e concisa, não delicada e louçã, mas veemente e brusca.” Os espartanos eram admirados por Montaigne pela simplicidade com que viviam e se expressavam.
Ele conta que uma vez perguntaram a uma autoridade de Esparta por que não colocavam por escrito as regras da valentia para que os jovens pudessem lê-las.
A resposta foi que os espartanos queriam acostumar seus jovens antes aos feitos que às palavras. “O mundo é apenas tagarelice e nunca vi homem que não dissesse antes mais do que menos do que devia”, disse Montaigne. Outro mestre de Montaigne, Plutarco, autor de Vidas Paralelas, mostrou que falar demais pode ser perigoso. “A palavra expõe-nos, como nos ensina o divino Platão, aos mais pesados castigos que deuses e homens podem infligir”, disse Plutarco. “Mas o silêncio jamais tem contas a dar. Não só não causa sede como confere um traço de nobreza.”

Mark Twain defendeu a mesma coisa de uma forma divertida. “Melhor ficar quieto e deixar que os outros achem você um idiota do que falar e confirmar.”

LEMBRE-SE DE QUE VAI MORRER

A "Caveira com Cigarro", de Van Gogh, serve para nos lembrar que, um dia, morreremos.
A “Caveira com Cigarro”, de Van Gogh, serve para nos lembrar que, um dia, morreremos.

Montaigne disse que quando queria lidar com o medo da morte recorria a Sêneca.


Nilo Deyson Monteiro Pessanha

"O que se chama de filosofia em muitas universidades, especialmente no Brasil, é a convicção de que não existe realidade nenhuma e tudo é construído pela linguagem. [...]
A sofística, com o nome de 'desconstrucionismo', é o que hoje ostenta nos documentos oficiais o nome da sua velha inimiga, a filosofia."

Inserida por LEandRO_ALissON

A Filosofia, uma Ciência instigante

A filosofia é uma forma pensante, é um aspecto diante do mundo. A filosofia não é uma norma de conhecimentos prontos, um método acabado, escondido em si mesmo. Ela é, antes de tudo, um modelo de vida que procura pensar no que pode acontecer além de sua pura aparência. Ela pode ir e voltar para qualquer objeto. Capaz de pensar a ciência como ela é, os seus valores, os métodos, seus limites e mitos; pode pensar a religião, bem como seus feitos; pode pensar a arte; pode pensar o próprio homem em sua vida no dia dia. pode pensar um cordel escrito, ou uma música popular podem ser objeto da reflexão filosófica.
A filosofia faz o jogo das circunstancias, a partir do que existe, critica, coloca em dúvida; faz perguntas importunas; abre a porta das possibilidades; faz-nos entrever outros mundos e outros modos de compreender a vida.
A filosofia é capaz de incomodar porque questiona a forma de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Questiona a forma de pensar e de agir politicamente, cientificamente, tecnicamente, eticamente, economicamente, culturalmente e artisticamente. Não há área onde ela não se meta, não indague, não perturbe.
Não foi impensada a razão da condenação de Sócrates na antigüidade ou da proibição da leitura de Karl Marx, no Brasil pós-64. Ambos foram (e são, ainda!?) subversivos, perigosos, pois, ao indagar sobre a realidade de sua época, fizeram surgir novas possibilidades de comportamento e de relação social. Do ponto de vista do poder estabelecido, mereceram a morte e/ou o banimento de suas obras.

Inserida por dedydualecrim

OLHE PARA A FILOSOFIA SEM ESPANTO,
O DEVER DA FILOSOFIA É TIRAR SEU CHÃO.

Olá, amigo Leitor e prezados amigos de rede.
Que tal saber direito o que talvez é julgado de modo errado?
Muitos acham a filosofia uma perca de tempo, outros defendem a teoria de que a filosofia afasta o homem de deus, porém, DEUS não pode ser afastado !
Filosofia é uma palavra grega que significa "amor à sabedoria " e consiste no estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e a linguagem.
Filósofo é um indivíduo que busca o conhecimento de si mesmo, sem uma visão pragmática, movida pela curiosidade e sobre os fundamentos da realidade.

Além do desenvolvimento da filosofia como uma disciplina, a filosofia é intrínseca à condição humana, não é um conhecimento, mas uma atitude natural do homem em relação ao universo e seu próprio ser.
A filosofia foca questões da existência humana, mas diferentemente da religião, não é baseada na revelação divina ou na fé, e sim na razão.

Veja com Nilo Deyson que desta forma, a filosofia pode ser definida como a análise racional do significado da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser.
Apesar de ter algumas semelhanças com a ciência, muitas das perguntas da filosofia não podem ser respondidas pelo empirismo experimental.

A filosofia pode ser dividida em várias ramos, "vertentes".
A filosofia do ser, por exemplo, incluí a metafísica, ontologia e cosmologia, entre outras disciplinas.
A filosofia do conhecimento incluí a lógica e a epistemológia, enquanto filosofia do trabalho está relacionada a questão da ética.

Diversos filósofos deixaram seus nomes na história, e seus pensamentos são discutidos até hoje, aceitos e condenados.
Sócrates, Platão, Aristóteles, Descartes, Locke, Kant, Freud, Habermas, Schopensrauer, Maquiavel, Marx, Voltaire, Sêneca, Espinoza, Epicuro, Epiquiteto, entre tantos outros grandes intelectuais filósofos.

Cada um em seu turno, com teorias baseadas nas diversas disciplinas da filosofia, lógica, metafísica, ética, política, estética e outras.
Veja com Nilo Deyson, que de acordo com Platão, um filósofo tenta chegar ao conhecimento das idéias, do verdadeiro conhecimento caracterizado como episteme, que se opõe à doxa, que é baseado somente na aparência.

Segundo Aristóteles, o conhecimento pode ser dividido em três categorias, de acordo com a conduta do ser humano: conhecimento teórico (matemática, metafísica, psicólogia), conhecimento prático ( política e ética) e conhecimento poético ( poética e economia).
Nos dias atuais, a palavra filosofia é muito usada para descrever um conjunto de ideias e atitudes, como por exemplo, a filosofia da educação entre outros...
Enfim, a filosofia em minha opinião, deve ser olhada com carinho por cada um de nós, devemos ler livros, estudar com profundidade, afim de fazer com que o indivíduo possa participar da existência com leveza e aceitação, imune aos infortúnios do mundo agressor, em perfeita paz consigo e posteriormente com o universo e tudo que lhe cerca externamente "pessoas e coisas", assim como internamente " pensamentos e sentimentos ", assim o homem se torna próximo de estar pronto e completo, ligado na consciência.
Conheça-a-si-mesmo.


Nilo Deyson Monteiro Pessanha

FILOSOFIA DO AMOR


De João Batista do Lago


O amor esse desdouro
inquietante e avassalador
banha o corpo de torpor
e a alma sangra no matadouro
e o sangue escorre pelo ralo das veias
enrijecendo o corpo inteiro
e grudando-o na cruz do madeiro

O amor, meu amor, não é brincadeira
Ele está sempre à frente e também na traseira,
fica do lado direito, mas também no lado esquerdo
muitas vezes ele chora
outras tantas desespera
muitas vezes vai embora
outras tantas fica e implora

Esse maldito do amor
que ninguém sabe onde nasce nem quando
trucida os amantes incautos
enganando-os com a paixão
e dos imprudentes brinca e troça
faz quermesse na jugular das emoções
onde leiloa beijos e carícias vãs

Ah, esse sujeito vagabundo
que faz juras em desmedida profusão
prosta os amantes querelantes
debilita a palavra sussurro
derruba o abraço mais profundo
humilha o beijo com o escarro
e subjuga o gozo na raiva do presente

Enfim, ó tu louco e eterno amor
que vagueia sensações despudoradas
és o príncipe do desconhecido
a quem se busca em vidas desesperadas
alcançar a sinfonia do perfeito verbo
onde pretendemos abrigar os corações
escarlates de vidas de humanos carentes

Inserida por joao_batista_do_lago

Filosofia

Estou pensando,
Se faz sentido o pensamento
Na sua mente,
que não aceitou a gente

"Não se pisa
duas vezes no mesmo rio"
"Se penso logo existo"
Porque não entende isso

Mentes brilhantes
Dois amantes
Vivem distantes

Filosofia, utopia
Penso em você
Todos os dias.

Não sou Platão
Mas de você não abro mão
Nem sou René
Porque não vivo sem você

Inserida por RoneySantos

A gnose é a abertura e acesso ao conhecimento. A filosofia ensina a vermos todas as coisas, usando a lógica. Quando olhamos apenas com a emoção, não enxergamos o Todo, nos limitamos apenas ao que está no plano material, tangível.
Já quando desperta o poder consciencial, podemos não apenas sentir, como ouvir, tocar e transmutar, já que somos produzidos a partir das mesmas matérias que o próprio Universo. Por isso se diz que, quando ascendemos (elevamos) nosso espírito (consciência), atingimos o poder de transformação e cura. Por que, através do conhecimento, adquirimos controle sobre tudo o que nos cerca e nos afeta e, sendo assim, podemos impedir ou permitir ações e pensamentos destrutivos, tanto seus próprios, quanto de terceiros, contra ti.
Somos o micro cosmo vivendo dentro de um macro cosmo. Uno.

Inserida por JaneFernandaN

Filosofia Amorosa


no fundo de um vasto elemento
ardeu-me uma nova impressão
não há revigoro, fomento
capaz de curar a paixão

num culto de lua e de água
as matas sorriam e acenam
num culto de homem e mulher
até as orquídeas contemplam

agora eu conheço o sentir
de alguem que me fez venerar
fazer a minh'alma sortir
na cela do amor carcerar

não que seja obséquio e importuno
ter alguém na qual possa amar
e sim um episódio fortuito
difícil de se lidar

Inserida por MarotoLeonardo

"Tantos poucos."

Alguns a filosofia
em outros jaz mais pura poesia
em alguns raiva outros amor.

A tantas paixões platônicas
e quantas paixões irônicas.

Tantos caminhos
tantos trechos
curvas,risos,sorrisos.

Enredos, cantorias
quantas alegrias
tantos a quanto não sorria
Só vivia...tanto...tanto
Tanto mais.

Inserida por gleicyari_silva

FILOSOFIA E VOCÊ

Vivemos numa civilização na qual predominam as aplicações técnico-científicas em todos os setores da vida humana. Esta civilização que cobre o mundo desenvolvido e que é o sonho do mundo subdesenvolvido, tem um grande impacto sobre culturas e tradições milenares.

Qual é o papel da filosofia nesta virada histórica? Terá ainda algum sentido tratar de metafísica na época do triunfo das ciências físicas, biológicas e econômicas? Tem a reflexão filosófica alguma importância na vida real ?

Na perspectiva hegeliana a Filosofia não precisa apressar-se porque ela é uma ciência vesperal que levanta vôo ao cair da noite ou seja, depois dos acontecimentos do dia. Mas será a Filosofia só retrospectiva? Não seria ela também uma ciência matinal, prospectiva, que caminha com todos os outros modos de conhecimento? Pode ela dispensar-se de participar da historicidade da existência humana?

De fato a Filosofia pretende coincidir com cada movimento da história. Ela alimenta o projeto ambicioso de elucidar a radicalidade da existência tanto sob o ponto de vista da razão teórica como da razão prática. Isto é, a Filosofia, tomada como metafísica e ética trata sempre do saber e do agir humanos na história. Afinal, o que é fazer filosofia? Que significa isso? Em sentido muito amplo, significa o exercício de uma atividade intelectual igual outras atividades intelectuais como a literatura, a sociologia, a economia.

Esta atividade é exercida num espaço, num campo específico bem determinado: o corpus philosophiae que é formado pelos sistemas filosóficos conservados ao longo da História. Ademais, a atividade ou a práxis filosófica é contingente, o que vale dizer que ela nunca foi necessária: para viver não precisamos de filosofia. A ciência, por exemplo, se ocupa de coisas tão fundamentais quanto a Filosofia: o espaço, o tempo, a matéria, a vida, as causas.

Mas ainda, a atividade filosófica depende da cultura ambiental. Ela aparece depois de um certo desenvolvimento cultural. É verdade porém que se torna independente do ambiente quando reorganiza em sistema. Os ambientes culturais passam, mas os sistemas filosóficos permanecem e formam o corpus philosophiae sobre os quais se exerce uma parte da atividade filosófica. Enfim, vou ficar por aqui por enquanto, e em breve voltaremos a escrever sobre Filosofia.

Nilo Deyson Monteiro Pessanha

O TEMPO DA VIDA (provocações)
Por Nilo Deyson

ATENÇÃO!!!
A FILOSOFIA consiste em fazer com que o gênio interior de cada um, seja invulnerável .
Atenção no texto abaixo !!!
Sua substância é fluxo, suas sensações são trevas, todo seu corpo corrupção, sua alma um remoinho, sua sorte um enigma, seu renome uma cega opinião. Resumindo, tudo, tudo em sua matéria: precariedade. Em seu espírito: sonho e fumaça.
Sua existência: uma guerra, a etapa de uma viagem. Sua glória póstuma: esquecimento. Quem nos pode então servir de guia ?
A Filosofia, apenas isso.
Olá, amigo Leitor e prezados amigos de rede, venha refletir com Nilo Deyson, no momento literário filosófico.
Como afirmei no início, a Filosofia consiste em fazer com que o gênio interior de cada um seja invunerável, e acrescento, deve ser impassível, superior aos prazeres e as dores.
Que não mova ao acaso, por falsidade ou maldade, que não se apague as paixões, aos sistemas, aos vícios ou tradições de modo fanático.
Que não cogite do que fazem ou deixam de fazer os outros.
Que aceite as vicissitudes e o destino como provenientes da mesma origem.
Acima de tudo, que aguarde a morte com serenidade, nela não vendo mais que a dissolução dos elementos constitutivos de todos os seres.
Pois, se para os elementos nada há de horrível em se transformarem incessantemente uns nos outros, por que temer a transformação universal e a universal dissolução?
Como nada é mal segundo a natureza, acredite que a natureza assim exige.
Que cada ser respeite o universo que habita em outro ser, sem julgar, sem apontar, apenas viver e depois da brincadeira da vida, morrer vivendo eternamente ...


Nilo Deyson Monteiro Pessanha

A Filosofia discute qualquer assunto, sem medo e sem barreiras.
A educação precisa de filosofia para criar o senso crítico construtivo.
Contudo, que haja o respeito e a defesa do diálogo.
Acredito que o diálogo filosófico é a maior manifestação do saber direito.

Nilo Deyson Monteiro Pessanha

Filosofia do Viver

(Bartolomeu Assis Souza)

A filosofia da vida é viver
Não é com reflexões somente
É com a ação do dia a dia

A filosofia da vida é viver
Não devemos passar por ela
Ir a luta com determinação

A filosofia da vida é viver
O mundo pertence a quem se atreve
E a vida é muito para ser insignificante

A filosofia da vida é viver
Não se preocupe em entender
Viver ultrapassa qualquer entendimento

Inserida por bmdfbas

A Filosofia é a atitude metódica, disciplinada, estruturada e intencional de indagação sobre as razões de ser das coisas e fatos, de maneira a produzir consciência e inovação.
"A rotina do cotidiano nos leva muitas vezes a agir e viver no modo automático ou robótico, e isso impede a clareza das direções e bloqueia as condições para a edificação do inédito; a Filosofia é um brado de "alto lá!" .

Nilo Deyson Monteiro Pessanha

“O inferno sã nossas escolhas”
Amanda Palma

Sartre baseou grande parte da sua filosofia com base na frase “O Inferno são os outros”

Fico com a frase de Amanda Palma porque nem sempre o inferno são os outros, mas nós mesmos, com as nossas nem sempre boas escolhas para não dizer com as nossas péssimas escolhas.

Há muitos anos eu escrevi que não dá para acertar todas, o importante é não errar todas...
Eu errei muitas, muito mais do que acertei, mas não errei todas, escolhi certo, escolhi bem a Amanda Palma.

Inserida por marinhoguzman