Textos de Filhos para os Pais

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Sim sou eu..
com um pouquinho dos meus amigos.. e muito dos meus pais..
com cicatrizes das doideiras que fiz, e com marcas do que não faria nunca mais.
Sim sou eu, com novas palavras a cada dia, com novos jeitos e uma personalidade.. mutavel-imutavel.
Sim sou eu, com sorrisos variados, abraços apertados.. saudades do que apenas ficou no passado.
Sim sou eu, que cai e sozinha levantei.. que pense...i que não havia mais forças, e achei..
Que sempre tenta evitar o "talvez".
Sim sou eu, que canta, toca, compoe .. inventa.. transforma, muda e é mudada..Mais que incrivelmente continuo sendo eu.
Sim sou eu.. só eu.. tão simplesmente Eu.
E as vezes, pensar que estou diferente.. vem apenas do modo de cada um me ver.. Pois sei que só me conhece de verdade, quem me olha e encherga além do que os olhos podem ver..
Pois por fora, eu tenho minhas fases, mais por dentro eu sempre vou contiuar sendo quem sou...
Não tenho medo das indagações, ou opniões, sobre quem fui, ou serei .. Se quer mesmo saber meu pensamento..
Bom, acho que se indagar, é um problema seu.
Mas se resolver me perguntar..
irei respirar fundo, e talvez balbuciar..
Sim, ainda sou eu!

Sou o silêncio dos inocentes, o barulho dos corruptos e a paciência dos honestos.
Sou um país que inveja o governo do outro, sou a vitoria de uma guerra sem sentido, sou o choro de uma criança amedrontada.
Sou a tempestade de um dia intenso e desespero de perder tudo.
Sou um dia quente de chuva e a intensidade da covardia de um estado sem nação.
Sou o amor, o ódio, o carinho e a frustração procurando a chave da minha liberdade.
Posso ser tudo mais só quero ser apenas um o seu sincero amigo...

Autor: Julio Aukay

Inocência

Descalços nas ruas andando
A ermo sem direção
Meninos sem pais, sem rumo
Futuro desta nação.

Sem sonhos nem ilusões
Buscam no lixo a comida
Matando a fome do corpo
Antes que a alma desista

Em meio ao caos total
De um país sem parâmetros
Meninas se prostituem
Em nome de todos os santos!

CARTA AOS PAIS


Meu irmão.

Evocamos as homenagens que lhe são tributadas, pela nobre missão que o Senhor da Vida lhe concedeu, na condição de pai na Terra, venho ao encontro de seu coração, a fim de que possamos, juntos, refletir acerca de alguns elementos que muitas vezes, são deixados lado, por variados motivos.

Você sabe que ser pai no mundo é honrosa oportunidade com que Deus brinda o homem, com que abençoa a masculinidade, homenageando a sua função co-criadora, ao lado da mulher que se fez mãe pelos vínculos carnais.

Assim, meu irmão-pai, torna-se necessária a sua atenção para os episódios mais estridentes que acontecem nos momentos que passam, na conjuntura social.


Ouve-se falar dos tormentos dos vícios, do tóxico em particular, solapando as energias jovens, começando a destroçar a criança, ainda nas primeiras experiências infantis, enleando até mesmo os seus filhos na volúpia viciosa, e tantas vezes você não se interessa e , por isso , nada vê.

É verdade que você se encontra preocupado com a manutenção doméstica. É valido que você se torne o eixo em torno do qual giram preocupações. É compreensível que esteja cansado, ao voltar dos sucessos cotidianos da profissão.

Porém papai, não deponha sobre os ombros da companheira-mãe a responsabilidade de, sozinha, conduzir o lar, educar a prole, acompanhar os passos dos pequenos e dos mocinhos, fazendo-se presente onde se torne preciso. Você pode e necessita, meu amigo, na condição de genitor, participar desse luminoso esforço, que é o de conduzir ao Criador as almas que lhe foram apresentadas na função de filhos.

Quantas vezes você tem mirado nos olhos dos seus filhos para sentir-lhes as realidades intimas, pelas “janelas da alma”?

Quantas vezes você tem renunciado a um lazer para que esteja com eles, nos compromissos escolares em que se faça importante a sua pessoa, numa ou noutra atividade social, a fim de que se sintam apoiados por sua presença a dar-lhes segurança?

Quantas vezes você tem dialogado com seus filhos, ouvindo-lhes as opiniões sobre a vida, as pessoas, os fatos cooperando no esclarecimento de equívocos e fazendo recolocações devidas, auxiliando-os a caminhar pelas vias do discernimento?

Quantas vezes visitou, você mesmo, os ambientes, os redutos, nos quais vivem e se agitam seus filhos, a fim de conhecer onde estão comumente, com quem estão e o que fazem, demonstrando interesse pelo acerto deles na vida?

Quantas vezes chamou-lhes a atenção, com carinho e energia, ao vê-los bandear-se para caminhos obscuros, induzidos pela propaganda tendenciosa do mal ou pelas opiniões de quem se lhe apresenta como liderança da moda?

Quantas vezes você conseguiu conversar, sem gritar; orientar, sem imposição descabida; corrigir, sem agressão, para que eles adquirissem o senso do equilíbrio das proporções e da tranqüila disciplina?

Pense, meu irmão, pense seriamente, desarmado emocionalmente, para verificar se não terá tido ou se não tem participação nos equívocos em que os filhos se lançam por ignorância ou desamparo, por falta de sua assistência...

Se, muito bem, que você ama seus filhos. Entretanto , o amor, sendo a virtude por excelência, deve ser vigilante e perspicaz, para que , em seu nome, a insensatez e assombra não se estabeleçam.


Hoje, quando tantos filhos sofrem a carência da presença dos pais, Vigie-se para não trocar por presentes matérias a atenção que lhes deve, de modo a conquistá-los. Ainda que tenha coisas para dar, de-as, mas oferte-se a eles. Sorria com eles, corra com eles, ajude-os em pequenos serviços, em singelos deveres escolares. Ouça-lhes as historias simples do dia-a-dia, vividas com colegas e amigos. Dê valor às suas dificuldades, sem exageros prejudiciais, contudo. Pergunte-lhes, ao tornando-se, assim, amigo-confidente, para que seja aceito como conselho.

Mas, não se olvide de que todas as suas orientações, palavras e ensinos se esboroarão, ruirão por terra, se você apenas quiser ensinar, sem que viva, nobremente, os ensinos que ministra.

Reflita, pai querido, que seus rebentos lhe conduzirão a mensagem de vida aonde quer que forem, impregnados que estarão por tudo quanto lhes houver oferecido.

Não se esqueça, ainda, papai, que você não está a sós, com sua companheira, para o conduzimento dos filhos. Contam vocês com a assistência e com a participação dos nobres Emissários do Bem, que se fizerem seus Anjos Quardiães, e que têm interesse em recambiá-los a Deus, valendo-se da sua disposição de pai e mãe na Terra.

Não diga que se torna difícil a lide, por lhe faltar o burilamento da cultura escolar. Para orientarmo-nos pelo bem, pelo caminho correto, junto aos nossos afetos, não temos necessidade de diploma, mas, sim, de bom senso e maturidade, aliados a uma profunda confiança em Deus.

Repito-lhe que os Espíritos Avalistas da sua família acompanharão as suas lutas e dificuldades, limitações e empenhos , suprindo onde seja necessário, a fim que você consiga avançar , cooperando com o Criador de modo efetivo, e mais afetivo, alcandorando-se com os seus educadores bem formados.


Ao abraçá-los por sua coragem e por seu amor, junto aos filhos amados, auguramos-lhes verdadeiros progressos, na marcha para a real felicidade, após a sua missão devidamente atendida.

Vereda Familiar
J. Raul Teixeira

Brasil

P'ra mim
és esse rio que te desflora
o povo
de um país desencantado,
povo que canta,
dança,
mas que chora
a terra,
seu país por Deus criado.
P'ra mim,
és Ipanema ensolarada,
és a verde Amazónia
agredida.
És Sampa
acordando de madrugada,
a esperança de mudar
não conseguida.
És a crosta gretada,
sertão sofrido.
És verdesul
nordeste
és a Baía
és Brasília,
futuro não cumprido,
sorriso
carnaval,
triste alegria.
És meu Cruzeiro do Sul
muito querido,
tu és o meu Brasil
minha Utopia.

Sabe quando uma criança pega algo que lhe traga algum perigo, e os pais quando vão retirar isso das mãos da criança tomam todos os cuidados necessários e pedem com carinho "filho tire os dedinhos"

É assim que Deus faz quando você tem problemas, basta saber ouvir a voz doce dele pedindo "filho tire os dedinhos" e entregar o problema nas mãos dele.

DIA DOS PAIS
Expressões maquiadas se transformam em presentes. É simples e prático agradecer da boca pra fora e esquecer que atitudes falam mais do que palavras. Presentes não significam lembranças e gratidão. Pelo contrário, neste dia, recebendo presentes, aflora o sentimento de ingratidão, dor, tristeza e lamento.

Tem dois jeitos de se aprender as coisas, pode ser pelos pais ou pela vida, a unica diferença é que a vida sempre vem acompanhada de muitas loucuras e pouco juízo! A moral da historia é:
Você vai aprender de tudo, do jeito fácil ou do jeito difícil! A estrada pra seus filhos andarem quem faz é você, ela pode ser limpa e lisa ou totalmente esburacada, ele vai ter que passar por ali... deixe ela asfaltada pra ele, as escolhas é dele, apenas limpe o caminho pra ele passar!!

PAIS FUTEBOLIZADO

O que esperar de um povo que, ao invés de ser politizado, é futebolizado?
O que esperar de um povo que sabe mais sobre o jogador no campo que do politico no congresso?
O que esperar de um povo que valoriza mais a bola na rede do que o voto na urna?
O que esperar de um povo que ante a tanta corrupção, da mais valor ao gol e a taça?
250 milhões em ação, salve a corrupção, contanto que não falte o campeonato, mesmo que, até nesse campeonato, haja corrupção.

NESSE PAÍS, SER MENOS QUE LOUCO E ASSUMIR POSIÇÃO DE COVARDE... AFINAL ASSUMIR AQUI E O GRANDE PROBLEMA...'

Tá louco mesmo hem, está sem descanso por causa dos outros...
Tá louco, pense em você...
Tá louco mesmo, jamais teria feito o que você fez...
Tá louco, e muito ter que tirar sem saber...
Louco de amar assim...
Tá louco, que tipo de amor é esse...
Louco você de querer algo assim...
Louco velho, cola aqui...
Ele e louco eu não...
Não foi aquele louco lá, eu estava só olhando...
Cada louco com sua mania...
Louco o lugar...
Louco tudo lá...
Mas sou louco de fazer isso sim...
Afinal ele e louco, ai sempre vai...
Louco, não existe possibilidade de ficar parado
Louco e você que não entende...
Louco, para de dizer mentiras...
Louco eu sei que você não é assim...
Louco não faz isso...
Louco você pensar...
Louco você sonhar com isso...
Louco, isso não é certo, não e errado...
Louco, mas fez o que faria também...
Louco de ficar guardando...
Louco, não vai dar certo...
Louco e achar, pensar assim...
Louco, não pensa em vocês...
Louco deveria pensar menos nisso...
Louco, desencana... E eu que estou aqui...

Mote: Quando o justo governa alegra o povo. Mas, se o ímpio domina traz tristeza.

Um país que é justo no agir
É uma quase quimera nesse mundo.
Confusão, injustiça e caos profundo
São os pontos mais fortes por aqui.
São Palavras jogadas, sem cumprir
As promessas não passam de fineza
E o povo padece com clareza
Não avista opção nem sangue novo
Quando o justo governa alegra o povo
Mas se o ímpio domina traz tristeza
Desespero é uma realidade
Que o povo encontra quando vê
Que não tem a ninguém pra recorrer
Que não tem influentes na cidade
Mas quem tem o poder tem a vaidade
De mostrar seu domínio sem fraqueza
Esmagando os mais fracos sobre a mesa
Dá banquete e rir fazendo pouco
Quando o justo governa alegra o povo
mas se o ímpio domina traz tristeza.
Todo ser que trabalha ele quer vê
Seu sustento no fim do mês sair
Ele tem compromissos a cumprir
É um justo e trabalha pra viver
Mas se algo maior acontecer
E ao invés de salário ter despesa
Tem sua vida numa grande correnteza
E de tanto falar vai ficar rouco
Quando o justo governa alegra o povo
Mas se o ímpio domina traz tristeza
Se o mundo parar de desandar
E o comando for meio só pro bem
Os países vão caminhar além
Tendo um bom porta-voz pra ajudar
Eu almejo um dia encontrar
Esse bom portador que faça e veja
Que o povo precisa de presteza
E a história precisa de um renovo
Quando o justo governa alegra o povo
Mas se o ímpio domina traz tristeza.

(23/09/2015)

O Apocalipse Angelical

Brasil! Era assim que costumavam chamar meu país de origem. As ruas do que um dia veio a ser a cidade de São Paulo estavam repletas de destroços,sangue seco e sujeira; em verdadeiras ruínas desde a batalha final entre humanos e anjos enviados pelo grandioso Pai, para pôr fim à sua criação.

Poucos sobreviveram ao que ficou conhecido como “Apocalipse Angelical” e os que conseguiram manter suas vidas a salvo abandonaram aquela cidade manchada de vermelho férreo, procurando abrigo em alguns raros lugares onde a fúria angelical, por algum motivo desconhecido, não conseguia alcançar.
Mas isso não desanimou a humanidade, muito pelo contrário. Movidos por um sentimento de revolta e compaixão, eles lutavam bravamente pelo direito de permanecerem vivos. No céu, aeronaves de combates da Força Aérea Brasileira lutavam bravamente abatendo os guerreiros alados, mas a luta parecia em vão, pois, para cada alado abatido, oito surgiam em seu lugar

Eh! Faça chuva ou faça sol, o Brasil é um país maravilhoso, o problema somos nós, Sim, digo nós, porque nascemos nele, portanto somos brasileiros e de certa forma temos uma parcela de culpa de tudo que aconteceu, acontece ou vai acontecer de bom ou ruim conosco, com os nossos familiares, amigos, população, enfim, com o país. Tudo isso graças ao mal de NCC - Negligência, Conivência e Conveniência.

Se cada um colocar em prática 1% de 100% do que fala já é um grande passo para um futuro melhor!

Meu Brasil...
País de muitas etnias... País de Glórias... País de muitas emoções...
Aqui corre nas veias... Vida...Esperança... Fé...e Amor...
País de sentimento... de Raça e de Cor...
Um País que tremula pele... Um País que recomeça todos os dias...
Mas a raça aqui é forte e não se entrega jamais...
Levantamos todos os dias... em busca da conquista... dos sonhos...
Esse Brasil tem coração que bate forte... pulsa com alma e vigor...
Esse é o Meu Brasilll...
Tenho orgulho de ser Brasileira... Orgulho da união de Povos e gerações...
Aqui somos todos um Só... Aqui somos Brasil....
Não importa o que digam... Sabemos que nossa força se propaga pelo Mundo...
Aqui temos raízes...Aqui temos valores...Aqui construímos... Aqui temos nosso chão....
Te amoooo meu Brasil....

País que chora
clama por revolução
e o povo implora
saúde e educação

O patrão enriquece
as custas do trabalhador
a massa padece
aumentando seu furor

Se o povo é ignorante
Sem estudo, instrução
O governo pinta e borda
Impunidade, mensalão

Delinqüência é conseqüência
Desse sistema doente
E o garoto foge da escola
Pra vender entorpecente

E vamos sendo manipulados
Assistindo TV no sofá da sala
O gigante de olhos fechados
Com muito a dizer e que nunca fala.

Era uma vez o País das Fadas. Ninguém sabia direito onde ficava, e muita gente (a maioria) até duvidava que ficasse em algum lugar. Mesmo quem não duvidava (e eram poucos) também não tinha a menor ideia de como fazer para chegar lá. Mas, entre esses poucos, corria a certeza que, se quisesse mesmo chegar lá, você dava um jeito e acabava chegando. Só uma coisa era fundamental (e dificílima): acreditar.
Era uma vez, também, nesse tempo (que nem tempo antigo, era, não; era tempo de agora, que nem o nosso), um homem que acreditava. Um homem comum, que lia jornais, via TV (e sentia medo, que nem a gente), era despedido, ficava duro (que nem a gente), tentava amar, não dava certo (que nem a gente). Em tudo, o homem era assim que nem a gente. Com aquela diferença enorme: era um homem que acreditava. Nada no bolso ou nas mãos, um dia ele resolveu sair em busca do País das Fadas. E saiu.
Aconteceram milhares de coisas que não tem espaço aqui pra contar. Coisas duras, tristes, perigosas, assustadoras, O homem seguia sempre em frente. Meio de saia-justa, porque tinham dito pra ele (uns amigos najas) que mesmo chegando ao País das Fadas elas podiam simplesmente não gostar dele. E continuar invisíveis (o que era o de menos), ou até fazer maldades horríveis com o pobre. Assustado, inseguro, sozinho, cada vez mais faminto e triste, o homem que acreditava continuava caminhando. Chorava às vezes, rezava sempre. Pensava em fadas o tempo todo. E sem ninguém saber, em segredo, cada vez mais: acreditava, acreditava.
Um dia, chegou à beira de um rio lamacento e furioso, de nenhuma beleza. Alguma coisa dentro dele disse que do outro lado daquele rio ficava o País das Fadas. Ele acreditou. Procurou inutilmente um barco, não havia: o único jeito era atravessar o rio a nado. Ele não era nenhum atleta (ao contrário), mas atravessou. Chegou à outra margem exausto, mas viu uma estradinha boba e sentiu que era por ali. Também acreditou. E foi caminhando pela estradinha boba, em direção àquilo em que acreditava.
Então parou. Tão cansado estava, sentou numa pedra. E era tão bonito lá que pensou em descansar um pouco, coitado. Sem querer, dormiu. Quando abriu os olhos — quem estava pousada na pedra ao lado dele? Uma fada, é claro. Uma fadinha mínima assim do tamanho de um dedo mindinho, com asinhas transparentes e tudo a que as fadinhas têm direito. Muito encabulado, ele quis explicar que não tinha trazido quase nada e foi tirando dos bolsos tudo que lhe restava: farelos de pão, restos de papel, moedinhas. Morto de vergonha colocou aquela miséria ao lado da fadinha.
De repente, uma porção de outras fadinhas e fadinhos (eles também existem, quer dizer fada macho) despencaram de todos os lados sobre os pobres presentes do homem que acreditava. Espantado, ele percebeu que todos estavam gostando muito: riam sem parar, jogavam farelos uns nos outros, rolavam as moedinhas, na maior zona. Ao toquezinho deles, tudo virava ouro. Depois de brincarem um tempão, falaram pra ele que tinham adorado os presentes. E, em troca, iam ensinar um caminho de volta bem fácil. Que podia voltar quando quisesse por aquele caminho de volta (que era também de ida) fácil, seguro, rápido. Além do mais, podia trazer junto outra pessoa: teriam muito prazer em receber alguém de que o homem que acreditava gostasse.
Era comum, que nem a gente. A única diferença é que ele era um Homem Que Acreditava.
De repente, o homem estava num barco que deslizava sob colunas enormes, esculpidas em pedras. Lindas colunas cheias de formas sobre o rio manso como um tapete mágico onde ia o barquinho no qual ele estava. Algumas fadinhas esvoaçavam em volta, brincando. Era tudo tão gostoso que ele dormiu. E acordou no mesmo lugar (o seu quarto) de onde tinha saído um dia. Era de manhã bem cedo. O homem que acreditava abriu todas as janelas para o dia azul brilhante. Respirou fundo, sorriu. Ficou pensando em quem poderia convidar para ir com ele ao País das Fadas. Alguém de que gostasse muito e também acreditasse. Sorriu ainda mais quando, sem esforço, lembrou de uma porção de gente. Esse convite agora está sempre nos olhos dele: quem acredita sabe encontrar. Não garanto que foi feliz para sempre, mas o sorriso dele era lindo quando pensou todas essas coisas — ah, disso eu não tenho a menor dúvida.

Diariamente, vivo sobre pressão, pais põe pressão, tios, avós, amigos, colegas de classe, irmãos, todos.
Tudo o que faço não é suficiente, tentei ser médico para agradar a minha mãe, tentei ser delegado para agradar ao meu padrasto, tentei ser advogado para agradar a minha tia, assim sucessivamente. No fim das contas não agradei ninguém, muito menos a mim.

ESSE É O NOSSO PAÍS.

É um País muito engraçado
O código penal, vive atrasado

Ninguém anda tranquilo, não!
Em cada esquina tem um ladrão

Não posso mais acessar a rede
Porque pra hackers não tem parede

Também não posso me divertir
O menor infrator pode agir

E da justiça que tanto espero
Tem tanta brecha, que a nota é zero.

TODOS!

Todo mundo tem amigos, mas quase ninguém tem confiança;
Todo mundo tem mundo tem país, mas quase ninguém da o certo valor;
Todo mundo tem cérebro, mas quase ninguém usa;
Todo mundo tem raiva, mas quase ninguém tem também, a paz;
Todo mundo tem coração, mas quase ninguém tem compaixão;
Todo mundo tem água, mas quase ninguém se limpa profundamente;
Todo mundo tem comida, mas quase ninguém alimenta;
Todo mundo quer ajudar, mas quase ninguém se prontifica;
Todo mundo quer ser feliz, mas quase ninguém faz algo pra mudar;
Todo mundo quer ser grande, mas quase ninguém quer crescer

A música dos ventos.


Hoje eu quero que meus amigos não notem minha dor
Quero que meus pais não liguem para minhas trabalhadas
E que meus pés suportem minha longa caminhada
Por que busco um outro caminho.
Hoje eu quero que minhas mãos não se cansem
Por que sei que serão muitas linhas escritas
Hoje espero que a poesia não me deixe
E que o silêncio fique quieto ao meu lado
Hoje eu quero que a noite quase não cheque
Só assim terei mais tempo pra me ver.
Hoje espero que meu suor seja doce
E que minha loucura seja a mais forte
Mas também espero que algum dia ela passe
Hoje eu quero que os pássaros voem comigo
Quero ir pra longe, pr’eu chorar
E nem ver que meus olhos estão feridos
Assim como minha alma que esta despedaçada
Hoje eu quero voar alto, e soltar gritos.
Eu quero que hoje seja especial
Um simples dia ou até mesmo sem nada.
Hoje eu quero ser estrela.
Quero ser a música dos ventos.
Hoje eu quero tudo o que me foi prometido
Hoje eu quero ver os fins dos tempos,
Hoje eu quero que meus amigos estejam comigo
E que meus pais me abracem pela última vez
Porque sem estes, eu serei apenas pó.
Eu serei o pó, que do pó me fez.