Textos de Festa
As vezes me pego a pensar:
Se o tempo passar e for tarde demais?
Se eu não lembrar dos dias dos quais quase morri?
Sem querer sorri, na verdade em prantos.
Tantos são os dias
Já nem lembro o que queria dizer no dia que não disse.
Tolice talvez. Pra três ou mais que vinte.
Não sente, prisioneiro na atmosfera terrestre.
Sigo inocente.
Um universo gigantesco pintado a fresco por sei lá quem
A milhões de anos adormecido num além.
Brilhante artista, nunca assinou suas obras.
Nunca saiu na revista, nem direitos autorais cobra.
Egoísta?
Paranoia constante, por instantes me leva a loucura
Doença que não tem cura, a morte da lucidez que murmura.
É Natal!
Os sinos repicam alegremente,
Crianças brincam contentes,
E esperam, ansiosas, pelo melhor momento:
A hora de abrir seus presentes.
É Natal!
As estrelas de seu melhor brilho se vestem,
Os homens aos céus por tudo agradecem humildemente.
Uma criança solitária faz sua prece:
Ao lado da cama quer encontrar um presente.
É Natal!
Pinheirinhos enfeitados,
Festas pra todo lado...
Presentes, presentes e mais presentes...
É tanta celebração que tantos do mais importante se esquecem
Jesus...
A razão de o Natal ser comemorado:
pra própria festa Ele não é convidado.
E na sua festa... Jesus entrará!?
“ANIVERSARIANTES DO MÊS – parabéns para todos vocês !
Não sei o dia em que cada um nasceu, nem quantos janeiros cada um
viveu.
Seguindo a regra mensal, parabenizam-se aqueles da escala no mural.
Hoje a tarde na repartição vai ter bolo, palmas e refrigerantes - como
manda a tradição.
Já que presente ninguém mais traz, a cota da festa é de dez reais.
É proibido trazer convidado porque o lanche já tá contado.
Sempre é meio desanimado, mas todo mundo quer ser lembrado.
Espero que não pule o mês, porque o meu é no próximo dia três. “
O NATAL DE MINHA INFÂNCIA
Desde os tempos de infância, sempre fico na expectativa da chegada do NATAL.
Ainda criança, estudar era muito bom, mas, chegar as férias, aprovado, era muito melhor, pois, logo vinha a boa nova - o NATAL.
Período de ganhar presentes, roupas novas, brinquedos e viagens.
O NATAL é mágico, um colorido de luzes, a brilhar na cidade, nas ruas, nas casas.
Nos lares, as árvores de Natal, as guirlandas, os presépios, nos remontam ao nascimento do menino Jesus.
As orações pela paz, harmonia, prosperidade e saúde, tornam-se momentos de fé e esperança para um Ano Novo que se aproxima.
Relações carregam-se de afetos, sentimentos afloram e aquecem corações.
Fluem a humildade e a generosidade da partilha.
Senão a doação financeira para quem precisa, o desapego assume relevância fazendo com que o pouco que nos propomos a ofertar, seja muito para quem recebe.
As saudades doloridas pelas distâncias ou pelas lembranças daqueles com quem convivemos, nos fortalece na caminhada da vida.
Então é NATAL, festa da família, período de acreditar, período de encher os coraçõezinhos das crianças de sentimentos ternos e de relembrar como era lindo o NATAL DE MINHA INFÂNCIA.
O amor é festival
sem fim e sem ponto final. O lugar onde os anjos comemora quando acontece tudo que há de amor em um
casal com os tons mais perfeitos de amar como a cor mais bonita que faz os anjos brilhar os
olhos de felicidade
por causa do amor
real que é explandente amar como uma história sem fim.
Ao som do axé
Pulam e dançam,
Fantasiam-se,
Será que ele é?
Se for sobre ser feliz,
Todo mundo é
E ainda pede bis.
Só há uma lei
Decretada pelo rei:
Dançar e amar
Até o mundo acabar.
Nessa festa,
Ninguém liga
Ponha brilhos na testa
E venha, me siga!
Vários dias
Cheios de folia
Eu sei que você queria
Mais uns dias de alegria.
#Despe #do #corpo #a #alma...
No frio concreto molhado...
O fato está feito, silenciosamente...
Diante do tempo que não pára...
Sonhos talvez tivesse...
Louvores sairiam em trinados...
Asas seriam estendidas aos céus...
Mas está tudo acabado...
A vida continua...
Mas não para o anjo caído...
Saiu de seu abrigo...
Tudo está perdido...
Aos céus já não mais irá alçar...
Em jardins não brincará...
Em silêncio a morte diz...
O que na vida não queremos ver...
Se você não sabe o que é a vida...
Nunca irá entender a morte...
A vida sempre é um encontro...
Um desejo...
Um alento...
Todo dia é uma festa...
Sempre é hora de florescer...
Sonhe sempre...
Seja feliz e faça acontecer...
Dançando Negro
Quando eu danço
atabaques excitados,
o meu corpo se esvaindo
em desejos de espaço,
a minha pele negra
dominando o cosmo,
envolvendo o infinito, o som
criando outros êxtases...
Não sou festa para os teus olhos
de branco diante de um show!
Quando eu danço há infusão dos elementos,
sou razão.
O meu corpo não é objeto,
sou revolução.
Festas Juninas... Logo cedo meu tio Zezinho comprava papel de seda na lojinha e fazias balões coloridos, juntando as folhas, usando como cola o grude, de grudar, que nada mais era um composto caseiro feito com o cozimento de Maisena acrescida com água que a medida que era mexida na panela no fogo, se transformava numa excelente cola e já começava a confeccioná-los logo de manhã, se eu não me engano, quatro, seis e depois punha pra secá-los no varal do quarto dele de pendurar as roupas.
Fogueiras... Faziam-se tantas... Hoje vi só uma, duas, três,
talvez sete no máximo perdidas nas imediações. Teve uma que eu achei bonito após acender o cidadão que fez a fogueira disse de si pra si, “Gloria a Deus, e a Jesus cristo, mais um ano acendendo a fogueira”, outro, da fogueira maior, essa da foto, disse que para o ano vai fazer uma maior ainda que é pra não perder a tradição. Pessoas simples, mas, de bom coração. Coisa assim, e não tinha esses fricotes de incomodar, fazer mal a vista a fumaça, era um ardor gostoso que só, todo mundo com os olhos ardendo, vermelhos. chorando mas de felicidade.
Quadrilhas, hoje totalmente diferentes das de antigamente. Hoje parece escola de samba, maior doidice. Cada um faz sua coriografeia, digo, coreografia,
como se houvesse algum Carlinhos de Jesus, um entendido nelas. Quadrilhas só de piratas, dançadas ao som de musicas bregas. Acabou as de casamento matuto, dos Alavantu (do Frances, avancar) e Anarriê (voltar), brinque! Quadrilhas internacioná!
A noite se acendiam as fogueiras. Acender fogueiras era uma coisa perigosa, era risco de vida na época, não propriamente pelo fogo, mas, tinhas umas historias que se ela não pegasse fogo, nem a pau, no próximo São João o "caba" não estava vivo! Minha nossa! Que perigo! Se chovesse então, era um terror, tinha quer acender nem que jogasse uma dinamite em cima, por vias das por vias das duvidas, é claro.
Meus tios Zezinho e Wilson soltavam os balões, coisa mais linda no céu, balões competindo com as estrelas. A mesa da terceira sala, próxima a janela do terraço, cheia de guloseimas da época, canjica, aqui é de milho mesmo, não é munguzá, feito ai no sul se diz, pamonha, bolo de milho, pé de moleque... Era só pegar na janela, enquanto soltávamos fogos, uns de nomes feios, que não dá pra dizer aqui, só sei que estouravam na terra e no céu. Festa junina quando eu era menino era bom, hoje ta acabando a tradição, essas coisas puras, autenticas, ingênuas, de então.
Fábio Murilo
Dançarino quadrilheiro
Sanfoneiro de plantão
Aquiete sua alegria
Não puxe o fole não
No mês de tanta alegria
Sem fogueira e balão
Porque a Pandemia
Trouxe foi muita tensão
Por causa da aglomeração
Não podemos festejar
Calma ai São João
As lives vão rolar
Com tanta gente morrendo
É difícil soltar rojão
Por isso é que te peço
Nos ajude, São João!
Angel...
Sei do mais gosta...
Vivemos eras nas madrugadas...
Sexy,
Adoro...
Alma carnuda...
Entre os anjos jogamos tudo fora...
A vida tem uma beleza natural...
Fixando olhos na imensidão tenho a certeza...
Esperança clama na fogueira da vaidade...
Dizem que tudo está quebrado...
O caos te deixa sexy...
A verdade se sobrepõe
Ninguém compreende...
Seus lábios extremecem...
Lágrimas de amor...
A profunda dor remanesce...
Anjos gritam palavras no por do sol...
Depositado o sentimento navegante...
O que eles querem?
Nas profundezas o desespero...
O silêncio se abate...
Sinto falta do seu lamento das madrugadas.
Somos definidos pelos desejos...
Deixamos os céus...
E chamado profundo no coração...
O amor grita...
Fugimos de nossas vidas/.../
O Natal bate à porta!
Abra-a, deixe que entre a alegria nestemágico momento, como se o mundo fosse perfeito e apenas cores lindas o enfeitasse sem nenhuma sombra ou mazelas. Que a paz fosse plena entre todos os povos em geral e a cada pessoa em particular dentro de seu próprio mundo.
Natal!
Data especial da fé cristã comemorando o nascimento de Jesus, porém deveria ser lembradotodos os dias em nosso interior. A verdade é que muitas pessoas lembram-se apenas do consumismo, comes e bebes até emdesperdício. Nos quatro cantos do planeta hámilhõesmal tem o que comer. Quando esta data é comemoradaapenas baseada nos bens materiaisseu verdadeiro sentido é esquecido e então o Natal torna-se triste.
Como ficar completamente feliz se ao nosso lado, sabemos que pode haver uma criança que sofre maus tratos, idosos doentes e abandonados, moradores de rua que se entregaramà bebida e depressão caindo pelas calçadas, famílias destruídas por drogas, guerras e a fome também sucumbindo pessoas? Nada é perfeito, nunca será enquanto em cada ser humano não houver a verdadeira união entre todos e o amor fraternal imperando.
Mesmo assim meus votos são de um Feliz Natal a todos eque este traga a conscientização a quem precise mudar um pouco o modo de ser, olhando de maneiramais cristã o seu semelhante.
Bolos da Marta
Tem bolo de milho
Pro café do pai,
Pro café da mãe
E o lanche do filho.
Tem bolo de queijo
Com gosto de beijo de lá da canastra.
Tem de chocolate, cenoura, laranja
Limão e aipim.
Quando o cheiro se alastra
Com cravo e canela é bolo de pudim.
Leva bolo freguesa
Põe bolo na mesa, de segunda a quarta
Na quinta e na sexta
Tu leva uma cesta de bolos da Marta.
Pro fim de semana
Tem bolos da mana
Com gosto de festa
Leva bolo freguês
Deixa um dia do mês
Para o bolo floresta.
ÊXODO
Vou-me embora… vou-me embora…
Já cansei de ser semente.
Vou tentar buscar saída,
Vou partir contra a corrente.
Com roupagem de esperança
Visto meu corpo dormente,
Renuncio ao meu passado
E parto tão de repente,
Que nem mesmo a minha sombra
Há de ver-me pela frente.
Quero andar pelo infinito
Por caminho diferente;
Quero andar por uma estrada
Onde não possa ver gente,
Sem ter fim, sem ter começo,
Sem ter nada que me oriente,
Só sentindo em meus cabelos
Esta chuva persistente…
Esta chuva que ora cai
Sobre meu corpo indolente
Refrescando os pensamentos,
Ordenando minha mente,
Carregando na enxurrada
Toda a tristeza insistente
Que se apoderou de mim,
Que em mim se fez presente
Desde o momento em que a terra
Num soluço penitente,
Vacilou sob os meus pés
Tragando a emoção tão quente,
Tão pura, tão generosa,
Tão viva, tão eloquente,
Que bailava no meu peito,
No meu peito bem-querente…
Descrença
Esse bando de urubus pensantes deveras complexo
ora diferentes, ora lixo da homogeneidade
Esses sucumbentes de nada entendem sobre arte
congruem a escória do padrão, presos; reflexo.
Condenados a calar a própria personalidade;
moldados no ser em si de Sartre
Não há modo de viver em comunidade
Tudo de mais racional que tinha; perdera o nexo.
Mudar-me-ei para o mato; floresta.
Fauna e flora coexistem na mais plena naturalidade.
Com sorte, nunca mais verei meu reflexo.
Tempos na simplicidade, quem sabe me desinfesta.
Lava o ser, desenvolve próprias especificidades.
Não se abala com as adversidades.
Me autoisolar de quem tanto me indigesta.
Repleto de harmonia; será uma eterna festa.
Dia dos pais
Figura que deve ser um suporte,
amar e cuidar de seus filhos
sempre com dedicação e alegria
os que assim fazem merecem
todo carinho deles e não serão esquecidos
no seu principal e festivo dia
Infelizmente, há os que dos filhos judiam,
não nasceram para a missão de pai,
não tem nenhuma psicologia e paciência
maltratam sem nenhuma razão
esses, certamente, da vida
o seu castigo receberão
Póstumos
São farinhas do mesmo saco
Mesmos sacos de farinhas
Mesma farinha em trilhas
Frutos da mesma sacola
Festa com mesma trilha sonora
A qual se toca entocados
Intocáveis a qualquer revolta
Vícios vividos sem limites
Nos repiques de um carnaval
Onde todos se mantém fantasiados
Com seus narizes de palhaço
Em um cortejo que sabe lá seu final.
Mulher, esteio da humanidade,
a que gera a vida e cuida com carinho
de todos que a rodeiam e mais,
trabalha, luta dia a dia
para que os seus vivam bem e em paz
Nem sempre isso tudo é reconhecido ,
há os vilões sem caráter que a ferem
por qualquer motivo, sem pena,
agridem, seja em casa ou em outros locais,
tirando-lhe a vida ou mutilando,
Existe lei para punir esses fatos,
o que nem sempre é conseguido,
mas há esperança, que pouco a pouco,
esses crimes, um dia - sejam banidos,
dando à mulher o troféu de seu valor,
a mulher só merece respeito e amor...
Natal
O Natal (ainda) vai mal...o Cristo nasceu nesta data... ou será que morreu?
...tanta confusão das tradições, que ao nos lembrarmos das comemorações natalinas, o que nos vem à mente é um velho gordo vestido de vermelho, um pão com frutinhas, sorrisos ameaçados pelo dia seguinte que tende a apagar tudo isso, um peru que esteve apavorado às vésperas e finalmente descansará em paz na panela de alguém. Ah, tem os familiares e os amigos... brincam de "amigo secreto"...deve ser por isso que muitos nem vão mais à casa um do outro durante longa data, senão perde-se o sentido da brincadeira no natal... fogos iluminam o céu... tão lindos, mas se dissolvem tão rapidamente, assim como aqueles sorrisos (ainda bem que temos smartphones).
Festa da alegria, de fartura e comunhão, não podemos negar. Muitos dizem que nesta data as pessoas ficam melhores...
Presentes e mais presentes... estão presentes, todos...
E o Cristo?
Eii...será que o convidaram??
Diz que quer voar...
Mas, ao invés de ficar com as águias planejando, estudando e se especializando em grandes voos, fica em rolês com as galinhas se lamentando por não voar e se fazendo de vítima e colhendo migalhas.
Assim, só irá botar "ovo e cacarejar", e não ir ao topo da montanha...
E veja com quem andas, onde andas e saberás quem és.
Valdir Venturi