Textos de Festa
Sobre a Páscoa,
Um dia um homem, diz a história,
Sacrificou a vida no que acreditava
E servir ao próximo diante de tudo,
E hoje do que resta, se comemora
Renascimento, é um novo recomeço,
Quem pode acredita, tem seu perdão
Segue a sua vida, conquistas ou não
Renovam os votos, seus novos valores
Justificam seus erros, evitam os novos
E entre irmãos esperanças se renovam
No seu simbolismo, os ovos de páscoa
Fertilidade, um presente, uma vida nova
Ter, poder, acreditar, ter nova chance
Depende de quem, se espera mudar
Já sabemos ter Judas em todo lugar
Perdão vem para quem pode alcançar
A Páscoa é momento de grande festa
Em saber que se pode e deve esperar
Que o homem tem suas grandes falhas
Mas a persistência de todos é superar !!
Feliz Páscoa !!!
Nessa sociedade parece que só vivem de celebração, tudo brincadeira e diversão, já pararam pra prestar atenção, tudo está um caos lamentação, temos olhos para observação, mas que na maioria da multidão, parecem estar cegos na ilusão, de que tudo está bem uma perfeição, porém tudo caminhando para destruição.
Você já prestou atenção, não que eu queira parecer um sabichão ou me fazer de fortão, entenda a situação, enquanto houver alienação, haverá também decepção, que aos poucos farão uma grande união, e o povo sem preparação, será levado a enganação e profanação, nada de construção, ao contrário demolição, seremos salvos ou não?
É falta de informação, ou talvez procurar ter opinião, para não cairmos na enganação, de que tudo é flores e festão, meu amigo você vai ter indigestão, palavras são como balas, e você tá no fio da navalha, aproveite as migalhas, com os pombos na área, e você não consegue nada meu cara, talvez eu seja só um pivete, em uma esquete, um nada que não aprende nem na bofetada, mas pro povo e só festa, tem até o mano que se chama fiesta, ninguém tá nem aí se o mundo acabar, sem pressa, nessa hora você pode rezar.
O sol bateu na minha janela.
Abri os olhos devagar, desencostei a cabeça do travesseiro e fiquei atenta aos ruídos que vinham do lado de fora do quarto. Nada fora do comum. Sentei na cama e abracei os joelhos ansiosa.
Levantei enfim, me arrumei e fui até a praia. Coloquei os pés descalços na areia que ainda estava fria e molhada da noite anterior. Havia chovido muito, mas hoje estava um sol escaldante. 40 graus na sombra, como dizem.
E então, após um instante perdida em pensamentos soltos, sorri! Um sorriso largo! Sorri por dentro e sorri por fora, agradecida por tudo que vivi até aqui. E então decidi: é assim que vou passar os meus próximos anos, sorrindo... Por que a gente fica muito mais bonito quando sorri!
Não importa como o dia começou. Só interessa como ele vai acabar. E hoje vai ser uma festa! Afinal, quem decide sou eu!
Poetator...
(Nilo Ribeiro)
O dia merece um brinde,
o dia pede uma comemoração,
o amor que agora me atinge,
faz feliz meu coração
o poeta é um fingidor,
Pessoa é quem tem valor,
veja na estrofe anterior,
o poeta é um grande ator
ele pode estar morrendo,
inverdades ele vai tecer,
mesmo estando sofrendo,
ele continua a escrever
a poesia é sua fuga,
a poesia é seu porto seguro,
protege seu coração como luva,
faz o seu versar mais maduro
ele não pode com tanta dor,
ele escreve para extravasar,
ele não pode exaltar o seu amor,
mas também não pode chorar
então ele escreve,
ele versa a alegria,
sua memória verve
é vida para a poesia
estrelas, flores e montanha,
Natal, festa e criança,
as rimas vêm da sua entranha,
elas são plenas de esperança
qual a intimidade do poeta,
em que estado ele fica...???
quanto mais o coração o aperta,
mais ele poetifica...
Filha, hoje é o seu primeiro aniversário sem o papai e a mamãe, juntos.
Calma, você ainda é uma criança, não entende essas coisas de adulto. Viver cada um em um canto é coisa de adulto. Assim como trabalhar é coisa de adulto. E quando o papai virava a noite, não podia brincar contigo, era coisa de adulto. E quando a mamãe ficava brava porque tinha que se virar sozinha, entenda, era coisa de adulto. Aliás, todas as outras coisas que ela ficava brava com o papai, e eu com ela, tudo era coisa de adulto. E o nosso orgulho, ferido pelas duras palavras que um falava para o outro, bom, quer coisa mais adulta que orgulho? Discussão é coisa de adulto, filha. E quando o papai e a mamãe discordavam sobre tarefas da casa, contas para pagar, as responsabilidades do dia-a-dia, veja, ter responsabilidade é coisa de adulto. E fazer coisas irresponsáveis, acredite, também é coisa de adulto. A consciência pesada que aparece depois? Coisa de adulto. Tensão, coisa de adulto. Pressão, coisa de adulto. Impaciência, coisa de adulto. Estresse, coisa de adulto. Acusação, coisa de adulto. Briga, coisa de adulto. Separação, coisa de adulto.
Um dia você vai ler esse texto do papai. Quando você ficar mais adulta. Ou melhor, um pouco menos criança. De qualquer forma, saiba que escrevi esse texto chorando. Arrependido. Culpado. Decepcionado por seu aniversário ser uma festa fatiada em dois pedaços.
Por isso, ao invés de dar os parabéns, eu peço desculpas. Se um dia você me perdoar, quem sabe eu me sinta menos adulto e mais gente grande".
Nos dias de hoje vemos tão
pouca humildade,sinceridade,caridade
E carinho e demonstrações de amor virou artigo de luxo
Parece que tudo isso saiu fora de moda e o que vemos em destaque é a desumanidade essa sim ganha manchetes em jornais ,reportagens longas
Quem me dera voltar no tempo que viver em união era costume e não período somente de festas.
Vamos endoidar?
Vamos fingir que somos o que não somos
Vamos fazer o que queremos, o que gostamos
Porque a vida é passageira
A oportunidade vem como um raio
E às vezes camuflada
Convido você a festejar
A esbanjar a alegria e o prazer...
Vamos endoidar?
O convite já foi feito
Não caduque decidindo
Vamos logo endoidar!
Tão louco, tão diferente.
Dançante de cabelos esvoaçantes, eu te olhava no meio da multidão, sua pele transpirando e eu pirando na sua onda. Criança louca, moleque levado, homem safado, sabe que me tem quando quiser e por isso me trata com desdém. Um dia eu deixo de te amar, mas essa noite, nessa festa, eu só quero te ver dançar.
Bebida tetra
Fervente da água cristalina
soluto de ralos fragmentos só,
mas sei que abrasa ainda mais o suor na colina
para me dar inspiração
para me dar essa paz,
ao degustar de um néctar semelhante ,
é árduo e merecedor
quão seria tal semelhança o solo em que semeaste
Observando atentamente ao colher,
a nostalgia que impera em mim a esta produção
tal bebida então escoa pelos lábios e desse a garganta então
ai posso observar de tudo sem no mínimo esmorecer
Como se o sangue arquejasse mais ligeiro ,
pelas artérias barradas por açúcar, que me dão essa imponência ,
mas logo após, o efeito se dissipa,
levando-me a perder toda a agitação
permaneço a convalescência
Não serei esnobe a ponto
de exigir-te efervescente
e esperar esfriar , e sorrir ...
Gabriel Silva Corrêa Lima
Reflexão..
Findou-se aquele momento, aquela felicidade passageira, aquele romance instantâneo e aquela boa festa. Ficou saudade, arrependimento, tristezas, boas lembranças e um emaranhado de sentimentos que é peculiar de cada ser. O que há de errado com uma pessoa que “abre mão” de coisas mais concretas para viver estes momentos? Nada. Cada escolha leva por um caminho diferente, nada se repete; a cada oportunidade abraçada outra é perdida, não podemos ter tudo ao mesmo tempo, assim como não conseguimos viver sem nada, sem emoções. Mas sempre fica faltando algo; o que nos completa? Nada nos completa, pois sempre buscamos emoções, felicidade, diversidades, sendo tudo isso tão passageiro quanto a própria vida. Então, que abracemos as nossas consequências e sejamos felizes, pois o que custa caro é desistir de si mesmo. É preciso viver pra aprender o que é a vida.
a primavera passou e eu não vi as flores
nem o sol das manhãs de setembro,sem perceber me perdi entre as quatro estações...
O céu da primavera é por vezes obscurecido pelas nuvens imprevistas.
mas construí na minha alma um abrigo contra os ventos mais impiedosos.
um lugar onde existe um céu sem nuvens, e todas as flores se expandem na natureza em festa,
um lugar onde quando o outono passa e derruba uma flor,vem a primavera e coloca outra no lugar.
Se o ano velho deixou saudade,
o ano novo chegou para renovar
as esperanças que gritam em teu coração...
Vejam, esta multidão que está a beira mar
Com os braços erguido felizes a cantar,
E o glamour aflora em vossos corações
Eles caminham sobre a areia acenando
As mãos... Nada é em vão...
Hei, não fique aí parado[a] e junte-se a nós,
A multidão espera cada um de vós...
Vamos comemorar; Siga a multidão
Siga o teu coração e deixa a festa rolar.
Amizade é isso...
Não importa se estamos perto ou longe, se conhecemos novas pessoas e com essas criamos novos laços.
Não importa o espaço entre os encontros,
Não importa se não trocamos mensagens diariamente.
Nada importa, porque sabemos que quando estamos juntos, é sempre uma festa e recheada de muitas gargalhadas e alegrias.
E é essa alegria, o combustível que precisamos, para aguardar o momento de um novo reencontro.
ANIVERSARIAR!
Não quero desapegar do riso de criança
Descobrindo inocente, novos sabores e cores.
E depois, o botão carmim virando flor,
A cada amanhecer uma valsa debutante.
Da juventude colher cada conquista,
E na sequência, com o fruto sazonado e pronto,
Viver na madura plenitude e esplendor
De mais um dia, mais um ano... Enfim.
Até que, com os grisalhos e voz trêmula
Espécie perpetuada correndo e gritando
Eu possa, em sessões nostalgia
Lembrar de todos meus amores, viagens e amigos...
E sorrir para a vida, aniversariando mais uma vez!
E na 125ª primavera (não duvide, eu chegarei lá!)
A fibra que enlaça o espírito ao meu corpo se arrebentará
... E dormirei o sono eterno
Tendo todos os meus deveres cumpridos
(E os meus impostos e pedágios pagos!)
E para sempre ficarei no coração e na mente
Daqueles que bem me querem... 🌼
E todas as vezes que o calendário chegar
No três de janeiro, às sete da manhã
Esfregue os seus olhos e me veja renascer
Olhando pela janela, ao amanhecer
Em cada gota do orvalho evaporando sobre as folhas
No ar que enche os seus pulmões de vida
Em cada piado e algazarra dos pássaros
Nas frutas multicoloridas penduradas nas árvores
Nos pisca-piscas do Natal ainda não retirados
(Ou nas luzes por apagar dos postes e das casas)
No calor esplendoroso do sol
Ou na úmida chuva de verão que cai de fininho...
Lá estarei pra todo sempre
Enquanto eu for lembrada
No terceiro dia de cada ano:
Aniversariando!
Um carro velho que emitia muito monóxido de carbono. Velocidade abaixo do permitido naquela via rápida. Ainda ouvia fitas de um velho rock and roll. Óculos escuros para evitar o sol de frente no final da tarde. Cabelos que balançavam com o vento gelado do inverno. Finalmente noite para libertar a energia acumulada o dia todo como se fosse bateria recarregável. A pista, uma boca bem desenhada, olhar sedutor e qualquer corpo bastavam.
Um estúpido - como diria a música - cupido que causava buracos feito cupins na madeira. E uma paixão por alguém, depois por algo, para preencher aqueles espaços vazios uma vez por semana. Dez lances de flechas erradas. Mais de mil recordações.
Sintonia fina. Garçom, por favor, dois copos de atitude. As luzes cansavam a visão. O barulho, antes música, depois apenas ensurdecedor barulho que irritava os tímpanos. Nada tão bonito que não pudesse esquecer, exceto seus sapatos de salto comprados especialmente para ocasiões como aquela, então levados em mãos e largados no mesmo carro – calhambeque – num momento de completo delírio causado pelo etílico das bebidas. Achou-se Cinderela. E foi na busca por achar-se que tantas vezes se perdeu.
Cinderela de profundas olheiras. Cara borrada pela maquiagem comprada na farmácia. Corpo suado. Enfim, só. De frente para ela mesma num reflexo confuso que sugeria ser mais bonito do que realmente era. As fotos espalhadas pelas paredes pareciam sorrir. Pareciam. Acessórios de camelô. Decoração barata. Moradora de apartamento de um canto pobre da cidade.
Ainda assim habitante do mundo e um mundo que habitava nela. Como todo mundo. Amiga dos versos, das poesias tortas, das músicas dançantes, dos cupcakes e dos gostos amargos do amanhecer. Passagem pelo hospício. Mas para quem foi dado o direito de julgar? E como chamar alguém de louco na era do politicamente correto? Pensamentos viraram questionamentos que careciam de respostas para todo o sempre. Despiu-se. Despiu a alma também como um atentado violento ao pudor.
__ Louca. Crazy. Crazy. Crazy!
Dizia para si mesma como tapa na cara em frente o espelho.
Transtorno Obsessivo Compulsivo foi o último diagnóstico. TOC. Toque. Vícios? Possuía muitos. Principalmente os de linguagem.
__ Perdoe-me pelos mal conjugados verbos.
Desculpou-se em oração.
E depois, sem fôlego para mais uma dança e cansada por não conseguir parar de pensar, deitou-se. Adormeceu. Sonhou e encontrou um mundo distante do seu. Mesmo assim eloquente. E o relógio mais compulsivo e transtornado então despertou.
E despertou. E despertou...
O menino e o baile de garagem
O menino está crescendo, tem pressa de viver tudo, nos meados dos anos 70 eram comuns bailinhos feitos em garagens e assim o menino pela primeira vez fora convidado para um baile na garagem de um dos amigos de seu primo, tinha um globo e luz negra, era pequena, ele ajudou a montar os equipamentos e no final da tarde lá foi ele para o seu primeiro baile, já tinha alguns de seus amiguinhos no local e também uma linda menina com cabelos longos pretos e com a pele morena, ela dançava com suas coleguinhas, como era de costume falar, seria uma seleção de musicas quente (seis musicas) e uma seleção de musicas lentas (quatro musicas), o menino ficou observando como se dançava as quentes e as lentas, ele arriscou alguns passos e depois de algum tempo já descontraído com seus amigos, arriscou chamar aquela linda menina de cabelos pretos para dançar a próxima seleção de lentas, a menina que também o olhava o tempo todo aceitou, ele ficou ansioso a espera da próxima seleção, ficou por ali próximo da menina com medo que outro a chama se, então anunciaram (Próxima seleção lenta, chama seus pares e vamos dançar), foi a primeira vez que ele ouvia aquela linda canção, dançando com aquela linda menina, o menino se aproxima da menina pegando a pela mão, levando a até o centro do salão, coloca a sua mão esquerda no ombro da menina e sua mão direita na cintura, fecha os olhos e sente o pulsar do coração daquela linda menina embalados pela musica de Chris De Burgh - Flying
Voando, nunca achei que aprenderia a voar assim
Eu pensei que eu gastaria minha vida inteira tentando,
já que estar voando é aquela antiga arte de manter um pé no solo...
Mentindo, eu jamais pensei que pararia de mentir
Eu pensava que perderia tudo isso suspirando,
Já que mentir é aquela antiga arte de esconder palavras que nunca serão encontradas
Chorando, eu pensava que nunca pararia esse pranto,
Eu pensava que eu sempre sonharia com minha morte
Já que chorar é aquela antiga arte de derramar rios de lágrimas
Oh morrendo, eu jamais me imaginaria ver morrendo,
Eu pensava passar minha vida inteira voando,
já que morrer é aquela antiga arte de manter o mundo girando
Suspirando, eu pensei que nunca ia deixar de suspirar
Eu sempre pensei que continuaria chorando,
Já que suspirar é aquela antiga arte de pôr pra fora toda sua tristeza
E tentar, jamais pensei que passaria minhas estações tentando ,
Eu pensei que poderia parar de mentir,
Já que tentar é aquela antiga arte de provar que o mundo é redondo
Oh voar oh oh, mentir oh oh, chorar oh oh, suspirar oh oh,
tentar oh oh, e morrer oh oh,
sendo que morrer é aquela antiga arte de crescer flores no chão,
Sim, é assim...
Foi a primeira musica que marcaria para sempre uma passagem de sua vida, a primeira dança o primeiro de muitos bailes, dançou as quatros musicas, era a última seleção, era o fim daquele primeiro dia de baile, o menino acompanhou a menina até o portão de sua casa que ficava na mesma rua, deu um beijo no rosto macio daquela que seria sua parceira de dança em muitos outros bailes na mesma garagem e todos os finais de semana o menino lá estava e novamente chamando aquela linda menina para dançar, as musicas eram as mesmas, mas o menino queria mesmo era estar ao lado da menina a qual ele a desejava como sua namorada, mas não tinha coragem de revelar e um dia, depois de meses o baile de garagem não mais tocaria a canção que marcou sua vida e o menino não dançou mais com aquela linda menina de cabelos pretos, pele morena, rosto macio, não sentiu mais o seu coração pulsar no embalo da musica. O menino novamente deixou um pouquinho do seu coração naquela linda menina e partiu, mas todos os finais de semana ele iria para festas e bailinhos de garagens, em um desses bailes ele encontrou a menina da escola, a menina de cabelos loiros e olhos azuis, seu coração quase saltou pela boca ao lembrar o quanto aquela menina o fez feliz os quatros anos juntos no primário, ele jamais esquecera que aquela menina para sempre seria a sua primeira namoradinha...
(José Augusto – Primeiro Amor)
Foi numa festa outro dia
Que eu te encontrei a dançar
Namoradinha de infância
Sonhos da beira do mar
Você me olhou de repente
Fingiu que tinha esquecido
E com um sorriso sem graça
Me apresentou ao marido
E o resto da noite dançou pra valer
Se teus olhos me olharam fingiram não ver
No meu canto eu fiquei entre o riso e a dor
Lembrando do primeiro amor
Pra me beijar precisava
Ficar na ponta dos pés
Eu tinha então oito anos
Mas te menti que eram dez
Lembro você orgulhosa
Da minha calça comprida
Vínhamos juntos da escola
Sem qualquer medo da vida
E o resto da noite dançou pra valer
Se teus olhos me olharam fingiram não ver
No meu canto eu fiquei entre o riso e a dor
Lembrando do primeiro amor
Sábado tinha dinheiro
Pra te levar ao cinema
Onde com medo pegava
Tua mãozinha pequena
Nossos castelos de areia
Sonhos perdidos no ar
Jogo de bola de meia
E um refrigerante no bar
E o resto da noite dançou pra valer
Se teus olhos me olharam fingiram não ver
No meu canto eu fiquei entre o riso e a dor
Lembrando do primeiro amor,Lá-rá-lá-lá-rá
A menina diz que sempre se lembraria do primeiro namoradinho, o menino não sabe se ela ainda o lembra,
“E no seu canto ele ficou entre o riso e a dor”.
(Ricardo Cardoso)
Rimas Para minha Grande Vida <3
1° O limão é tão azedo, que ninguém pode chupar. Tua boca é tão doce, que só eu posso beijar.
2° Queria escrever na água, como escrevo no papel... Queria escrever seu nome, na pedra do meu anel.
3° Gosto de você meu amor, você é minha paixão, seu nome está escrito, dentro do meu coração.
E você não vai mais encontrar,
nem o sorriso, nem os lábios
e nem o olhar.
Já não há mais nada para te segurar,
para se segurar,
para me segurar.
Que a mascara mantenha
o que maquiagem nenhuma pode disfarçar,
e vamos festejar.
Afinal, o que mais fazer com todo esse vazio,
senão dançar?
Nem a natureza, nem o corpo,
um ser vivo,
um ser morto, ou,
um ser torto?
Que permaneça enquanto ser
que se manifesta,
que surge do vazio,
festa!
E que não se segure à nada.
São desses picos que
surge a floresta, e,
já não importa mais o que me resta,
que eu os enfrente a todos,
mesmo que perca tudo,
mesmo que seja esta,
a grande batalha,
a última festa.
Poetema :: Alexandru Solomon
Carnaval
Como sempre, o deus Cronos brinca com a ampulheta.
Descobrimos um remédio, batizamos um cometa,
E cansados dessa vida, desse monte de misérias,
Decidimos dar um basta e tiramos umas férias.
Uma fuga, um subterfúgio ou será escapadela?
Para todos os efeitos , ele fica longe dela.
Céus , que será do mundo com o meu afastamento?
Pois garanto: Desprezível será todo seu tormento.
Cessará tudo que é guerra e se instaurará a trégua?
Sobre todos os pecados alguém passará a régua?
Ou como diria Dante do Inferno ao Paraíso,
Haverá um só caminho e seria seu sorriso?
Desde quando um feriado conseguiu esse poder?
Logo chega a quarta feira e o tempo de sofrer.
A folia implantada sob momesco patrocínio
Só reforça o pessimista e amargo vaticínio.
É um tríduo marcante, uma doce fantasia,
A miséria por instantes dá a vez à poesia.
Se o frevo entusiasta levantou toda poeira,
Ela logo se assenta, a partir da quarta feira.
Por saber que tudo é sonho, brincadeira dos sentidos,
Uns e outros aproveitam os momentos divertidos
E procuram, quando muito, prolongar a ilusão.
Erra quem se acomoda e prefere a inação.
Ao diabo a compostura e as tolas convenções.
Carnaval é carne vale, o recanto das paixões.
Um Pierrô desempregado dá adeus ao sossego,
Sobra tempo o ano todo para a busca do emprego.
*Do livro ´´Desespero Provisório``, Ed. Edicon.
Dia das Crianças
O dia das crianças
é um dia especial.
O amor, a alegria
e às vezes o material.
O papai e a mamãe,
sei que trazes alegria.
É por isso que espero
ansioso por este dia.
Para aqueles que me aguardam,
sei que vens com promissão.
Transbordando os lares que passa
com amor no coração.
Mas aqueles pais que trabalham,
quase estando na escravidão
e que passam dias e noites
tentando um ganha-pão,
talvez os seus filhos à noite
te recebam com decepção.
Quando abrirem o pacote e verem
o tamanho da desilusão,
pois o sonho foi desfigurado
por um prato de arroz e feijão.
Esperança, brinquedo e paz.
Feliz Dia das Crianças!