Textos de Esquecimento
I miss you
Quantas vezes já disse para mim mesma que iria te esquecer, que o que sentia não existe mais, que restou apenas uma lembrança. Mentira. Ainda sinto sua falta, relembro cada detalhe. Ainda há muita dor nas lembranças, tristeza e magoa, contrastando com outros sentimentos.
As lembranças são envoltas em uma neblina densa, com nuances de preto, cinza e branco
Quando penso no que ela teve a oportunidade de viver com você, isso me traz muita dor, inevitavelmente os olhos ficam cheios de lágrimas, não posso evitar.
Sinceramente, sonhei tanta coisa pra gente, suas palavras ainda ecoam dentro de mim.
Não sei se está certo ou errado, mas o que sinto ainda está aqui.
Tenho vivido com excesso de passado, carregando dores que não são mais minhas, mas ainda sangram, ao mesmo tempo, com uma ansiedade exacerbada pelo futuro.
Não me vejo mais em mim mesma, não vejo a alegria, a felicidade, a vontade de estar viva, nos meus olhos não tem mais alegria, apenas a sombra do que um dia já fui.
Sonhos esquecidos, outros destruídos e tanta coisa em pausa, como se esperasse você retornar para tudo voltar ao normal.
Depois que você se foi, com a desculpa que ainda havia uma pessoa na minha vida que precisava de mim, engano. Essa pessoa só precisa de si mesma, sempre foi isso. Todas as dores que eu já havia experimentado até aquele momento, foram potencializadas, com tudo isso, não suportei.
Ainda sou apenas um prédio em ruínas, aguardando a demolição para deixar de existir, pois não há mais nada para recuperar, as colunas que sustentam toda a arquitetura, estão ruindo todos os dias, toda a beleza de outrora, não existe mais, tudo no interior está se deteriorando, cheio de poeira, fuligem, lembranças que se apagam. Alguns móveis cobertos com lençóis que já foram brancos, hoje, estão amarelados devido à passagem do tempo. Pisos soltos, escadaria quebrada, lustres no chão, tábuas soltas, portas rangendo, apenas frestas de luz invadem a escuridão pelas poucas janelas que ainda existem.
O que restou? Não sei responder. Mas com tamanho contraste, quando fecho os olhos, sonho com você, isso me traz um pouco de alegria, um sorriso.
Ainda sonho com você, desejo estar com você, ser sua mulher, esposa, amiga, companheira, ser tudo que você merece e precisa.
Preciso te esquecer, guardar em um lugar só meu, mas que me permita voltar a viver, pq até aqui, tenho apenas sobrevivido
Essa coisa de não mais ver
de não poder, ou de perder
ou dormir, pra esquecer...
A saudade gasta a gente
nos derrete lentamente
e nos queima, sem acender.
Tudo em volta é desalinho
a mente procura um cantinho
pra fugir, pra se esconder.
Mas nada parece curar
dormir, vai te fazer sonhar,
mudou a forma de sofrer.
Deitada na minha cama,
Lembro das noites quentes, quase esquecidas.
Eu só queria te ver sorrindo, pelo menos uma vez.
Eu só quero ser uma espécie de amigo, menina.
Seria melhor você abrir sua mente,
E me deixar te guiar.
Você é a única que me faz sentir
Tão real e feliz.
Oh! O que eu devo fazer, minha pequena?
Porque estou tão viciado em você, no amor e na paixão.
Oh! O que eu devo fazer?
Oh! O que eu devo fazer, me diga, minha pequena?
Por que você faz isso comigo, menina?
Você se lembra dos momentos que passamos juntos?
Menina…
E então descobri que você nunca me amou,
Seu amor pertencia a outras pessoa.
Quando o Marinheiro Está Desempregado: O Brilho de Um Herói Esquecido
Há um brilho nos olhos de um marinheiro que navegou as águas escuras do oceano. Ele conhece o som do vento que canta nos mastros e o rugido das ondas que desafiam o casco. Mas quando o mar se acalma e o horizonte parece distante, o marinheiro se vê em terra firme, sem trabalho, sem a familiaridade do balanço das águas. Para aqueles que já foram valentes no oceano, a vida em terra pode parecer uma sombra do que foi.
O marinheiro desempregado carrega consigo histórias de tempestades enfrentadas, noites sem estrelas e amanheceres que prometiam novos rumos. Ele é um herói que, por um tempo, se encontra afastado de seu campo de batalha. As mãos calejadas, que outrora seguravam firmemente o leme, agora repousam incertas. O coração, que pulsava no compasso das marés, agora busca o seu ritmo na rotina da terra.
Mas o espírito do marinheiro não se apaga. Ele traz consigo a coragem que uma vez o levou a desafiar o desconhecido. Ele é um exemplo vivo de resiliência e de fé, uma prova de que mesmo nas horas de calmaria, o espírito guerreiro não se rende. Para o velho marinheiro, as águas ainda chamam, sussurrando memórias e promessas de novas aventuras.
E embora os dias em terra sejam difíceis, e o trabalho escasso, o marinheiro sabe que sua história não acaba aqui. Ele foi moldado pela vastidão do oceano, e essa força ninguém pode lhe tirar. Seu valor não está na ocupação, mas no coração que, mesmo longe das águas, continua a bater no ritmo do mar.
Que todos lembrem dos marinheiros valentes, hoje em terra, outrora mestres do oceano. Que o brilho nos olhos desses heróis esquecidos jamais se apague, pois eles são testemunhas vivas da bravura que navega além das ondas e permanece, firme, na alma.
Tu és a rosa mais bela que eu já vi,
Uma flor encantada, um brilho que eu nunca esqueci.
Tua presença trouxe dor e desilusão,
Mas também a esperança de transformação.
Minha amada Bela, em prisão eu vivi,
Neste castelo sombrio, por maldição, aqui.
A rosa, como um farol na noite escura,
Foi minha única luz, minha única cura.
Bela, tão rara quanto a rosa em flor,
Teus espinhos e tua beleza são meu conforto e amor.
Você me amou na forma mais cruel,
Teu amor é a estrela que brilha no céu.
Teu amor é um céu repleto de luz e calor,
Cada estrela reflete o brilho do nosso amor.
É um amor profundo, sem limites ou fim,
Um vínculo eterno, como a primavera, assim.
O que sobrou de mim
Queria tanto escrever
Um poema, esqueci
E agora!
Tudo foi embora,
Na hora tudo foi
Pro espaço.
No terraço fico
Catando os meus
Pedaços,
Que ficaram espalhados
No passado, no presente
Só ficou as dores de ser esquecidos.
Uma lágrima
Uma rima
Essa mania de escrever
As minhas dores,
Já que isso que sobrou de mim
Cheiro
Quando lembro de você
sinto cheiro de saudades
de anos nunca esquecidos
momentos sublimes de amor
Lembranças que me rodeiam
invadem minhas entranhas
dia após dia
aos poucos me corroem
e deixam a alma entristecida
Um cheiro que rodopia no vento
leva minha mente a dançar
nos lapsos de uma valsa
onde cada brecha
perfuma minha essência.
@zeni.poeta
Oh, São Luís, agora me despeço,
De tua beleza e encanto, nunca me esqueço.
Teus casarões, tuas praias, tua cultura rica,
Em meu coração, tua imagem fica.
Agora parto, mas levo comigo,
As memórias de um tempo amigo.
O som do reggae, a dança do bloco tradicional,
São Luís, em meu coração, sempre estará.
Adeus, São Luís, cidade de paixão,
Guardarei sempre em meu coração.
Até a próxima, cidade querida,
Esta é a minha despedida.
Um dia descobrimos que beijar alguém
para esquecer outra é pura bobagem;
não só não esquecemos,
mas pensamos ainda mais nela.
Percebemos que o instinto "caçador"
das mulheres pode fazer um homem sofrer.
Um dia entendemos que se apaixonar
é inevitável, um destino a temer.
As melhores provas de amor são simples,
o comum não nos atrai,
e ser visto como "bonzinho"
não é um bom lugar para estar.
Um dia saberemos que a pessoa
que nunca te liga é quem mais pensa em você,
e que somos importantes para alguém,
mesmo sem valorizar o que é nosso, o que é.
Sentimos a falta de um amigo querido,
mas aí já é tarde demais,
um dia entendemos que,
apesar de viver quase um século,
o tempo não é suficiente
para realizar todos os nossos sonhos,
beijar todas as bocas que nos atraem,
dizer tudo o que precisa ser dito.
O jeito é: conformar-se
com a falta de algumas coisas na vida
ou lutar para realizar
todas as nossas loucuras.
"Graças a Deus, eu consegui te esquecer.
Já não me recordo mais, quando em nossas brincadeiras, você fazia aquele seu olhar, blasé.
Eu consegui te esquecer.
Já não me lembro mais do seu perfume, meu olfato olvida aquele creme, que presenteei você.
Obrigado Pai, pois consegui esquecer.
Já não lembro mais do nosso primeiro beijo, o primeiro cheiro, me esqueci dos detalhes, que me fez amar você.
Deus, consegui esquecer.
Já não te escrevo mais na madrugada, meu peito já não palpita, ao te ver.
Eu consegui te esquecer.
Ainda bem que já me esqueci, o enlace de nossos corpos, o aveludar da sua tez e o dela em minha boca, o derreter.
Consegui esquecer.
Se foi da minha mente, o negror de cada fio do cabelo, o castanho dos olhos, o sorriso sem jeito e o meu viver.
Arranquei meu próprio coração, pois, cada batida do meu algoz, me lembrava você.
Mas hoje, graças a Deus, cada face, cada farfalhar das folhas, cada brisa do vento, faz com que eu consiga, te esquecer..."
Vou te achar…
E, com alegria, fechar os olhos, e me esquecer de tudo.
Vou embrulhar o tempo.
Fazer um laço perfeito.
Viver o amor que pra nós foi feito.
Talvez na beira do mar
Vendo as ondas que vêm e vão sem parar.
Num dia quente de verão.
Talvez numa praça num canto secreto.
Vou te achar...
Vivo desenhando cenários.
Sentindo pensamento inquietos espiando-nos nas sombras...
Vou te achar.
A bem da verdade, pouco importa o lugar.
Importa mesmo é que vou te achar.
"Saudade Que Fere"
Tá difícil esquecer,
Tirar você de mim,
Nos meus olhos posso ver
Seu adeus doendo assim.
Esse amor que me feriu,
Sem prometer machucar,
Deixou um vazio frio,
Que não sei como apagar.
Cada lembrança que invade,
Traz o seu riso em vão,
E essa saudade arde
No peito, feito prisão.
Lágrimas descem sozinhas,
No silêncio a soluçar,
E o adeus que me avinha,
Continua a me sangrar.
Eu não sabia, confesso,
Que um amor assim doía,
Agora em versos eu peço,
Que volte a minha alegria.
Eu mudei de endereço
Fui pro outro lado do estado
Mas eu não te esqueço
Fico a lembrar do seu lindo sorriso e do seu beijo
E o seu perfume que faz arrepiar o meu corpo inteiro
Mas eu não te mereço...
Resolvi trocar tudo por um sonho que foi passageiro
Te magoei, mas o que vivemos foi verdadeiro
Podia ter tentado um novo caminho para trilhar
E com você uma vida compartilhar
Eu fui um egoísta
Fiz a escolha errada e estraguei toda nossa vida
Sigo agora sozinho, arrependido sem você
E hoje consigo entender: Tem amores na vida que não é possível viver.
A Parábola do Tesouro Esquecido
Era uma vez um homem que vivia em uma bela casa, rodeado por sua família, que sempre o amava e apoiava.
Ele tinha tudo o que precisava: um lar de paz e um ambiente de amor. Porém, certo dia, ele começou a olhar para fora de sua casa, atraído por promessas de riqueza e prazeres momentâneos.
Ele passou a desejar as coisas que via de longe e, aos poucos, se distanciou de sua família.
Nas ruas, ele encontrou pessoas que prometiam felicidade instantânea, mas logo descobriu que aquilo era apenas uma ilusão.
Aquelas promessas, na verdade, o levaram à traição de sua própria casa, e ele, sem perceber, começou a perder o que mais importava.
As consequências logo vieram: a falta de respeito e a distância machucaram não só a ele, mas também todos ao seu redor.
Cansado e arrependido, ele se lembrou do que havia deixado para trás. Então, resolveu voltar para sua casa e pedir perdão.
Ao chegar, viu que sua família, mesmo machucada, ainda o amava e o aceitou de volta.
Ele entendeu que o verdadeiro tesouro não estava nas ruas, mas dentro de sua própria casa.
E assim, ele voltou a valorizar sua família, percebendo que Deus, através da amizade e do respeito, sempre nos convida a cuidar do que é mais importante.
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Moral da história: o que realmente importa na vida está muitas vezes ao nosso lado, nas coisas simples e sinceras. As ilusões podem nos afastar, mas o amor verdadeiro sempre nos recebe de volta.
Poema sem rima
Queria ser uma poetisa,
Mas aquela que ninguém esquecesse,
Que fosse pros livros de literatura,
E que os alunos tivessem que saber quem fui.
Queria fazer poemas rimados,
Poemas que ficassem nas memórias,
Das pessoas mais cultas ou as mais humildes,
Não importa, mas deveriam ser declamados.
Eu escrevo pra mim mesmo,
Ninguém nunca saberá da minha existência,
Muito menos dos meus poemas,
Poemas sem rima.
Meu amor, me ensina a não te amar,
A esquecer o olhar que me hipnotiza,
E a voz que me fascina,
A esquecer dos teus braços quentes,
Dos cafunés que fazias em meu cabelo,
Dos sustos inesperados que me pregavas,
E até dos beijos que, sem aviso, me roubavas.
Me ajuda a superar.
Como posso seguir em frente e esquecer?
Sentimentos tão profundos, fingir que nada houve,
Quando, na verdade, ainda te amo.
Estou escrevendo hoje para não esquecer de dizer ao meu amado irmão :Rorkael
Tenha algo importante para dizer é difícil então só peso que não me interrompa por favor não sou a obra prime de nosso pai não sou tudo que ele viu no futuro e achou que eu seria somos afortunados com o dom da criação temos a capacidade de criar coisas nosso pai foi um se não o melhor construtor que já vi hoje não existem mais construtores só engenheiros ele tinha muito conhecimento todo que conseguiu com os recursos de sua época mais ele me ensinou uma das suas melhores qualidades a habilidade de aprender que aperfeiçoei é claro com tempo isso se tornou uma sede um vício e hoje sempre busco informação hoje tenho mais conhecimento reunido do que ele jamais teve acesso vivi a vida dele não para seguir seus passos mais para saber como era criar alguma coisa por muito tempo achei ter conseguido eu chamaria de lar uma família mais isto me foi roubado pois na morte de nosso pai o vazio se alojou nem uma lágrima eu consegui derramar na época e lá ele ficou se impregnando e fazendo tudo que eu criava ser uma coisa quebrada sou imperfeito como deveria ser não sou um sábio não tenho a metade da sabedoria de nosso pai apressar meio burro sábio
Transcrevi as ideias turvas dele e te passei tudo que valia apena saber mais me permita uma última não lição conselho pois acredito que fui feito para isto nada mais o vazio me tirou a capacidade de criar aos poucos eu quis para com as ideias constantes vocês e ecos histórias um universo infinito de possibilidades sem fim que me tirava o sono então me afoguei em remédios por um tempo ouve paz não avia mais vocês em mina cabeça mais aos poucos percebi que não avia mais nada também não consegui me expressar muito menos criar de novo ou aprender mais mesmo assim isto não cabia a mim aprendi sem saber agilidades corporeas dança box em fim mesmo assim aprendi quando resolvi voltar e todo vez que fui com muita dúvida e dor mais esperança de conseguir senti falta do meu lar não consegui unir nossa família mais aprendi que parentes não se escolhe não é possível moldar pessoas mais família isto sim podemos escolher como já disse família é aqueles que escolhemos viver juntos toda vez que fui era preciso tempo não sou a obra prima de nosso pai nem sei se ainda consigo criar alguma coisa que não seja quebrada como eu só sei que continuo tentei a tentei várias vezes contra minha vida drogas remédios facas cordas quedas acidentes até veneno mais não cabe amim destruir a mim mesmo não consigo nem mesmo dar fim nisto falhei em falhar muitas vezes mais continuei oco só conhecimento nada mais aí comecei a tentar resolver coisas vi que era bom liderando orientando compartilhando conhecimento em fim um por que talvez mais continuo aqui e sempre volto onde comecei eu não tenho como ser oque ele previa em mim pois estou manchado com tradições vazias manias e ecos de velhos passados que me fazem muitas vezes nem conseguir ver meu futuro direito mais você sim você tem a capacidade e com tempo terá um conhecimento imenso você é o sábio não eu nunca disse ser faça alguma coisa com isto pois eu não posso você se não é ainda será a verdadeira obra prima de nosso pai e mãe juntos mais sem o vazio e toda dor dele ou seus distúrbios e delírios sempre rezei reso todos os dias da minha vida nunca pedi nada só agradeci por ter você até que um dia pedi para que todo mau que passei toda superação toda dor fosse só minha de ninguém mais precisa-se passar por isto e recebi por que eu aguento !!!
Só te peso desculpas por favor.
' NA AMPLIDÃO '
Esqueci o gosto do primeiro beijo que
você me deu.
Apaguei o brilho dos teus olhos nos meus
Já não sinto teu cheiro impregnado em minha pele; como se fosse ontem.
De teu amor não sinto fome .
esqueci seu abraço apertado
Como um imã em meu coração grudado .
Pois, você foi embora,
Por este mundo afora.
Deixou-me navegante,
Sem remo, sem bússola,
numa grande solidão,
a mergulhar na tristeza ;
que assolava meu coração.
Você partiu de repente,
dando um nó em minha mente,
Deixou um sorriso frio,
e um olhar distante.
Não sou orgulhosa,
Tão pouco presunçosa;
a vida árdua, a labuta,
fez-me forte, esperançosa !
Da vida não abro mão
a vida segui em frente,
Ainda ao entardecer ,
Pra ver na imensa amplidão
O raiar de um belo dia,
O brilho do sol ao nascer !
Sem deixar germinar
a semente,
daquele olhar sem brilho;
ao me olhar diferente.
Maria Francisca Leite
Direitos Autorais Reservados sob a Lei -9.610/98
O que se passa nas ruas e nas mentes inquietas de hoje é, talvez, reflexo de um mundo que se esqueceu da verdadeira essência do homem. Andamos a confundir o que é lei com o que é luta, e pior ainda, transformamos um acontecimento num espetáculo, onde se agarram às divisões mais fáceis. Mas a lei, não vê cores, nem se interessa por identidades. A lei é, ou devia ser, o pacto entre os homens para viverem em paz, sem temor, sendo julgados não pelo que parecem, mas pelo que fazem.
Se um homem transgride, não importa a cor da sua pele ou de onde vem. O que importa é o que escolheu fazer, e se isso feriu o acordo coletivo, deve ser julgado por esse ato. O problema é que a nossa sociedade, em vez de se centrar no cumprimento da justiça, prefere o caminho mais rápido, o da vitimização fácil, usando a emoção como arma. O que é grave, porque desvia-nos da verdadeira questão: a preservação da ordem, da segurança, da convivência.
E ao mesmo tempo, não podemos confundir indignação com legitimidade para a violência. Não há injustiça que justifique o caos. Quando se responde ao que se considera errado com mais transgressão, a causa perde a sua força, transforma-se numa afronta ao próprio conceito de justiça. A legitimidade não se constrói no tumulto, mas na persistência pela verdade, através dos caminhos corretos, por mais difíceis que sejam. Quem opta pelo caminho da destruição ou do ataque à ordem, perde o direito de reclamar a justiça. A partir do momento em que se cruza essa linha, a causa dissolve-se em erro.
Devemos entender que a justiça, para ser justa, exige paciência, serenidade e, acima de tudo, respeito pelas leis que nos unem. Quem infringe a lei, seja pela frustração de uma injustiça ou por puro desdém, deve ser punido conforme essa mesma lei. Não há lugar para violência, para desordem, se queremos construir uma sociedade melhor. Não se trata de dividir entre “nós” e “eles”, mas de compreender que o desrespeito pela lei, seja de onde vier, só perpetua o ciclo de destruição. E nós, como seres pensantes, deveríamos estar a quebrar esse ciclo, não a alimentá-lo.
Se nos afastarmos deste princípio, perderemos o sentido de comunidade e de justiça real.
Esqueceram-se, talvez,
de quem vos deu o fardo e a força,
não para erguer muros,
mas para proteger as portas abertas
das casas simples,
onde mora o povo,
esse que vos deu o sentido
e não o cetro.
Fardados, sim,
mas não para a guerra contra irmãos,
não para erguerem o peito
como se fossem senhores,
mas para que nunca se ergam os tiranos,
para que a voz que vos comanda
não seja o eco da ditadura,
mas o sussurro da liberdade.
Se vos vêem como maiores,
lembrai-vos:
os gigantes que esmagam a terra
não plantam raízes,
não semeiam paz.
A vossa força é guarda,
não sobre a nação que teme,
mas sobre a pátria que respira
livre.
Soberba? Não!
Só há grandeza
em servir,
em ser de todos,
não contra todos.
E se vos esquecestes
a quem jurastes lealdade,
então lembrai-vos:
quem se julga dono da espada
perde o fio da razão.