Textos de Esperança
mÀs vezes precisamos sair de cena para entender e poder ver as coisas se encaixarem. Para reorganizarmos o que há na gente. O deserto vem para nos ensinar, nos fazer refletir, pôr a casa em ordem. É durante o deserto que passamos por provações e, é nele que analisamos nossos atos. É nele que vemos as miragens da vida, os solstícios do meio-dia e suas consequências. É nele que também estão os mananciais invisíveis aos olhos, a fonte de água viva que faz brotar com mais força ainda aquilo que nos faz bem, aquilo que sentimos verdadeiramente.
Depois do deserto, um grande manancial inunda em nós fazendo com que brote coisas boas, novas ações, um novo jeito de ser, de pensar. Ele é o professor da vida, o inquestionável professor que não te dá brechas para dúvidas, e, sim, as únicas oportunidades para com que você aprenda do seu jeito e no seu tempo. Então, vá e faça!
A esperança de dias melhores é o que nos move.
Ontem não era ninguém,
hoje eu sou alguém!
Olham para o que conquistei,
mas não olham por onde caminhei.
Chorei, gritei, me desesperei,
mas no fim me levantei.
Decepcionado com amizades,
a vida me mostrou a realidade.
Afinal!
uma amizade verdadeira,
ou uma amizade interesseira?
Não! não adianta forçar,
pois um dia a vida ira lhe cobrar.
Antes desse dia chegar,
olhe nos meus olhos
e começa a falar,
Para evitarmos que um dia,
nossa amizade possa terminar.
Posso ter ido à muralha da china,
Mas nada se compara as
coisas simples da vida.
Família!
Cúmplices de uma vida,
choram juntos as minhas agonias,
nos momentos mais
difíceis da vida.
Mas ai vem à esperança,
que deixa ansiosa a eterna criança,
que um dia sonhou com a fama.
Hoje comemora seu dia de glória,
ao perceber que a fama,
nada mais é,
que um capricho que engana.
Viver!
É a palavra de ordem,
que não confunde o homem,
que só pensa no poder que mata e acaba
com a vida
de quem não tem nada a ver.
Levo minha vida na
honestidade,
busco simplicidade,
amizades de verdade,
pois um dia tudo acaba,
e só fica a saudade de quem
um dia nos fez sorrir
de verdade.
Verdade que dói,
no coração de quem ama,
ao perceber que perdeu
Quem o ama.
Assim ela se foi,
Mãe!
Vinte e três anos de paixão,
amor e dedicação!
Pois foi esse o tempo que me cuidou,
criou e me ensinou,
ao dizer que um dia partiria e eu
precisaria estar preparado
para vida.
Inexplicável sua falta.
Mas saiba que um dia nos encontraremos,
nos abraçaremos e saberemos que,
Jesus Cristo,
cumpriu sua missão de leva-la pro céu,
um anjo aqui da terra, que tem a missão,
de cuidar de mim com coração,
essa é a eterna Vera.
Se desejo mudar minha vida, que seja olhando para o lado, auxiliando os que precisam.
Que meu olhar seja doce e saiba enxergar com amor.
Que meus ouvidos tenham tempo para escutar um amigo.
Que meu cansaço e desânimo não sejam motivos e nem desculpa para a não realização dos meus sonhos.
Que nunca me falte esperança em dias melhores.
Que meu esforço seja para colocar em prática tudo o que aprendi nos livros.
Que minha fé em Deus seja maior que todas as provações.
Que eu tenha a certeza que Ele está sempre ao meu lado, em todos os momentos, mesmo naqueles em que julgo estar perdida e sozinha.
Que eu tenha a compreensão de que as coisas acontecem quando tem que acontecer, com o único objetivo de nos ensinar o que temos que aprender.
Que eu saiba perdoar, pois os nossos ofensores também possuem papel fundamental em nosso aprendizado.
Que apesar de tudo eu nunca perca a alegria de viver, de enxergar a vida com esperança, amor, humildade e fé.
Miligrama de verso II
Alcandoradas esperanças!
Viajo pelo Universo nos teus rastros
À procura das bem-aventuranças.
Do encantado tesouro dos teus braços
Somos partes de um todo
Senão por que a sede e a fome
Devoradores das minhas entranhas?
Causas estranhas
Que não me deixam inerciar
Vivo a trovejar
Para o infinito o meu grito
Que ressoa pelos séculos.
Pois meu amor por ti é milenar.
SAUDADES...
Oh! Saudades do ontem que
Eu tive teus olhos pedintes voltados para os meus
Lábios e seios.
Até pareceu-me ser amada
E sonhei sentindo uma dolorida agudez
De desejos quase realizados.
Não pude alcançá-lo, pois no instante seguinte
Partias. Nunca mais deixaste a poesia
Dos teus olhos derramar esperanças
Pros meus tristonhos.
Sepultei nossos abraços suspensos no
Meu pensamento febril
Beijos lúdicos ficaram espremidos na minha
Boca ressecada de tristezas.
E a saudade se ajeitou no meu peito
E nunca mais quis existir sem mim.
Crepúsculo da vida
Quatro décadas e muitos atos.
Então sai de cena o astro-rei.
A melancolia sobe ao palco.
Tudo que não fui já não serei...
Manto negro, escuridão da vida.
Ó que decadência da esperança!
Perdida alvorada dos meus dias.
Somente lamentos na lembrança.
Tu, crepúsculo quadragenário!
Não sei quem aqui te convidou.
Fim de minha vida antecipaste.
Termo és de quem somente amou.
ORDEM AO MISSIONÁRIO
Em minha moradia
No meu conforto
Junto de minha família
Tudo está formoso
Na igreja sempre vou
Da obra sou trabalhor
Na EBD aqui estou
Receba Deus o meu louvor
Mas algo está a acontecer
Nas minhas orações
Um chamado começo ter
Algo fora dos padrões
Se meus pais obedeço
Se na igreja compareço
Por minha família tenho apreço
Por que um novo começo?
Sim um novo começo
Não sei qual será a nação
Não sei qual será o endereço
Mas tenho que seguir a missão
Mas me falta preparo
Tenho muito que aprender
E me vem uma voz num vento raro
Que diz: Filho, Estarei a te ver e te suster
Siga em frente
Sob a minha guarda vais e avança
Faça discípulos e serventes
Leve Esperança
Mostre que Eu Sou Jesus
E fale de minha vida
Que em Mim busquem esperança e Luz
Para seguir nesta luta tão sofrida
Diga o quanto os amo
Diga o quanto os quero
Que por eles estou esperando
Leve Minha Esperança, te reitero
Vá até aos refugiados
Chegue aos oprimidos
Mostre que há vida aos dominados
Dê sentido à vida dos esquecidos
Leve Esperança
Leve a Minha Esperança
Coisas tristes tu verás
Choro e sofrimento sentirás
Pela Minha Graça viverás
E Não temas!! Pois Comigo estarás
Receba e Distribua
A minha Esperança
Primogênito
Naquele dia, eu soube que você iria. Meu filho primogênito fruto da minha alma e não do meu ventre.
A dor dentro de mim se emergiu, o vazio se instalou e uma adaga afiada meu peito rasgou.
Mais uma vez me vi de volta à escuridão, perdida em lágrimas cortantes, sem rumo, sem direção.
Em questão de segundos minha felicidade cessou, meu sorriso perdeu o encanto e a angústia reinou.
Pela última vez, acalentei seu corpo agora desfalecido em meus braços. Para mais vez sentir o formato do seu corpo, embriagar meu olfato com seu cheiro e perder meu olhar em cada centímetro do seu rosto, guardando o máximo de detalhes seus.
Meu bebê, meu Lord, meu filho!
Quem enxugará minhas lágrimas agora que você se foi? Quem acalmará meus medos? Quem trará luz para minha escuridão?
São tantas as perguntas que chegam a ecoar em meio a minha solidão, tanta dor e nenhuma cura. Afinal, existe cura para o coração despedaçado de uma mãe?
A dor é infinita, não acaba nem diminui, encontro meu consolo nas cartas sem destinatário que lhe escrevi, nas poesias que lhe dediquei, na marca que em meu corpo deixei.
Mas é na imensidão do universo, na busca da estrela mais brilhante do céu que encontro seu olhar refletindo no meu.
"Só existem quatro forças indomáveis...
o fogo que tudo queima, as águas que tudo podem alagar, os ventos que devastam o que estiver em sua frente, e a força mais poderosa de todas... o coração apaixonado, pois, esse enfrenta a água, vento e fogo, afim, de estar ao lado da pessoa amada.
O Vôo da Fenix
Eu acho que sempre soube que seria assim, mas nunca quis enxergar. Sabia que eles estavam lá em fila, esperando para me ver quebrar a cara. Mentindo quando tudo que eu precisava era a verdade. Estou cansado disso. Viver, me aborrecer e continuar nesse sofrimento sem fim. Preciso me libertar, fazer a dor cessar. Tudo está caindo em pedaços, eu continuo a me obliterar dia apos dia. O céu está sangrando, sinto suas lagrimas silenciosas, sinto o gosto amargo da perda e nela, seu inadiável fim. Fui despedaçado como um pedaço de vidro, fui amassado e queimado como um frágil pedaço de papel e ainda deixado para perecer no deserto, no entanto, lutei por uma saída, briguei por outra chance e assim consegui me reerguer. Ascendi aos céus de maneira que jamais imaginei que poderia, superei os limites tornando-me implacável e destemido. Mas para que se a vida ainda assim depois de tantas vitorias insiste em me derrubar. O que eu fiz de errado? Não sou merecedor, é isso? Infundados obstáculos já superei, mas admito que estou farto. Farto dessa infundada luta sem fim. Em breve entregarei os pontos, em breve não mais existirei. Achei que seria forte para todo sempre, mas a quem estou tentando enganar, pois o sempre sempre acaba quando menos se espera, puf... Era uma vez. Nada mais.
Estou caindo e caindo sem mãos para me resgatar. Estão todos lá a beira do precipício assistindo, esperando a hora fatídica e nada pretendem fazer.
Estou no meu limite, seja da razão ou da sanidade. Só sei que já chega, já deu. O show acabou e as cortinas estão prestes a se fechar. A fumaça se dissipa calmamente. Vou me perdendo pouco a pouco. Preciso desligar, fazer parar essa dor que me atormenta e quem sabe assim renascer das cinzas como um super nova de amor e compaixão. Uma explosão de coisas boas que a humanidade a tempos já se esqueceu. Como um pássaro de fogo rumo ao novo mundo seguirei. Um lugar mais digno sem tanta injustiça, onde se prevaleça a verdade, eu espero. Onde se possa viver em paz, se e que isso seja capaz.
Podemos correr ou fujir a vontade, mas a verdade estará lá. Esperando...
Ela não irá apenas dizima-los, mas sim transcende-los! Irá fazer do ordinário algo extraordinário. Achará amor em um lugar onde nunca houve se quer, esperança.
Ei moça, eu sei que está difícil e complicado de lidar. Parece que nada mais dá certo, que tudo sopra contra e até o vento resolveu mudar de direção. O desânimo chega, o stress aparece, o desespero fica e a dor parece não querer ir embora. Sei disso tudo.
Sei também que a vida tirou o seu “grande amor”. Mas sabe, na maioria das vezes, mesmo que você não entenda no momento, a vida sabe o que é melhor pra gente.
Chega uma hora que começamos a entender que quem a gente queria por perto, na verdade não iria nos trazer felicidade. Há um momento, em que conseguimos enxergar além, conseguimos compreender que algumas pessoas precisavam realmente passar em nossas vidas somente para nos encorajar a nos amar mais e a darmos valor ao que realmente importa.
Portanto, sempre tenha a esperança de um novo amanhã, de um novo viver, de uma nova felicidade e de um novo amor... Porque ao contrário do que muitos falam, a esperança não é a última que morre, e sim a que vive para sempre dentro de cada um de nós, nos fazendo acreditar que o melhor há de chegar.
Primeiro de abril, noite chuvosa com fortes ventos trovões e até raios fazendo uma dança espetacular no céu.
O clima frio e um pouco assustador, porém dentro de mim há uma tempestade maior
Me corrompendo de medos e desejos
Na espera que em meio aos ventos se vá os meus medos
Que a chuva lave o mais intimo de mim
Os raios destruam minhas dúvidas
E que com o amanhece haja uma nova semente
Mas não uma semente qualquer
E sim uma que transforme o meu ser.
Quando eu pular de alegria, é por que meu mundo se cobriu de luz e amor
Quando eu sorrir, é por que vejo uma brecha na escuridão que eu não achava ter fim.
Quando eu caminhar com seriedade, é por que algo esta me encomodando e preciso refletir.
Quendo eu ficar triste, é por que algo me roubou a paz e preciso reencontrar-la.
Quando uma lágrima descer nos meus olhos, é por que estou perdendo o controle de meus sentimentos.
Quando eu cair em prantos, é por que me encontrei perdido em meus sonhos e não consigo mais sair.
E quando eu cair de vez no chão, é onde me encontro morto em meus sonhos que não pude realizar,
Então sei que não vou mais me reerguer e tudo que tinha em meus caminhos foi perdido e tirado de mim,
Perdi minha paz meus sonhos meus planos e minha força de seguir em frente, mais eu sei que no final de tudo a esperança, ela me reeguerá novamente.
A conta chegou! E que saber, um preço alto demais. As nossas atitudes quando convertidas viram dois únicos extremos: o bem; e o mal. Quando objetivamos fazer algo e algo não dá certo ou não sai como planejamos isso se converte em mal, e esse mal pesa de tal modo em nossa conta que chega ficar insuportável pagar a conta.
Pois bem, utilizaremos uma metáfora para contextualizar tudo isso. Imaginemos que nossa vida é um edifício... é aqueles prediozinhos que em qualquer lugar tem vários, iguais, até entrarmos em algum para conhecer. Todas as nossas ações do mal, aquelas contam que são altas de mais em nossos prédios ficam como forma de rachaduras. E já viu como as rachaduras nos incomodam?? Nós pés são motivo de dor, nas paredes motivo de vergonha... más em nosso prédio as rachaduras são motivos de preocupação. Você pode dizer – “Rafael, para rachaduras podemos dar um jeito!”. Claro que pode, só não sei se vai adiantar.... toda vez que tentamos concertar o problema estrutural só conseguimos acrescentar mais e mais peso em nossa estrutura e o resultado todos já conhecem... quando o peso é demais as rachaduras se abrem e todo nosso prédio vem ao chão!!
Mas como podemos nos safar de tudo isso? Não sei, se alguém souber faça-me a gentileza de contar ao mundo. O grande dogma é: viver em uma casinha simples, mas que não falte afeto e pessoas afetuosas e verdadeiras.
A imprecisão do tempo ou da falta de tempo é que torna as coisas legais e valiosas...mais sobre hoje o que fazer para que as rachaduras de nosso prédio não se abram??
Perdoe, ame, acredite, divirta-se, trabalhe, estude, sobreviva e acima de tudo... RESPIRE.
SORRISO
Ás vezes me pego flutuando em outro mundo, tentado descobrir a sua fórmula;
Ás vezes me pego te procurando, no espaço, a procura de um cheiro ou um abraço;
Ás vezes me pego navegando, entre ilhas e nos campos, buscando o teu rastro dentro de livros ou entrelaços;
Ás vezes me pego desesperado, na incerteza de ter-te para sempre ou só por acaso;
Ás vezes me pego sem sentido, quando some e não manda um aviso;
Ás vezes me pego assustado, quando outros tentam tomar meu espaço;
Ás vezes me sinto confuso, quando busco explicação para este mundo;
Ás vezes me sinto com desejo, ter-lá aqui deitada no meu peito;
Ás vezes tenho raiva, pois te sinto e logo, me acalmas;
Ás vezes me pego bobo, imaginando está contigo comendo bolo;
Ás vezes me pego envergonhado , toda vez que te olho sério, e você abre o teu sorriso belo;
Ás vezes me pego escrevendo, cartas ou juramentos, mostrando esse sentimento que me toma de um jeito que faz delirar, só por tentar descobrir, como você foi feito para mim;
e (...)
Ás vezes me pego pensando ... que sorriso estranho; que me faz descrever em poucas palavras o quanto eu amo você.
Vida em Morte
O galho corta o tronco forte.
Passos de vida que se encaixam fora da vida.
Esperança num porvir que não se faz cumprir.
Cuspindo respingo de ar em sacos...
E lá se vai um pouco de ti.
Os gestos lentos titubeiam
E param no nada.
Quebra-se a fé, entra-se a dor.
E se vai de pouco, aos poucos,
Sem mais direito por aqui ficar. Ali.
Ou quem sabe aonde irá?
Tua alma em prantos,
Escuta o vazio cruel,
Do teu pedido clemente,
Do teu desejo veemente,
De mais uma chance,
De Deus, puder a ti, perdoar.
E o tempo segue sem respostas.
Cessa o corpo, adormece-se em vida.
Grita num silêncio de uma voz retida,
Que atalha a brisa,
Descolorindo o pôr do sol.
E lá se vai numa lenta despedida,
Ainda dentro da vida em morte,
De lágrimas sinceras caídas,
Sem voltas, em olhar adiante,
De um céu aberto,
Da terra flutuante,
De amores que se deixa,
Da paz que se espreita,
Do tempo que se partiu em ti.
Acordando de um sonho
O amor deveria ser difundido sem olhar para quem e ser tratado com a mesma seriedade que pais e filhos respeitam, e que casais se entregam.
Podem ser indagações bobas e bastante recorrentes. Mas como posso ficar tranquila se percebo que ao mesmo tempo que quero ajudar o próximo com as melhores intenções, sou hipócrita quando quero priorizar os íntimos?
Então como entender tanta dualidade, moralismo e afeto? Talvez, o melhor é acreditar no estoicismo para que me submeta no prognatismo do destino e sofra menos com as as surpresas do desconhecido, afim de que não magoe o outro.
Porém , peço licença, para acreditar na esperança que madre Tereza de Calcutá nos deixou ' o importante não é o que se dá, mas o amor com que se dá'.
No pain, no gain
Te encontrei quando cheguei
Mas você não era minha
Assustado, estrebuchei
Sem saber logo o que vinha
Não demorou até que alguém
lhe apresentasse enfim a mim
Quer saber, nem lembro bem
se falou grego ou latim
Desde então, vira e mexe
Não importa onde esteja,
Você sempre aparece
Como taça na bandeja
Por uma noite apenas
Ou por dias a fio
Umas vezes, só acenas
Outras, pareces no cio
Vai chegando devagar
Como quem nada pretende
Cá estou a ofegar...
Quem me ouve não entende
Tudo fica tão intenso
Nem respeita minha pressa
Mesmo frágil, sempre penso
Quem tão ágil que lhe impeça?
Sempre me tira do sério
Faz-me suar e até gemer
Dos meus lábios, impropérios
Sem juízo, sem querer
Em busca de alívio
Xingo, uivo, esperneio
Não lhe quero em meu convívio
Nem mesmo que a passeio
Pra perdê-la de uma vez
Hei de perder meus sentidos
Sem a minha lucidez
Meus botões são iludidos
Fora isso, só um jeito
Livrar-me do que lhe provoca
Assim sendo, dito e feito
Ou ser comida de minhoca
Certas vezes você vem
muito bem acompanhada
mas humilde, fica aquém
sua presença é ofuscada
Tô pra ver quem lhe detém
Quem lhe ganha na jogada
Sim, já sei: No pain, no gain!
Indolor é fazer nada
Cê dedura o que há escondido
Que me devora sem alarde
Não sei nem o que teria sido
Se me contasse bem mais tarde
Sinto ter lhe desprezado
Não ter lhe dado ouvido
De quanta coisa fui poupado
Sem nem ter me apercebido
Que ingrato sei que fui,
toda vez que me atingiu
Pois sensato é quem conclui:
Coisa pior de mim fugiu
Não me julgue por ciumento
Mas detesto lhe ver com alguém
Ao ouvir o seu justo lamento
Por respeito minha voz se detém
O que pra mim é insuportável
É ser a causa de você estar ali
Por mais que incomparável
Seja a alegria ainda por vir.
Posso até lhe suportar
Com você ir mais além
Mas me recuso lhe causar
Nem por mal, nem para o bem
Mãe
Das minhas memórias quando criança
O seu sorriso é que me faz lembrar,
Que seu tempo em mim há de ficar
De amor, emoção, de Deus, em graça.
Não sou de brindar lembranças, partidas...
Sinto falta do colo que você me deu,
Da fé que me fez rezar, tirando o ateu
Entre muitos opostos, curando feridas.
Se mãe é o berço da esperança
Mais sorte eu tenho por ser da santa,
Que age por amor, sem nada pedir.
E, além do louvor, pela fé que se tem,
Sabe ser mãe, como um anjo que vem...
Livra-me dos perigos, ó mãe, sem medir!
Sentir o que sempre quis sentir, paz
Entrar onde jamais pode esperar
Sentar na janela e ver o sol brilhar
Sussurrar para o grande infinito ouvir
Enquanto o olhos puderem ver
Ter o prazer de poder colher
Amizade como uma flor, florescer
Enquanto ver um sorriso escapar
Um sopro de esperança vivenciar
Muitos dias serão de compensar