Textos sobre Dor

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Tempestade dentro de mim

Acordei no meio da noite
pois já não tenho motivos pra sonhar
Fiquei sentada na cama
com pensamentos e ideias me corroendo
Me sinto vazia e desmoronada
Meu pulmão tenta encontrar o ar
mas há uma tempestade dentro de mim.
E o meu corpo se torna o mais frio
que já vi.

Tantas coisas poderiam ter dado certo
Mas quantas coisas fizeram de tudo errado.
Minhas lágrimas lavam meu rosto aturdido
Minhas lágrimas lavam meu coração iludido
Mas não lavam a dor que tenho sentido.

A rua lá fora está um completo silêncio
Mas dentro de mim há diversos barulhos
Vozes e sentimentos que se chocam
E eu, uma garota que só chora.

Quando o amor resolve brincar
as consequências são sempre dolorosas.
Nunca é fácil abandonar um sentimento,
muito menos entender o que se sente por dentro.

Ainda é tarde da noite,
e somente eu estou acordada.
Tentando voltar ao tempo
Tentando esquecer que sou órfã de amor
tentando esquecer a trilha sonora que me aborda
Tentando esquecê-lo.

(...)

Desconfie daqueles amores que são seguros demais...
Não sentem ciúmes, não sentem saudade, não se incomodam com ausências.
Amores que não sofrem e nem surtam um pouquinho de vez em quando. Amores certinhos que nunca cometem delito ou algum desatino.
O amor não consegue ser sensato o tempo todo...
Porque amor não é razão.
Amor é emoção e emoção definitivamente domina quem sente.
Amor não é rio...
Amor é mar.

É tudo muito triste. Principalmente quando você já não sente mais nada.
Não sabe onde se perdeu. Sobrevive ao invés de viver.
A saudade em seu peito faz refúgio. Os pensamentos vem e vão.
Onde estão as respostas ? Vejo apenas os enigmas.
Onde está a cura ? Vejo apenas os sintomas.
Onde estão todos ? Me sinto tão sozinho.
Onde foi que me perdi ? Pra onde é que todos foram ?
Cadê todos aqueles momentos bons ? Será que se apagaram da memória ?
Eu apenas queria saber isso. Quando?
Quando foi que eu morri e não percebi ? Quando?!

Muitas vezes eu tento entender o ser humano, mas fica mais difícil entender por que as pessoas têm o prazer de ferir, magoar...
Mas de uma coisa eu sei: sou como a água a correr. Se tem uma pedra no caminho apenas contorno e continuo seguindo o meu destino, pois não será essa pedra que vai fazer eu chegar até o mar, onde eu o encontrarei...

SER FORTE...
Costurar um coração partido é ser forte,
Desfalecer e acordar é ser forte,
Suportar a dor é ser forte,
Suportar o desânimo é ser forte,
Andar em caminhos incertos é ser corajoso e forte,
Sentir medo e continuar a caminhada, é ser forte.
SER FORTE É REVESTIR-SE COM FORÇAS PARA NUNCA DESISTIR.

Falar o que agora..
Sobre nada ou sobre nós, no caso, quase a mesma coisa, já que não tenho nada a dizer, nem de mim nem de você.
Eu e você não existe, pois não chegou a ser.
Ser é o que não foi, não é ou é o que é, o que sei é que nada é.
E falando em nada, nada é falar em você, pois você não é o que era e nada tenho a dizer, nunca acontece nada, nada há de acontecer, vou só parafraseando pra você entender.
E mesmo que eu tente muito, ainda que pague pra ver, nada nunca acontece ou pode até acontecer, mas na verdade não chega a ser.
Cansada de ver tudo partir, exausta de esperar pra ver, to morrendo por não fazer nada e nada de novo acontecer. Entendo que nada e ninguém é, na verdade tudo está, até quando não der em nada e nada voltar a ser.
Não é amargura ou rancor o que sinto, não é tristeza ou lamento, não é dor, não é vaidade, na verdade o nome do que sinto é nada.

São os pedaços de nós que perdemos, as convicções desfeitas, os valores que nos eram irrelevantes, os momentos que não voltam e não tiveram o devido valor, o descaminhar feito por nós mesmos... são as perdas, os erros e o sofrimento, que infelizmente nos fazem cada vez inteiros e evoluídos.

Flávia Abib

É bom evitar mágoas

Nossas feridas e mágoas fazem parte
Sorrir na vida e sempre
Fazemos de tudo e um pouco
Evitar magoá-las é uma arte

Temos medo e relutamos
Temos ciúmes, então
Da vida é preciso cuidado
Para não destroçar de outro o coração

Amar, beijar e te acalentar
Palavras de carinho é bom sentir
Ver a distância chegar
Faz a mágoa surgir

Não abandone nem despreze
Vai, por isso, fazer outros sofrer
Aparecendo uma D.R
E fazendo o ressentimento aparecer

Mesmo a dor aparecendo
O bom senso deve ter
Evitando nos outros a dor
E o altruísmo prevalecer

Não quero mais dormir
Parece que o sonho
Não me convém
Não quero fingir
Que sou forte
Simplesmente não sei
Eu prefiro andar
No silencio gritante
Que é a minha mente
Crente
de que alguma luz
Nunca vá se apagar
É imensa a vontade de gritar
Mas já prevejo a dor chegando
Então me jogo no precipício
Que é pensar

Mãe, quem disse que quando ela vai embora o AMOR vai junto? Ele fica, ele aumenta ou talvez só se faz entender como é de verdade por causa da falta, da saudade e da necessidade que temos dela...
Mãe: fica o amor porque tudo o que recebi das tuas mãos e da tua boca vieram carregados dele, sempre.
Mãe fica também a vontade de poder ter te mostrado esse amor assim em intensidade, mesmo sabendo que você soube, que você soube decifrá-lo em cada olhar inocente de criança contente de ter a melhor mãe do mundo;
Você e tudo o que fez sempre será o pilar de sustentação de tudo que sou e serei;
Você plantou Deus dentro de mim e assim deu tudo o que eu precisava para superar a dor sem fim que é viver sem você
Te amo, mãe, onde estiver... e se eu for metade do que você foi, eu serei contente. Um dia Deus enxugará cada lágrima nossa e seremos felizes para eternidade, então apenas espero pacientemente nosso reencontro, embora o meu amor por ti ainda seja urgente.
Até breve, minha mãe.

O poder de se reconhecer a VIDA.

As pessoas, em seu péssimo hábito de se prenderem tanto às coisas terrenas, acabam por sufocar as palavras. Acabam por guardar e amargurar o que tanto as atormentam. Acabam por deixar de dar aquele último adeus... e só finalmente percebem que sua prisão interior não era nada diante da oportunidade de dizer aquelas palavras, de oferecer um abraço, de receber um perdão, quando perdem a opção de decidir. Quando a morte decide que as palavras nunca serão ouvidas, que não terá a quem oferecer abraço, que não haverá perdão a ser recebido. E então nós lamentamos, lamentamos e sofremos as oportunidades perdidas, os espaços vazios. O futuro impossibilitado; incompleto. E então, em toda nossa dor, fazemos com nossa própria vida exatamente o que fizemos com a pessoa que perdemos. Deixamos de nos ouvir, de oferecer perdão à própria consciência. Nos afastamos de quem amamos, nos prendemos em nossa própria bolha, sem perceber que estamos cometendo o mesmo erro pelo qual tanto nos arrependemos. Infelizmente, não há nada que possamos fazer para mudar a história, para voltar no tempo ou para consertar tudo. Isso tudo só podemos fazer em VIDA. Então, quer saber? Sofra, sofra bastante com o vazio e a angústia que a morte deixa, extravase, seja sincero consigo mesmo e se liberte, mas, ao invés de lamentar o passado, olhe pra pessoa do seu lado, desabafe e se entenda com ela. Corra e peça perdão a quem precisa. Se aproxime da sua família. Ofereça abraços, muito abraços! Mude sua vida, saia da comodidade! Honre a pessoa que você ama aprendendo com os seus erros, mostrando que é um vencedor apenas por estar TENTANDO, que o significado dela vai muito além da vida, muito além da MORTE! Faça o seu máximo para ser o que você queria ter sido, para solucionar tudo que a pessoa querida deixou para trás, para fazer o máximo para que a história dela seja olhada com orgulho, e não tristeza! Todos temos escolhas, então, você pode, sim, sofrer e trancar-se dentro de si mesmo, mas também tem a possibilidade de ser o dono da própria vida e de fazer algo que valha a pena, de evoluir e aprender com os erros. Afinal, como já dizia aquela frase do Harry Potter...

"Não tenha pena dos mortos, Harry. Tenha pena dos vivos e, acima de tudo, daqueles que vivem sem amor"

Mais um dia se passou e nada mudou, os dias permanecem iguais. Culpa minha? Pode ser! Não adianta, não consigo ter ânimo pra me arrumar, fazer as unhas, o cabelo e sair...
Os amigos dizem que tenho que reagir, que tenho que ocupar minha mente, mas o que fazer quando não se tem controle. Me digam onde ta o "botão" do desliga. Nossa! Era tudo o que eu mais queria. Queria me desligar do passado, das lembranças, dos momentos que compartilhamos, das nossas confidências... Ta vendo? Não consigo parar de falar... Onde ta esse botão?
Se alguém souber me diga por favor!
Hj subi na balança por insistência da minha família, e já se foram mais de 5 kg em menos de dois meses.
Sempre me achei uma pessoa forte, sempre fui de colocar os outros pra cima, cadê minha auto-estima? O meu amor próprio? Logo eu que sempre zelei por ele e sempre dava conselhos dizendo que em primeiro lugar temos que nos amar antes de amar outra pessoa.
Acreditem ou não, estou preocupada e não por estar separada, mas sim por essa repressão estar me levando pra um lugar que desconheço. Nada me apetece, e tudo que como logo me enjoa.
Falta-me amor próprio, não precisa ninguém me dizer eu sei. Mas preciso me desligar de uma vida que já não mais me pertence, de uma pessoa que não mais me merece, na verdade não nos merecemos!

Floresta

Estou brincando na floresta,
Sozinha.
Talvez não devesse,
Dizem que é perigoso.
Mas me perco em pensamentos,
E quando me dou conta já estou entre as arvores.
Fecho os olhos,
A brisa gelada me provoca arrepios.
Pego um galho no chão,
E ai a imaginação começa.
Meu galho vira espada,
Grande e fiada,
Parece difícil maneja-la, mas me movo como se estivesse dançando com uma fita.
O lugar onde estou esta cheio de monstros,
Daqueles que carregam o ódio no olhar.
Mas estou dançando,
E o sangue é tão quente,
Não me importo de banhar nele.
Cada vez mais monstros, cada vez mais passos.
Cortar algo parece ser tão fácil,
Estou me divertindo.
Isso é estranho, mas ao mesmo tempo tão bom.
Não sinto medo, sinto prazer,
Cortando uma cabeça após outra.
Cada corpo que cai é um sorriso em meu rosto.
E a cada sorriso, sinto mais sede de sangue.
Mas ai não tenho mais nada para cortar,
Paro e sento ao lado da minha espada,
Minha risada é penetrante.
Porem abro os olhos, tudo volta ao normal.
Mas estou feliz porque não precisarei fazer isso de verdade.
Basta estar na floresta e imaginar.

Virtual realidade

Me pego pensando muitas vezes,
Somos reflexos de um passado esquecido,
Penso em "Lost", já estamos mortos,
E o que vemos é a lembrança do que havíamos sido.

Como estrelas distantes já mortas,
Que para nós perpetuará seu brilho,
Relembro de "Caverna do Dragão",
E na verdade somos o sonho de quem esta dormindo.

É a teoria da conspiração,
O verde da mar e o azul do céu,
E o espirro no distante Japão,
É o terremoto avassalador na América do Sul.

Como no revolucionário Matrix,
Oque você vê não é o que realmente é,
É como a primeira visão de um cego,
Então você diz, apaguem a luz,
Pois essa visão não quero ter.

Assim caminha a humanidade,
Em um lampejo de sobriedade,
E mesmo careta na real realidade,
Seremos loucos por natureza,
E não fake da atualidade.

Descanso,
Meu corpo pede terra que me abrace,
Relembro dos objetivos que havia traçado,
E se mesmo partindo seja dolorido,
Mesmo que eu fique o amor será desperdiçado.

Metades

Corações e almas em fragmentos, corpos divididos, emoções que se repelem e se encontram. Uma parte da minha alma quer desesperadamente tua boca colada na minha, e a outra, quer distância dos teus carinhos que só vem pela metade. Parte do meu ser quer tirar tua roupa, lamber teu corpo inteiro e venerar tua nudez, a outra, quer esquecer toda a dor que esse mesmo corpo me causa.

Parte de mim sente infinita tristeza por não saberes amar e por não quereres viver a vida como ela deveria ser vivida, com força e intensidade, a outra, é feliz e completa apenas por saber que tu existe, e que teu rosto é um farol nas névoas mais densas da minha alma. Parte de mim quer dormir contigo todas as noites, a outra, quer fugir da tua presença. Metade de mim quer te fazer gemer de prazer, a outra, te fazer gritar por socorro. Como o dia e a noite, como o amanhecer e o entardecer, a sombra e a luz. Metades que se buscam e se repelem, metades que se completam e se desintegram. Lados de um mesmo problema, faces de uma mesma solução. Cara e coroa, homem e mulher. Amor e paixão. O tudo e o nada.

Porque eu te amo, mas também te odeio. Porque nunca quero pensar, mas nunca deixo de me lembrar. Porque és tudo, ainda que não sejas nada e porque mesmo estando aqui pela metade, tens o meu tudo.

ALGOZ

Fostes tu, o meu algoz!
E apenas amor foi o que te dei...
Enganaste àquela que só queria o teu bem.
Iludida, acreditei ter encontrado o amor em teus braços!
O meu corpo sedento de tuas carícias, foi maltratado...
Como um objeto sem valor, fui marcada por teus açoites
E com fino punhal,fizeste sangrar este coração,
Que com tanta devoção a ti se entregou!
Agora sigo chorando um caminho de dor.
Sem saber se algum dia cegamente
Outra vez me renderei à ilusão
De novo amor.

TE QUERO ASSIM

Cansei
das provocações
das ondas que vão e vem
como pêndulos
nos relógios nas paredes da loucura.

Cansei,
pois eu sou inteira,
de coisas ditas pela metade,
de respostas pela metade,
de declarações pela metade,
de amor pela metade,
de homem pela metade.

E como você também se diversifica,
cansei
de seus jogos duplos
como as palavras soltadas
para quem queira entender,
iludidas destinatárias
supostamente privilegiadas
de versos perplexos
carregados de mentiras
fantasiados de verdades.
E dos silêncios
que pelo contrario
disfarçam dezenas
de tristes e amargas verdades
sobre mulheres, crianças, fracassos, crises e desesperos.

E cansei da fumaça
atras da qual esconde a ambiguidade
que não lhe permite de pronunciar publicamente o meu nome
nas lindas palavras sem alma
do seu coração.

Cansei
do narcisismo que o distingue,
da insegurança que o marca
e do seu desejo de autoafirmação,
que se reproduz multiplicando tristeza
adicionando loucuras,
subtraendo amor
e dividindo historias.

Cansei
de dar sem receber,
e ainda,
de viver esmolando carinho
como um clochard parisiense
nas noites de nevoeiro
entre o Etoile, o Arc de Triomphe, e la Gare de Lyon.

Cansei
das baixarias das encrenqueiras ciumentas
que te seduziram um tempo ou nunca,
e que não tem vergonha de se humilhar
atras de um sonho sonhado
e vivido pela metade, por um terço ou ,
quem sabe,
por nada.

E das pirraças infantis
das vitimas involuntárias, talvez nem tanto,
dos seus ataques de procurada solidão,
iludidas,
nas noites quentes e fingidas, através de uma tela
com palavras vãs e descompassadas,
preludio inexorável de anunciada enrolação.
E ainda da raiva avassaladora
das tapa-buracos que você transformou em delinquentes
a cada voltar de lua jogadas fora como lixo,
com as provocações baratas
das brincadeiras grosseiras,
com premeditadas brigas,
ou com os papos furados da covardia,
que fecha as janelas para retomar o ninho,
deixando, porém, portas abertas por trás
na espera de outros cursos e recursos
para o mesmo presente,
futuro improvável e inexistente.

Assim como
cansei
da fofoca gratuita
de quem nunca vestiu a minha roupa
e mesmo assim,
sente-se em direito
de julgar e relatar falas e fatos
descontextualizados,
querendo me passar por aquela
que nunca fui
e nunca serei.

E cansei
de você acreditar sem conversar,
sem ouvir as minhas razoes,
me acusando
sem direito de replica,
como réu condenado a morte
sem nem a dignidade de conhecer o porque.

Cansei também de você precisar disso
para agir sem remorso,
se a consciência despertar, caso tiver
ou para se justificar se fazendo de mártir
aos olhares atentos do mundo
que finge acreditar enquanto você mesmo,
vitima das suas mentiras
acaba acreditando.

Cansei
do machismo pretensioso
e do egoismo que vê somente a si mesmo,
como vicio entorpecente
de manente prazer
nunca satisfeito.
No fundo sou Teresa,
nada a ver com Sabina,
por isso cansei da extrema,
indelicada e insustentável leveza do seu ser,
e de grossarias, de palavrões, vulgaridades e de desrespeito sem medida.
Cansei.

Cansei
de me sentir sozinha com você do meu lado
e de me aborrecer
enquanto você luta com seus fantasmas
que não quis me apresentar
e que todavia por suo azar em parte conheci.

Por isso
cansei
também de abrir armários
e encontrar a cada dia novos esqueletos,
de me apresentar a eles,
de conviver,
e ser conivente sem querer
enquanto você continua
imperturbado e imperturbável
nas suas mesquindades.

Cansei
de promissas não mantidas,
efémeras quimeras que
como grãos de areia se dissolvem
no mar delirante duma alastradora insanidade

Cansei
de não sentir nas atitudes seu amor,
que você desesperadamente
nas palavras vazias
- como seu coração incapaz de sentir -
declara para mim,
enquanto não poupa provocações violentas e embriagadas
nos surtos das noites sem vergonhas
entregues por decência
ao esquecimento da memoria.

Cansei
de você não ter o equilíbrio
para suportar, sem balançar
o peso e a responsabilidade
de uma mulher de conteúdo,
e de você não saber, por não querer,
construir respeito por volta de nos.

E cansei
da constante incoerência dos seus atos,
que gritam amor
e ao mesmo tempo procuram vingança
dum passado remoto que plasmou a sua existência
dolorida e anestesiada
como impassível viajador na escuridão da tormenta.

Cansei
de ter um todo
de um nada que se perpetua diariamente,
egoisticamente,
repetidamente,
doentiamente.

E assim
cansei
de ouvir que você não me merece.

Enfim,
cansei de entender.
Alias quis entender que você não sabe amar,
talvez você não queira,
talvez você simplesmente não possa.
Mas com certeza nunca fui numero e nunca serei.
No máximo,
eu sou e serei
um numero primo na minha digna solidão.
Eu sou inteira
e mesmo que não me conheça toda,
eu sou sensibilidade,
transparência,
dedicação,
curiosidade,
companheirismo,
orgulho
e dignidade.
E te quero assim...
Seja quem for você.

A Fase Pós-Guerra: A Fase Pós Você.

Ontem à noite, após retornar para casa, eu senti que começou o que eu chamei de "Fase Pós-Você". Seria, para mim, o equivalente ao que já conhecemos como Fase Pós-Guerra.
Entrei no meu quarto e comecei a perceber quanta coisa eu deixei para trás durante o duro e doloroso período de "guerra" que enfrentei. Tanta dor e sofrimento... Batalhas difíceis... Eu quase morri e isso quase aconteceu mesmo. Eu já poderia ter partido, mas fui forte para não desistir de viver. Claro que ele não foi o único motivo que me deu vontade de tirar a minha própria vida. Agora eu vou tentar conseguir forças para reconstruir tudo o que a "guerra" destruiu. Tentar levar uma vida normal, que já não era muito normal, convenhamos. Já era ruim, mas com você ela se tornou pior.
Mas, com o tempo, e não demora muito, as lembranças dessa "guerra" que tanto me causaram dor vão começar a sumir aos poucos. Elas já começam a ir embora. Eu já consigo enxergar isso. Agora inicia-se a esperança de novos tempos de paz na minha vida. Prefiro que seja de silêncio e de paz. Sem mais os horrores da "guerra". Amor e paixão são componentes de guerra. Se for assim, eu não quero mais.

Além da autossuficiência Antístenes radicaliza também o conceito de autodomínio proposto por Sócrates. O ser humano tem que dominar além dos prazeres as dores. Antístenes vê o prazer como um mal e dele temos que nos separar sempre e de qualquer forma. A busca pelo prazer e o prazer em si tira das pessoas o controle que elas tem delas mesmas. O homem deve portanto combater os impulsos que o levem a buscar prazer e se separar das riquezas que o acomodam a uma vida fácil.
(filosofia de Antístenes)

Vingança...

Me vejo sem ação
perturbado pelo medo da traição
sofrendo uma assustadora emoção
como uma adaga em meu coração

me vejo perdido
sem reação
chorando magoas e dores
do meu coração

o anjo do amor
me traiu e causou dor
agora aos poucos vou me recompor
e depois, voltar-me contra o anjo traidor

Eis a hora da vingança
Pra você meu caro,
Não há mais esperança
e para minha família deixarei minha herança

você vive em meu coração
Vou te destruir sem nem uma emoção
Dessa vida irei partir
Mas junto de mim você ira vir!

Me arrependo por um instante
mas já é tarde, agora a dor é constante
em meus olhos só vejo destruição
e a dor acaba em minha ultima oração

Minha mãe dizia
que o céu era só alegria,
Mas no meu paraíso
O que reina... é agonia...