Textos sobre o destino
COLCHA DE RETALHOS...
Pensamentos, recordações oscilam
num destino desfiado de renúncias
grilhões que me prendem num exílio
enleada em ti a tua e a minha vida.
indeléveis cicatrizes em minha memória
em carretéis e linhas opacas e sem cor
na caixa de costura toda nossa história
alfinetes agulhas ludibriando nosso amor.
cerzindo versos, exalando nossa essência
assim vou tecendo estática nossos pedaços
entre gotículas de lágrimas em reticências…
vozes, murmúrios, sem viços e transparências
bordando prolixa nossa colcha de retalhos…
Aguardando o tempo esvair nossa existência.
Amigos de Fé, Temos um destino a seguir e esse destino foi trassado por Deus, chegamos até aqui não foi por acaso, e vamos seguir em frente porque o futuro sempre, sempre, sempre estará por vim."
A estrutura maior do nosso trabalho é a coletividade, trabalhar coletivo, pois o fiel empreendedor nunca desiste, devemos seguir em frente, a vida é feita por desafios, metas a vencer, bem queria né, se a vida force fácil. Por isso, devemos lutar, batalhar para que posamos chegar no nosso objetivo. E lembre-se " Deus escreve certo por linhas tortas "
Eu não acredito em destino, não gosto de mapa astral,
Não frequento a numerologia, não durmo se leio jornal
Não olho para os dois lados, não sei diferenciar pink e rosa
Uns dias escrevo poemas, em outros escrevo prosa.
Não consigo dormir cedo, sempre leio a madrugada
Há dias em que tenho sono,em outros não tenho nada
Nestes dias vago pela casa, ouço rock, leio Camões
Borro as unhas dos pés, componho canções.
Há dias em que durmo profundamente,
Em outros amargo em solidão.
Leio horoscopo, mas somente se for bom.
De outra forma exercito o ceticismo, fecho a cara e lá se vai meu humor.
E se alguém me pergunta, digo que meu dia não está bem
Há dias em que tenho o mundo inteiro, em outros não tenho ninguém.
E há rumores por aí, de que as vezes perco a razão.
Alguns dias tenho essa senhorita, e em alguns (como hoje)
Me falta inspiração.
"É incrível
Nada desvia o destino
Hoje tudo faz sentido
E ainda há tanto a aprender
E a vida tão generosa comigo
Veio de amigo a amigo
Me apresentar a você
Não se prenda
A sentimentos antigos
Tudo que se foi vivido
Me preparou pra você
Não se ofenda
Com meus amores de antes
Todos tornaram-se ponte
Pra que eu chegasse a você."
Encanto do destino.
Curioso é esse tal de destino.
Faz em um ano inteiro você sofrer,
Mas no fim te faz só de felicidade viver.
E você inicia o outro ano sorrindo.
Familia toda reunida faz alegria transbordar.
Entre conversas,briguinhas e brincadeiras.
E o que eu fale não se torne asneira,
mas não há melhor forma de amar.
Destino, o senhor gosta de pregar peças.
Se dizem que quem acredita sempre alcança,
eu digo que mesmo a música acabando,ainda compensa entrar dança.
Pois é onde vem o melhor das festas.
Do nada um sorriso cruzou o meu caminho.
Eu pensando que meu destino fosse viver só.
Talvez o destino de mim teve dó.
E não quis me deixar viver sozinho.
Há quem acredite em amor de verão.
Se estão certos ou não,não sei.
Sei que de lado minhas mágoas deixei,
e fui ser feliz então.
E se de tempo preciso para o amor viver,
que a espera seja o meu alento.
E que os dias nos tragam o doce sentimento.
E que então eu possa emfim dizer,que sou apaixonado por você.
PARA REFLETIR
Decidindo o destino alheio
Malba Tahan conta a história de um homem que encontrou um anjo no deserto, e lhe deu água. “Sou o anjo da morte e vim buscá-lo”, disse o anjo. “Mas como você foi bom, vou lhe emprestar o Livro do Destino por cinco minutos; você pode alterar o que quiser”.
O anjo entregou o livro. Ao folhear suas páginas, o homem foi lendo a vida dos seus vizinhos. Ficou descontente: “estas pessoas não merecem coisas tão boas”, pensou.
De caneta em punho, começou piorar a vida de cada um. Finalmente, chegou na página de seu destino. Viu seu final trágico, mas quando preparava-se para mudá-lo, o livro sumiu. Já havia passado cinco minutos.
E o anjo, ali mesmo, levou a alma do homem.
Quem julga demais os outros é porque tbm julga demais a si próprio. Ao por na balança, acaba saindo perdendo pois nunca consegue julgar os outros pior do que a si mesmo, O mal de algumas pessoas e se importar e julgar tanto os outros . E esquecem-se do que faz e o que acontesse na sua . AMAR MAIS , JULGAR MENOS :)
Eu falo alto ao coração exclamando que a luz que clareia meu caminho és você dona do meu destino;
Eu te amo em silêncio como se eu apreciasse uma linda sinfonia junto ao um verso oferecida a ti;
Seus sonhos me causam medo, mas sem sobrar de vitima eu não quero pensar que eu não nasci para perder;Você não leva para casa e o meu desejo é vivermos juntos indo a luta sem conhecer a dor;
O Destino da Felicidade
Todos nós temos um destino, e se o destino da felicidade for so no fim? a tristeza vir primeiro? Não podemos alterar o nosso destino, mas podemos alterar a ordem que acontece no destino. Seja feliz primeiro e viva a vida intensamente! Como se tudo acabaria agora, viva o presente, viva a felicidade!
Destino?
Sabe aquele frio na barriga quando a porta do quarto escuro se abre sozinha?
É o destino que cansou de bater a porta e entra raivoso com suas garras dilacerantes.
Mostra o medo e terror do que não conheces!
Sabe aquela alegria no coração quando a janela do quarto é aberta pela pessoa querida?
É o destino que deixastes entrar na escuridão dos teus medos.
Mostra o calor do sol a iluminar o caminho já traçado a muito tempo!
Mas....
Perdoai-me por te acordar desse sonho utópico matutino.
Perdoai-me por ser este apenas um poema sem romantismo.
Sabe o destino? Não existe!
Sabe o não-existir? Do tamanho da matéria negra e vazia circundando as galáxias no universo?
É a tua indiferença diante do livre arbítrio!
Mostra que desconheces o amor!
Ame.
Ame-se.
Anime-se.
Vire-se.
Olhe.
Vê?
Seu passado atrás?
O futuro a frente?
Desconstrua o destino. É passado!
Faça suas escolhas! É presente!
Construa com amor. É futuro!
Ame intensamente tudo o que fez, faz ou farás!
Ame seu passado atrás!
Ame seu futuro a frente!
Verás que daqui em diante.
Tudo será diferente!
Teu destino? Não existe!
Tuas escolhas, é você quem escreve!
O amor é a tinta!
Tua vida, o papel!
E a caneta??
É, não aprendestes ainda!
Quem sabe ou na certeza de sermos obra Dele...cruzamos as linhas do destino para sorrirmos enfim.
Arquiteto ímpar das nossas vidas...desenha as nossas asas para flanar novos ares e para velejarmos novos mares.
Nele coloco as minhas mais puras convicções de fé, de perseverança, pois sem a caridade não há obra edificada.
Eu não acredito em destino, nem nessas frases que dizem "o que for para ser seu, será". As coisas vem com um pouco mais de dificuldade, acredito eu, por um esforço próprio... O que acontecerá na sua vida é apenas consequência das decisões que você toma. Mas, sabe? Eu não duvido nada que enquanto você sofre por um problema - seja ele uma pessoa ou não - soluções passam à sua volta o tempo todo, mas que talvez você seja incapaz de vê-las.
Não duvido também que uma pessoa possa aparecer na nossa vida assim, do nada, quando o que queremos não é alguém, mas sim alguma coisa.
Sentimentos morrem e nascem a todo o momento.
Não precisamos acreditar em destino se para relaxar e esperar que as coisas acontecem.
Tempestade atemporal
Sou vento, ventania
Que sopra sem rumo
Sem destino determinado
Sem olhar o que carrega
E levanta pela estrada...
Deixo rastros
De poeira e estragos
Balançando estruturas
Refazendo opiniões
Abalando alicerces
De quem não tem raízes...
Sou tempestade atemporal
Sem ligar para a moral
De quem quer me fazer
Dama ilibada como tantas
De parcas e falsas igual...
Sou sim tsunami
Devastadora em ebulição
Remando contra a maré
Até matar ou morrer
Mas não deixando nunca
A pasmaceira me estagnar...
Sou vendaval que corre atrás
Querendo alcançar
O que quero e desejo
Se vou conseguir...não sei
Mas por certo vou tentar
Enquanto forças eu tiver
Por certo...vou ventar...
Quando já não tinha espaço e a vida não mais me cabia o destino me trouxe você;
Pois por entre uma tela fria que mexem com minha paz percebo teus olhos um jeito bom de se encontrar;
No seu rosto eu quero ser a chuva para se perder pelo seu corpo;
E de um jeito pleno de se deixar viver com plenitude e paz;
O Outro Bicho
Sem destino certo, caminhava pelas ruas como um cão farejando alimento. Eu estava faminto.
Se batia à porta das pessoas, a hostilidade das donas e seus maridos causava-me medo. Minha presença provocava-lhes repugnância.
Sequer podia transitar nas calçadas frente a restaurantes sem ser vigiado ou humilhado por seguranças. Mendigos prejudicam a reputação do comércio, diziam.
Minha esperança era revirar o lixo nas lixeiras de restaurantes e, quando encontrava algo comestível, lançava-o goela abaixo sem me importar com o cheiro e o gosto desagradável.
Aquela manhã tornei-me objeto de curiosidade de um garoto, provavelmente em seus seis anos de idade. Enquanto investigava o lixo de um restaurante ao lado da escola, pelo pátio, um menino olhava-me fixamente. Estava atônito pelo espanto de perceber um homem sujo e tão magro se misturando ao lixo e dele comendo voraz.
O garoto não dizia palavra alguma. Apenas encarava-me com seus olhos insistentes que, por um momento pareceu-me gritar: “não coma isso. É lixo!” Senti-me envergonhado.
O sinal da escola tocou anunciando o término do recreio.
Lacrimaram meus olhos em ver aquele menino, meu Deus, livre de qualquer preconceito, na inocência de sua vida, com as mãozinhas trêmulas me oferecer da sua lancheira para comer.
Hoje me encontro ao lado dela, mas nem sempre foi assim...
O destino resolveu tirar de mim o que eu tinha de mais preciso, o que eu tinha de mais sagrado na minha vida. Minha amada Carolyne.
Uma bala perdida, não só interrompe a vida daquela que eu mais amava, mas também a minha vida, que se foi com o sangue que Caroline derramava enquanto agonizava no chão daquele bosque em meus braços tentando dizer suas últimas palavras.
Eu, desesperado, olho de um lado para outro e não vejo ninguém que possa salvá-la.
Aquele olhar penetrante que tinha, agora é transformado em um mais doloroso. Enquanto isso, a vida dela se esvazia em minhas mãos.
Dor, lágrimas, choros, agonia. Despedida...
- Eu sempre vou te amar meu querido! – Essas foram as palavras da minha amável Carolyne.
Não consigo pensar em nada. Apenas faço uma promessa: - Descansa em paz meu amor e me espera, pois no dia em que você abrir os olhos, eu estarei na sua frente e aí, estaremos juntos por toda vida.
Ouço aquele último suspiro. Não mais minha amada estava em meus braços, e sim, um corpo sem vida. Nesse instante eu abraço com todas as forças aquele corpo imóvel seguido de um forte urro que dou.
Urro de dor. Urro de desespero. Urro de uma incerteza...
Ela é sepultada num dia chuvoso. O céu chorava. Minhas lágrimas não eliminavam a dor que eu sentia naquele instante.
Seu corpo é colocado em um sepulcro de mármore cinzento e largo.
Todos saem do cemitério. Mas estão presentes comigo duas companhias que desde esse dia me acompanham – exceto nesse momento que estou agora - a dor e a solidão.
Balbuciei algumas palavras em meio às lágrimas, cujas lembranças não me deixam recordar quais foram. Em seguida, deixo um ramalhete de flores com os dizeres “Até a eternidade, meu amor” e saio.
Saio com a impressão de ter deixado alguma coisa pra trás. E deixei. Minha vida foi sepultada ali com minha amada.
Os dias passam e a dor que é pra passar com esse tempo, fica.
A vida continua. A vida não, o que restou dela. Não há nada mais a fazer, a não ser esperar o dia do meu encontro com ela. Sim. É essa esperança que não me deixa cometer alguma loucura.
Dias, meses, anos... Tudo passa. Menos a dor...
Envelheço. Meus passos largos já não são mais os mesmos. O dia se aproxima, eu sei.
Não quero ser enterrado no mesmo sepulcro que ela. Mandei fazer um pra mim em frente ao dela. É a minha promessa.
O dia enfim chegou. Alguns choram, mas eu estou feliz... Só me resta agora esperar em silêncio o tão grandioso dia.
Não sei o que posso dizer. As palavras somem. O dia chega. O dia da eternidade.
Eu e minha amada. Felizes para sempre.
Ela acorda mais linda que nunca e sou eu quem está aguardando à frente dela. Nossos olhos se cruzam e uma alma gêmea reconhece a outra.
Toda espera sofrida, valeu a pena...
Hoje me encontro ao lado dela, mas nem sempre foi assim...
Impossível? Não se você acreditar!
Nos intermédios do destino, conceitos podem nos extasiar. Acreditar é cancelar.
O país está numa eterna Sexta feira da paixão. Ressuscitar carece. Sair das tumbas sociais como baratas escapando da cova.
Dioniso não é só o deus do vinho, também o santo protetor das baratas.
Não estar errado, é a loucura da razão. Estar certo é a razão da loucura.
Caso queira ver, veja Deus.
A filosofia da ocupação. O que é ocupar? O que é o que é?
Como é o ocupar?
SE O DESTINO ENTAO NOS SEPARAR
QUERO APENAS AMARGAR
A DOR DA VIDA SEM TI
SEM VER VOCE SORRIR
OUTRO AMOR EU NAO QUERO AMAR
NUNCA VOU ME APAIXONAR
NAO SABEREI MAIS VIVER
ESTAR AQUI SEM TER VOCE
MAS SE UM DIA POR IRONIA
O INGRATO DESTINO NOS SEPARAR
TENHA A CERTEZA QUE NOS CÉU
DEUS NOS FARA REENCONTRAR
EU TE AMO MEU ANJO LINDO(C.M.S.O)
Porque as pessoas têm tanto medo do destino?Medo do final?Medo da morte?O fim inevitável de todos,do seu,do meu,do vizinho.Todos sabemos que um dia agente vai chegar lá,mais porque as pessoas temem tanto assim?
Será que é o mesmo medo que agente tem quando vê um filme de terror,está a beira de um prédio alto,de atravessar uma rua movimentada,de terminar um namoro com a pessoa amada,ou é um outro tipo de medo?Não entendo essa humanidade em que vivemos,juro que já tentei aos montes,mais não entendo!Sabemos que é para la que todos vamos no final,é aquilo e não é mais nada!Então porque temer,se nem ao menos sabemos o que acontece quando nos vamos.
Já parou algum dia pra se perguntar isso?Para onde vamos depois do nosso ultimo segundo aqui?Será que voltamos como uma criança nova,recém nascida e esquecemos tudo,será que vagamos pelo mundo como meras almas desoladas,ajudando ou atrapalhando entes e amigos que nos eram queridos?Ou nos sentamos ao lado de Deus e descobrimos o verdadeiro sentido dessa vida.Aliás,ai está outra grande questão da nossa sociedade,qual o sentido dessa vida,disso tudo?
As pessoas sofrem,ralam durante anos,décadas,algumas até um século,para no final,pff,virarmos mero pó,mera nuvem de aura que mais nada faz e no final,nada levamos conosco,nada daquilo tudo,que demoramos,que demos duro a conquistar,fica tudo aqui.O máximo que podemos levar,são as memórias,as lembranças do que se aconteceu,dos momentos que passamos,se levarmos isso ainda!
E me chamam de louco,louco por pensar assim,por apenas querer um desvio no grande caminho da vida,querer tomar um atalho nessa longa estrada que nos deram para trilhar.Acho inútil passarmos tudo isso que passamos para no fim,perdermos em fração de um segundo,em um milésimo,perdemos aquilo que as vezes demoramos 50 anos a conseguir.Vão me chamar de louco,de depressivo quando lerem isso,quando chegarem ao final deste longo pensamento,não tão longo quanto queria,mais longo o suficiente pra me entender acho,que a vida,nada é do que uma mera enganação para o que o destino reserva a todos,independente da nossa crença,da nossa raça,da nossa classe social,o fim é o mesmo para todos,e para onde vamos,ninguém sabe,apenas sei,que quero ir de uma vez para descobrir,e o dia que eu for,eu volto aqui para contar a todos vocês o que acontece.
OSCAR PORTELA
POR ESAS COSAS DEL DESTINO
POR ROCÍO PÉREZ
2009-01-19 - Oscar Portela es un escritor correntino que nació en 1950 y hasta lo 12 años vivió en Loreto. Trabajó en varios diarios, fue el creador revistas como Signos, Tiempo y Diagnóstico, y obtuvo reconocimientos nacionales e internacionales.
Este hombre de letras que publicó 12 libros de poesías, varios ensayos filosóficos y políticos, y numerosas críticas de cine, actualmente colabora con diversos medios tanto argentinos como extranjeros. El poeta, considerado una de las voces más importantes de la literatura argentina, afirma que la gente lee solo aquellos libros que el mercado impone.
¿Por qué eligió la literatura?
Yo no la elegí como una carrera. Viví hasta los 12 años en el campo y era asmático y no podía hacer nada de lo que hacían los demás chicos. No me dejaban correr ni jugar al fútbol. No se si es algo casual, o se mezcla lo causal con lo casual, pero había una enorme biblioteca en mi casa. Y en esa época en la que no había luz eléctrica ni nada, la única salida para motivar la imaginación era la lectura, que se convirtió en la columna vertebral de mi vida.
Trabajé en varios medios gráficos. Comencé en el Diario Corrientes y en A los 18 años empecé a trabajar en El Litoral en 1968, donde me hice cargo de la parte de espectáculos. Después cuando se fundó Época me llamaron para que me hiciera cargo de la parte literaria, a la que se le daba muchísima importancia en esos años.
Usted publicó numerosos libros, ¿de dónde sale la inspiración a la hora de escribir?
Todos los artistas son profundamente neuróticos y escriben compulsivamente. No se si se trata de inspiración, se trata más del hecho de que uno no puede respirar y necesita poder hacerlo por algún lado. El pintor hace esto a través del color, el músico mediante el sonido, y el poeta mediante una imagen que no es acústica ni pictórica pero es imagen al fin, que lleva implícito lo acústico porque tiene que vibrar y tener color al mismo tiempo.
Al poeta muchas veces lo toma por sorpresa una imagen mediante la cual comienza a trabajar. Lo que aparece como inspiración debe ser muy trabajado, es un 1% de inspiración, lo demás se debe perfeccionar muchísimo.
¿En qué considera que contribuye la literatura en la vida de una persona y de una cultura?
La literatura es la memoria de los pueblos. A través de ella un pueblo se narra a sí mismo su historia. Es lo que ocurrió con La Ilíada y La Odisea , no sabemos si Homero vivió o no, no hay instrumentos de ciencia histórica que comprueben eso, pero mediante ellas un pueblo se cuenta a sí mismo su historia.
Cuando un pueblo adquiere historia recién puede comenzar a construir su identidad. Ambas son muy importantes, y más aún lo es la posibilidad de que puedan desaparecer debido a la globalización. Culturas milenarias ya están perdiendo su identidad, y la prueba más evidente es Japón que se occidentalizó casi por completo.
Actualmente se habla de una crisis en la literatura mundial, ¿cuál considera que es el origen de la misma?
Hay enorme crisis en la literatura actual por la falta de lectura más que nada. La gente joven cree que escribir es simplemente tomar un lápiz o una computadora y teclear, pero en realidad se trata de reescribir.
Cuando digo esto me refiero a todo lo que uno fue incorporando con la lectura, que pasó a ser parte esencial de cada persona, que vuelve a reciclarse y se transforma en la voz propia. Si no se lleva a cabo este proceso el resultado es un híbrido, es algo experimental, sin valor.
También la crisis está dada por todos aquellos libros que vienen predigeridos por las grandes editoriales. La gente busca leer lo que viene armado por las empresas, porque vive en la dimensión del estrés de la preocupación cotidiana, sin horizontes de tiempo. La lectura necesita un tiempo íntimo, y el hombre actual no vive en sí mismo sino alterado. Sucede en todos los planos de la vida.
¿Internet es un obstáculo que impide que la nueva generación de chicos se acerque a la lectura?
Internet es un abanico que puede suplir a cualquier enciclopedia o libro. El chico que quiere saber sobre el Che Guevara puede encontrar información útil en Internet, al igual que el que quiere conocer sobre historia o pintura, sólo necesita saber buscar.
La opción de estar 16 horas con los videojuegos e ignorar que son el gran negocio mundial de las corporaciones, y que los juegos de guerras son copias de las estrategias empleadas en los verdaderos conflictos, es una opción que ellos tienen.
Los chicos de hoy se niegan a escuchar, no aceptan el diálogo y manifiestan un espontáneo alejamiento del saber. Antes se buscaba el contacto con la persona de mayor edad para encontrar sabiduría y conocimiento, actualmente es una palabra prohibida decir que se tiene más de 40 años, los chicos dicen que “están en otra”.
Es algo que se va agudizando.
Quem roubou o seu olhar,
seu vulto, seu coração de esmeralda,
Seu destino de fada
Eu te deixo desnuda, quase sem nada
Não é sua culpa
não é minha culpa
são os crepúsculos,
que passam desesperados.
são os antes que nos transformam,
são os hoje que nos enrugam,
são os sempre que empurram
E são os agora que não nos deixam nada