Textos sobre o destino

Cerca de 3073 textos sobre o destino

⁠A meta é clara: liberta-se seja livre, ama-se, ame o próximo, conhecesse e conheça novas tribos.

Reivindique o seu direito de esculpir o seu próprio caminho, aprendendo a explorar o mundo ao seu redor.

O trajeto pode trazer uma sensação de novo e de enriquecimento para a sua vida, e quem sabe o que pode descobrir pelo caminho.

Inserida por mileneabreu

⁠Na estrada da vida, caminhamos sem pressa, cada alma em seu ritmo, sem forçar, sem lutar.
Cada passo é uma escolha, cada escolha uma direção.
Não há necessidade de forçar os desdobramentos da vida, pois cada alma se enraíza, onde a paz se prepara, o amor se declara e o ser se fortalece.
Soltamos apenas as amarras que já não pertencem ao caminho que trilhamos, abrindo espaço para chegar onde precisamos.

Inserida por mileneabreu

⁠Em seu caminho não há nada certo.
Há uma hesitação, um ritmo mais lento, mas não teme o sopro do vento.

Ela sonha com um futuro sereno, um caminho seguro, sem desatino e muros.

Em seu íntimo, um mar de emoção; por fora, a calmaria mais azul.

Em seu peito, um desejo a pulsar, o desejo de não deixar a paz escapar.

Ela, mulher de espírito tranquilo e maduro, carrega em si um amor puro e, no coração, uma doce demora, como um beijo que o tempo devora.

Inserida por mileneabreu

⁠Eterna Oração

Senhora Dona Morte! A Ti confesso!
Nesta vida de vontades que me deixa louco
Todo desejo do mundo para mim é pouco.
Retira de mim toda ânsia, é o que Te peço.

Solícito, como um solitário antropo oco,
Silenciosamente a solitude me conforta!
Dona Morte! Sou um solilóquio moco!
Seja a Perene Guardiã na minha porta.

Com a fenomenal Áurea Oriunda
Da Tua Obscura Fonte Mais Profunda
Cubra meu pranto vazio, e o resto afasta...

Deixa sair toda a utopia do meu desatino...
Nasci só e Morrerei só — é meu destino!
Expulsa todo prazer que não me basta...

Inserida por JeaziPinheiro

⁠Que a natureza nos inspire o belo em cada amanhecer, entardecer e anoitecer

Refletindo no céu os tons que colore os dias pelo pintor chamado tempo

Conectando os sentidos da expansão sem limites do viver

Tocando a sinfonia do infindo amor em cada nota, um suspiro suave do vento

Essa obra de arte que desenha a alma e declama poesia a cada dia do renascer

É a viagem que trilha o caminho e destino de cada passageiro do verbo chamado Ser

Inserida por DaniLeao

⁠Mote

Num ponto do infinito
há um planeta azulado,
enquanto gira de lado
visto de longe é bonito…
Diz-se aqui no Galapito
que há lá um certo animal
que se faz um maioral
e pensa que sabe tudo,
como um grande cabeçudo
da poeira Universal.

Glosas
I
Diz o povo aqui da Corte,
do lugar aonde estou,
que o ponto p`ra onde vou
é sítio de gente forte…
Vou entrar no Pólo Norte
para ver se ali medito,
um prazer que necessito
P`ra gelar o meu sentido
e passar despercebido
num ponto do infinito.

II
É ali no pedregulho,
que aqui comparto e vejo,
onde está o Alentejo
que descansa sem barulho…
Há quem diga que é orgulho,
há quem diga que é um fado,
que se leva descansado,
nas guerrilhas desse mundo,
e vejo que lá ao fundo
há um planeta azulado.

III
Confesso estou curioso
p`ra chegar ali depressa,
onde dizem que a cabeça
tem um dom meticuloso…
Viajando o céu viçoso
avanço no céu estrelado,
o percurso é encantado,
o destino bate certo,
no azul que fica perto
enquanto gira de lado.

IV
Quero ver a cor das serras,
nessas grandes altitudes,
e passar desertos rudes
que apagam outras terras…
Também quero ver as guerras,
para ver se eu acredito
no que a Corte me tem dito
e não quero acreditar,
mas olhando esse lugar,
visto de longe é bonito.

V
Com a nave desengatada
vejo algumas claridades,
talvez sejam as cidades
da parte mais abastada…
Noto a porção anilada,
durante o soar de um grito,
que soa como um apito
e zune como um consolo.
- Vamos ver esse bajolo!
Diz-se aqui no Galapito.

VI
A nave sorri em festa
pelo azul dos oceanos,
que exibem aos humanos
a frescura que lhes resta…
Dizem que à hora da sesta
esse anil é divinal,
no austro de Portugal,
onde está uma cicatriz,
toda a nave aponta e diz
que há lá um certo animal.

VII
O Galapito avança mais
para ver mais à vontade,
e reparo outra verdade
destapada por sinais...
São fumaças colossais
vindas lá do corpo astral…
Penso que algo está mal
nesses tons que não se somem,
e que ficam mal ao Homem
que se faz um maioral.

VIII
Vejo a Lua olhar p´ra mim
como uma Deusa do céu,
a sorrir de corpo ao léu
e a benesse não tem fim…
É ditosa em ser assim,
com um ar sempre amorudo…
Enquanto me quedo mudo,
penso nessa criatura,
que é pomposa na figura
e pensa que sabe tudo.

IX
Lá em baixo oiço trovões,
ou estouros das disputas,
que são o maná das lutas
e o pesar dos corações…
Entre as muitas criações,
de cariz grave e agudo,
avisto o animal taludo
entretido nessa esgrima,
que diviso aqui de cima
como um grande cabeçudo.

X
Finalmente, o meu destino,
entre a sombra dos chaparros,
nesses campos tão bizarros
dos meus sonhos de menino...
Dou um salto repentino
para as mãos dos chaparral,
onde tudo é sempre igual
e onde não me sinto só,
como um grãozinho de pó
da poeira universal.

Inserida por AntonioPrates

Embate

À volta de incerta inspiração
Ocupei as minhas mãos.
.... e foi a poesia sua combinação!

Brinquei de poetar a vida
Só por tê-la.
Ai! como é incontida
Misteriosa e bela
Cheia de medida!

Em rima discreta, branda
Fui poetando, fui poetando
O que a emoção manda...

E, o que o fado me foi dando
Talvez fiquei devendo à poesia
Um canto de delírio, trovando
Ou talvez mais alegria!
Quiçá! Uns versos amando.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/04/2020, 17’52” – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠BARCOS DE PAPEL (soneto)

Na chuva da temporada, pela calçada
A enxurrada era um rio, e o meio fio
O teu leito, com barragem e desafio
Na ingênua diversão da meninada

Bons tempos felizes, farra, mais nada
Ah! Os barcos de papel, inventivo feitio
Cada qual com um sonho e um tal brio
Navegando sem destino, a sua armada

Chuva e vento, aventura e os barquinhos
Tal qual a fado nos mostra os caminhos
E a traçada quimera no destino velejada

Barcos de papel, ah ideais, são poesias
Que nos conduzem nas cheias dos dias
No vem e vai, no balanço, da jornada...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/06/2020, 11’05” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠RUMO (soneto)

Cada amor é um perfume, uma flor, um jeito
Nem se conhecem, o que vale, e que importe
É a essência, ah, essa tem de ser bem forte
Sentimento e poesia de um cântico perfeito

O jungido de alma, ocupando o mesmo leito
Olhares e o pulsar do coração numa tal sorte
Que faça do pensamento um elegante porte
E dos beijos recato de orgulho e de respeito

E assim, o tempo no tempo, as duas vidas
No mais profundo vínculo e em comunhão
Ajustando as emoções nas boas acolhidas

E os dois seres, então, um do outro perto
De mãos dadas com a doce afável paixão
Onde o caminho de afinidades é coberto

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/07/2020, 13’17” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠INFORTUNO

Falas de solidão, eu ouço tudo e calo
Ó saudade! Rude e regateira caipira
É. E é por isto que o vazio me imbuíra
A alma, no silêncio, infortuno vassalo

Viver! Quando virei por ter intervalo
Entre a dor e o sofrer que não espira
No tempo, e me põe nesta mentira
Da esperança dum amor para amá-lo

Pois é agridoce sentimento sagrado
Que leva a noite insone no cerrado
Messalina sensação, refutado fulcro

Falas de amor, e eu me desalento
Paixão na minha sorte é tormento
Intento para eu levar pro sepulcro

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/09/2020, 13’43” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠POETA FUI

Poeta fui e do causar ferino
Me acariciou a carícia dura
Versei mais dor que ventura
Andei sonhador e peregrino

No devaneio, vivi o desatino
Amando o que pouco dura
Gozando da decepção dura
Poeta sem charme no destino

Porém, a cada verso, tentei
Ter o acaso e a doce poesia
Não agonia que não sonhei

Entendo, que versar alegria
Tem de tê-la. Pouco cantei
Se cantei foi porque sofria

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/10/2020, 08’06” – Triângulo Mineiro
paráfrase José de Abreu Albano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TEIMA

Retratar o amor em vão procura
quem na vida dele sentir não teve
porque um rasto na alma obteve
pois, longo ou breve, há ternura

Todavia eu, ideando, na ventura
a mínima sorte o destino deteve
sentir o que sinto, nunca leve
no vazio, minha solidão figura

E nestas paixões de boas alianças
poética redigiu só sofrido pesar
e uma, foi, dentre as lembranças

E, porém, neste suspiroso causar
do único, nas turronas esperanças
vou amador que cobiça mais amar!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13, outubro, 2020 – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PARALELO

Incultos sentimentos ditos pela metade
manifesto a vossa fiel leitura, ó leitores
e em cada trova a vossos olhos, piedade
lhes digo apenas piedade, não louvores

E neste orgulho, este que é inanidade
os suspiros, lamúrias e minhas dores
lágrimas de amores e sua imensidade
suportando por uns míseros favores

Se entre minha sorte de nascimento
encontrardes traços cujo o engano
indique que divaguei com portento

Crede, ledores, que foi do profano
versado com a mão do fingimento
em um paralelo ao o acaso insano

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Outubro, 14/2020, 16’54” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠GORJETA

Eu sou aquele que no amor é perdido
eu sou o que no fado me falta aporte
sou esse da desdita, e nesta tal sorte
sou a contramão, a solidão desmedida

A sombra no meio fio da cara vida
e que no devaneio perdeu o norte
que fica no vagar num choro forte
rascunhando a chaga tão dolorida

Sou aquele que no silêncio habita
Sou pôr do sol sumido, desprovido
Sou aquele que na ilusão orbita

Sou talvez o ideal de alguma dita
Quiçá a que o rumo me é devido
Quem sabe uma gorjeta merecida

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/10/2020, 16’19” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠FAMINTO

Vai, mísero sofrimento esfaimado
pastar noutra sensação livremente
deixai meu coração de te ausente
faminto, carente, mas imaculado

Não percas tempo, vá apressado
pois se insiste em estar presente
a paixão do teu olhar pendente
despojo inútil, inútil o passado

Deixai o vento levar, que o leve
hei de me arrancar do teu nome
e, assim, de ti isento, serei breve

Aqui, piedoso a dor me consome
nos soluços que o choro descreve
e sem que ventura emoção tome

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/10/2020, 16’10” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PRA QUÊ?

Como quem fica defronte duma cilada
espantado, sufocado, aí fui deixando
os sonhos pela desmarcada estrada
donde vinha, deveras, caminhando

E a minha alma, de chorar molhada
então ficava, o peito ali suspirando
me vi, enfim, que chorei pra nada
e pra nada foi que chorei passando

Assim, corroí o poético sentimento
redigindo a sangue cada caro verso
e num sombrio poetar, tristura se lê

E pergunto em fim ao duro lamento:
- se ainda terei na vida penar diverso
Pra que sofrer, e o pranto... Pra quê?

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Outubro,17/2020 – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠RIMAR DUMA SAUDADE

Teve um tempo que mandava
Nas poesias que eu escrevia
Cada versar uma companhia
E em cada linha festa bordava

Com emoção, assim, andava
Nas mãos a imaginação ia
E em toda a obra que fazia
A ventura, ao lado, ajudava

Pobre a poesia, sem aquarela
Sem fantasia, um dia tão bela
E hoje, pedinte de qualidade

E, no amor, sem substância
Sobre o vazio da distância...
Só o rimar duma saudade!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18/10/2020, 09’29” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

O MAIOR REVÉS DO VIVER

Cá dentro da alma de crer ser poeta
Alma feita de paixão e de imaginação
Sedento de devaneio e de sensação
Quanta coisa, quanta ilusão secreta

Quão querer escrever em linha reta
E, nas rimas aquela rima sem demão
A certeza do canto certo na emoção
A agnição que desejou ser completa

Porque a dor aberta, o que mais dói
E também que a tendência destrói
Não é a saudade do outrora perdido

Pois se foi, se suporta, é inevitável
É bem mais vândalo o irreparável
Do podido viver e não ter vivido!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/10/2020, 09’27” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ORÁCULO

Horas breves da ventura em portento
E tão vazias no empenhar se as tinha
Que na ilusão se demoliu tão asinha
Atando acaso ao rumoroso tormento

Aqueles anseios que fundei ao vento
Que a sorte levou, que mas sustinha
Do incoerente que restou, é minha
Causa, pois, não predispus provento

Juízo, que bom se prudência tivesse
Tudo é possível, e não só brandura
Aparece e logo adiante desaparece

Ó oráculo pesado, ó acre amargura
Serventia sem valia, e sem benesse
Tudo é fugaz, voraz, e pouco dura!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10/11/2020, 07’24” – Triângulo Mineiro
paráfrase Diogo Bernardes

Inserida por LucianoSpagnol

⁠FASE

Cisma a dor n’alma descrente e fria
De uma emoção solitária e calada
Em sua fronte tristonha e chorada
Pesadas rugas duma sorte sombria

A luz da paixão, vazia de alegria
Carrega a saudade amargurada
Suspira sofrência na madrugada
A solidão, companheira da agonia

Ao pé da lua prateada. Pendente
A boa dita, o bem amigo da gente
Parece que dos céus nada realiza

Geme a brisa no cerrado, agrado
Qualquer, só o penar imaculado
É ventura, fase, o tolerar divisa!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/12/2020. 08’22” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol