Textos de Desilusão
Ironia
De tanto pensar na desilusão
Mais de cem vezes desiludi
De tanto chamar a solidão
A solidão chamou-me a si
Deu-me dor e a contramão
E muito deste revés, senti
Ferindo o crédulo coração
Eu chorei, ri, e assim segui
Escrevi emoção e loucura
Nos devaneios da euforia
Cheios de teimosia, eu vi!
Hoje, ainda insiste na procura
O versar. Por essa tal poesia
Do que ainda não sofri... (Oxi!)
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/03/2020 – Cerrado goiano
*paráfrase Pedro Homem de Mello
Já fui doçura, fui paixão...
Já fui pranto, dor e desilusão.
Já fui sonho, fantasia e aventura.
Fui paz, fui serenidade, fui ternura.
Fui medo, incerteza, fui fraqueza. Mas nunca covarde, nunca desistente nem fui metade.
Hoje sou alegria, intensidade, sou verdade.
Sou força, sou garra, sou vigor.
Hoje sou fé, esperança, sou AMOR.
Sou Ana Barros
Tropeçam sobre meu corpo, ali jogado, ferem minha alma que já anda tão desiludida. E quando ninguém vós exerga? E quando nem mesmo você se sente?
Vazio e invisível, assim nos vêem, assim nos sentimos, em meio a multidão tão distante, que vaga ao nosso lado. Perdidos, sem saberem o que, ou quem procuram, dias tristes, noites longas, fotos sorridentes. Felicidade escassa, misantropia em evidência!
Um coração partido é a desilusão da vida!
Não quero acreditar em novas oportunidades
Nem em um novo amor
A vida não quero continuar, parece tudo um ciclo sem fim
Não acaba, não termina, e parece que nunca vamos nos estabilizar
É um saco acreditar em destino, mas sim ele existe, é pior que cachaça
O gosto é horrível e o nível é o mais baixo.
No amor, é que mais dói, o coração vai a marte e a mente a inundação
De pensamentos de como reconquistar
O nosso ego nos mata, e tô vivendo isso, odeio sentir dor, não gosto nem de hospital
Por que sinto dor?
Se acabou por que ainda estou sofrendo?
Eu sou trouxa!!!
Tentei dar meu amor e é isso que ganho?
Um simples não quero mais
Se quiser quebrar vai lá é sua mesmo
As promessas me castigam
E hoje nem sei o que é amor
Só sei o que é dor!!!!
Poros Efervescentes De Uma Desilusão
Escrevendo na minha própria pele porque você não vai ler.
Seus olhos não alcançam o que é denso e clama imersão tal qual o amor que sinto por você. Essa parte minha que ainda chama o teu nome quando sei que você até se esqueceu de como sussurar o meu.
Mas você não vai ler, então isso me torna comum e banal, aqui mesmo na superfície.
Você nunca saberá da terrível adrenalina que sambou no meu peito quando você despejou que a diferença estava nas várias noites que tiveram juntos sem que ela nunca precisasse te pedir.
Nesse momento, eu emergi no próprio pensamento uma centena de traumas.
Meu peito foi esmurrado pela sua análise comparativa.
Chorei de raiva, tristeza, solitude e amor.
Escrevo na minha própria pele para não te mandar ir à merda ou para algum outro lugar onde minhas recordações não consigam mais esquadrinhar seu rosto, onde minha visão não alcance seus precipícios.
Porque me dói não saber como desvincilhar minha vontade de você, da relação fria que, de agora em diante, teremos.
Desilusões
Eu estava em um lugar seguro não me faltava nada, quando algo diferente aconteceu.
Olhando para o nada com pé na estrada risos me seduz; palavras me encantam e pensamentos vem e vão.
Sem tempo a perder começo a correr, era muita emoção.
sem medo de errar começo a trilhar em uma outra direção.
Os caminhos se cruzam, forjando outros caminhos causando alvoroço e confusão. Perco total controle da situação.
Em um mundo desconhecido me sinto perdido, era muita desilusão.
Tantos caminhos percorridos; em um deles encontrei uma porta.
Já estava cansado, desiludido, precisava de um lugar para repousar, descansar minhas ansiedades e cargas adquiridas na viagem.
Quando abro a porta, lá estava você, com os braços abertos, veio me abraçar.
Não contenho as lágrimas, começo a chorar.
Suas palavras foram tão marcantes, tão amáveis; não imaginei que seria assim.
Quando você me diz que essa porta sempre existiu na minha frente, e você sempre esteve ali presente.
Que todos os dias você em minha porta batia, e eu tão desatento não entendia quando dizia :
Eis que estou a porta e bato; se alguem ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e ceiarei com ele, e ele comigo.
Pés descalços. Iludido com a ilusão, achei que estava seguindo e que meus caminhos estavam se abrindo.
Quanto tempo perdido; Quanto tempo perdido!
Pés descalços, desorientado, ouço Deus me chamar.
Abro a Porta, meu fardo é trocado; pés calçados, começo a andar.
MEUS MEDOS
Dos sofrimentos e decepções da vida,
Das tormentas passadas e da desilusão,
Que deixaram suas marcas doloridas,
Pelas feridas abertas no coração.
Restaram as dores sem explicação ou jeito,
Um forte sentimento que nunca se acalma,
Que bata forte, abafa, e que dói no peito,
E que, aos prantos, chora a minha alma.
Foram os frágeis castelos, meus sonhos em vão,
Construídos nas areias e arrastados pro mar,
O que se esperava do amor perdeu-se a razão,
E apagou-se do dicionário o verbo amar.
Das agruras da vida, restaram angústias e medos,
Com a experiência do tempo, velho e já calejado,
Não escondo da mente, já não faço segredos,
Tenho dúvidas ao ouvir ou de sentir-me "amado".
Nesse meu filme da vida, que já não há mais enredos,
É uma empoeirada película, sem edições e sem cortes,
Hoje, carrego somente, minhas lembranças e meus medos,
Porque os escritos de outrora, só se apagam com a morte.
METAMORFOSES DA SOLIDÃO
Presa em mim.
Introspectiva
Perdida
Desiludida.
Dor interna
Afastamento
Solidão
Isolamento.
Choro insano.
Me perco
Desabafo
Entorpeço.
Lentamente
Enlouqueço.
Sim?!
É o fim?!
Da dor
Da ausência
Da falta?!
Que alegria
Euforia
Agonia!!!
Que lástima!
Me conheci
Redescobri
Sobrevivi.
E agora
Mundo afora
Espera
Por alguém
De outrora
Que chegou
E foi embora.
Já é hora!
Nara Minervino
Que agonia!
Ter pensamentos e não dar forma
Ódio, desilusão, saudades, esperança... Lamentos!
Fragmentado, ano esse, complicado
Senti inspiração,
E não consegui escrever
Senti saudades
E não consegui dizer
Senti amor,
E não soubes corresponder
A hora certa,
Continuo sem saber
Os mistérios da Ilíada,
Nunca vou conhecer
E o sentido da vida?
Desobedecer e subverter
Sinto vontade,
E não consigo viver!
Das minhas desilusões amorosas
Sinto como agudas adagas cortando minha alma, Sangrando à já esquálida alma.
As lágrimas descem, molhando essas feridas
Lágrimas como o mais amargo fel , que cai no abismo dessas feridas
Duplicando me as dores mais infindas
Coração bate descompassado
Triste por não haver mais motivos para bater
Olhos calados,
Ouvidos mudos, que nem mesmo a própria dor as ouve
Corpo fraco, sem a rigidez para se estar de pé.
Meus ossos foram quebrados,
Meus sonhos triturados.
Ao que distante via, hoje se abraça à mim, a solidão!
Faço me amigo de minhas lágrimas, duras como a rocha, mas que expressa o que os olhos já não veem mais.
Desilusões me apresentaram o amor. Aquele que acompanhará a minha alma por toda a eternidade, que vale à pena qualquer esforço e que prevalece à amores de passagem. Entendi que minha alma é completa, o amor próprio é a metade que eu procurava!
(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)
#_Desilusão
Você Disse Que Acabou Tudo
Eu e Você Não Existia Mais
E Que Cada Um Devia Seguir o Seu Caminho
E eu Segui Estradas e Corredores
Só Tentando Ti Esquecer
E Apesar Da Dor Era a Realidade
Pensei Em Mentir Pra Mim Mesmo
Dizendo Que Você Mi Amava, mas isso Provocaria mais dor
Toda vez Que eu Lembrasse Daquelas Palavras
Agora Desconheço o Meu Destino
Se Seguirei Em Frente Com Você ou Sozinho
Já não vejo Quem Amar Novamente
Porquê o Amor é Algo De Coração
E como Amar, Se Eu Penso Sempre em Você
Estou Tentando Esquecer o Momento Que a Gente Contava Estrelas Infinitas
Lembrando o Dia Que Você Prometeu Mi Amar Para Sempre
E Agora Tudo Mudou
Acho Que Foi De Um Sonho Que Eu Acordei
Mas Não Mi Arrependo
Ao Menos Ti Conheci
E Por Fim ti Perdi
#PrimeiroMcPoeta!
A decepção
A decepção está ligada à emoção
Pode deixar você no chão
Causando uma desilusão
Ferindo seu coração
Com tamanha confusão
A decepção pode ser gerada
De maneira inexperada
Talvez nunca reparada
Já que a confiança foi
Quebrada e deteriorada
A decepção machuca e dói demais
E não cicatriza jamais
Você pode até perdoar
Mas nunca esquecerá
O que provocou
A ferida, tão dolorida
A decepção leva à profundeza
Causando mágoa e incerteza
Gerando uma frustração
De tamanha desestruturação
Pois a tristeza causada
Poderia ser evitada.
SONETO COADJUVANTE
Vendo-te agora, soneto dum passado
Na desilusão, sem emoção, verso bruto
Com a lembrança de tormento povoado
Abaçanado, deserto e o coração de luto
Meu dantes se percebe tão abandonado
Descorçoado em um banimento absoluto
Contrito e também com cântico magoado
De um versar hospedeiro de um desfruto
Ah! toada relativa dum destino tão triste
Só a poética na minha alma ainda existe
Na ilusão e o sentimento jogado adiante
Onde está quem traz está toda saudade?
Que invade a sensação tal uma divindade
Se do amor, o soneto, é só coadjuvante!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 de agosto, 2022, 19’19” – Araguari, MG
luto é transformador
desilude, emudece, empretece
Nos faz pensar, mas no quê?
Uma mistura sem tom
um querer sem dizer
Luto é um desencontro
um trítono intermitente
Um gol por fora da rede
a foto de uma lembrança
um grito de esperança
Luto é o desabrigo da dor
sem certeza e sem saída
surpresa conhecida
do sopro que é a vida
Vamos irmãos dar as mãos para evitar a dor.
A dor vem da divisão e da desilusão não tem União.
Vamos ver adiante da nossa peregrinação .
Terra não! Mundo não!
União Paz Amor Perdão —Sim!
São dádivas do coração!
Não é daqui não!
São meu irmão: — raízes e extensões da nossa FÉ.
Não pertence daqui desse mundão.
Vamos juntos de mãos dadas pedir a união dos cristãos e crer junto para que:— Seja bem vinda a Comunhão.
PASSARÃO
Podes meu eu repudiar, quando quiseres
De súbito, quando a desilusão me crucia
O ideal da má sorte uno, se, assim, preferes
Apressa-te e me asfixie nessa árdua poesia
Ah! deixe então à mercê da vil crueldade
O meu trovejar piegas, e que então fine
Na desilusão a fúria bravia da tempestade
Do desprezo, assim, então o desejo arruíne...
Se me hás de desprezar, afirmo, seja logo
E não depois em que o afeto estiver calado
Desdenhe-me de pronto, assim, me afogo
Na ilusão do ideado tão querido pelo fado
Dores, pranto, suspiros vou ter no coração
Tendo-te perdido eu, mas, eles passarão!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14/05/2016, 09'35" - Araguari, MG
Eu lhe desejo...
Amores e desilusões,
que você seja amado e odiado,
que você ame e odie também.
Que você fique feliz e triste,
que você se perca e se encontre, diversas vezes
que você se irrite com coisas furteis e ria delas depois...
Que você va embora, mas retorne pro seu refugio
que você faca o certo e o errado, para ter o prazer de ter vivido
que você conte histórias, mas que também faca a sua...
Eu lhe desejo tudo de bom e de ruim, para você ver o quao bom e uma vida vivida.
Em meio a desilusão do amor, encontrei você.
Alguém que ao me ver, faz de tudo para me ter e querer.
Te ter é como renascer a cada dia.
Por mais que nunca acreditei que isso aconteceria, espero que isso dura mais e mais a cada dia.
Te amar é como uma brisa de uma árvore em um verão árduo.
Meu coração soa feito tambor, meu corpo estremesse ao te ver e se perde ao te tocar.
Por mais-que-tudo isso me faz faltar ar, prometo te amar.
Hoje, amanhã, e todos os anos, sei que de vez enquanto não estamos juntos fisicamente.
Mas quero que saiba que você não sai da minha mente, espero que seja eu e você daquiparafrente.
Eu nunca pensei que poderia amar mais uma vez.
Regada por um mar de desilusões, lágrimas inundavam minha face.
Estava perdida em meu próprio caos.
Quando um dia te conheci.
E estou redescobrindo o que é o amor.
Me sinto até como uma criança desvendando os segredos da vida.
É como se estivesse voltando a viver.
Quem diria; que após passar por uma ruptura em meu ser, estaria mais uma vez descobrindo o que é amar.