Textos de Comédia

Cerca de 80 textos de Comédia

⁠⁠Cinéfilo
Você me frustra como uma comédia romântica,
Me deixa triste como uma novela da record.
Já me alegrou como os doramas,
Tão previsível como os filmes de terror.

Já me encantou com as suas fantasia,
Criando alguns mundos imaginários
Já foi intenso como um filme de ação,
Que me deixava sem fôlego e coração acelerado.

Hoje você é um filme da sessão da tarde,
que ninguém aguenta mais ver.
Se tornou tão chato como Um príncipe em Nova York,
Tão esquecido como as novelas do SBT.

Inserida por luizacastro88

⁠⁠
A Comédia da Ignorância Moderna: Rindo até o Fim!

"No país do século 21, ser malandro é o novo PhD. Estudar? Ah, isso é coisa de nerd, de gente que não sabe o que é vida boa! Afinal, quem precisa de escola quando temos influenciadores digitais para nos ensinar a filosofia da vida em stories de 15 segundos? Amar? Ah, isso é coisa de gente antiga, quem é esse cara mesmo? E os ídolos? Ah, eles estão ocupados demais fazendo um merchan bem-sucedido cheio de conselhos profundos... ou pelo menos é o que eles querem que a gente pense, né? Afinal, ignorar e fingir demência é o novo luxo, e a gente tá pagando caro por isso!
E sabe o que é mais engraçado? Estamos todos rindo disso, como se fosse uma grande piada. Mas a verdade é que a piada somos nós, sentados em uma terapia, aprendendo a amar para não adoecer. E o Freud? Ah, esse cara deve estar se revirando no túmulo vendo tudo isso. Mas quem é Freud mesmo? Deixa pra lá, isso é coisa de nerd!" 😜

Inserida por lilijoiapsi

PROFANA COMÉDIA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Então disse o homem: "Haja céu!" E houve céu. E tendo feito o céu, o homem viu que era bom para exercer poder sobre os outros homens, por meio de promessas fantásticas e surreais da grandeza futura que todo ser humano almeja e muitos acreditam fielmente nela, o que os escraviza.
Depois disse o homem: "Haja inferno!" E houve inferno. E tendo feito o inferno, o homem viu que era bom, para o mesmo exercício de poder sobre o outro, mas dessa vez pelo medo, a coação, o assombro, com ameaças do sofrimento futuro, eterno, que nenhum ser humano almeja e muitos acreditam fielmente nele, o que também os escraviza. E dentro do inferno, criou-se a figura de um gerente que sai pelo mundo com seu exército arrebanhando almas para o tormento.
Tendo feito o céu, o inferno, o diabo e até seus anjos, eis que o homem resolve criar um Criador, ainda com vistas ao poder. E assim faz Deus, à sua imagem e semelhança: tirano, egoísta, escravagista, intolerante, vaidoso, vingativo, ciumento, soberbo e manipulador.

Inserida por demetriosena

⁠DIVINA COMÉDIA

Lágrima sussurrando na face sofrida
Sensação erguendo os braços ao céu
A sorte dentro do silêncio escondida
A quem serve sentido perdido ao leu

Se o desejo causa martírio no papel
Pecado, ilusão, e a dor infinda ferida
Corre o fado e só gera direção cruel
Porque estar delirante por toda vida?

Não é melhor na prosa ser clemente
Paz, harmonia, poesia no que insiste
Em não ser, sendo feliz com a gente

Razão: deixo a poética n’alma haver
E o triste deixo apoucado, se existe
Vivo o amor, do que meramente ter...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 setembro, 2021, 20’23” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Meus amigos

Meus amigos são loucos ou santos.
Eles tomam banho de chuva e amam caminhar nela.
Não estão nem aí com o cabelo ou roupa.
Gostam da bem-aventurança da Natureza. E agradecem!


Meus amigos não ligam para que eu não beba com eles.
Mas bebem comigo e ouvem música.
Catam desafinado e riem da sua desafinação.
Cantam em “Inglês”, “Francês”, “Árabe”, “Hebraico” e Português,
erram a letra, erram os fonemas. Mas quem se importa com isso?


Meus amigos vão a minha casa e cada um leva o seu prato.
Sabem que eu sou aquoólatra e que gosto mesmo é de água com gás.
Sabem que eu rio antes da piada terminar e riem disso.
Sabem que eu não dou conta de contar uma piada porque eu rio do que estou contando e ninguém entende o que eu estou falando.


Meus amigos sabem que eu amo conversar.
E que eu amo ouvir.
Mas se me chamarem para dançar eu vou me esbaldar!
Que eu só vou em lugares que gosto das pessoas; se não; viro invisível.
Que sempre me afasto de quem me maltrata ou me desrespeita.


Meus amigos sabem que eu sou incontrolável:
Pelas aparências.
Pelo dinheiro.
Pela posição social.
Mas totalmente controlada pelo carinho e amor.


Meus amigos falam o que pensam.
E geralmente não pensam muito pra falar. Porque são uma constante filosofia.
Meus amigos tem um sorriso no rosto.
Cozinham comigo.
Sentam na calçada. E não estão nem aí para que os outros vão pensar.


Mas o melhor de tudo é que eles são o que são.
Uns mais calmos.
Outros mais bravos.
Uns mais reprimidos.
Outros mais extrovertidos.
Ninguém num “altar” de arrogância julgando o outro.


Meus amigos são loucos e santos.
Ou loucos...
Ou santos...
O comum em todos eles é: _Que eu amo meus amigos!
Justamente porque são loucos ou santos.
_Se é que isto não é a mesma coisa?




1 Coríntios

10Nós somos loucos por causa de Cristo, todavia vós sois os sábios em Cristo! Nós somos os fracos por causa de Cristo, mas vós sois fortes! Vós sois respeitados, contudo, nós somos desprezados! 11

DIÁLOGO SUL-REAL:


_ Boa tarde. _Já que quem atendeu nem me disse. _ Eu gostaria de falar com XXXX
_ Quem está falando?
_ Néry, arquiteta.
_ De onde?
...
...
Bom, poderia dar-me o trabalho de falar todos os países que já estive e todos os estados brasileiros quem sabe...
Mas preferi manter a educação. Funcionário só age assim, porque a liderança é ruim.
...
...
_ De Goiânia. _ Lógico, como o dia é dia, que não vou falar dados pessoais a estranhos.
_ Espera um pouco. _ De novo a má educação. Não se fala assim com um estranho ao telefone.
_ Ahhhh... a XXXXXXXXXX acabou de entrar no carro...
Como se eu não tivesse ouvido a resposta da XXXXX ao fundo.
...
...
Isso me lembra algo importante: _ Mais valoroso que o que você faz é com quem você faz!

Meu Ernesto Azul...


Voltava eu daquelas paragens de Pirapora, dirigindo meu possante Gordini Delfini, carinhosamente tratado por Ernesto, já de cor não muito definida, trazia uns leves amassados em ambas as portas, umas ferrugens no piso, faltava-lhe o retrovisor esquerdo e o para-choque traseiro... nada demais!




Mas aquele Gordini era meu xodó, até carreto o “bravo Ernesto” fazia: meio metro de brita ou de areia pra ele não era nada. Só não se dava bem com subidas, em compensação, nas descidas, ninguém e nem nada o segurava. Um detalhe que não podia de esquecer, no momento de passar a marcha, tinha de ir da primeira pra terceira... em algum momento ou lugar, ele perdeu a segunda marcha, porém, uma certeza eu tinha: um dia, mesmo que não parecesse, sua já havia sido cor foi azul, mas, não um azul qualquer, um de respeito, admirável e solenemente azul. Bem, mas isso se deu em tempos que eu ainda não havia vindo ao mundo.




Dona Orsina, mãe de “Zé Goiaba”, me encomendou um carreto: levar 14 frangos até o sítio de João da Grelha. Em troca de “dois dedos” de pinga, Juvenal aceitou a incumbência de me ajudar nessa empreitada, mas, não deu muito certo, numa curva de chão batido, entre a porteira da Fazenda Craviola e a ponte do Manguezal, meu amigo Ernesto foi, literalmente, atropelado por um boi. Mas, não um boi qualquer! Foi um desses de grande porte, de passos firmes, grandes orelhas caídas, negro focinho, peitoral extenso, parecia ter sido “construído” de concreto e músculos, coberto por uma pele negra, com algumas manchas brancas e outras, em leves tons marrons, reluzentes. Estava selado o destino de Ernesto: faleceu ali, naquela curva e o boi, seguiu em frente... sequer olhou pra trás. Seguiu seu caminho, me deixando apenas com o que sobrou de meu companheiro, dores pelo corpo e vendo os frangos entrando no manguezal.




Pensei até em fazer o velório e o enterro de Ernesto, mas o Padre Policarpo me aconselhou a não fazer, segundo palavras dele, “seria uma sandice”, na hora, entendi sanduiche, e rebati: “Não sô padre, vô fazê é o enterramento do Ernesto, num é um lanche não”, e o Padre nem respondeu, virou as costas e saiu resmungando: “é cada uma que parecem duas...”.




Voltando àquela curva, onde jazia Ernesto, me deparei com Bento Carroceiro e, entre uma prosa e outra, contei a ele de meu luto e que não ia conseguir enterrar Ernesto. Foi quando Bento me disse: “mas ocê é bobo demais, sô! Hoje, ninguém enterra mais ninguém não, só toca fogo e pronto. Depois, pega as cinzas e joga no rio. Isso é que é coisa chique”.




Pensei, matutei e decidi seguir o conselho de Bento. Toquei fogo em Ernesto ali mesmo e fiquei olhando ele queimar. Chorei muito, doeu fazer aquilo, mas o que mais me intrigou foi o caminhão de feno de Tião Matadô passar ali exatamente na hora que Ernesto queimava. Senti cheiro de mato queimando e, logo que olhei pro fim da curva, vi que o feno que o caminhão de Tião Matadô levava, queimava e a chama já subia pra mais de 10 metros...

Inserida por mucio_bruck

Máscaras

Máscaras, passeiam entre nós...
Máscaras de amantes,
Máscaras de algoz.

Máscaras de pessoas vazias...
Máscaras de pessoas sem vida.
Máscaras de pessoas que sentem medo de serem esquecidas.

Máscaras, inveja de alguém que julga-se perfeito.
Máscaras, disfarçando sentimentos ruins que traz no peito.
Máscaras, por favor, não enxergue os meus erros.

Máscaras, usa-as para esconder os defeitos,
Máscaras, necessidade de fingir que o mundo é perfeito.
Máscaras, para esconder o que trás dentro do peito.

Máscaras, é o teatro da vida...
Máscaras, a realidade é que as pessoas são tão egoístas.
Máscaras, jogadores desse jogo que é a nossa vida.

Máscaras, o que esconde de nós?
Máscaras, medo de escutar o ruído da própria voz.
Máscaras, o que irão pensar sobre nós?

Máscaras, medo de ser julgada.
Máscaras, tanto receio de ser condenada.
Máscaras, ninguém é o que aparentava.

Máscaras, não me olhe desse jeito.
Máscaras, os seus olhos brilham de um jeito.
Máscaras, por favor, não sorria para mim desse jeito.

Máscaras, ninguém conhece minha alma.
Máscaras, meu tom de voz é baixo para encantar sua alma.
Máscaras, algumas atitude nunca esperava.

Máscaras, só o inimigo conhece os meus defeitos.
Máscaras, tenho vergonha do que eu trago no peito.
Máscaras, de um ser humano que desejava ser perfeito.

Máscaras, o show tem de continuar.
Máscaras, não seja desmascarada antes da cortina do palco se fechar.
Máscaras, assisto a comédia da vida, e não arredo o pé do lugar.

Máscaras, que medo é esse de dizer o que sente.
Máscaras, não se lamente, lembre-se todos nos temos nossos medos e defeitos.
Máscaras, também tenho segredos que trago na alma, escondo tesouros no fundo do peito.

Nome: Khenya Tathiany

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Inserida por khenyatathiany

Olha por onde andarei para chegar a você imperatriz Beatriz dos meus sonhos, perdido sobre seus pecados na floresta perdido estava
A incontinência levou a violência para praticar a fraude, sabe-se que quanto mais sabe pior a falta, caminhos devaneios a levar a um velho portão achar, e nele as palavras grafadas a estampar deste lugar “deixai toda a esperança, ó vos que entrais”
Pelo báratro Virgílio me acompanha ao aqueronte rio de fogo em busca do barqueiro Caronte, após a travessia no limbo chegar se espantar no que possa encontrar por lá, virtudes e soberba habitam esse lugar
Onde as tempestades de ventos não cessam, os luxuriosos não têm fresta
Um protetor esse lugar há cão raivento de ampla visão cabeça bisada três vezes a boca espumar e com olhar não para de observar gulosos que a
Avarentos a carregar pedras imensas, a marcha ao longe até aonde a vista alcançar
Carrancudos e insolentes espalhados pela lama efervescente, na porta das cidades em chamas túmulos a espalhar hereges no fundo estão, sicários na cidade atormentados por centauros
Chuva queimante iluminando o que há, correria desenfreada daqueles que correram de deus
No fim do precipício a galeria congelada aparenta ainda mais medo e terror a propagar, onde os tenentes, príncipes do seu senhor a esperar onde o anjo da luz a devorar seus subordinados sem piedade a executar no frio de cócito seu espetáculo horrendo realizar
No fim enfim do túnel o cruzeiro do Sul, a uma ilha ligar lá o purgatório está, montanha altaneira, em que arrependidos estão afim de busca a luz e pagar o que fez
Agoniada a espera é, mais e preciso esses pecados solucionar para expiação de suas faltas ascender a montanha com alegria, a tarefa cumprir para junto aos celestial morar
Virgílio que acompanhou, não poderá prosseguir agora a parti do Lete será com você, beba dessa água ascenda a redenção suba para os braços de beatriz para novamente se aconchegar
Nas esferas do paraíso revoar, na primeira estação da lua encontrar almas virtuosas por todos os lados a, após algum tempo em mercúrio chegar e brilhantismo aqui tem a comprovar
Vênus tem amor como Beatriz me fez mais uma vez apaixonar, com o sol a ostentar com sabedoria essas campinas fazer brilhar a cada manhã
Em marte coragem e bravura ter para desempenhar e defender sem armaduras de peito aberto lutar contra a injustiça, amém a vocês que probo sois a águia imperial lhe regozija em sua honra na terra de júpiter
A verdade está próxima e com temperança de saturno, seguir para até o fim das estrelas onde a fé e testada e as falsidades desmascaradas
Alcançar a última estrela a que movimenta tudo que nesse mundo existe, num toque de encanto empíreo observar, uma grandiosa rosa no centro no fim três círculos representado pai, filho e espirito no abismo de emoções concedido foi a compreensão na vida
Muito além do entendimento humano tudo separado é junto no mesmo tempo, um ar que não se pode respirar, é com certeza uma dificuldade que não pode enfrentar.

Inserida por rmatos

⁠Não há maior dor do que recordar a felicidade nos tempos de miséria
Recordar quando acordava e já havia uma mensagem de bom dia
Recordar de ter alguém pra conversar durante o dia todos os dias
Agora a miséria da solidão aonde só se sente só
A miséria de ter que mentir ao responder "tudo bem" quando felicidade nenhuma se tem
Chorar ao ouvir uma música e de alguém lembrar
Se dar conta de que não tem mais a quem dividir o fone de ouvido, sonhar quando está dormindo
E por fim recordar a felicidade que era antes desses tempos de miséria⁠

Inserida por LucasPedroso

⁠"A vida
dela, uma estrada
muito longa"
*
Logo cedo na sua adolescência,
conheceu o amor,
mas ela disse que foi uma comédia,
que a fez chorar...
*
Daí não acreditou mais em amor,
prometeu a si mesmo
que chegaria ao extremo,
pra judiar de quem dela se aproximasse,
e faria isso sem sentir temor...
*
A vida
corria
e ela fazia,
do sentimento uma piada,
e se divertia
quando alguém lhe confessava estar apaixonado...💗
*
Até seu terapeuta ✍️
se transformou em poeta,
em doces reflexões
declarava a ela o seu amor,
e ela rejeitava dizendo que sentimento
era o próprio sinônimo da dor,
e ela abandonou a terapia,
e jazia
pela vida inspirando histórias,
e seu coração 💓
era só um vulcão 🌋
de paixões mal resolvidas...
*
Suas vítimas fazem
filas pra derramar suas lágrimas
nos divans dos terapeutas...🛋️
*


<<< Francisca Lucas >>>

Inserida por ostra

Minha gafe com o fedorento.

Eu fui à minha médica fazer aquela bateria de exames. Do tipo que se você puder, todo ano, deixa para o dia 29 de fevereiro.
***
Chego em casa e a secretária dela me liga para avisar que eu tinha que passar lá novamente, pois minha querida médica havia errado um pedido.
***

_ Ahhh! Como é bom ir ao médico! Na minha cidade então... nem se fala. O que não falta em Goiânia é sombra e estacionamento.
***

Lá vou eu. Cruzo a cidade. Acho uma vaga. Estaciono com uns 36 graus Celsius do Cerrado, com a umidade relativa, agradável, de 10% e ando até a clínica.
***

Adentrando-a, me deparo com vários pacientes de cara de “jurubeba na conserva”.
***

_ É! Quem fica de bom humor indo ao médico? Tudo bem! _ Pensei comigo mesma.
***

Avistei o balcão da recepção. Todas as atendentes digitando com uma “cara amarrada” e um moço todo vestido de branco, do lado de fora, escrevendo algo num papel sobre o granito. Mas, de repente, ao me aproximar... eu que tenho um enorme desvio de septo e nunca quis operar... por isso, quase não sinto cheiros. Senti um imenso odor! Uma mistura de ácido com enxofre, carne em putrefação e mais, algo indescritível, que ardeu no meu nariz.
***

_ O que é isso meninas? Vocês despejaram o quê para limpar esta clínica? Eu sou arquiteta hospitalar. Mas nunca vi um produto feder mais que o formol! _ Foi no automático. Não deu para pensar. E falei no mais e preciso, tom de voz: Alto!
***

Aí o moço do balcão olhou pra mim. Sorriu e respondeu tranquilamente: _ Sou eu!
***

Eu olhei para aquele rapaz que parecia um galã de novela. Todo doce. Com um amável sorriso nos lábios. De cima abaixo:
***

_ Que é isso garoto! Ninguém fede assim! _ E isso eu falei tampando o nariz.

E ele calmamente: _ Eu fedo sim.
_ Como?
_ Eu sou químico de um curtume. O cheiro fica em mim.
_ Ahhh! _ Isso explicava o indescritível.
***

Nisso os pacientes abriram os semblantes. As secretárias tiveram coragem de abrir as janelas. Porque ar-condicionado não faz milagres. E aquele, era um caso de milagre! Outros pacientes começaram a rir quando uma criança falou: _ Eu não disse mamãe? Que ele fedia!
***

Todos começaram a ser honestos com a situação. E eu com o nariz tampado com o indicador. Vi a aliança no dedo anular esquerdo dele:
_ Mas e a sua esposa? Ela também trabalha lá?
_ Não ela é a farmacêutica de uma indústria de cosméticos, principalmente perfumes.
_ Ah. Que bom! Então equilibra. _Não sei o porquê, mas continuava num tom alto. Acho que o “cheirinho” já tinha afetado o meu cérebro.
_ Mais ou menos. Ela só me deixa entrar pelo elevador de serviço e tenho que tomar um banho no banheiro de empregada antes de entrar em casa.
_ Bom. Pense pelo lado bom. Pelo menos você pode dizer a ela, que ganhou um marido limpinho!
_ Nada. Ela me faz experimentar um perfume novo quase toda a semana.
_ É. Cada profissão tem seus “ossos”. Que bom que vocês dão um jeitinho nesse “probleminha”.
_ É. Você tem razão. _ Sorriu e despediu-se. Louvado seja o Senhor, não esticou a mão para me cumprimentar. Que alívio! Vai que “aquilo” pega.
***

Foi só ele sair e todas as balconistas riram. E falaram mal, dele é lógico, de mim, por delicadeza devem ter deixado para depois.
***

Quando eu cheguei em casa... notei o tamanho da minha gafe. Mas o que mais me impressionou foi a espontaneidade que eu e ele conduzimos a conversa. E o quanto todos naquele ambiente estavam incomodados, mas não tiveram se quer a coragem de abrir uma janela. É impressionante o quanto o ser humano é inseguro... ou hipócrita. Ou os dois! Vai que um leva ao outro? Será?

Inserida por breno_bertioga

Às vezes

Eu creio que a vida é cheia de pessoas boas
E más...
Eu vejo qualidades enormes em pessoas que poderiam muito,
Se soubessem
Se fizessem
Um esforço para enxergar o outro
Ao invés de julgar.
Julgar é fácil.
É preguiçoso.
É a Lei do Menor Esforço.
Mas conhecer é complicado.
Horas eu conheço, horas amo, horas me afasto.
Tem sempre três coisas que me fazem afastar: arrogância, inveja e agressividade.
Quem gosta não sente e nem faz isto com o centro de afeto.
A maior alegria de quem ama é ver a pessoa amada feliz.
Mesmo que muito longe.
Passo pela vida como observadora.
Vendo olhares.
Assistindo gestos.
Às vezes junto. Ás vezes, mesmo querendo bem, mas longe!

Nerisírley Barreira do Nascimento 22/02/2018

Inserida por breno_bertioga

Por cada coisa que a gente passa nesta vida.

Eu sempre gosto de conversar com as pessoas. Ainda acho que o melhor é conversar numa cidade pequena como Santa Terezinha, Pilar, Vila Boa ou minha amada Pirenópolis. Lá as conversas são olho-no-olho, algo prazeroso. Mas nesse dia em especial... eu não estava para papo.
***

Fiquei irritada porque o voo duraria dez horas. E eu no assento do meio, dei o meu lugar para um senhor que nunca havia viajado de avião antes. De repente um outro senhor à minha direita do lado corredor começa um diálogo nada apropriado para quem estava no avião.
Um homem de uns trinta anos, muito bonito, de terno e gravata, uma roupa nada adequada para viajar e que agarrava-se nos braços da poltrona:
***
_ É a sua primeira viagem internacional?
***

Abaixei o livro e olhei para ele. Mas além de irritada, eu tinha que terminar aquele livro para uma palestra na Universidade Politécnica de Valência. Eu não teria nem um dia para descansar antes da palestra. Já estava no sufoco!
***


_ Não senhor. Faço esse trajeto sempre.
Ele me olhou de cima abaixo. E fez uma careta. _ O que você faz? Não parece uma mulher de negócios.
Pensei: _ Lá vem bomba!
Reabri o livro e respondi tranquilamente: _ Nem todas as viagens internacionais são a negócio. Aliás, são bem cansativas. Por isso, se o senhor me der licença, vou continuar lendo o meu livro.
***

Ele soltou um gemido. Notei que ele estava nervoso. Mas com certeza era arrogante. Como sou alérgica à arrogância, ignorei-o. Estava a postos, como passageira a decolagem. O comandante falou em Francês, Inglês e em Português como de costume. Eu não gosto dessa companhia francesa, principalmente quando ela fundiu-se com uma holandesa. Aí que a coisa degringolou. E eu lendo o meu livro quando...
***

_ Você consegue ler voando?
_ Hum... hum.
_ Você não tem dificuldade?
_ Não senhor. Eu tenho o costume de ler um livro por dia. Quero terminar este neste voo. _ Mensagem clara não é leitor? Mas para o bendito, não.
***

O serviço começou a ser servido. E é lógico, que lá pelas tantas, viria aquele de vendas. A mesma coisa sempre. O mesmo cansativo estresse de ficar ao lado de estranhos enjaulada para cruzar o Atlântico. Aí começou a explosão de pérolas do passageiro do meu lado direito:
***

_ Você voa muito neste voo?
_ Só uma vez. _ Lógico, outro voo seria outro nome, outro dia.
_ Ahhh... então você não estava naquele que caiu no mar...
Abaixei o livro e o vi remexendo na poltrona. Aí entendi.
_ Senhor. Se eu estivesse naquele, não estaria aqui conversando com o senhor.
_ Não é claro! Estaria no fundo do mar! _ Bradou.
***

Todos olharam para nós, já tínhamos passado da costa do Brasil. Mas aí eu continuei em voz baixa. Pausada e tranquila.
***

_ Se o senhor acredita, sim. Mas eu não estaria nem aqui e nem no mar.
Ele ergueu as sobrancelhas: _ Onde estaria então?
_ Bom num lugar melhor que este mundo Adorando a Deus.
_ Ahhh... você é uma daquelas religiosas. O que vai fazer na Europa? Procurar um emprego?
Ele atravessou uma linha tênue. Não falo sobre minha vida particular.
_ Não.
_ Pois eu tenho uma reunião.
_ Hummm.
Voltei a ler meu livro. De repente ele me cutucou.
_ Que livro é este? Um romancezinho?
Sem tirar os olhos do livro: _ Sim um romance entre a Quântica e o cérebro humano. Os dois geram a simbiose da Ergonomia Cerebral.
_ Você é médica?
_ Não.

_ Então porque diabos está lendo este livro? _ Falou alto, mas tão alto que o serviço de bordo todo olhou para mim. O passageiro da esquerda, um clérigo, ficou com dó da mim. Não houve jeito, tinha que explicar para amenizar a situação.
***

_ Eu sou uma pesquisadora e estou fazendo um artigo científico sobre Psicologia Ambiental.
_ Mas o que você faz afinal de contas? Eu sou advogado!
Eu tentava manter a calma: _ Sou arquiteta e urbanista, mestre e doutora na área, sou filósofa, teóloga e também tenho formação em artes plásticas. Agora, sou cientista da Universidade Hebraica de Jerusalém. E se o senhor deixar, eu vou terminar o meu livro.
***

Ele ficou me analisando por um tempo. Um comissário que fala Português já havia postando-se bem perto de nós para ouvir. Ninguém merece!
***

_ Eu pensei que você era empregada doméstica.
_ Hummm. Não tirei os olhos do livro. _ Muita gente pensa porque sou parda. Ou melhor, mulata, negra. _ Ao fundo, ouvi uma risada do comissário que traduzia em um Francês, quase sem sotaque, a outro.
***

_ Mas me diga uma coisa?
Aiiii... Fechei o livro. E olhei para o homem. _ Pois não!
_ Esse não é o mesmo voo que caiu no mar?
_ Não, aquele continua no mar.
_ Mas você me entendeu. Este não faz o mesmo trajeto?
_ Sim.
_ Você acha que ele pode cair?
_ Todo avião pode cair.
_ Você acha que este pode cair então? _ Eu acho que ele disse isto a cento e oitenta decibéis.
***

Todos olharam para nós. Aí eu perdi de vez a paciência.
***

_ Senhor! O senhor acredita em Deus?
_ Mais ou menos.
_ Então ponha as suas contas em dia com Ele.
***

_ Você é uma cientista e acredita em Deus?
_ Sim. Como Albert Einstein.
***

_ Mas se cair?
***

Isso ele já falava, não me cutucando, mas sacudindo o meu braço. Chamei o comissário em Francês e pedi um uísque para o homem. De pronto, ele trouxe.
***

_ Eu indico ao senhor beber toda a bebida e estar em dia com Deus. Porque se o avião cair o senhor vai morrer. Entendeu? _ MOR-RER. E dessa o senhor não passa! E nem eu. Portanto, beba o seu uísque e deixe-me ler o meu livro!
***

Só ouvi umas risadas atrás. O senhor a minha esquerda, depois trocou de lugar comigo. Porque o digníssimo bebeu três garrafas _que eu não sabia que ele tinha consigo_ e tombou adivinha para onde? No meu ombro!


24/11/2016

Inserida por breno_bertioga

Chegar a Jerusalém é chegar a um lugar de Paz.
Diferente do que se pensa, apesar dos conflitos, do calor e clima seco e de ver jovens com armas servindo o exército. Jerusalém é linda. Ao final da tarde, ela reflete o sol as fachadas e ruas parecem ouro, talvez a paisagem já profetize o que está em Apocalipse.
A cidade cheira Mirra.
Israel é cosmopolita. Excluindo os radicais religiosos. Todo o país é maravilhoso de um povo multirracial, milenar e inteligente.
Tudo é especial. E é lógico que para um goiano, principalmente um goianiense é mais fácil passar pelo calor e clima seco de uma Peregrinação à Terra Santa.
Vale muito à pena ir.

Inserida por breno_bertioga

Resposta a Rogério:

Sabia que nossos pais foram amigos quando o meu pai era moço?
***
Pois é, fiquei sabendo a pouco. E aí me pergunto:
Ser sua amiga pra quê Rogério?
***

Você me trata mal. Começa me enviando mensagem às duas da manhã pra acabar com o meu dia.
***

Você sente PRAZER em magoar as pessoas.
***

Eu não quero nada de você. A não ser DISTÂNCIA.
***

Eu reconheço a sua habilidade em fazer novos contatos. Mas em nenhum momento em que eu te escrevi, se quiser leia novamente, eu disse que gostava de você e que queria reatar a nossa amizade.
***

O que foi para ser, foi. Senti saudades de você sim. Mas ainda assim era o mesmo homem que marca com a gente e some. Deixa a gente sem saber se devemos ser formal ou espontâneos.
***

Eu não sei nem quando e nem quem te chamou de descontrolado e você tomou isso para você. E se você for, é uma característica da sua personalidade. Pare de se diminuir!
***

Mas se existe algo em você que me causa rejeição é o fato de você competir com a gente e machucar como se isso fosse natural. Eu não sou bajuladora Rogério. Eu não preciso que paguem as minhas contas. Eu sou uma pessoa honesta, honrada e humana. Eu ligo, eu dou satisfação, eu me coloco no lugar do outro. Não sou melhor que ninguém, mas também não sou pior. Eu batalhei muito, sofri muito para chegar em um lugar que ainda é o meio da viagem. A doutora todos veem, mas as lágrimas e humilhações estão escondidas nas esquinas da minha alma.
***

Eu me dou valor. Por isso, eu seleciono “a dedo” os meus amigos.
***

Amigo não manda “socos” via whatsapp, amigos não agridem e nem machucam. Muito menos ficam menosprezando as pessoas.
***

E você perdeu uma amiga que ia rir com você, que iria brigar por você, que iria estar ao seu lado orando por você numa cama de hospital. Você perdeu uma pessoa que você por mais que tente, nunca vai encontrar igual.
***

O meu único descontrole foi não ter cortado de vez na primeira mensagem perturbadora sua pelo whatsapp. Depois de você ter ouvido do seu amigo Jurandir ou sei lá o nome, que eu não me lembro. Você deveria ter conversado e perguntado para mim. Não ter me mandado aquilo. Ainda assim tive esperanças que pudesse haver uma amizade entre nós. Mas aí no seu pedestal psicológico é difícil para você ver as coisas com maturidade.
***

Você se colocou como a “raposa” de Saint Exupery. Mas não foi eu que fui até você. Quando digo que nós não nos veremos mais. Eu falo sério.
***

Numa coisa você acertou. Nós nunca seremos namorados. Isso é absoluto.
***

Mas também nunca seremos amigos. E nem trabalharemos juntos, mesmo porque, o único trabalho meu, você não o tem.
***

Eu prefiro mil vezes ser humana como eu, do que ser má como você!
***

Tenho poucos e seletos amigos. Mas os que eu tenho, valem ouro. E me aceitam como eu sou. Não estão num pedestal me julgando. Nem deram um “piti” só porque eu informei que não poderia ir a bares com eles. Eles sabem que eu vou às serestas e bebo muita água enquanto eles bebem wisque. E nem por isso, deixam de me chamar para cantar.
***

Os nossos pais quando saíam também era assim, pois o meu não bebia, mas era um músico nato. Eu fiquei sabendo disso nesta semana pela minha mãe. Eu nem era nascida ainda. Mas pelo que ela me disse, ele era uma boa pessoa, não julgava as pessoas como você, ele não se colocava no SEU altar. Não preocupe-se, eu nunca falei de você para ninguém. E de mim, você terá somente DESPRESO.
***

Seja feliz.
***

Obs. E eu não vou te chamar de descontrolado para nenhuma pessoa, não é do meu feitio machucar ou diminuir seres humanos, apenas tenho alergia a gente arrogante. Se algum dia, alguém falar algo sobre você ficarei em silêncio. No mais, te conheço de vista.

Inserida por breno_bertioga

Sem palavras

Meu doce suspiro
caiu de velho ,
soprou de bobo ,
mingou de riso
Buscou alento ,
na criatividade .
Abrigo na imaginação ,
numa tarde de Domingo .
Encontrou o quarto vazio ,
um silêncio esperançoso ,
uma solidão de palavras ,
uma reticências , um ponto .
No quarto da lua nova
no equilíbrio do vazio
simplesmente por ser,
e não ter, nada a escrever .

02-05-99

Inserida por breno_bertioga

Cristianismo não é religião!

Quando estive pela primeira vez em Israel uma das coisas que mais foram espantosas para uma teóloga especializada em Arqueologia Bíblica como eu foi o lugar onde o Messias começou o Seu Ministério: _ Às portas de um Templo de Baco!
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Sim, um Templo ao deus Baco. O deus do vinho. Um típico lugar para deixar qualquer clube de swing do século XXI com as bochechas vermelhas. Mas foi num lugar assim, que Ele começou a espalhar uma palavra de Paz, Esperança, Fé e apresentar um Deus PAI. O que já cogitava em pena de morte na Lei Judaica _ Torá _.
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Vamos entender o contexto da época. Um Israel invadido. Dominado por um povo duro e nada afeito a abstrabilidade do Deus dos Hebreus. Este povo de uma rígida Lei, inclusive em aspectos sanitários, tendo de conviver a força com estranhos em seu território. E ainda pagando impostos para viver em sua terra. Havia uma eclosão de indignação entre os judeus. E para continuar Roma tinha aberto suas estradas passando por Jerusalém. A cidade sagrada, passou a ser uma rota de comerciantes e de exércitos. O país já era helenizado, por causa de sucessivas invasões persas, gregas, etc. Os deuses gregos como a Filosofia Grega estavam lá. Os hebreus falavam o hebraico, o grego simples _ Kairós _ o grego formal, o aramaico e ainda o Latim dos romanos. Até que isso não mudou muito por lá, hoje eles falam no mínimo três línguas desde crianças.
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Mas era uma época de revolta tanto a costumes estrangeiros, como ao abuso destes sobre o povo. Assim, antropologicamente, o amor, piedade e adoração a um Deus invisível; foi entrando na armadilha emocional da amargura social. A Lei foi deixada de lado em favor de um pragmatismo político-religioso. O importante era a libertação dos judeus de qualquer outro povo. E principalmente Roma. Talvez o mesmo sentimento de revolta que aos poucos vira amargura no brasileiro de 2016, tornando-o num povo doente. O Brasil hoje de acordo com a Organização Mundial de Saúde _OMS_ é o país que mais faz uso do Rivotril no mundo.
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De repente aparece um Rei que vem do povo, que não era um homem bonito, porque a Bíblia relata que ele não seria um homem belo. Simples, mas de inteligência extrema com uma mensagem de libertação. Mas de libertação de conceitos e dogmas pessoais. Não um libertador com um exército que salvaria o povo das garras dos romanos. Nenhum homem branco, de olhos claros, alto e forte. Mas alguém provavelmente baixo, pardo e de feições nada agradáveis.
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Uma coisa que chama a atenção nesse processo é que Deus não é concreto, por isso, era básico entender que o Libertador também viesse com uma mensagem nada concreta. Incluindo nisto todos os livros proféticos que relatavam como ele seria e que tipo de libertação ele traria.
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Porém já era demasiado Jesus o Cristo, ter desafiado a Lei Judaica tornando-se Ele mesmo o porquê da Lei. O Próprio serviu-se de espelho para os políticos e poderosos em sua época. Ao apontar o dedo e chamá-los de hipócritas na frente de todos.
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O sobrenatural é o que Ele trouxe. A GRAÇA. Um ensinamento simples, e olha que Eisten dizia que “fazer o simples é sempre mais difícil” , mas um ensinamento totalmente reflexivo. Em que o tempo todo nos coloca em xeque. Estou certa ou estou errada? Estou conseguindo me colocar no lugar da outra pessoa, ou estou pensando em mim? Eu posso julgar alguém? Passei o que ela passou? Vivi o que ela viveu? E ao julgar? Não estou tentando usurpar o lugar de Deus porque somente Ele é onisciente? Eu não vivi nem o que o meu pai ou minha mãe viveram, como posso me colocar no lugar do outro? E a resposta é de uma simplicidade aguda diante do universo que separa uma pessoa de outro ser. Vou deixar para o leitor busca-la.
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E a Graça vai a um ponto que ultrapassa o natural, a nossa natureza de três dimensões. A Graça é algo que não merecemos, não temos direito e nem podemos reivindicar. Entretanto, recebemos até sem pedirmos. É a imortalidade da alma pela Lógica da Cruz , o Antigo Testamento aponta o tempo inteiro que “sem derramamento de sangue, não há expiação de pecados” . Porém se um homem totalmente sem erros. Ele se faz expiação . Abre-se um novo precedente. O salário do pecado é a morte, mas alguém sem pecado, não poderia morrer. Porém morre assassinado. Logo, foi quebrada a Lei, daí a rachadura na espessa cortina do Templo e o terremoto que abalou a Terra no momento da morte Dele.
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A Lei estava errada?
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_ Não! Ela era a preparação para a vinda da Era da Graça. Assim como essa Era que vivemos é a preparação para a próxima e muito próxima que está a vir.
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A Lei foi uma Era, agora estamos sobre outra. E o Cristianismo está longe de ser uma religião, cheia de pragmatismo e dogmas. O cristão verdadeiro está sempre pronto para estar errado e para pedir perdão. Não tem o direito de ser melhor que ninguém porque admitiu ter recebido algo que não era de direito dele. A Graça de uma vida imaterial. Sempre será mais fácil personalidades insatisfeitas, questionadoras ou propensas a amar e compreender a dimensão invisível do cristianismo.
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Houve uma abertura através de uma morte horrenda . Uma ligação para Deus direta, sem indulgências, sem sacrifícios, sem ofertas em dinheiro e outras coisas do tipo. Mas um estilo de vida onde o amor é o objetivo. Mais que um sentimento, ele é uma atitude de vida. Portanto, a Ética Cristã não é pragmática, muito menos dogmática, litúrgica ou cheia de rituais. É totalmente diferente. Por que não é a ética justamente um conjunto de ações? Como a Constituição Brasileira?

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O cristianismo é uma prática de vida. Quando uma pessoa ora e sente a presença do Espírito de Deus. Quando alguém conversa com Deus e o chama de Pai. Quando um empresário da construção resolve não fazer um empreendimento porque este vai danificar uma parte da cidade. Quando se para ajudar um estranho. Quando nos colocamos no lugar da outra pessoa. Quando perdoamos e quando somos perdoados. Isso é cristianismo. O resto é invenção humana.

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Para não dizer que fui muito “professoral” vou deixar uma facilidade: _Mostra-me a tua fé que eu te mostrarei as minhas obras. _ Livro de Tiago, capítulo 2, versículo 18.



04/08/2016

Inserida por breno_bertioga

Eu sou a água!

Me fiz água para neste mundo sobreviver.
Água de afronta e de amor.
Hoje água que vive.

Eu sou como a água.
Horas turva,
pelas desilusões.


Horas amarga,
pelos ataques.


Horas límpida,
na grandeza da inocência do grande amor que trago para dar.

Sou aquela revolta diante de injustiças.
Tsunami para os arrogantes.
E inadequada aos hipócritas.

Mas eu compreendo a Física da resiliência.
Eu me moldo às dificuldades e sobrevivo.

Sou vapor.
Sou gelo.
Sou água.

Em mim respira a vida.
Em mim vive milhões de espécies.
Em mim eu transbordo em alegria.


Eu posso ser granizo que estraga.
Eu posso ser salgada para você, mas essencial para milhões!
Me respeite e me observe.


Eu posso ser a melhor amiga sua.
Porém posso te destruir.


Me ame e me cultive em sua alma.
Porque eu sou livre. E sempre escorregarei pelos seus dedos.
Você não pode me controlar.


Mas eu com alma de mulher.
Posso de ensinar.
Estou aqui para te ajudar.

E no momento que sentir que não sou valorizada...
Sua vida, num deserto vai findar.
Porque eu sou a água.

01/11/2018

Inserida por breno_bertioga



Se existe algo que me irrita como teóloga é a hipocrisia. E existe muitos e muitos dentro de igrejas e centros espíritas bastante hipócritas.
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A pessoa passa anos dentro de um lugar religioso e rebaixa a sua esposa em nome de um machismo aprendido no mundo.
Outros, são mais arrogantes que vários ateus ou que nada dizem ser porque nunca pensaram nisso.
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E os famosos “calados”, sim, aqueles que nunca mostram o que são e nem pra quê vieram neste mundo. Esses são os que endossam as atrocidades: racismo, antissemitismo, sexismo, preconceito contra idosos, gordos e por aí vai...
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Mais horrorizada eu fico é com aqueles que tem prazer em machucar, em humilhar as pessoas e falam de Deus.
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Fé não tem nada em haver com religião. Muito menos religião com bondade. A fé verdadeira produz EMPATIA. E a empatia é se colocar no lugar da outra pessoa. Eu considero impossível ter uma relação sincera com Deus e ser “religioso”, assim como tenho certeza que esta relação produz uma hipersensibilidade em nós.
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Já ouvi muito as pessoas dizerem que eu sou corajosa, apaixonada, de atitude, mas nunca vi alguém me perguntando de onde isso vem.
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Vem da minha Fé. Da fé que Deus está comigo. Por isso, jamais estarei sozinha. Porque é justamente esta Fé que me dá coragem e alegria. Ela que me impulsiona a ser melhor. A Fé, pra mim, gera atitude e ação. Com medo ou sem medo.
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15/08/2019

Inserida por breno_bertioga