Textos de Chuva

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⁠Seiva bruta

Enquanto a seiva bruta revigora
E a chuva fina cai lá fora
Vou correndo contra o tempo
Pra te ver, pois em meu peito!

A saudade faz doer.
E todo meu padecer, nessa vida,
É ficar longe de você.
Sou eu assim,

Sem te ter, meu bem
Não te troco na vida,
Por mais ninguém,
Porque então não vem?

E mata logo essa saudade,
Porque não fica aqui
E me trás a felicidade,
Que outrora aqui morou

Mas agora tudo mudou,
O destino nos uniu,
Mas alguém nos separou.

Inserida por evessantana_everaldo

⁠O Sorriso de Paúba
a chuva havia dado uma trégua em Paúba, trazendo aquele cheiro de terra molhada misturado ao sal do mar. o céu, ainda carregado de nuvens cinzentas, parecia hesitar entre a melancolia do temporal e o brilho de um sol tímido, que tentava se infiltrar entre as frestas das nuvens. foi nesse cenário que ela surgiu, caminhando pela areia úmida como se o próprio dia se inclinasse para saudá-la.

seu sorriso era um farol. não era daqueles espalhafatosos, que exigem atenção em qualquer multidão. não, o dela era outro tipo de magia. ele surgia suave, mas de uma maneira que parecia dançar no ritmo da brisa marítima. não era um sorriso para ser apenas visto, mas sentido. e eu senti.

sentados à mesma distância do mar, mas em mundos diferentes. eu, com meu caderno no colo, rabiscava palavras que ainda buscavam algum sentido. ela, com os pés descalços, parecia não escrever, mas caminhar entre histórias com sua escultura de gravetos. seus olhos capturavam o horizonte, como se o vasto azul escondesse respostas que só ela sabia interpretar.

"Parece que o mar quer nos empurrar um pouco mais perto dele," disse, com aquela voz que já carregava a melodia de quem sabe acolher.

conversamos sobre o clichê e a poesia dos dias nublados. ela falava com a sabedoria de quem já havia enfrentado tempestades, mas sabia que cada uma trazia uma promessa de arco-íris. perguntou-me o que eu rabiscava, e quando mostrei os versos inacabados, seu olhar brilhou. "Você escreve o que sente ou sente o que escreve?" perguntou, me deixando sem resposta e completamente fascinado.

mais tarde, o sol finalmente venceu a batalha contra as nuvens. o céu ganhou cores vibrantes, e Paúba, antes melancólica, se transformou num quadro vivo de tons dourados e alaranjados. ela olhou para aquele espetáculo natural e comentou, quase sussurrando: "Tem coisas que a gente só entende quando para pra olhar."

aquele sorriso, que não era farto nem escandaloso, era na medida para impactar qualquer coração que carecia de um pouco de luz, me deu adeus. nos abraçamos, e foi ali, naquele instante, que entendi o poder da conexão coração com coração, bantendo no mesmo tom. era como se ela tivesse a chave para reorganizar qualquer desalinho do meu dia.

ao vê-la partir, percebi que não perguntei seu nome, mas também não precisava. pessoas assim não precisam de títulos ou etiquetas. elas são o momento, o instante de renovação. quando voltei para meu caderno, as palavras pareciam fluir com mais clareza. e no meio daquelas linhas, escrevi: "Ela tem um sorriso que é remédio, um raio de sol que aquece até os dias mais tempestuosos."

Paúba nunca mais foi a mesma para mim. e eu nunca mais fui o mesmo para o papel.
@19 de setembro de 2011

Inserida por LuzeAzevedo

A vida não é o sonho negro
de uma manhã cinzenta.
A vida é uma flor que floriu
à chuva de um sorriso.

A vida não é nenhuma dor
sem cura, sem remédio…
A vida é uma esperança
que a morte não consegue vencer.

A vida tem olhos e asas
de pontas douradas com que
refaz o caminho do seu céu.

A vida é só e uma só
oportunidade, aproveita a tua
orgulha de ti a tua própria terra criadora.

Inserida por CordeiroClaudio

Imagine você e eu,
Naquele dia de chuva,
Nos dois de pantufa,
Esperando o sol nascer,
Longas conversas,
Chá quentinho, café,
Deitados no tapete,
Envoltos de edredom,
Nossa vitrola tocando aquele jazz,
O nosso som,
Estrelas iluminam a noite,
O sol logo nasce,
Alegria de um novo dia,
Como se o tempo fosse vento,
Traspassando-nos tão rápido,
Sem sombra de lamentos,
Apenas sorrisos largos,
Toques sinceros,
Palavras de amor.

Inserida por LeticiaDelRio1987

⁠Quanto

Quanto a te agradar

Quando fui água, tu querias que fosse mar
Quando fui chuva, tu querias que fosse tempestade
Quando fui céu estrelado, tu querias que fosse céu nublado
Quando fui amor, tu querias que fosse rancor
E quando finalmente fui eu, tu não querias mais nada de mim
E quando for tentar te agradar, de nada lhe importará
E no meu tempo perdido, te agradar foi desperdício

Inserida por BUNDLE_TRHASHING

⁠Alma em chuva

A chuva cai numa constante
Assim como as minhas lágrimas insistentes
Meu peito espia uma vertente
De sentimento que arde como um raio
Que atinge o chão e ali se sente
O mais forte de todos, o abrasador.

Um rastro tênue, entre a dor e a paz,
Um eco distante, que a alma acalenta.

Vou juntando em silêncio os pedacinhos
Refazendo meus pensamentos
Com apenas um movimento
de falar tudo que sinto
Só assim serei eu mesma,
Sozinha com meus sentimentos.

Não é simples, é bem verdade
Falar de coisas inexplicáveis
Muitos sequer desconfiam
Do que realmente tenho vontade
Da vida, do tempo, da realidade,
Que eu fantasio a felicidade.


O tempo, implacável amigo,
Testemunha silencioso a minha vida,
Mas ele sabe que também não pode
Cobrir de estrelas o meu caminho
Indiferente aos meus clamores,
segue adiante, muito tranquilo.


Agora sopra um vento muito forte
Levando embora as amarguras
E de pronto vejo longe um raio
Daquele que antes me queimava
agora é luz no céu
que cai pra me acordar,
E assim como o tempo,
Poder enfim seguir adiante.

Inserida por BUNDLE_TRHASHING

⁠trago flores
junto com a primavera
que chega perfumando
deixando sorrisos
pela chuva que molha a terra
e nos tira da sequidão
nos abraçando calorosamente
e nos envolvendo em boas energias
renovando nosso jardim interior
com alegres beijos na alma!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020

Inserida por fernanda_de_paula_1

E eu estava ali,
Naquela chuva molhada.
Chorava desesperadamente,
Até você aparecer,
Muitos dirão que é loucura,
Mas de cara me apaixonei por você.

Eu já imaginava que seria um sonho,
Mas de verdade te espero,
Vinte e quatro horas por dia,
anseio te ver.

De verdade não te tiro da cabeça,
Não sei se estou louco, ou vou enlouquecer,
Nunca senti isso antes,
É loucura, pode crer.

Autora: Eu, ayane Britto

Inserida por ayane_britto

⁠Em minha família
somos todos uns estranhos seres
que desligam o rádio e a tv para
ouvir a chuva e iluminar-se
diante das tormentas,
que apagam as lâmpadas
para ver o brilho da lua
e das estrelas no céu.
Na madrugada,
quando a cidade dorme,
por trás de seus cadeados,
nossa casa é um templo
varado de silêncio e luz
por todas as janelas abertas.
Cremos que os perigos
adormecem sob a lua.

Inserida por lulih_rojanski

⁠Sons da madrugada (2)


A chuva mansa, na madrugada, quer me ajudar.
Como acalanto de colo de mãe,
Ela canta: dorme!
Em seus braços, sou criança.

Todavia, ambulâncias, na rua, se afligem.
Agora são muitas, tão próximas...
Arrancam-me do repouso sagrado
Levam-me aos sons do sofrimento alheio.

Liberto-me dos sons internos,
Consigo ouvir além.
Contemplo gritos que não vêm de mim,
Mas são meus. Sou um com aqueles que clamam.

Será que durmo?
Ou só agora desperto?
Os sons são tão perturbadores...
Como não os ouvia antes?

Som do sofrimento gerado pelo desprezo,
Som de exaustão causada pela humilhação,
Som atormentado por sentir o menosprezo,
Som do abatimento e da submissão.

Tantos sons na agonia terrível da noite insone.
Quatro e vinte, marcam os ponteiros
Há algo que esta questão solucione?
Lamentos ecoando no escuro traiçoeiro?

A chuva, dentro de mim, escorre pelos olhos
Lá fora, agora, a chuva chama.
Como instrução ministrada por mãe,
Embora mansa, clama: Levanta!

É o que permanece!
Só a chuva mansa.
Desperta-me e chama-me à ação.
A chuva... Avante!

Inserida por sumapedrosa

⁠Meu amor
Lembra do sonho
De dançar na chuva
É agora
Venha
Ela está morna
Mansa
Venha
Se contagie
Me abraça
Me sinta
Me tira para dançar
Venha
Aceite meu convite
Se molhe
Se lave dos pré-conceitos
Não passe vontade
Aprecie
Dance e cante na chuva
Se renove
Você veio ......
Que delícia
Me pegue no colo
Gire comigo
Me beije e Abrace
Me embala
No ritmo da chuva

Inserida por MaraDias2020

Amo você

⁠Como um pingo de chuva você caiu em minha vida, percorreu meu corpo até achar meu coração.
Dominou meu mundo, meus pensamentos e meus sorrisos.
Tudo em mim agora pertence a você
Faço do meu olhar o espelho do seu corpo
Dos meus passos o caminho para o seu coração.
Da sua vida minha razão para viver
Amo, amo muito você!

Inserida por MARCIOMCH

⁠Abro a janela
E me debruço no parapeito
No granito gelado
Com a chuva castigando
E o frio congelando meus pés
Choro de saudade
E as lágrimas quentes e salgadas
Se misturam com a chuva fria e doce
Não sei a proporção das águas
Que resvala em mim
Chuva ou lágrima
Nosso cachorro
Me olha com olhos brilhantes
Me indaga
E chora também
Não sei se pelo meu choro
Ou também de saudades de você
A chuva não para
Mansa e molha tudo
Continuo sem saber
O que é chuva ou lágrima
Só sei que dói

Inserida por MaraDias2020

⁠Está muito escuro ainda
As folhas rolam pelo asfalto
Parece chuva
Mas é só o vento
Ouço um gemido bem longe
De um gatinho enamorado
O som abafado de uma música
Estou só, novamente
O frio castiga meu corpo e minha alma
Gosto desse castigo
Quero sofrer
Para que seja maior que a saudade que sinto de você
Choro
Muito
Minhas lágrimas, caem na agenda
Onde escrevo e borram meus escritos
Nem precisaria escrever, sei de cor o que sinto
Não entendo porque choro!!!!
Você só foi até ali.......
Mas esse logo ali é tão ruim
Me castiga
Não somos acostumados a ficar longe
Contínuo ouvindo o som dos carros, buzinas, vozes bem bem distante
Uns sussurros
A mente fica cheia, vazia
Resolvo andar pela casa
É pior
Vejo seu copo, que ainda não lavei
Seu roupão no banheiro
Seus sapatos esparramados pelo quarto
E eu te ensino tanto a guarda-los
Parece tudo em desordem
No dia a dia
Mas agora nesse momento
É saudade

Inserida por MaraDias2020

⁠ POESIA E ADORAÇÃO

A luz do sol inquietante castiga o solo no verão, a chuva a seu tempo adiante faz brotar vida no chão, o verde da vida deslumbrante é visto em qualquer direção o sol com suas rédeas constantes mantém tudo dentro do padrão, não fosse esse equilíbrio intrigante o poeta não teria a inspiração.

A terra suspensa no nada gira sem errar a configuração, os astros fazem sua jornada cada qual na sua constelação, essa estrutura bem organizada causa no homem imensa admiração e o poeta disso tira cada palavra, sua poesia virou adoração, os versos acabam sendo nada perante toda a criação
04/09/20

Inserida por GABRIELBRANDAO

Celebrando a vida



Não somos muito, somos poeira levada,
pelos ventos, que a chuva vem e apaga.
...Que a nossa passagem aqui na terra...
Seja pelo amor marcada. O instante faz
a minha existência plena, é o que tenho.

O que tenho, não posso chamar de meu
o que tens também não te pertence, nós
não temos nada além de nem as nossas
vidas, não pedimos para nascer, sequer
conhecemos o dia em que, iremos partir.

Deixemos então os meus e os teus, que
sejam somente pronomes, pois chegará
o dia em que talvez eu nem saiba qual é
o meu ou o seu nome. É triste, mas pura
realidade, talvez nem sejamos saudade.

Inserida por LiduinadoNascimento

⁠Chuva
Beleza de um dia de chuva, que cai, lava e limpa. Chuva que dá esperança e trabalho ao homem do campo.
Chuva que traz a vida e faz florescer.
Chuva mansa, branda na calada da noite, ou chuva densa e pesada ao entardecer, antecipando o anoitecer. Porém necessária para o nosso viver.
Chuva pingada no corpo do atleta.
Chuva fria na pele quente.
Chuva quente na lápide fria, lavando sonhos inacabados.

Inserida por MaraDias2020

⁠A chuva é um bem natural , mais quando em excesso torna-se uma enchente destruidora, animais minúsculos em exesso viram pragas assustadoras, afeto em excesso torna-se um dia ! saudade ! , dinheiro em excesso, uma bomba ambulante da avareza ! e do perigo!, alimentação em exesso, restrições a saúde, umas lógicas do mundo nem sempre aceitáveis mais reais , o ser humano, e a sua aliança com o excesso , parece que não há limite em ter ! , ter um! o dois vive a bater na porta e assim sucessivamente a numerologia do mais ! Deus nosso criador, o padronista, da Vida em abundância, abundância não é excesso, pois ter abundância é uma dádiva, o excesso uma anomalia , e anomalia tende à colapsar, são estatísticas básicas, de um ambicioso projeto anômolo, que pende-se á decadência, Deus revela essa tal anomalia do querer mais do que se pode suportar só por meio do excesso degenerado , contenha-se, vivas bem , o exagero do dinheiro da fama , traz um colapso pra nós!, e o nosso bem estar, oração, fé, amor , esses são ingredientes que podem ser, usados em múltipla quantidade, mais análise a muitos dos quais estraga o apetite do viver bem .

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Inserida por LucasCampos10

⁠CHOVI CHUVA AQUI NA ROÇA
Chovi chuva aqui na roça,
Chovi sem cessá,
Vai dizê pra minha flô,
Que é tudo dela o meu amô.
Chovi chuva aqui na roça,
Chovi sem pará,
Aqui na roça tá sequim pra daná,
Si ocê num vié logu, a cumida vai fartá.
Chovi chuva,
Choví pras pranta moíá.
Aqui na roça nois qué ficá,
Si ocê num vié logu, as veis nois tem qui mudá.
Chovi chuva no arrozá,
Chovi divagá pras pranta num istragá,
Nois tem que alimentá a humanidadi,
Num chuvi só aqui, moía tamém o arrozá do cumpadi..
Chovi chuva,
Chovi aqui e tamém da banda di lá,
Num dechi a secura duminá,
Pra ajudá inté já coloquei umas vela pra quemá.
Já pidi pra Santa Barba,
Qui nois qué qui se vem logu.
Nois crê muito na santinha,
Achu qui loguim se vai moía nossa prantinha.
Brigadu Santinha!
Vem logu, chuvinha.
Nois agradeci bastanti si ocê vié.
Si num tivé coeita nois num vai arrumá muié.
Élcio José Martins

Inserida por elciojosemartins

⁠O SOL, A CHUVA E A ÁRVORE
É chegado o momento.
O sol dá lugar à chuva,
A abençoada chuva,
A água benta da vida.
A temperatura se ameniza,
A natureza se organiza,
O porvir traz esperança
Como no cântico de ninar criança.
A chuva molha a terra para o plantio,
Ameniza o calor até com um pouco de frio.
Fomenta a sede do rio,
Tira o vazio e faz navegar o navio.
A chuva traz o cheiro gostoso da terra molhada,
O barulhinho poético da goteira na calçada.
Vem com ela a orquestra sinfônica das aves, na alvorada.
É o crepúsculo matutino fazendo morada.
Eis que surge o verde,
O verde da árvore da vida,
O verde do sorriso,
O verde da alegria.
Eis que surge o verde.
Deixando os pássaros mais românticos,
À relva molhada um beijo amante,
É o perfume que se faz brilhante.
O verde rejubila nas folhas livres, irradiante.
Um momento esplêndido, marcante.
É o céu que desceu na terra,
É criador e criatura que esta obra descerra.
Élcio José Martins

Inserida por elciojosemartins