Textos de Chuva
Observo pela janela a CHUVA cair.
Na mão uma xícara de CAFÉ
Pra aquecer o CORAÇÃO.
Sinto paz ao sentir os chuviscos,
O VENTO frio bate no meu rosto trazendo consigo o cheiro de TERRA MOLHADA,
Que me remete por alguns instantes a minha saudosa infância.
O céu anuncia a chegada de novos tempos.
O SILÊNCIO paira no ar e dentro de mim, somos unos.
Que dia PERFEITO para agradecer a dádiva de estar viva!
Agradeço por SER parte desse instante único.
Agora COMPREENDO que
existe um TEMPO certo para TUDO.
Há tempo de PLANTAR e de COLHER
Então se preocupe que suas sementes
Sejam sempre do bem
Pois a colheita é certa.
A chuva aumenta
E o vento SOPRA com mais intensidade.
Eu sei que não tenho o que TEMER,
pois por mais RIGOROSO que INVERNO possa aparentar,
Ele nunca FALHA em se tornar PRIMAVERA.
As FLORES surgiram enfim.
Um guarda-chuva de nuvem
"Enquanto você espera a chuva passar, talvez a vida tenha te dado aquele tempo para você pensar em algo que vai te fazer bem. Mais para frente, aquela moça que corre com a pasta na cabeça, triste pelo seu pingente estar molhando, vê seu corpo chover para chegar em casa e receber a toalha do seu namorado que há dias não fazia um carinho daqueles mais bonitos, escondido nas sutilezas de uma gentileza.
Do lado dela, mas acabou atravessando a rua, o senhor de camisa xadrez não pegou tanta chuva, e olha que ele andou mais quadras que a moça. Mas é que ele precisava dizer para o pedinte que a chuva até que estava leve, para ver o sorriso do moço que, no chão, não tinha se molhado aquele dia para proteger as roupas lavadas na torneira que ele deixou aberta no meio das flores vermelhas do jardim daquele restaurante. Já para as flores a água tem sido muito e por isso, com a chuva, ficam se sentindo injustiçadas pela vida. Mas elas precisavam pensar sobre isso. Queria conseguir te fazer pensar nisso. Uma vida com aquele desenho de nuvem em cima da cabeça de cada um. Que os caminhos da vida são tão precisos, que a água que cai sobre mim pode não ser a mesma que cai sobre você, mesmo que estejamos de mãos dadas correndo na rua embaixo das mesmas nuvens."
… E vez ou outra apostaríamos corrida na chuva e entraríamos em casa molhando todo o tapete. Tomaríamos um banho quente, pegaríamos as canecas com cafe e começaríamos a rir antes mesmo de tomar o primeiro gole. As pernas estariam emboladas no sofá e o computador estaria tocando umas das musicas que vivemos mandando uma para o outro.
Apenas a luz da cozinha estaria acesa, para que a sala ficasse com uma meia-luz. Você mudaria de posição ao acabar o café e deitaria a cabeça no meu colo, fechando os olhos para logo pegar no sono.
Eu ficaria cantando baixinho as musicas que tocassem, mesmo com meu inglês ruim e mesmo sabendo que você certamente ouviria.
E eu finalmente velaria teu sono, como sempre prometi fazer…
A chuva
Pela janela vejo a chuva caindo,
Limpando o chão e molhando a terra.
Vejo as flores tomando água,
Enquanto eu ainda sinto sede.
Essa chuva que cai lá fora,
Cai também aqui, no lado de dentro.
Pelos meus olhos as lágrimas escorrem,
Perdem-se pelo caminho tentando limpar o que está imundo.
A dor, hoje, dilacera meu peito,
Talvez não haja mais limpeza para mim.
Continuarei assim, ao longo dos dias, imunda,
Pois nem a mais longa das chuvas poderá me limpar.
Meus olhos estão vermelhos, sinal clássico do choro,
As lágrimas ainda rolam soltas e se perdem no caminho.
A tristeza aos poucos está me inundando,
Assim como a melancolia de viver.
Essa chuva que cai a cântaros povoa meu imaginário...
Pois saiba querido que reservei um quarto no melhor hotel da cidade e quando você sair do trabalho estarei lá a sua espera. Eu vou deixar você escolher a bebida, num extremo sinal de boa vontade. Aproveito para renovar a promessa de muita diversão e horas de amor sem fim.
Ouço tua risada ao vento
Vejo teu olhar nos pingos de chuva
Sinto teu toque ao soar dos trovões
Memórias me invadem
Um silêncio pertubador se forma
Quanto ainda penso estar te amando
Pelo menos isto o que parecia ser
Enquanto estava me lembrando
Suas lágrimas escorrendo pelo teu rosto
A voz tremula de alguém perdido
Eu não chorei nem precisei
Apenas fugi mentindo para mim mesma
Sinto como se estivesse sangrando mas
Este sangue qual me cobre não é meu
Não sei o que fiz mas já está feito
Bem, você não está mais me assombrando
Não há mais nenhuma foto sua
Não me lembro do teu rosto
Nem da tua voz sussurrando meu ouvido
Há um vazio dentro de mim
Mas tudo bem, estou melhor assim
Continuo aqui, mas indo pra lá
Cuidado com as garrafas de vinho
Elas me preenchem como você me preenchia
E no sonho te amei !
Te amei...
Te amei na relva, no mar...
Rolamos na areia, debaixo da chuva...
Marquei teu corpo, te arranquei gemidos.
Cavalguei em você de mansinho
Depois
Como louca,
Procurei teus lábios e me entreguei !
Fui a loucura, cheguei ao êxtase.
Da cabeça aos pés
Senti teu cheiro
Mergulhei...
Fui te tocando...
Sentindo...
E no sonho,
Te olhando nos olhos
Te contei segredos
Falei das noites frias
Abandono,
Sem toques
Sem marcas...
E loucamente repeti a dose:
Fui no teu prato
Roubei beijos, abraços...
Bebi na tua boca
Desarrumei teus cabelos
Invandir teu segredo
Guardado
Por baixo da roupa
Escondido...
Fui á loucura
Arranhei tua pele
Desarrumei teus cabelos
Acariciei teu rosto
Lambi teus dedos
Ouvidos...
Acordei !
08/06/2017
Meu sertão
Quando no sertão cai a chuva rega as plantações
Quem cedo madruga colhe emoções
Na varanda tomo um café e fumo um cigarro
Enquanto observo a brisa embaçar os vidros do meu carro
Escuto o canto dos pássaros no pé de goiabeira, e as cigarras melodicas no pé de serigueira
Quando no sertão chega a seca racha os solos e seca as águas
E as enxadas ja não cultivam mãos calejadas
Na varanda, descontente substituí os cafés por aguardente
E a brisa fresca pelo sol quente
No pasto seco vejo as vacas magras
E no terreiro urubus famintos devoram uma carcaça de cabra
Quando no sertão cai a chuva rega a emoção
Quem cedo madruga colhe a plantação
Andando em passos largos,
Sentindo a chuva despedaçar o mundo,
Consigo ouvir o que as trovoadas dizem.
Está chovendo aqui fora.
Está chovendo aqui dentro.
Meu mundo está em tempestade contrárias.
Aperto o agasalho contra meu peito.
Os meus cabelos molhados,
Já cobrem meu rosto.
E meus olhos, já chovem.
Esse céu branco e suas gotas.
Essa neblina e seus ventos gélidos.
Está frio.
Me sinto como um garoto,
Que se molha na chuva,
E se torna,
A própria,
Chuva.
Chuva dentro de mim
Lá fora a chuva não para de cair mais é em meu travesseiro que não para de molhar, rasgando madrugada a dentro em pensamentos que não são só meus, ventos fortes fazem se ouvir outros assuntos que não são daqui.....
Lamento mas não é a solução para um choro calado grunhido magoado será no seu cantinho agarradinho a um travesseiro exarcado de lágrimas fujonas que não se aquieta no seu lugar .
Gostaria muito que os trovões que Agora grita fossem mais altos que meus próprios pensamentos que de tanto pensar acabou se resumindo nessa minha aflição de alma....
Meu colchão já não é mais confortável quanto era a uns dias atrás
Pois ele já sabes de toda minha realidade sinto como se me quisesse longe dele pois já não aguenta mais choromingos de um coração aflito.
Hoje chove sim dentro de mim alagamento de emoções que inunda qualquer espaço que resta é preenche tudo que precisa ser lavado principalmente um coração atordoado pelas incertezas da vida.
Elienai Candido .
#lembranças_do_que_me_resta
#pensamentos_que_nao_me_deixa
#é_o
Início de uma noite de verão; um tom de amarelo adentra pela janela.
A chuva cai leve, sem pressa e os pássaros estão felizes.
A sensação quente traz um certo conforto e o breve vento refrescante traz um alívio.
Algumas nuvens cinzas navegam o céu assim como navios navegam pelo mar.
Outra nuvem solitária no horizonte, iluminada pelo pôr do sol, se assemelha a uma explosão devoradora de vidas.
Os esboços das casas assumem um tom rosado e as árvores são apenas sombras.
A escuridão quase completa se instala, a luz do poste queimou.
Fim de um dia qualquer em Tamandaré.
Deseje não querer se proteger tanto.
Observe que no lugar onde não chega a chuva, nele também não chega o sol.
Então, não pense tanto.
Tente não se guardar tanto.
A cada pessoa que você se conecta, e cada encontro, é um presente!
Se permita dar a você uma chance de crescer.
Se existe um truque, é de você não entregar suas dores ao tempo.
Mude o truque, e sim, entregue o seu coração para a vida!
A caminhada da sua vida, a cada passo dado, você viverá etapas.
E cada uma dessas etapas da sua vida, exigirá uma nova versão de você.
O mundo do meio entre os opostos
Entre treva e luz.
Pelo raiar do sol e a inundante chuva.
Casado e solteiro.
O luar mais belo e a nuvem negra.
Lati e miar.
Cantar e silenciar.
Céu e inferno.
Deus e satanás.
Homem e mulher.
Deserto escaldante e uma floresta radiante.
Espada e escudo.
Freio e acelerador.
A brisa mais suave e o aspecto da dor.
Sim, é verdade, entre os opostos.
Vivemos risos e momentos indispostos.
Vitórias e derrotas.
A enfermidade e o semblante mais saudáveis.
A loucura e a sanidade.
Taí um embate.
Da força e fraqueza.
Quem deveras tem razão.
O que de fato avalia cada coração.
O mistério mais profundo.
As agonias do mundo.
Se falo não me escutam.
Se não falo condena me a ser mudo.
A liberdade.
A prisão.
É perigoso gritar.
Tem ouvidos cheio de ódio.
A inveja que envenena.
A bondade serena.
Enfim.
Somos tomados e desafiados.
O devaneio insensato de ignorar o irmão.
A sociedade impõe a condição.
Tudo vã, banal, naufragados na ambição.
O egoísmo vivo, o medo, a covardia.
E continuamos a ser navegantes.
Enquanto isso.
O próximo do próximo.
Que está a machucar o semelhante.
Giovane Silva Santos
Chuva no mês Janeiro
Numa bela choupana
A luz do crepúsculo
Onde as folhas das frutíferas eram o teto que nos cobriam
As margens dos Riachuelos de águas negras e geladas como o coração de quem me acompanha
A mais linda visão do cais
Ao descer a colina
Eu vejo um paralelepido de cobertura hexágonal, que enchem meu espírito de perguntas ...
a possibilidade é criada no olhar!
Na choupana da matriarca
Ouvindo os sons das aves canoras
Sentindo a brisa no rosto
Na tua companhia, sorrindo entre um gole e outro da mais saborosa cerveja.
Onde tudo é prolixo para a felicidade dos visitantes do interiorzinho de Goiás,
Dentre os pratos típicos consumidos nesses dias de chuva destaco a galinha e Pato, que possuem histórias inesquecíveis, não mais que o sorriso daquele viajante, porém marcante.
E depois desses dias intensos no tal de Janeiro, o mais danado da turma volta para sua orla, e deixa a saudade (mais uma vez). Deixa também a dúvida dos sentimentos seus, que confundem os meus, mas que se resolvem em um romance literário à luz da lua, no caminho das pedras que levam ao prazer..
Não sei se sou agraciada por nossas vidas não serem paralelas...
Acredito que grande graça está no meu desejo incontrolável te estar nos seus braços,e da minha incapacidade de resistir ao seu charme de homem tímido e de um olhar enlaçador.
Ao certo, digo -lhe que a teu desejo de por meus pés no chão funcionaram... Não sei se para os fins que deseja, porém, foi claro que se tivesse deixado com que eu me encantasse, algumas coisas teriam sido diferentes.
1 ano. 12 meses. 365 dias. E te vereis, não sei se como uma mulher de 20 melodramática e extremamente de bem com a vida, ou como uma pessoa qualquer amargurada pela vida adulta sem tantos sonhos.
Mas é certo que estarei aqui.
Não sei como.
Espero ainda viver momentos contigo
Beijar teus lábios macios
Trocar carícias e olhares
Sem cobranças.. futuras lembranças!?
Talvez não seja a chuva
Talvez não seja o tempo
Talvez seja o processo
Que me fez descobrir o sentimento
E mesmo usando o talvez
Mesmo que pareça incerto
Só eu sei o que eu sinto
Quando estou de coração aberto
Às vezes tento entender
O que acontece com o coração
Um dia descobri que a mente
É quem cria a ilusão
Parece até engraçado
Escrever assim de repente
É que um dia me disseram que a escrita
É capaz de curar a mente
Talvez seja o último verso
Ou então o primeiro, talvez
Voltei pro ciclo de incertezas
De onde esse poema se fez.
...
Entediado resolve sair de casa, a chuva está fina, está pensando em fazer algo que ainda não fez. Anestesiado, encontra-se com um amigo que o abraça e diz:
-Sinto muito pelo ocorrido. Vamos ao cemitério, lá em frente tem um pessoal vendendo flores para nós colocarmos sobre o túmulo dela.
Seus olhos lacrimejam, e ele descobre que finalmente chegou o dia de dar-lhe flores.
Você pode gostar da chuva e dançar sob ela
Você pode amar a chuva e deixar que ela lave sua alma
Você pode sentir-se desconfortável entre tantos pingos d’água
Você pode detestar a chuva que encharca você e tudo o que você olha ao redor
Você pode fingir que não chove, enquanto a água escorre forte pelo seu corpo
Mas, repare
O céu permanece inabalável
E a chuva segue
ESPETÁCULO DA VIDA
Gosto de ver a chuva caindo
Sentir ela molhando meus cabelos
Escorrendo pela minha face...
Gosto de sentir o cheiro dela.
Gosto do sabor do café
Do pão francês fresquinho e crocante
derretendo a manteiga
Gosto de acordar pelas manhãs.
Estar vivo
Poder respirar
Ouvir música
Poder sonhar.
Gosto de poder sentir o Sol
Brilhando seus raios sobre nós
Das cores e sons que transformam o dia
Gosto de poder sentir calor.
Gosto de admirar as estrelas
Piscando nos céus pras multidões
Enfeitando as noites no escuro
Gosto da energia noturna.
Estar vivo
Poder caminhar
Escrever poesias
Poder descansar.
Gosto.de estar vivo e saber
Que mesmo sendo apenas mais um
Só eu, sou eu dessa forma
Gosto de ser como eu sou.
Gosto.de observar pessoas
Indo e vindo em seu eterno vai e vem
de planos e sonhos
Gosto de saber que eu sou igual.
Estar vivo
Poder respirar
Participar do espetáculo da vida
Poder amar...
Lá fora a chuva cai.
Impiedosa e solene.
Intempéries?!
O tempo. A vida.
Um conjuga o outro.
Cai a chuva.
Bate o vento.
As gotículas atrofiam o olhar.
Esse olhar que deixa a chuva cair.
Esse momento que parece um redemoinho.
Tempo! Vida?
Pois...
É Dezembro. É Natal.
É tempo de solenidade.
Traz a vida pura saudade.
Tempo audaz.
Saudade inevitável.
Nascimento do salvador.
Que atenua um pouco a dor.
Na noite cai a chuva
Cai lentamente sobre o cinza urbano
No lúgubre cintilar dos faróis acesos
Contorno sombrio e profano
Perdidos na manada de metal
Na incerteza da vida
Na escuridão da noite
Contando cada real
Viajando pelo irreal, o irracional
O consentimento da escravidão
Cravado em cada centímetro moral
A vida acaba, voa passarinho
Voa livre, livre da selva de metal
Voa livre, de volta ao teu ninho