Textos de Chuva
DAMA DA CHUVA
Uma chuva
Caia sobre nós
Ela contente
Dançava
Feliz em tua
Liberdade
Eu a observa
Junto a ela
A apreciação
De tua dança
Um momento nosso
Momento este imperdível.
O tempo que espere
Porque estou diante
Da maior paixão
Humana, paixão esta
Que não perderia por nada
Deixe-me ver esta linda dama de vestido azul
Ser nesta noite a rainha desta noite chuvosa.
-Bruno
Já tive outros amores..
Paixões como vimos no cinema, beijos na chuva
Reencontros calorosos, que muitos diziam ser loucura tamanha conexão..
Mas não me doeu tanto essa despedida, quando comparada a nossa.
Pois mesmo que doesse cada amor, minha escrita nunca havia sido "tirada", e minha paixão pela arte apenas aumentava.. até então..
Um dia encontrei uma garota cuja presença me chamou a atenção.
Como a Lua, ela possui suas fases, que me trouxe curiosidades sem fim..
Diferente de alguns, não segui a sua presença física (o que sempre atraía os garotos a sua volta..)
Me profundei nos seus olhos, seus sonhos, seus gostos e gestos..
Que curiosamente, era o oposto do que aquela feição contagiante dizia..
Pude realmente conhecê-la, aquilo que sua presença ocultava, afim de não levantar preocupações de terceiros..
(...)
E Eu soube naquele momento, que eu a machucaria.
Por estarmos em caminhos diferentes, mesmo que nossos corpos estivessem em alinhamento (como num eclipse, que tão depressa chegou ao fim)...
(...)
Pude ser quem sempre nasci para ser.
E esse encontro trouxe de volta para a garota, o desejo pela vida..
(...)
Não há fim.
E a continuação
não será possível no momento.
Meus olhos se enchem de lágrimas.
Ao sonhar contigo mais uma vez..
Espero que tenha trazido de volta a sua esperança pela vida..
E que encontre em cada pequeno e delicado detalhe desse universo...A magnífica magia de amar sem limitações..
E que não tenha medo de despertar o brilho que vi unicamente em você..
Veja os frutos de outono,folhas do verão e a brisa da chuva.
Veja os galhos das árvores,os rios das nascentes e o por do sol.
Aprendi que por trás todas essas coisas existe um Deus apaixonado,e acredita em ti.Amor infinito que compõe todas as maravilhas da natureza sempre para você.
Temporais
Se eu dissesse que falta algo nesta tarde...
Uma certeza ilógica a hora que a chuva vem...
Talvez precisamos de alguém que nos proteja das pedras...
As nuvens chora de forma sólida os sentimentos vêm
E se misturam nas lágrimas de alguém e as emoções são temporais...
Eu lembrei de você e pensei jogar pedra no destino.
Como um menino revoltado por ter nascido.
E te conhecido a flor mais bela com perfume de Cinderela.
É bom sentir toda beleza que vem da alma dela...
Em meio a tanta elegância a falta do saber.
Porque te conhecer ser não tem muito o que fazer.
Para viver esse desejo que queima por dentro.
Um argumento sólido também não tenho
A vida é um fermento sem potencial..
Talvez sair e andar pela cidade depois que os vendavais se for...
Em busca de um milagre um grito de por favor...
Um relâmpago para clarear a esperança que aponta a direção do amor...
Talvez o sol volte mais tarde para iluminar meu céu...
Nesse voou eu vou calado sangrando a largata tatuada sem cor.
Como uma frágil mariposa que sabe onde vai esconder sua dor.
A até a sorte bater na porta e o sonho vem....
"A noite está fria...chuva fina caindo lá fora, e eu querendo dormir com as luzes acessas...bateu uma sensação de ouvir a sua voz chamando por mim... É somente a minha mente pregando peças...Me iludindo...Manipulando meu coração a querer reviver um amor que já se foi...Talvez, eu passe mais essa noite em claro...Quero saber o que aconteceu entre nós... Ouço a sua voz sussurrando aquele adeus que sempre busquei ouvir."
-Roseane Rodrigues
Ontem a chuva caiu
Como uma luva
Fazendo brotar a esperança
O amor e a fé
Aqui dentro do meu peito
Ela se derrama feito as lágrimas
Que brotam dos meus olhos
Com sentida e profunda emoção
Renascendo em mim
O que há de melhor
Molha o meu ser com carinho
E só tenho a agradecer a Deus
Por tantas bênçãos
Ela se faz música
Perante meus ouvidos
Ao mesmo tempo que umedece
Meu seco coração e pele
Ela faz transbordar meu ser
De alegria, me inundando de amor
Ela lava toda sujeira
Dos meus olhos e mãos
Ela pinga e respinga
A essência de Deus sobre nós!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Hoje choveu, após muito tempo.
Chorei ao ver a chuva, dela sentia saudade.
Chorei ao olhar a vida, lembrar dores passadas.
A chuva me fez voltar ao finito, vez por outra arrepender-me de verdade.
Das coisas feitas sem medo, das frases ditas em partes, dos sonhos partidos ao meio e das metas não alcançadas.
Depois a chuva passou, restando seu cheiro no ar, o choro então cessou, a vida voltou ao normal, até chegar outra chuva, ou, até um novo final.
A chuva caia mansa
em um início de noite de
quarta-feira,
a noite começava
a dar seus primeiros
passos.
Estaciono meu carro
e você entra,
como em um filme clássico,
as palavras não saem
da minha boca,
seu sorriso já dominava
o ambiente.
Como em um conto de Bukowski,
''A mulher mais linda da cidade''
me encontrava agora,
seu olhar penetrava em mim,
seu sorriso me dominava,
eu era apenas mais um
homem bobo e desorientado
por ela.
Agora,
ligo meu carro
e seguimos juntos,
eu e a mulher mais linda da cidade,
o sorriso mais lindo,
a voz mais linda,
o olhar,
a vida era boa,
a vida era como ela,
linda!
A chuva cai no telhado e um vento forte bate lá fora, estou aqui dentro na solidão, um frio com intensidade e morrendo de vontade de estar em teus braços, sentir teu cheiro e teu corpo no meu e teus beijos que há tempos meus lábios procuram por eles.
Se estou te esperando?
Nem sei explicar o que sinto agora, só sei que sinto saudades, eu sei que você não é mais aquilo que sempre sonhei, então fico assim nessa saudade que dilacera meu coração, não sabendo como te esquecer,
Não é que eu seja boba, é que desapegar não é tão fácil assim, afinal, você passou muito tempo na minha vida.
Eu sei, daria tudo pra ser diferente, mas o que sobrou de mim foi saudades do que não volta mais, ah como eu o amei, como tudo foi verdadeiro, como amava tudo o que você tinha, mas o cristal quebrou, só lamento não poder mudar nada, sinto tanta saudades que chega a doer, mas vai passar.
Inquérito.
Vendo a chuva cair lá fora
Como sinto as lágrimas caindo aqui dentro
Respiro fundo ao sentir seu cheiro vir com o vento
De olhos fechados mas de coração aberto
A melodia da flauta ecoa e no frio ajuda a
Demonstrar o quanto lamento
Por longos anos
A mesma melodia tocada pela mesma flauta
O som do inquérito ainda a ecoar no mesmo frio e gélido ar
Ainda sem respostas
Isso me faz pensar que talvez
Você jamais vá voltar
Ainda sem respostas
Isso me faz pensar que talvez
Você de fato tenha partido
E jamais irá voltar.
A garrafa branca quebrada
Logo abaixo do telhado
Quebrada como meu coração
Que não perde a esperança
De que por este lugar consternado
Seu riso voltará a reinar.
C I N Z A
Céu cinzento que traz chuva que lava a alma.
Vereda para a felicidade que acalma.
A lua, astro brilhante acinzentado.
Que pelo sol é generosamente iluminado.
O aço que sustenta o concreto.
O primeiro passo do trajeto.
O grafite que liberta os pensamentos.
A luz que traz sabedoria e espanta todos os tormentos.
O chumbo que fere e pode matar.
Não precisa ser usado, chega de se maltratar.
Não relacione o cinza com esquecimento, tristeza ou depressão, por favor: não.
Relacione o cinza aqui em questão como uma cor que transmita maturidade, elegância, sutileza, autocontrole e sofisticação.
Chuva de verão
Era verão quando te conheci, dias quentes, noites quentes.
Você apareceu como chuva no fim da tarde, tão leve e tão intensa, capaz de lavar até a alma.
Eu pude sentir cada gota dessa chuva, através de suas palavras, o seu olhar era tão luminoso, brilhante como os raios e relâmpagos, o seu silêncio ensurdecedor como o mais alto trovão.
Diante disso, meu "jardim" se alegrou, se refrescou, se apaixonou e te desejou.
Porém, é verão, e você é chuva passageira, hoje está regando a outro jardim.
Do tempo em que por aqui passou, resta saudades.
E jamais te esquecerei, por isso eu te peço por favor, que não se esqueça de mim.
numa casa com aluguel atrasado
falamos da chuva de granizo
numa casa movediça
o despertador toca mais cedo
de uma casa com incêndio
você talvez não saia a tempo
numa casa no deslizamento
morremos pensando que pena
numa casa pequena
não cabem os panos de prato
sem uma casa arejada
você cheira a cachorro molhado
numa casa sem amor
todos arrumam outros planos
numa casa às pressas
tem coisas que você deixa
numa casa por ano
é melhor nem abrir essas caixas
Ela é como uma noite estrelar
És como uma chuva
Sobre a brisa do mar
Sentimentos afloram sobre a sua calma
Sonhos perfeitos de amor
No céu azul alivia-me a alma
Te ver sentar sobre a areia do mar
Vê-la sorrir na imensidão azul é magnífico
A noite vem surgindo e com ela vem o luar
Viola na mão e uma nota de dó
E antes do luar estrelado
Contemplamos o pôr do sol
Ah amada minha como és belo seu olhar
Tão bela me fascina, me encanta
Fico desejoso de novamente te encontrar
Quem sabe a chuva de pensamentos
Faz os nossos aflorar
Nos mais belos sentimentos.
Cai chuva.... a noite inteira
Uma pequena brisa... raios e trovões
Afastando de vez o calor
Adoro quando chove
Ebala o meu sono de domingo
Até o limiar da segunda-feira
Sonho com você...
Nos reencontramos sempre,
Todas as vezes no mesmo lugar
Amo a chuva, ela acalma
Seduz a minh’alma
Traz calma para noite inteira
Eu penso em você
São lembranças calientes
Aqueles momentos de loucura
Noites e madrugadas de amor
Infelizmente, já é quase segunda-feira
Cai chuva... nesta manhã inteira
Chuva de verão, na meia estação
Ou então na primavera
Chuva de inverno pede aconchego
Chocolate quente, e cumplicidade
Pela vida inteira
(DiCello, 23/05/2019)
Com você...
Com você eu quero dançar na chuva
Com você eu quero gritar pelas ruas
Com você eu quero deitar na grama a noite e observar as vezes
Com você eu quero sorrir
Com você eu quero chorar
Com você eu quero brincar
Com você eu quero ser feliz
Com você eu quero viajar
Viajar nos sonhos mais lindos, nos caminhos mais longos, com as paisagens mais exuberantes.
Te quero a todo instante
Com você na minha vida, não preciso de riquezas, não preciso de luxo.
Com você
Só preciso de você.
Bruno R. S.
Eu sou calmaria, as vezes furacão.
Sou chuva serena, as vezes tempestade.
Sou brisa leve, as vezes tornado.
Sou mar calmo, as vezes revolto.
Minhas oscilações são como os fenômenos da natureza que ocorrem na maior parte das vezes sem um aviso prévio. Deixam marcas, mas sempre trazem algo de bom consigo.
Vou devorando a minha vida
É tarde de outono e eu queria tanto andar na chuva
Quando eu vejo, o sol tá no horizonte
O dia tá desfeito em mar de fantasia
Às vezes quase eu durmo
De tanto querer que o sono venha
Há tantas vidas, difícil é ter outra a ter tantos quereres
No início é ter que costumar as vistas
É como estar em um pomar
E ver que o fruto e as folhas são da mesma cor
Vou fazendo de conta que conto pitangas no ar
Outono é tarde, estou noutra estação
Outro trem vai vir, há de passar
A noite chega em mim
A noite chega e se lastima assim
A dizer que o trem que vai passar não leva ao fim da linha
Eu digo à noite que a vida é uma lista
Eu peço à vida que seja da noite esse olhar pessimista
Apago da lista esse triste desejo
De chegar nessa manhã que tem jeito de tarde
Eu só escolho querer, numa vontade que não é minha
Tarde que andava na linha, rumo à próxima estação
Eu queria era andar, andar sem rumo e nem direção
Andar na chuva
Colhendo as pitangas que flutuavam
Pitangas amarelas, iguais àquelas
Que existiram nos fundos de algum quintal da minha infância
Onde eu ia devorando a vida
Um lugar, uma estação
Um trem que passava e tinha a companhia sempre lá
De alguém que te acompanha e leva pro infinito
E apanha frutos no ar, igual ao que a gente fazia
Quando o dia era desfeito em mar de fantasia
A gente sabe e cansa de saber que esse infinito acaba
E mesmo assim desata a rir
Num riso que não tem fim.
Nem precisa acabar.
Edson Ricardo Paiva.
Embriagado.
Acordo com o gotejar da chuva lá fora
Abro meus olhos e te vejo deitada
Ao meu lado; como deve de ser
O cheiro do teu cabelo me embriaga
Teu calor me conforta, e
Tua presença me aquece
De todas as maneiras você me completa
Agora,
Acordo de veras
Não chove
Ressaca de uma noite
Com memórias curtas, e
Doses longas
Você não está ao meu lado; como deveria ser
Em mim falta algo, falta você.
O Lavar
Escrevo ainda com gotas de água na pele, resultado da breve chuva que me atingiu no caminho da padaria/verdurão até em casa.
As sensações que me invadiram nesse momento a minha adolescência tem uma memória mais vívida, porém a repentina plenitude pareceu ser a leveza necessária para ausentar o luto, a ansiedade dos últimos dias, que é o assunto desse pequeno texto.
A raridade das coisas nos coloca sem saber como processar. Dediquei minhas palavras sobre o período da quarentena e sobre perder há alguns dias atrás para um projeto literário coletivo e me faltou processar como nossa sociedade ocidental, com raras excessões culturais, não sabe lidar com perda, com morte. Prova são as inúmeras obras artísticas das diversas manifestações que se dedicam em mostrar o quanto é péssimo.
Deixar ir significa que vamos ficar e a ideia em si parece solitária demais. Não temos como hábito guardar as emoções e memórias das pessoas quando ainda estamos com elas e revisitar de tempos em tempos. De repente não é possível mais construir e vem o desespero de procurar o que ficou nos baús da mente.
Agora irei secar essa água que veio de cima, talvez não a mais limpa, mas permitiu em meio ao caos o egoísmo de dizer que me senti bem, viva para as possibilidades que buscarei construir. Obrigada pela força renovada pois a luta continua não só por mim, mas por todos nós.