Textos de Chuva
Chuva de Outono
Cai a chuva da nova estação,
calçadas vazias, molhadas,
carros que passam apressados,
cobrindo o asfalto de reflexos.
São as chuvas de outono,
encharcando a cidade.
Debaixo dos guarda- chuvas
as pessoas andam rápidas,
sombras humanas abraçadas,
enquanto folhas flutuam ao vento
morrendo afogadas no chão.
Por detrás das vidraças olhos
acompanham sombras na névoa,
chuva e outono adentram a janela,
enquanto na rua transeuntes anônimos
correm para algum lugar qualquer.
Cai uma clara chuva de outono,
mudando as vestes, as cores,
numa vontade de não sorrir do céu.
Há um vento varrendo a cidade,
ônubus lotados, trânsito engarrafado,
Aqui dentro, um sentimento a toa,
canta uma melodia abatida,
inquieta chuva, vento, vida...
DICAS
Sinal de graça é uma chuva torrencial banhando as plantações
É um rio alarmando a cheia, rompendo barreiras...
A lua cheia dançando no riso da donzela...
Colheita perfeita de soja, milho, arroz, frutas e feijão.
Mulher bonita casada muito contente,
Marginal alegre e criança muito quieta é mau sinal...
Mas pra tudo tem jeito, pra tudo tem jeito, pra tudo tem perdão,
A mentira as vezes nem é mentira,
A verdade pode ser muito violenta
E catastrófica é a omissão...
Perdoe qualquer contentamento,
Não seja omisso e não perca sua criança de vista;
Seja generoso às vezes, seja feliz sempre que possível
E quando não for possível, seja você mesmo...
Seja feliz sempre que possível,
Mas se não for possível, seja você mesmo,
Mas seja humilde pra pedir perdão...
O que não deixa marca às vezes é o que marca mais;
Não deixe marca nem marque tanto,
Mas fale de amor, fale do amor que você tem,
Ou não tem, mas fale de amor...
A mentira as vezes nem é mentira,
A verdade pode ser violenta, mas catastrófica é a omissão
Sou Nordeste
Eu nasci na terra do Sol
No lugar onde a chuva é bem vinda
Eu nasci na terra seca do sertão
Onde a gente pra sobreviver tem que ter amor no coração.
Eu sou do lugar onde o mar é azul
Onde o arco-íris quando aparece no céu é festa pra nós.
Eu sou nordestina, arretada e pra ser guerreira eu não preciso andar armada.
Chamas -me amor...
Chamo-te tempo...
Amor que me molha feito chuva de felicidade.
Chuva que me pega,encharca a alma
se por algum motivo ficares distante.
É um mar de saudade constante.
Amor que me arranha ...mas me cura.
Uma a felicidade sem medidas,
Uma dor descontida,
Que só vai embora quando estás,
Quando provo seu beijo.
Quando mergulhas em minha'alma
e bebe-de mim toda a doçura.
Abraça-me todo o encanto.
Chamas me amor...
Chamo -te tempo...
Tempo esse que será sempre pouco
pra estar com você.
Amor esse que se multiplica,
E por isso ficas...
Dedicas todo o seu tempo,
ao meu amor ...ao roçar dos lábios...
E à atender um a um os pedidos do nosso coração!
_Para dias felizes um gole de chuva,
perdido na sintonia da alma
faze se faminto pelo amor decadente,
assim deflagando o aroma da terra,
sendo infinto o desejo de morrer,
lamentando inocentemente ato de viver
em laços sentimentais deferindo a alma ao pecado,
bem pelo qual suas entranhas são testemunhas do frio,
que se abate mero momento exato quando se tem
a desilusão, se fortalece na calada da noite...
em profundo sentir se diz para sempre,
gloriosamente em detalhes são pequenos laços de esperança
rompido a cada momento que o relato silencioso
se passa nas horas perdidas te esperando para breve dialogo,
e surgi o remorso se contradiz com eu te amo,
simples e claro boa noite até mais, o que?
esperar em momentos claros que tudo começo ser claro.
passou a ter tantas formas quanto as sombras
que desenham sentimentos ao passar do tempo.
a beleza ganha tons que retrato num quatro...
visto que o espaço conhece gravidade interrupta do destino.
celso roberto nadilo
BENQUERER
Tal qual a chuva no cerrado caída
Molha a terra: sedenta, e no estio
Coração ressequido: seca é a vida
E o sonho sonhado é ato sombrio
Feliz a quem pode curar a ferida
Da alma. Sem querer amor vadio
Fecundado de luz, e ter acolhida
Na ventura de um correto luzidio
É preciso mais que o só querer
Pra colher o bom fruto maduro
Não é ser... é ir além da fé ter...
Crer: que nos da visão no escuro
Saber é quem semeia benquerer
Pois benquerer, que colhe futuro!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
nas sombras a chuva que caie
rebento que chora em tuas vaidades,
escolhas mortas por vontades,
desejos que se esvaíra por querer
ainda assim quero mero destino.
entre tantos caminhos o seu prazer...
dizendo entre linhas e curvas
terminam em tuas cavas
como sonhos que desaguam em sombras
que te fazem gemer
entre abito de línguas e linguajares
o sopro que delimita o desejo,
sendo intenso mais e mais seu querer
mais fundo faz mais
tudo que se embriaga nos dito amor.
Noite fria com céu nublado,
À espera da chuva cair.
Sinto a brisa do meu lado.
Sinto por aqui o clima bom ir.
Estou ao seu lado aguardando o temporal,
As nuvens sobrecarregadas de água.
O portão coberto pela ferrugem,
Com calma aprecio o café matinal.
As folhas das árvores voam com o tempo.
Sou apreciado pelos seus sentimentos.
E, a chuva está caindo do lado de fora.
O cheiro da grama se espalha pelo local.
Pode ser que não há mais temporal.
O tempo ruim foi embora e o sol está lá fora.
CÂNCER
das margaridas dobradas ao vento, ela é chuva que fertiliza o solo: sempre nutrindo e sobrevivendo. é ter um coração revigorante capaz de curar qualquer ferida. é ser família, casa que abriga e o cuidado que alguém precisa. regida pela lua, ela é lago movido pela emoção, correnteza pacífica perdida na imaginação. respira poesia, irradia alegria; sabe ouvir com a alma e sentir sem ser tocada. pode te ler como um livro aberto e guardar cada capítulo dentro do peito. o passado é seu amigo, mas só guarda nele o que for preciso: sua candura e lealdade não permite guardar mágoas. ela é das águas. sempre maré. sempre profunda. ás vezes cristalina, ás vezes neblina. menina-frágil-defensiva. luta dentro de sua concha para ser racional, quando é puro sentimento. no primeiro beijo já traça o firmamento. é sensível, generosa e impaciente ao mesmo tempo. coração do mundo, veio para plantar e preservar. para semear e deixar seu amor incondicional por onde passar.
Passos
Teus olhos estão ao vento,
Descendo cachoeiras,
Ao mar feito pingos
De chuva.
Tento avistar cada elemento;
Tento gozar cada momento;
Tento beijar cada movimento,
Lasso ao sol até cada crisântemo
Tenho de avistar tudo
Em um clarão
E ver tudo em neblina
Mentir para continuar;
Partir para atenuar;
Progredir para averiguar;
Cada passo inusitado
Vou gritar ao mundo.
Cada poesia feita em chamas
E vou murmurar cada
Perda e ternura.
"Amo dançar!!!
Simples, prazeroso e encantador!!!
Amo dançar, na chuva ou não!!!
Não leve a vida tão a sério, como diz Hugh Prather.
Seja protagonista desse espetáculo fabuloso que é a vida de um modo doce, suave, vibrante e deixe o Mestre do Amor, o Grande Maestro, dar o tom, dar a melodia, para que possamos dançar brilhantemente, em qualquer ritmo, com muita felicidade, derramando muita luz a nosso viver e em todos os lugares, e espalhando amor.".
QUE SAUDADE...
Que saudade nesta sensação, agora
A chuva range rumorosa na vidraça
O soar do relógio, de hora em hora
A badalar. No ir o tempo não passa
Solidão. Não durmo. Como demora
Essa angustia que na ideia é pirraça
Traça que corrói, e na alma aflora
Fazendo na emoção triste negaça
Eu sei que o pensamento velando
É furioso, e de quando em quando
Vem fluídico e ao cabecear enlaça
Oh falto! E o instante percorrendo
Suspirando, gemendo e, chovendo
Lá fora. E a saudade que não passa! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10/02/2021, 03’05” – Triângulo Mineiro
Eu não esqueço.!!
Eu não esqueço de vc.
De dia, de noite, no sol ou na chuva.
Eu não esqueço dos momentos sublimes, da alegria de te encontrar.
De poder sentar e conversar.
Das docês palavras, e dos gestos carinhosos que estavam entre nós, sempre soltos no ar.
Do seu jeito suave de olhar e falar, e tudo isso a me encantar.
Eu ali sentada, a deixar essa suavidade me levar.
As almas se uniam com poemas de amor a se encontrar.
As luzes se ascendiam , e os corações se punham a vibrar.
O universo respondia : Isso eu tenho que selar, Lindo demais para não abençoar. Verdade, pureza, amor, e encanto, lealdade a pairar.
E ele continuava: Tudo que eu adoro, tem raíz, alicerce, e isso jamais vai desatar. Ficará sempre presente, porque amor puro seja como for, é para registrar. Simone vercosa. 14/04/2017.
Cada pingo de chuva no chão é uma nova emoção
Muitas vezes emoções de tristeza e solidão
Pra cada trovão
Existe uma pontada no coração
E observando cada vez mais as estrelas no espaço
Vejo que no meu coração existe um vago espaço
E em cada nuvem que aparece e some no céu
Eu vejo aquilo q era mas já não é mais meu
Algo que assim como eu
Se perdeu
Observo pela janela a CHUVA cair.
Na mão uma xícara de CAFÉ
Pra aquecer o CORAÇÃO.
Sinto paz ao sentir os chuviscos,
O VENTO frio bate no meu rosto trazendo consigo o cheiro de TERRA MOLHADA,
Que me remete por alguns instantes a minha saudosa infância.
O céu anuncia a chegada de novos tempos.
O SILÊNCIO paira no ar e dentro de mim, somos unos.
Que dia PERFEITO para agradecer a dádiva de estar viva!
Agradeço por SER parte desse instante único.
Agora COMPREENDO que
existe um TEMPO certo para TUDO.
Há tempo de PLANTAR e de COLHER
Então se preocupe que suas sementes
Sejam sempre do bem
Pois a colheita é certa.
A chuva aumenta
E o vento SOPRA com mais intensidade.
Eu sei que não tenho o que TEMER,
pois por mais RIGOROSO que INVERNO possa aparentar,
Ele nunca FALHA em se tornar PRIMAVERA.
As FLORES surgiram enfim.
Um guarda-chuva de nuvem
"Enquanto você espera a chuva passar, talvez a vida tenha te dado aquele tempo para você pensar em algo que vai te fazer bem. Mais para frente, aquela moça que corre com a pasta na cabeça, triste pelo seu pingente estar molhando, vê seu corpo chover para chegar em casa e receber a toalha do seu namorado que há dias não fazia um carinho daqueles mais bonitos, escondido nas sutilezas de uma gentileza.
Do lado dela, mas acabou atravessando a rua, o senhor de camisa xadrez não pegou tanta chuva, e olha que ele andou mais quadras que a moça. Mas é que ele precisava dizer para o pedinte que a chuva até que estava leve, para ver o sorriso do moço que, no chão, não tinha se molhado aquele dia para proteger as roupas lavadas na torneira que ele deixou aberta no meio das flores vermelhas do jardim daquele restaurante. Já para as flores a água tem sido muito e por isso, com a chuva, ficam se sentindo injustiçadas pela vida. Mas elas precisavam pensar sobre isso. Queria conseguir te fazer pensar nisso. Uma vida com aquele desenho de nuvem em cima da cabeça de cada um. Que os caminhos da vida são tão precisos, que a água que cai sobre mim pode não ser a mesma que cai sobre você, mesmo que estejamos de mãos dadas correndo na rua embaixo das mesmas nuvens."
… E vez ou outra apostaríamos corrida na chuva e entraríamos em casa molhando todo o tapete. Tomaríamos um banho quente, pegaríamos as canecas com cafe e começaríamos a rir antes mesmo de tomar o primeiro gole. As pernas estariam emboladas no sofá e o computador estaria tocando umas das musicas que vivemos mandando uma para o outro.
Apenas a luz da cozinha estaria acesa, para que a sala ficasse com uma meia-luz. Você mudaria de posição ao acabar o café e deitaria a cabeça no meu colo, fechando os olhos para logo pegar no sono.
Eu ficaria cantando baixinho as musicas que tocassem, mesmo com meu inglês ruim e mesmo sabendo que você certamente ouviria.
E eu finalmente velaria teu sono, como sempre prometi fazer…
A chuva
Pela janela vejo a chuva caindo,
Limpando o chão e molhando a terra.
Vejo as flores tomando água,
Enquanto eu ainda sinto sede.
Essa chuva que cai lá fora,
Cai também aqui, no lado de dentro.
Pelos meus olhos as lágrimas escorrem,
Perdem-se pelo caminho tentando limpar o que está imundo.
A dor, hoje, dilacera meu peito,
Talvez não haja mais limpeza para mim.
Continuarei assim, ao longo dos dias, imunda,
Pois nem a mais longa das chuvas poderá me limpar.
Meus olhos estão vermelhos, sinal clássico do choro,
As lágrimas ainda rolam soltas e se perdem no caminho.
A tristeza aos poucos está me inundando,
Assim como a melancolia de viver.
Essa chuva que cai a cântaros povoa meu imaginário...
Pois saiba querido que reservei um quarto no melhor hotel da cidade e quando você sair do trabalho estarei lá a sua espera. Eu vou deixar você escolher a bebida, num extremo sinal de boa vontade. Aproveito para renovar a promessa de muita diversão e horas de amor sem fim.
Ouço tua risada ao vento
Vejo teu olhar nos pingos de chuva
Sinto teu toque ao soar dos trovões
Memórias me invadem
Um silêncio pertubador se forma
Quanto ainda penso estar te amando
Pelo menos isto o que parecia ser
Enquanto estava me lembrando
Suas lágrimas escorrendo pelo teu rosto
A voz tremula de alguém perdido
Eu não chorei nem precisei
Apenas fugi mentindo para mim mesma
Sinto como se estivesse sangrando mas
Este sangue qual me cobre não é meu
Não sei o que fiz mas já está feito
Bem, você não está mais me assombrando
Não há mais nenhuma foto sua
Não me lembro do teu rosto
Nem da tua voz sussurrando meu ouvido
Há um vazio dentro de mim
Mas tudo bem, estou melhor assim
Continuo aqui, mas indo pra lá
Cuidado com as garrafas de vinho
Elas me preenchem como você me preenchia