Textos de Chuva
NOITE DE CHUVA
Quando a noite caiu
Em meu leito adormeci
Despertei com a chuva
E de desejos me enchi
Desejos naquela hora
Foi minha inspiração
A chuva incessante
Caía como canção
Em meu corpo nu
O cobertor dançava
Parecia uma valsa
Que em mim escorregava
De um lado para o outro
Virava sem parar
O sono foi embora
E os sonhos começaram a chegar
Sonhei que a Noite
Estava se aproximando
Recitando poesias
E em segundos me amando
Que tédio, despertei!
Era a hora chamando
O despertador era o indicativo
De que o plantão estava se aproximando.
Sem Razão.
Ontem, depois da chuva
Outra vez algo constante
Presente em pensamentos
Sem palavras, sem versos,
Sem traves, graves incidentes,
Sem pauta e sem clave de sol
Duram sempre
Pouco menos que momento
Constantemente cortantes
E que demoram muito a passar
Meus olhos, não sei dizer se choram
Sei que o coração sempre se abate
Timidamente, um tanto pálido
Palidamente lívido
A noite passa
Hoje, bem antes do Sol
Respiro o nevoeiro
A cada dia mais sólido
A graça dos raios
Sutilmente coloridos
Despontando no horizonte
Ausentes aos olhos
de quem busca somente nos sentidos
A causa e a razão para vê-los
Eu penso e relembro
A imagem de olhos, cabelos, palavras
Penso no nada
Existente num lugar incerto
Que fica exatamente
Na linha imaginária
Que demarca o limite Longe-Perto
Um lugar que fica
Entre o Mar e o Deserto
Existentes
Nos nossos corações humanos
Agora, antes da tarde
Compreendo o ponto tardio
Uma certa visão
Que em outra versão
Ou época qualquer
Causaria arrepios
Mas agora são tão poucas
deslocadas, sem foco ou razão
Que quase nada me causam
Além da costumeira tristeza
Última certeza que restou na vida.
Edson Ricardo Paiva
🌼Preciso de você🌼
Sim, eu preciso de você
Assim como as plantas necessitam da chuva para crescerem
Eu preciso de você.
Assim como qualquer coisa que é dependente de algo
Eu sou dependente de você.
Passaremos por coisas juntos
Eu sempre estarei aqui.
Não se preocupe
Eu amo a forma como você me irrita.
Eu não quero forçar nada
Vamos deixar tudo fluir
Num ritmo calmo e perene
Passe a mão em meus cabelos
Agora eles estão tão curtos.
Vai ser um prazer ter você todas as noites até o meu fim
Até a morte.
Talvez o amor seja a própria morte
Uma morte diaria.
E se as pessoas que amamos
Forem o caminho até a morte
Eu quero que você seja a minha estrada.
Até chegarmos lá,
Teremos tempo para loucuras
Brigas
Dor e amor.
Eu nunca vou esquecer de você, dos seus olhos.
Você é a melhor flor que ja nasceu no meu jardim
Eu cuidarei para você não secar, não morrer
Vou cuidar de você quando a chuva chegar
Vou te protejer e
Fazer morada em seu jardim
E quando você secar
Meu jardim nunca mais existirá
Você é a planta para a minha cura
Você é a planta mais valiosa.
O cuidado que terei, será imenso.
Eu amo a planta que agora está em meu jardim.
GUARDA-CHUVAS
guarda-chuvas todos na chuva
apanhando as gotas d'águas
para não cair, todos nas ruas!
P'ra não fazer, represa e poças
para que as pedras que possam
façam suas piabas na lua.
Guarda-chuvas todos na chuva
livrando os bordados das pumas
junto as suas falcatruas....
Fazendo fitas na garoa
enfeitando o seu designer
no pôster, de gente boa.
Eu guardei a chuva perene
em uma caixinha de presente
para molhar meus sentimentos
e assim, ficar contente.
Antonio Montes
Noite fria
Trouxe a chuva num zumbido
agourento
Vozes a sussurrar recônditos
segredos
Incansavelmente, repetida vezes
Predizendo a longa e ruidosa
tormenta
Vindo do leste em movimentos
ensaiados
Arrastando a madrugada à procura
do amanhecer
Bailando por corredores de
álgido concreto,
Obras de meros mortais
subalternos
Deslizando pela fresta da gasta
janela
Rastejando por entre o estreito
vão da porta,
Como uma astuta e vil serpente
Impregnando o quarto com a
aspereza da noite lá fora
Afagando o espesso cobertor
de lã
Revelando a solidão que o
preenche.
AMOR
O amor é como a chuva.
Às vezes é uma neblina,
Uma chuvinha fina.
Apenas uma paz
Ele traz.
Mas nem sempre é assim.
Pode ser tempestade.
Chega e faz um rebuliço,
Transforma, destrói
Um pobre coração
Que jamais poderá ser
Consertado, remendado.
Ficará para sempre
Com as marcas
Que ali passou um amor.
E como vendaval, não como neblina,
Destruiu, aniquilou.
Uns dizem que deixou dor
Porque era paixão.
Que nunca é chuva fina,
Mas furacão.
TEMPORAL
O vento soprava forte pressionando a janela,
a chuva cantarolava e eu fazia versos para ela,
a luz dos raios que cruzam o céu geram imagens de rara beleza,
nestes momentos constatamos a força da natureza!
Essa força que desnuda e desarruma a paisagem,
deixa claro que o ser humano é pequeno e está só de passagem,
mostra a nossa insignificancia diante do criador,
que de nada adianta ficar alimentando tanto rancor!
Por isso o ser humano se esconde do temporal,
cruza os dedos e alguns fazem cruz de sal,
mas nada podem com a força da tempestade,
apenas torcer que venha a bonanza mais cedo ou mais tarde!
Nestes momentos refletimos sem parar,
será que vale a pena tanta amargura segurar,
se a vida é tão curta e logo a vida pode se apagar,
melhor é amar e da chuva desfrutar!
Antônio C. C. Almada.
►Chuva
Eu amo você, mas não irei me esquecer
Quanto já pensei em chorar, me fez sofrer
Claro que a culpa de tudo, em mim irá jogar
Não é necessário nem "adivinhar", é só esperar
Sei que acusações irão chegar e me atormentar
Suspeito agora que almeja me fazer chorar
Estou correto em afirmar?
Diga então que estou mentindo
Diga então como devo está me sentindo
Diga, como posso continuar confiando em ti?
Me tratou como um qualquer, não é?
Ou pior, me tratou como um brinquedo
Que serve para saciar seu desejo
Reflita a maneira como se comportou, garota
Você me abandonou, me ouça
Não se agarre na esperança que você agride
Pense bem, veja quem você feriu
Minha antiga cicatriz aquele dia se abriu
Tornou-me infeliz, mas mesmo assim
Creio que o ocorrido fora o estopim
Me enganou de forma majestosa e impiedosa.
Falsas foram as palavras que disse
Reverencio sua habilidade, capacidade para brincar
Diga-me, como consegue os sentimentos não usar?
Também quero saber, para aprender a me cuidar
"Mulheres possuem o coração de gelo", ouço falar
É verdade? Afinal não custa nada perguntar
Mas jamais deixarei de me expressar, não irei mudar
Serei perspicaz, sagaz.
Sei que preciso, necessito esquecer
Mas alguém poderia me dizer o que fazer?
Por não seguir a razão acabei ficando perdido
Por seguir meu coração acabei ficando desiludido
Mas não entendo, por que fez isso comigo?
Diga para mim, o que fiz contigo para me tratar como lixo
Não é disso que preciso, perdi seu abrigo
Sei que com você eu brigo, mas mesmo por isso
Não deveria ter feito aquilo, entende?
Como pode fizer que me ama se me abandona?
Nunca te deixei nem um centímetro de distância
Amo sua companhia, mas duvido que ame a minha
Agora nem consigo conversar com você
Creio que você fez um buraco no meu ser
Meu superego, o id irá conter
Não me permitam mais que eu sofra por ela
Já que ela não se importa com a minha dor
Ainda sonho em estar ao lado dela
Idiota? Eu sei que sou
Sei também que ainda não acabou o nosso amor
Mas saiba, você me magoou profundamente.
Sei que estou a te evitar
E não sei até quando irei continuar
Não sei se será até eu melhorar
Talvez amanhã eu esteja de bem
Indo ao encontro de alguém para me alegrar
De já, meu amigo pode me ajudar
Outrora, busco me remediar e o buraco tampar.
Chuva, limpe essa minha dor
Chuva, limpe esse odor de amor ferido
Eu preciso, chuva.
Funeral
" É tão bom o som da chuva, é tão bom o som do mar, é tão lindo seu sorriso, quanto a lua no céu a brilhar, é tão bom lembrar daquilo que no passado se perdeu, é tão bom lembrar da dor e de quem te acolheu, é tão bom ver nos seus olhos aquilo que um dia vc pode ver, remechendo nas lembranças de um tempo em que pode crer, na beirada de um precipcio você se pos a chorar, nos 19 segundos de queda eu vi você voar, suas asas tão belas quantos as estrelas do céu, você se tornou uma delas após te cobrirem com um véu, um profundo silencio macio e acolchoado, na porta que nunca vai abrir seus olhos estão fechados, mais dentro da mente daqueles de confiança, foi deixada a lembrança, daquela que fez a mudança, seu nome quase esquecido, ja deixado a uma longa distancia, o unico resquicio de seu viver é em sua lapide de abundancia, letras claras e brilhantes, seu nome esperança"- Nicolas Gabriel Klitzke
Chuva
Chuva que levou a minha lágrima
Chuva que despertou minha alegria
Levou minha tristeza
E me fez companhia
Oh, chuva
Como posso te agradecer por me acalmar todos os dias?
Sua presença me alegra, me inspira
Sem sua graça morrerei um dia
Faça-me feliz com suas lágrimas
Correndo atentamente sem olhar para atrás
Fugindo dos problemas
E me ligando ainda mais em você
Assim como eu
Tu choras sem querer
Talvez morrendo de rir
Ou lembrando-se do passado que te atormenta sem fim
Sempre irei te esperar para receber sua alegria
Seu amor e sua atenção
Que faz até o pior dia melhorar
Enquanto tu aperta minha mão. Você não tem noção
Chuva, me abrace bem forte
Não vá embora
Sei que sou forte
Mas sem você só penso em morte
Espero que não se importe
Você está irritada, eu sei
Levando todos a sua volta
Me desculpe te atormentar
Não jogue a raiva que tu tens de mim em pobre homens do mar
Me ajude a te acalmar
Nunca irei te deixar
Tu sempre foi meu doce lar
Onde sempre pude desabafar
Não fique brava, me deixe te abraçar
Chuva no chão
Calor de Sol
Raios de nuvem
Na linha do horizonte
Junto aos montes
Alguma coisa tinge o Céu
de cor maçã
Nesse momento eu percebo
Que deixei de perceber
O quanto a passagem dos dias
Foi minguando, de fato
As dores e alegrias
Que eu sentia
Agora
Os dias são apenas dias
Minh'alma já nem sofre
do doce ensimesmamento
Ao qual se recolhia
Nas madrugadas caladas
O coração quase que pára
Pouca coisa resta
O Passar do tempo
tem poder
de aparar arestas
e minimizar o efeito
das pedras que ficavam no caminho
E adentravam os sapatos
A ciência que eu que não tenho
é compensada
Pela vivência de tantos
Pores-do-Sol
de fato
Aqueles de nós
Que conseguem chegar nesse lugar
Poderiam sentir , quem sabe
Estranha estupefação
Mas há tanta calma no coração
Que tal coisa não mais lhe cabe
Resta-me, quem sabe
Dirigir aos Céus uma oração
de gratidão
Por tamanha mansidão
Que o tempo me trouxe à alma.
Edson Ricardo Paiva
CHUVA DE PRIMAVERA
Hoje é domingo,
Dia lindo!
Queria o sol
Que abre a primavera,
Que me prepara para o verão.
Mas, hoje acordei com chuva,
Chuva forte no meu jardim.
Vejo a alegria do verde,
Do pássaro que voa
A procura de um abrigo,
Do grilo que se cala
Debaixo da velha folha.
Agora aceito a chuva
Que cai no meu jardim.
Aceito o seu chamado
Molhado, urgente...
E danço, e corro,
E grito sentindo
A natureza em mim.
Chuva No Telhado
Poucas coisas na vida têm a magia
Do barulhinho de chuva caindo no telhado
Na hora de dormir.
A alma se ajeita dentro do corpo
E o corpo de encolhe e se curva
Em noites chuvosas e de baixas temperaturas.
Vez ou outra bate uma vontade de fazer peraltice,
Sair correndo em meio à chuva intensa
E banhar-me em suas águas torrenciais...
Fazer barquinho de papel e
Observa-lo desafiar as correntezas.
Hoje, eu morando só, na grande cidade
Ainda trago em mim os conselhos da minha vó:
Menino, não use aparelhos eletrônicos durante a chuva!
Sendo assim, quando a chuva cai,
Desligo tudo, como um menino obediente,
Silencio e adormeço .
EDSON LUIZ ELO
Chuva No Telhado
Poucas coisas na vida têm a magia
Do barulhinho de chuva caindo no telhado
Na hora de dormir.
A alma se ajeita dentro do corpo
E o corpo de encolhe e se curva
Em noites chuvosas e de baixas temperaturas.
Vez ou outra bate uma vontade de fazer peraltice,
Sair correndo em meio à chuva intensa
E banhar-me em suas águas torrenciais...
Fazer barquinho de papel e
Observa-lo desafiar as correntezas.
Hoje, eu morando só, na grande cidade
Ainda trago em mim os conselhos da minha vó:
Menino, não use aparelhos eletrônicos durante a chuva!
Sendo assim, quando a chuva cai,
Desligo tudo, como um menino obediente,
Silencio e adormeço .
EDSON LUIZ ELO
...E CHUVA CAI.
E deixo a chuva fina cair sobre mim
Escorre pelos meus cabelos,
morrendo nos meus lábios frios
de beijos...
... Quem me dera ela lavasse minh'alma
de toda essa mágoa
acumulada,
essa raiva sobre a qual não consigo descrever ao certo.
É como uma dor que dói no peito,
sufoca a garganta,
apertando,
massacrando,
me fazendo sucumbir ao medo que odeio sentir.
Mas sinto.
E o sinto com total veracidade...
Medo da vida
Do que ela traz nos rolos do tempo
Nas areias da ampulheta
Como uma predestinação de abandono
Uma negação perpétua do amor
Do ser bem querida
Do ser cuidada
protegida...
Mas o que é ser amada?
...Agora a água da chuva cria pequenas poças
nas curvas entre meus seios.
Oxalá adentrassem o tórax
e lavasse meu coração
de toda essa dor...
Anna e o Corvo
Quando o corvo pousou no caibro do quarto de Anna
Chovia uma chuva fina, o ar estava parado e denso
Em seus pensamentos não havia nada. Alma vazia
de qualquer sentimento;debilidade e alheamento...
Entreabriu os olhos, cerrou seus longos cílios negros
e fitou o olhar vermelho da criatura... Insondável!
Mas de certa forma, ela sentiu que o bicho sabia dela
Que podia ver além... Prescrutar seu ser desolado,cético.
Silenciosa, mas sem temor algum, Anna se moveu
Andou pelo quarto,tropegamente, porém sem temor algum
Nada havia naquela ave espantosa que a afugentasse
De certa forma, o universo de ambos se confundiram...
A escuridão da alma de Anna e da ave se substanciaram
Nada havia para ser dito, entendido ou explicado...Enfim,
ambos eram seres da escuridão... Mortos de calor ou amor!
Ela continuou a mesma; mas o corvo não partiu, nunca mais.
Água
Água grande fonte da vida
Às vezes é doce ou salgada
Fruto da chuva repentina
Também mineral e oxigenada
Lugar onde se faz aguada
Abastecimento de todo dia
Água grande fonte da vida
Às vezes é doce ou salgada
Jesus é chamado água viva
Tem de coco e de cheiro, água.
Vejo na cor berilo água-marinha
Oh aguadeiro distribua água
Ela é a grande fonte da vida
Chuva
E o céu, chorando por mim estás
Nas madrugadas, tais pingos me entende
Raios, tempestades e dores refletidas do céu
São as únicas coisas que permanece
E no silencio da chuva; eu estou outra vez
Deixando esta mesma lavar minha alma
Retirar meu passado e limpar minha mente
Para esquecer de tudo que me faz mal...
Sexta-feira à tarde, 20/01/12 nas margens do Rio Grande, MG
Adoro quando uma chuva branda,
anuncia a sua chegadaa
com o farfalhar das folhas
a discussão das galhadas,
as águas do rio se alterando
formando ondas alertas...
É como um aviso dizendo
se recolha e fique esperto
quando eu atravessar o rio
minha força não saberei,
até chegar ao ao coberto
você eu já molhei...
mel - ((*_*))
Chuva
Você começa de mansinho,
Vem encharcando meu cantinho.
Depois se torna insistente,
Molhando o teto da gente.
Oh, chuva, não estrague meu jardim,
Nem tire estas flores de mim.
Pensando bem...
Isso pouca importância tem.
A flor nasce de novo,
Mas a casa de meu povo?
E o berço da criança,
Que ainda está na fiança?
Oh, chuva, conta pra gente,
Isso tudo começou de repente?
Ou há muito vem avisando
Que a Natureza estamos definhando?
Por que tantos sua falta padece,
E outros sua chegada estremece?
Oh, chuva, por mim tão aclamada,
Vague por outra estrada,
Cujo solo árido lhe espera,
Como se fosse uma quimera...
Aqui a gente suporta,
Que chegue meia e volta,
Mas o pobre da favela
Que precisa fazer pinguela?
Dê uma volta a mais,
Pois pra você tanto faz.
Se no mar vai desaguar
E salgada vai ficar...
São preces de quem precisa,
Por que fica tão indecisa?
Famílias perdem seus entes
E você continua indiferente,
Às vítimas de sua corrente!
Eu sei, não depende de você
Essa água poder conter.
Foi o homem, incrédulo da ciência,
Sabendo disso, não tomou consciência!
Oh, chuva, o que podemos ainda fazer,
Para de seu bem merecer???
(Mel 11/01/2011)