Textos de Chuva

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Estiaram os pesares

O céu parou de chorar. Desfiz-me todavia em lágrimas. A chuva acabou e deixou mais um órfão do seu esplendor.
Tenho lido tanto romance, e ainda lido tão mal com sentimentos e sentimentalismos. Levo muito sofrimento em meu chapéu mas ainda sinto a leva do amor, em algum lugar onde haja chuva.

Metamorfose

Ah que bela época
Chuva no telhado
Flores na janela
Café bem quentinho
Ouvindo pássaros no ninho

Quão sorte temos
Por tantas maravilhas
As orquídeas coloridas
são ótimas companhias

Pôr do sol já anuncia
Que chegou o fim do dia
Noite caí o vinho aquece
Enquanto as flores adormecem

Madrugada se aproxima
Faz mulher virar menina
Pensamentos que afloram
E a noite que se finda

É a vida linda menina
A poesia invertida
Metamorfose de tempos
em tempos
É o que a gente necessita
Poema de autoria #Andrea_Domingues ©

Todos os direitos autorais reservados 07/11/2019 às 18:40 horas

Manter créditos da autoria #Andrea_Domingues

Deitado em minha cama, silêncio...
A chuva batendo na janela.
O verde das folhas num leve balançar.
Sol, dois milagres da vida em um frio e apático vidro.
Nostálgica tarde, envolvente.
Único, singular eu, raso, visível...
Cru, desnudo de pretensões.
Cascas caídas, como se as máscaras fossem guardadas.
Exposto, frágil, verdadeiro.
Em folhas e gotas, protegido.
Moldura, rara pintura.
Eu.

Não importa o silêncio lá fora ou o barulho aí dentro de ti. Não importa a chuva, o sol, o calor, a preguiça, o ânimo redobrado. Não importa o quê os outros pensem ou digam sobre seus sonhos, seus objetivos. Não importa se é difícil ou fácil demais. Se é complexo ou simples.
Simplesmente, não importa!
É que quando a vontade real de conquistar algo chega, nada importa. A gente simplesmente enche o peito da energia necessária e faz o que é preciso e apesar de qualquer circunstância adversa. Quando é um BEM QUERER, não ha nada que possa nos deter.

Aos amigos

Amigo é um sorriso brindado,
O revoar das aves na campina,
Uma chuva pura e cristalina
Irrigando a vida no cerrado.

É o acalmar do desesperado
Nos dias de sufocante neblina
A alegria que n’alma culmina
Alentando o coração cansado.

Estando ele perto ou distante
É uma aventura excitante,
E a luz da lua que esvanece,

Abraço de antes e de agora
O que fica e o que vai embora,
Mas que no pensamento permanece.

Hoje abri meus olhos
A chuva caiu ao solo
O Sol se escondeu
O clima esfriou

Mas em meio aos fatores
Em meio ao sofrimento e dores
Algo dentro de mim me esquentou
Disse levanta e anda , o descanso acabou

Sei que apenas pelo meu agir
Será possível dias melhores surgir
Nada acontecerá se eu hesitar
Devo me esforçar para continuar

Não direi que não fez nada
Vejo cada palavra , cada momento
Todos os seus atos e pensamentos
Isso não foi perca de tempo

Apenas viva de acordo
Com o que sabes
Sem errar da mesma forma
Continue a achar as repostas

Sim , vale e valeu a pena
Acertou e errou
Caiu e se levantou
Sabe o mais importante?

Não desistiu

Não te aflijas, pois mesmo que seu anoitecer seja de tempestades com raios, trovões e muita chuva, seu amanhecer será límpido, suave e seu sol já estará brilhando e te confortando
com seu calor aconchegante.
Pois, como pode se observar em Matheus 10,16-23
“Depois da tempestade, vem a bonança”.
(Teorilang)

Ela é como uma chuva de primavera...
Delicada...
Gélida...
Silenciosa...
Melancólica...
Eu sou como uma tempestade de verão...
Efêmero...
Abrupto...
Fúlgido...
Turbulento...
Mas somos chuva...
A mesma essência...
A mesma natureza...
Como almas gêmeas...
Derramando gotas de amor...

NOVEMBRO, soneto no cerrado

A nuvem de chuva, está prenha
A lua na noite longa enche de luz
Novembro, aos ventos ordenha
Amareladas folhas que nos seduz

Meditação, finados aos pés da Cruz
O colorido pelo seco cerrado grenha
As floreadas pelos arbustos brenha
Trovoadas, relâmpagos no sertão truz

Águas agitadas, o mês da saudade
Num véu dançante... Vem novembro!
Linhas de poema e prosa, fertilidade

Décimo primeiro, antecede dezembro
Em ti é possível notar a instabilidade:
Fogo e água, da transição é membro

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
novembro de 2016
Cerrado goiano

Toda vez que vejo o tempo assim, me lembro de alguém...

Que adora tomar banho de chuva, pés descalços, sentindo energia da natureza.

Talvez essa água diga coisas que ninguém entenda, mas é benção, amém.

Talvez seja apenas canção, lágrima ou pranto, ainda assim exibe sua beleza.

Vem chuva, alimentar rios, cardumes, plantações, regar nosso espirito de criança.

Até porque depois de chuva, vem tempo bom, após as lágrimas, vem sorriso, esperança.

Talvez um dia eu entenda teu amor, teu mistério, quando estiver na paz do cemitério,

E o meu corpo assim como a chuva, matar sede e fome das rosas!

Gosto...

Gosto da chuva preguiçosa fim da tarde
Gosto do sol em férias no camarim
Gosto de café quente no domingo q'arde
Gosto do amor traquino que nasceu em mim.

Gosto da biqueira desordeira fugindo ao vento
Gosto do vento nos cabelos faz cafuné
Gosto do céu cinzento enigma em pensamento
Gosto do amor entrelaçado por que der e vier.

Gosto do tico tico a dançar no fio bambo
Gosto do campo em flor explodir na primavera
Gosto do teu sorriso na pele em jambo
E da esperança repetindo oh Quem me dera....
Leonice Santos.

⁠A chuva no sertão

Faz tempo que não via,
a chuva cair sem parar,
vendo a terra encharcada
sem o sol avistar.

E no sertão se faz festa,
quando esverdeia a plantação,
e quando saía a dor cinza,
nós dava pulos de emoção.

Porquê não há nada mais lindo,
do que ver todos os meninos,
se molhando no terreirão,
até os véios virava menino,
naquela grande diversão.

Hoje é assim que me sinto,
então pra chuva partindo,
pulando, correndo e sorrindo,
Agradecendo e me divertindo.

Porquê fazia tempo que aqui
não chovia tanto para molhar o chão.

⁠ Dias de chuva...
muitos dias chuvosos .
O sol tirou férias
São Pedro deixou o posto de controle
Baldes de água caem aleatoriamente
Diz o poeta :
A chuva veio para renovar
e levar embora tudo aquilo que faz mal
poeira, terra seca
calor intenso
Mas desta vez a chuva veio como inimiga
e tanta tragédia causou
Vítimas dos deslizamentos
das enchentes , dos destroços
Não podem esperar a tempestade passar
tem que aprender a dançar na chuva
Muitos voluntários
Os ajudam a acertar o passo
cada passo seja uma conquista
para um novo amanhecer.
********

⁠"um brinde a nossa amizade"

Você se lembra ,
Lembras dos dias de chuva
E das brincadeiras na rua
Lembra das nossas conversas

E das comidas que partilhamos
Das nossas brincadeiras
E pais bravos que sempre
Nos repriendia

Das dificuldades quando crianças
Mas dá nossa alegria
De termos momentos justos
Dos problemas que parecia menores

Só porque tínhamos uns aos outros
De quando crescemos
E cada um seguiu sua vida
Do choro cada vez que a gente se despedia

Hoje vivemos vidas diferentes
Fizemos escolhas que nós levaram pra longe
Ainda assim sabemos
Somos amigas

Seremos amigas para sempre.

⁠SENTIMENTAL.

Antes que a chuva molhe meu peito quero que o vento arrepie o meu corpo, antes que as lágrimas escorra pelos cantos dos meus olhos, quero quer saiba o motivo que me fez chorar. Se nada do que tô sentindo faz sentido para você seguir seu rumo. Quem não será capaz de se importar com minhas lágrimas, também não terá motivos para se importar com meu o sorriso.

⁠MORTE
(Edson Nelson Soares Botelho)

A chuva cai na escuridão da noite
Vislumbrando a estrada da morte
O vulto preto aproxima-se lentamente
No silêncio que atormenta os mais fortes

O medo aniquilando todas as esperanças
O olhar frio sem nenhum sentimento
Cada vez mais próximo
A redenção de todo o sofrimento

A figura macabra emoldura seu destino
Aumentando ainda mais a sua dor
Para que sua partida seja o mais breve

Sem dar nenhuma esperança
Reduzindo pela metade seu último suspiro
A cada dia vivido fenece todas as lembranças

⁠Meu Nordeste, minha Bahia

O verão no meu nordeste
Vai além da Estação
Sol ardente
Chuva fina
Que molha o cabelo da menina
Que toca violão.
Praia cheia de turista buscando diversão
Descanso,
Cor e alegria onde eu moro por opção.
Meu nordeste é prazeroso
Tem festa
Palmeiras e flores colorindo os jardins do meu singelo portão.

Na Bahia, onde moro,
Tem nordestino arretado
Levanta com o cantar do galo
Para deixar preparada
A vinda de quem precisa
Ver natureza viva
Ventos beijando os rostos
Cheiros perfumando as mãos.

Meu nordeste tem as cores
Que a bordadeira tece
Para deixar mais lindo
Os tons da tela da vida
Que se chama coração.
Meu nordeste,
Minha Bahia
Faz do país uma alegria
De paz, amor e ilusão!

Posso bem mais que te emprestar um guarda-chuva.
Eu levaria ele, com todo cuidado para você não se molhar.
Eu faria muito mais que colocar um tapete no chão.
Eu te estenderia minha mão, e lhe tirava do chão.
Para você não se cansar.
Posso fazer você sentir o vento, mesmo sem ter asas para voar.
E com muita emoção, para distante viajar.
Há!... Posso te levar para muito longe, sem você sair do lugar.
Te prometo, que se você vier para meu mundo, vai amar.
Não te prometo muito, mas o suficiente para ficar.





⁠Um dia de chuva

Meu coração vai esquecer você
Assim eu espero
Assim tem que ser
E assim é que eu vou viver
Viver pra esquecer
Aquilo que nem pode florescer
Eu achava, eu pensava
Em você
Em como seria te ter
A felicidade que eu tinha só em te ver
Por que?
Problemas de um coração, de uma sensação
De uma falta que não tem explicação
Pelo menos foi
Aquele sonho se foi
E agora já sei
E com isso seguirei
Obrigado pelo o que passou
Espero ter marcado você assim como você me marcou

28/11/20

⁠Novembros Perdidos

Era uma tarde de chuva na primavera
Recolhi os teus calçados na beira de fora em nossa casa de madeira
Limpei-me a calça suja de algumas poeiras da varanda
Onde ficávamos em duas cadeiras observando as estações
O teu semblante nunca iria imaginar-me um preço para trocá-lo
Você colocava um vestido verde retro com pétalas de rosas
Permitia decair sobre as curvas de seu pescoço um perfume manso
Fazia-me sentir em nuvens emolduradas por Deus
Sonhava todos os dias em percorrer o mesmo caminho ao teu lado
Teus olhos esmeraldas balanceava o palpitar de meu íntimo
Fazendo navegar-me por águas cristalinas e intensas
Desejo acobertar-me o passado em que lhe perdi
Sobre memórias de um ano tão distante e próximo de meu peito
Por onde circunstâncias da vida um anjo decidiu apartar-te de mim
Chuviscou-se carregadas nuvens em nosso lar de Novembros
Profundo sempre será o dia em que lembrar-me-ei de ti
Teu olhar esverdeado namorando meus lábios
Perdido em seus mares cristalinos e turbulentos.