Textos de Chuva
Chove
Sinto um vazio imenso...uma incerteza aterrorizante....
Como mudar? Como acreditar?
Me enquadro certinho nas palavras da música
Sozinha...sem sonhos sem nada sem nenhum carinho...
Tento me ligar somente na música
Mas nada ganha espaço neste vazio dentro de mim...
Queria parar de pensar ou simplesmente explodir no ar
Sem nada restar....
Hoje, não quero saber se sou boa ou ruim.
Hoje, não quero saber se chove lá fora.
Hoje, eu quero ser apenas eu mesma.
Hoje, quero lhe desejar muita Paz.
Hoje, espero receber muitas bênçãos.
Hoje, eu espero pra você também.
Hoje, quero ser só felicidade.
Hoje, quero muito amor para você.
Hoje, meu dia será muito bom.
Assim, como será o seu.
Então, vamos nos dar às mãos
E vamos nos unir nesta oração.
Vamos desejar bençãos uns aos outros.
Vamos desfrutar de nossa união.
Amandy
Chove na terra dos Guerreiros Caingangs ...e Tupã estronda ao fundo...
Grita , e se faz o som do tambor da Nação Krenak
O grito que vem do céu , ecoa pelas terras do rio do Aguapeí
Corre a água das nuvens , molhando o chão idealizado por Souza Leão
Ilumina-se a Alta Paulista !
Os raios cortam , refletindo o Machado de Xangô...
Levante-se Tupã , ante a chuva que cai
Abençoando as plantações...
Leticia Andrea Pessoa
Verde na memória
Lembro daquele dia verde. Nublado, mas verde.Era de um chove-mas-não-molha impressionante. E tanto era, que ficamos nós dois ali, deitados na tua cama: eu tentando te convencer de que o dia valia ao menos um mergulho na piscina, e você dizia que ia começar a chover. E chovia, sempre. Você olhava nos meus olhos, eu olhava teus sinais e tentava ligá-los, fazer algum desenho no teu rosto; e aí meus olhos encontravam os teus, tão atentos e sorridentes em mim. Eu me perdia em você. Ria, chacoalhava pra lá e pra cá. Te beijava os olhos fechados, e te amava mais uma vez. Pelo menos eu tinha consciência do quanto estava feliz ali, naquele momento - e em tantos outros. Hoje, só me resta saudade. E quando o dia é assim, parecido com aquele verde-nublado, meu coração dói, meus olhos choram a cor deles para fora, minha boca treme tua ausência, meu corpo sente a falta do teu contorno. Dias assim me fazem querer estudar física e o que mais for necessário só pra poder construir uma máquina do tempo e te viver mais uma vez, sem ser apenas dentro de mim desse jeito.
Chove de tudo um pouco,
Chove viés,
Chove vida,
Chove rima,
Chove amor,
Chove beijo,
Chove medo,
Chove choro,
Chove sentir,
Chove prazer,
Chove desejo,
Chove êxtase,
Chove lágrima,
Chove loucura,
Chove tristeza,
Chove fraqueza,
Chove decepção,
Chove silencio,
Chove solidão,
Chove eu.
by Mel
Chove lá fora e eu não tenho mais você,
Quanta vontade de te ver.
Saudade é a tempestade que fecha o verão,
É o ultimo suspiro da paixão.
Mas hoje eu sei.
Que volta sempre o sol,
E o escuro da noite vai clarear
E anunciar um novo amor.
O tempo passa e com ele passa a dor,
Pois tudo passa até o amor.
Na companhia de um bom livro e um violão,
Vou vivendo com a minha solidão.
Mas hoje eu sei.
Que volta sempre o sol,
E o escuro da noite vai clarear
E anunciar um novo amor.
Hoje eu quero ser azul
Hoje chove.
O dia me acordou fazendo frio, gelando os pés, mostrando seu cinza mais uma vez. Logo hoje que eu tanto queria um céu da cor dos olhos de Chico. Mesmo assim, despertei com pressa, mais acordada do que jamais consegui num dia tão gostoso. Acordei com vontade do mundo, confete em todo lugar, euforia em toda e qualquer coisa que faça. Hoje não tem espaço pra melancolia, tristeza, cansaço, arrependimentos ou seja lá o que for que me deixe pra baixo.
Hoje será turbilhão e calmaria, gritaria e silêncio, bossa nova e rock'n' roll, todas as contradições num dia só. Será eu.
Quero passar correndo voando sem pausa alguma com muita muita muita alegria mais do que aquela que hoje brotou aqui dentro tão de repente quero que dure muito e que passe lindo rodando com todas as cores que eu quiser no céu quero que esse dia seja meu de todas as maneiras que puder ser sem interrogações ou pontos finais.
Meu dia será azul e passará do jeito que eu quiser: hoje eu decidi a cor que eu quero ser - e não é cinza.
Chove forte, eu não ligo
Todos correm, menos eu
Alguns esperam, eu não.
Caminho devagar, fico a pensar na vida...
O que é uma simples chuva diante de tudo isso?
Não tenho pressa de chegar
E posso muito bem enfrentar a tempestade que se aproxima
Afinal, já enfrentei coisas muito piores...
O que é uma SIMPLES TEMPESTADE diante da vida?
É chegada a hora de partir.
Desligar o telefone e não dizer para onde ir.
Chove frio, mas não molha.
É inverno para quem vai embora.
Aderbal Galvão as vezes me dava razão.
O que me comove é que sempre foi assim.
O mesmo sorriso e não estou contente.
As ruas com um brilho diferente,
Esse que só a noite, a solidão pode mostrar.
No aconchego dos lares à vida passa.
E nem sempre é noite feliz.
Oque você aprende mais cada dia!
Por que chove?O Que as plantas comem ?Como nós respiramos?Essas são apenas algumas entre as muitas perguntas que a ciência busca responder.
E porque quer saber tudo isso?A resposta poderia ser:para entender à curiosidade natural do ser- humano.Mas,além disso ,estudar ciências permite conhecer melhor o mundo em que vivemos,a natureza,o nosso corpo e de outros seres vivos,a terra,os astros,o universo e etc.
E lembre-se estudar ciências não é só aprender o seu conteúdo,é aprender como se faz a ciência.
Meu pai foi um grande cientista e também trabalhou no antigo microscópio de meu avô e ele não parava de trabalhar era ele que sustentava minha família.(Exibido em fatos reais e dramáticos).
Fumaça
A vida é simples nuvem
Na lembrança um sorriso
O cabelo esvoaçando
E chove, mas a gente
Não percebe
Qualquer semelhança
Nuvem, ventos, fumaça
Quando tudo se vai
Melhora, se a gente esquece
O coração não consegue
Agora que a vida prossegue
O branco da nuvem
Céu azul
Eu não sei se desejo
Que o tempo pare
Ou passe um pouco mais depressa
Hoje
Só o tempo esvoaça
A vida não faz
Nem tampouco ela cumpre promessas
Mais um dia se vai
Pra nunca mais
A vida perdeu o brilho
O viço e a chama
Os trilhos e o rumo
O prumo e a graça.
Edson Ricardo Paiva
Um relato
Chove muito rio sobe rapidamente onde moro a casa de madeira fica em cima de
Córrego as madeiras que da sustentação da casa fica beirando o rio e quando enche o rio o lixo bate muitas vezes madeiras provenientes de desabamento ou um sofá velho ou outra coisa qualquer...
Enquanto dormimos a muito barulho parece vai derrubar tudo orações unicamente o que se tem a fazer... Ninguém vem nos socorrer...
De manhã acordo vejo não nada para comer.
Apenas um gole de café de ontem.
Saio para rua acho algumas latinhas de cerveja... E uma senhora joga fora mais algumas coisas acho um chuveiro velho...
No ferro velho vendo a balança está viciada então rouba pouco que consigo de um quilo sobra pouquinho não da muito compro um almoço mais não tenho todo dinheiro para pagar o dono deixa olhando com cara de mal gosto levo para casa divido com minhas irmãos. Hoje não tem aula não tem nada para comer saio novamente ai tenho ir mais longe está ficando tarde... Quando de repente cai mais uma chuva paro num padaria quando vejo na televisão da padaria minha casa sendo levada pelas águas do córrego minha mãe irmãos estão mortos. Agora que a da vida que sobrou nada apenas a vontade de viver.
VERSOS do A ao Z
A- Andorinha quando chove
Quer logo se abrigar
Procura um telhado
Não gosta de se molhar.
B-Beija-flor é diferente
Adora cheiro de chuva
Entra em nossa casa
É alegria pra gente.
C- Centopéia nas folhas se esconde
Não quer molhar os pesinhos
Na casa da vovó
Esqueceu seus sapatinhos.
D-De manhã, bem de manhãzinha
Assim que nasce o Sol
A lagartixa preguiçosa
Entra embaixo do lençol.
E- Esperança é um bichinho
Com a sua cor verdinha
Se camufla na natureza
Parece uma folhinha.
F- Formiga aventureira
Foi passear na floresta
Trabalha no verão
No inverno faz festa.
G- Gavião chama o pardal
Que logo se esconde
Sem querer muita conversa
Foge e não responde.
H-Hoje vai ter folia
A chuva tá chuviscando
Urubu tá resfriado
Um chazinho tá tomando.
I- Iguana procura sombra
Nos galhos da aroeira
Com o frio pegou no sono
Dormiu a tarde inteira.
J-Joaninha foi na cidade
Esqueceu a sombrinha
A chuva caía forte
Molhou a pobrezinha.
L- Lá vem a bicharada
Brincando com alfabeto
Chamou o professor
O leãozinho Alberto.
M- Manhã de chuva é assim
Tem folia dos bichinhos
Tem canto de cigarra
Serenata de passarinhos.
N- Nenhum fica de fora
Tem nambu e sabiá
Quero- Quero e coruja
Tem coelhinho e preá.
O- O macaco aventureiro
Querendo atrapalhar
Foi cutucar a onça
Fez a pobre se molhar.
P- Papagaio gaiato
Foi na casa da foca
Pediu logo um café
Começou fazer fofoca.
Q-Quando a noite chega
Morcego fica acordado
Tem medo da claridade
E dorme dependurado.
R-Rato e ratazana
Esperando a chuva passar
Sonham com um queijo
Para a fome passar.
S- Sapo e jacaré
Foram morar na cidade
Logo se arrependeram
Lá só tinha maldade.
T-Tanajura fica feliz
Desfila no calçadão
Se exibindo depois da chuva
Exibindo o seu bundão.
U-Uma hora a chuva para
O Sol vai aparecer
Grita a araponga
Antes do amanhecer.
V- Vespa se aproveita
Corre para o pomar
Às frutas madurinhas
Logo vai devorar.
X- Xexéu é um passarinho
Escolhe a melhor hora
Avisa aos amigos
Bate asas, vai embora.
Z- Zangada a borboleta grita:
Parem de reclamar
Precisamos tanto da chuva
Para a vegetação brotar.
Irá Rodrigues.
Somos cercados pelo privilegiado
verde do Médio Vale do Itajaí,
ainda chove e faz frio por aqui
e quando as flores azuis
do tempo voltarem a florir,
Prometo que vou te levar
no Horto da Irmã Eva
onde se preserva as plantas
nativas da nossa terra.
Na volta do nosso passeio
você vai tomar um bom
café com cuca sabor de Rodeio.
No final vai agradecer porque veio
e nunca mais vai pensar
em querer na vida outro endereço.
o clima lá fora é que nem aqui dentro
quando chove, chove a semana inteira
da uma tristeza
e então faz sol
recupera as energias
faz sorrir as alegrias
porém nos outros dias
queima até cansar
faz suar
incomoda
atrapalha
e então chove
acalma
faz relaxar a mente
traz conforto pra gente
até o segundo dia chegar
pro ciclo nunca se quebrar
Meu querido,
É final de tarde, é domingo, chove e Djavan invade minha casa, minha alma e de repente estou cheia de palavras, transbordando e derramando versos por aí pois eu simplesmente não caibo mais em mim. Não queria escrever, não queria lhe falar mas foi mais forte do que eu. A poesia foi mais forte do que eu e eu simplesmente vim aqui dizer que meus sentimentos por você são intensos e eu gosto e odeio você com uma intensidade que eu já não sinto há anos. Eu sou intensidade. Odeio os meios termos. Odeio indefinições. Amo certeza. Não gosto de cores opacas, meias palavras ou prontos de interrogação. Eu sou feita de intensidade, de pontos de exclamação. Eu sou doida, eu sou teimosa, eu sou exigente, eu sou workaholic, viciado em café e eu amo você.
Não é segredo para ninguém
que sempre chove muito
na Bela e Santa Catarina,
e nem sempre para nós é poesia.
Direto daqui de Rodeio
o Rio vem se mostrando cheio,
ultrapassando o estradão
e em alguns locais sempre
que chove não há
como escapar dele não.
Muitas cidades do Estado
e do nosso Médio Vale do Itajaí
sempre convivem com esta situação,
e mesmo assim amamos viver aqui.
Os deslizamentos em alguns
lugares e pelo mundão
afora são recorrentes
por causa dos efeitos
do que chamam de civilização:
uma geração inteira que
vem se esquecendo de deixar
quieto na ribanceira o matão
para a segurança de cada Nação.
VIAGEM TEMPORAL
São seis e quarenta da manhã, olho para o céu ainda indeciso, não sabe se chove ou faz sol, se vai embrumar de nuvens ou resplandecer. A mata parece escura, maior, imponente, como se fosse o seu todo de muitos anos atrás, hoje é apenas um pedaço que restou.
A neblina cinzenta sombreando a pequena mata me lembra de quando andei de barco a primeira vez, não faz muito tempo, peguei o motor e fui, apenas assisti um vídeo e meio na internet até perceber que o manual de instruções era mais prático.
"Quando se está de barco, o tempo é outro" diziam, "Não é como andar na estrada, demora-se muito mais para chegar onde quer".
Eu não fazia ideia de quanto tempo leva um barco para subir o rio até o sítio do meu amigo, preparei tudo e fui sem pressa. O motor praticamente novo funcionou logo de cara, no momento parecia bom, pois nunca tinha ligado um motor de barco antes.
Comecei a subir o Arinos com paciência e calma, lamentando por ver a barranca lotada de chacrinhas uma do lado da outra, pesqueiros e caminhos para descer o barco, casas e terreiros, cada um havia derrubado o tanto de mata que achava o suficiente para si.
O tempo passou tanto quanto quando se anda pela estrada, passei pelo sítio e nem percebi, até porque eu nunca tinha visto-o do rio, apenas do tablado. Quanto mais subia, menos chacrinhas com pesqueiros se via, a mata agora dos dois lados ficava cada vez mais densa.
Cerca de duas horas de subida depois eu já não via mais pesqueiro nenhum, era como se eu voltasse no tempo cada vez mais que subia o rio, que outrora reto como um aeroporto, agora cheio de curvas como uma serpente em agonia. Em alguns momentos eu tinha a sensação de estar navegando em círculos, mas é claro, o rio só corre para um lado.
A mata agora se impõe, tento me abrigar no centro do rio, que apesar de ter mais de quarenta metros de largura, ainda fica espremido pela floresta. Floresta densa, escura, antiga, aqui parece que nem o fogo lhe alcançou.
Quando olho para uma mata eu penso no passado, em tudo o que pode ter acontecido por ali durante séculos de isolamento e todo o caos das poucas décadas perante o poder dos homens. Estando ali no meio daquelas curvas, o silêncio predador, o cheiro das folhas e da água, o sol que parece quente e fresco ao mesmo tempo, tudo isso parece primitivo.
Enquanto acelerava pelas curvas, o sol tentava me seguir lá no céu. Nunca tinha o visto se mover daquele jeito, girava de um lado para outro sobre as árvores, tentando me alcançar. Como não havia sinais de vida civilizada naquela altura da viagem temporal, decidi retornar e seguir o fluxo das águas do tempo, rumo ao futuro, rumo ao lugar de onde vim, onde conheço, onde nada é tão novo assim.
Constantemente me recordo daquele dia, geralmente quando amanhece escuro e enevoado sobre a pequena mata aos fundos de casa, lá na baixada, onde a neblina demora a ir embora nestas manhãs. A mata perde seu negror noturno, mas prevalece sua escura-essência primitiva, de quando era inteira e não resto, de quando era viva e pulsante, de quando era silenciosa e imponente.
Me entristeço ao ver algo que outrora fora tão grandioso e imoldável desaparecendo, ver apenas o seu fim, sua triste memória. Me alegro de ainda poder me embrenhar e sentir o cheiro do mato, o ar abafado às sombras murmurantes, de ver o que foi, com meus olhos vivos nesta viagem temporal.
Crislambrecht 18/01/2024
EM TARDE CHUVOSA (soneto)
Março. Em frente ao cerrado. Chove demais
Sobre meu sentimento calado, aborrecimento
Gotejado do fado.... Rodopiando nos temporais
Enxurrando desconforto, angústia e sofrimento
Verão. E meu coração sentado na beira do cais
Da solidão. Do mar agitado e cheio de lamento
Por que, ó dor, no meu peito assim empurrais
Essa tempestade e tão lotada de detrimento?
A água canta, lá fora, e cá dentro o olho chora
Implora. Para essa tempestade então ir embora
Que chegaste com o arrebol e na tarde ainda cai
E eu olha pela janela deserta, e vejo o céu triste
E, ao vir do vento, a melancolia na alma insiste
Sem que das nuvens carregadas a ventura apeai
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/03/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Somos como estações...
Tudo muda e se transforma, assim também é em nossos corações.
Hoje chove, mas em breve um lindo sol vai raiar, árvores irão florir, mas também todas as folhas iram cair.
Assim também somos nós, passamos por mudanças constantemente!
Mudamos os planos, os gostos, mudamos nosso ponto de vista sobre coisas e situações, mudamos de humor.
Somos como estações!