Textos de Chuva
Segure minhas mãos
Por favor não me deixe cair
Não quero cair
Não de novo
É quieto e barulhento
Calmo e conturbado
Chuva que cai suave no rosto
Mas desce correndo em ladeira
Destruindo tudo no caminho
Traíra, apunhala pelas costas
Depois limpa a ferida que a mesma causou
Vazio e cheio
Ninguém sabe o inferno que é
Aqui dentro.
Entendedores Entenderam
Nem fui, fui sim
Mentira... só passei na frente,
Mas foi legal,
Gosto de açaí, mas de farinha não.
Quem sabe na próxima,
Estou vendo se ainda vai dar...
Tipo geral viu
Real?
Tipo, nego estava louco
E eu embarquei na ideia
Mano corre, corre muito
Mas pode ser, foi ele pow
Depois irei lhe mostrar
Cem por cento, Cadê a chuva
Onde? Quero muito chuva
Tipo, Quero muito.
Aquela tarde de frio tão insistente
Como uma onda no mar que sufoca a gente.
Olho pela janela e vejo a chuva cair
Me lembro do dia em que eu te vi partir.
Ah solidão,que ecoa silêncio no meu coração.
Como eu queria você aqui.
Aquele chocolate quente
seu olhar penetrante
e seu sorriso envolvente.
E naquela tarde de frio
Só resta o vazio...
De memórias sem fim.
Dor crônica.
Espero o descanso da noite como o bebê faminto pranteia pelo seio materno.
Não há descanso no seio da noite, e a minha dor não cessa.
Então espero que o sol traga alívio em seus raios quentes.
Nasce o sol, e minha dor é maior que ontem.
Espero então pela chuva.
Espero que a orquestra de gotas tocando a superfície das coisas me deem a distração necessária para não sentir tudo isso.
Chove, e a música da chuva não me anestesia o corpo, ao menos tenho a desculpa aceitável de estar sem condições de outra coisa.
E a sinfonia necessária para fazer relaxar a decepção da alma.
Tenho na chuva o direito comum de dormir. Como se tudo fosse preguiça.
Medico-me e durmo. E acordo sem a obrigação de acordar como quem descansou.
É dia de chuva. É permitido ser improdutivo.
Posso oferecer ao meu corpo tudo o que ele precisa, e que será minimamente suficiente.
E isso me torna como todos os outros irmãos meus.
Sem culpa, e sem cansaço.
Depois do dilúvio deveria o mundo ser repovoado de homens e animais bons. O dilúvio foi apenas mais uma “bondade” de Deus. Tão pitoresca quanto à valentia de Apolo sobre Píton “a serpente”.
Chuvas fortes também são apenas eventos da natureza, assim também nenhuma reza é capaz de acalmar a tempestade.
"Quando todos levantarem a sua voz, o grito de todos será ouvido até no infinito. Enquanto for um grito de poucos, esse não passará da primeira esquina."
Obs: Inspirado nas reclamações de alguns moradores do bairro onde moro, em razão dos alagamentos causados pela chuva, e subida da maré que causou violentas ressacas no litoral sul paulista e outras praias brasileiras.
CCF
ACD Nº 2803
120-30/10/2016
Naquela tarde ela se sentara no banco da pracinha, fazia frio, era um lindo e agradável dia de novembro, o céu estava escuro, nenhum raio de sol era visto.
Naquela tarde, sob aquele céu deslumbrante, de magníficas nuvens cinzas, sua alma tempestuosa sentiu-se livre, nada mais lhe impediria.
Naquela tarde ela secou as lágrimas que há muito insistiam em cair e se confundiam chuva, e desde então nunca mais chorou por amor.
ALÉM DO QUE SE VÊ
Não seja mais um ator
Olha bem pra mim
E se me quiser, amor
Me aceita assim
Eu amo minha insanidade
Ela me faz querer viver
Não ouse me julgar
Não mudarei por você
Mas se gosta do que vê
Sem vergonha e sem receio
Chega perto do meu mundo
Que eu te levo pra um passeio
A viagem é perigosa
Pra quem tem medo de altura
Sinta o cheiro da liberdade
Prepare-se pra essa aventura
Sob a luz do sol
Sob a água da chuva
Meu bem não tenha medo
É saudável minha loucura
[29/04/2015]
Conexão de ruas e praças vazias
É pelo canal de poesia
É pela foto do teu dia
É pela lua nova que brilha
E também o Sol que arde e irradia
Onde está minha conexão
É pela flor que gira
É pela frase repetida
É pela falta e agonia
À espera de uma declaração
Onde sinto um coração
É pelo café na xícara
É pelo perfume guia
É pela terra úmida e fria
Na chuva que amanhecia
Onde sinto ventar recordação
É pela vista insensata
Incansável e iludida
Encontrar-te em tudo
Pois uma vez
Tudo em ti já encontrei
Minha mente é guarnecida
Pela imagem desse sonho rei.
Alma à flor da pele
Costumo guiar meu coração para vários lugares por aí. Gosto de ser assim, livre, leve e para muitos louca. Tenho uma loucura de ser eu mesma, sou bem particular, sou dona de mim. Grito e choro a minha essência. Sou o meu início, meio e fim. Sou a liberdade das minhas palavras e nem sempre a lucidez dos meus sentimentos. Sou pés descalços e noites de luar. Sou rosa que simboliza o amor, sou o doce de um cappuccino e não a pureza amarga de um café. Sou mais amor que razão, sou toda emoção. Sou ressaca de oceano, coca cola e muita água pra refrescar. Sou muito mais picolé que um sorvete qualquer. Sou das cores fortes, intensidade, dança, terra e raiz. Sou música que arrepia a pele, toca a alma e faz a gente chorar. Amo os horizontes da vida. Sou chuva, telhado, areia, piscina, grama, céu e mar. Sou de todas as estações. Sou cartas na mesa pra quem sabe jogar. Sou riso frouxo e romance no ar. Sou para muitos, mas poucos sabem. Quase sempre escancaro meu brio e não importa o espectador. Eu soul!
Quanto mais lutava contra o vento, mais cansada ia ficando e o que era para proteger, estava a desgastando...
E ela soltou, deixou o vento levar. Uniu-se a tempestade, deixou a chuva a tocar...
E naquele instante percebeu o que aquela situação representava em sua vida,
o apego só gera sofrimento e continuar com algo que está incompleto é viver em tormento.
Uni-se a tempestade, deixe ela te tocar. Observe o agora que tem muito a te ensinar.
Todo dia, um novo dia, um novo olhar...
O agora que se transforma a cada respirar...
O sol que brilha acordando pela manhã, as árvores brincam com seu balançar comemorando mais um dia de vida...
O rio que desce e se movimenta, as vezes rápido ou de forma lenta, mas sempre contínua...
Um olhar no céu, as estrelas brilhando, as nuvens passando...
O vento que toca a pele causando arrepios, as vezes frio, mostrando que está presente...
Os animas cantam soltando seus sons de variados tipos, mostrando que estão vivos...
Cada momento belo a ser olhado, porém pouco percebido...
E você? Como vem demonstrado o seu viver?
Quem pode ver o vento quando ele chega?
Pode-se sentir e ouvir seu canto em forma de assopro igual a música tocada em uma flauta
Ver sua irreverência quando ele brinca com as folhas das árvores fazendo as voar ou em qualquer lugar realizando uma coreografia de dança com um papel a voar
Chega de repente para colocar em desalinho os cabelos de quem estiver em seu raio de ação
Ele parece sempre querer nos chamar a atenção não apenas da chuva que sempre anuncia
Mas também para algo que ainda não temos a capacidade de entender...
Mais quando se está em um barco a vela em alto-mar
Sentimos sua imponência conduzindo o veleiro com segurança para um porto seguro.
Ah se o tempo pudesse dizer hoje, quem realmente sou pelo que já vivi.
Acho que ele diria que sou A T R E V I D A; Rompo mesmo, as barreiras que insiste em querer aparecer na minha frente; Emburro quando não sai do meu jeito , faço uma sena cheia de caras e bocas quando me fazem de boba, conheço bem quem interesso em conhecer , entro em contradição dos meus conceitos , desço , subo...e o resultado é a S U P E R A Ç Ã O Sabe porque ? Porque sou filha do dono e C R I A D O R D O U N I V E R S O !!!
Ah Vida eis me aqui !!! Se vivo é porque estou com vida.., portanto, me desculpe os cheios de desculpas , á Vida é presente de Deus. Por isso , viva intensamente , sorria dos seus erros, brinque com sua sombra, ande na chuva , beba até rir de você mesma, e o melhor, mande beijos e escreva uma carta sem registro para os tombos , levante sempre a cabeça , siga em frente, mesmo depois dos anos 30,40,50,60,70,80,90 .... Um brinde a quem sabe o que é a Vida!
Exatidão ou solidão
No momento próprio, para alguma coisa, a permanência do tempo é uma estação. Às vezes dizem que pareço com as cores que absorvem a luz. Eu costumo gostar de azul, e no temporal de chuva e vento eu sempre perco o calor e um amor. Eu conservo a calma, e escrevo sobre a ausência que se situa no tempo. O assentimento é como um pedido de confirmação, a agitação violenta da atmosfera não balança mais meu coração. O verde ainda habita em seus olhos, penso que a incógnita é se ainda floresce em meu coração, ela costumava a ser como um jardim de inverno, que eu envidraçava e enchia de luz. Aos poucos ela foi perdendo o brilho, o movimento ou a ação, foi afrouxando e cessando de viver, finar-se, o temporal era um mar intenso, marítimo sofrimento profundo, desaparecendo de mim. Já não era quente, nem morna... Era o tempo com você. A pigmentação desaparecia em seu rosto. Eu queria cor, mas dava tempo ao tempo que a levou. Errei, acalmei, aceitei, esfrie, guardei, um pouco do que amei, e se amei. Ela desaparece em mim. Ah tempo que eu lembro, da impressão que a luz refletida em seus olhos dilatados, pelo seu corpo colorido, tom rosado de pele humana, era a expressividade de linguagem, realce e tom, feição coração profundo coral ornamental, vistosa flor era ela. E o vento, tempo ela levou com si. E eu aprendo a viver sem ti. Impassível de paixão, só um calor comunicativo. Foi à intermediação de uma grande paixão. A quem diga que foi uma grandeza de amor.
Essa menina, passou por grandes tempestades; algumas ela achava que poderia não resistir, mas no final, ela estava lá, firme como uma rocha.
A única coisa que ela sabe é que passou.
Tupo passa, sempre passa no fim das contas!
E agora, mais do que nunca, ela quer ser feliz.
Ela não se importa com dinheiro, com meio de transporte, com presentes caros; ela se importa com o carinho que você dá a ela, a atenção, e até o tempo, que mesmo cansado, você se esforça e dá a ela.
Somente isso que importa a ela.
Até o olhar que você dá a ela, e ela fica envergonhada, ela gosta.
Ela é simples, ela é leve, ela é vida!
Mas não é vida para qualquer um, é vida para quem topa enfrentar tudo com ela.
Até mesmo uma noite de terça feira na chuva.
Musica para os ouvidos, me ponho a banhar em tuas águas. Daqui escuto teu gemido, vem para limpar minhas asas.
Cai, Cai com força, molha tudo o que tiver de ser limpando.
Pai, vai me ouça. purifica esse coração marcado
Vou seguir minha estrada,cheiro de terra molhada.
Cultivando e plantando a semente, semeando e seguindo em frente.
E te peço um favor, faça a chuva inundar aquele amor.
Limpa tudo o que tiver de ser limpando, faz nascer mais um coração alado.
Ladeira ou Abismo
Em um momento
De angústia e aflição
onde você se encontra
em um espaço de linha tenue
entre a ladeira ou abismo,
é aí que você encontra
em plena reflexão
o verdadeiro sentido
este que por sua vez
enobrece teu ser
ou padece você.
Acalma-te tua alma
feito brisa leve quando vem
Não desesperes, mantenha calma
És a chance que tu tens
Use com saber suas asas
Sinta o cheiro da chuva que vem
não voe por essas estradas
não gostará de asas molhadas
espere pelo arco-íris
e o Sol que irá nascer também.
DEMASIADO
Sempre ouço que de certos tempos pra cá tudo está demasiado
frio demais
violência demais
chuva demais
corrupção demais
sol demais
carência demais
calor demais
ausência demais
desrespeito demais
ser humano de menos...
Sempre foi assim
eternas reclamações descabidas...
Se em meio a pedras nasce uma flor
no nosso coração pode florescer o amor
basta regar com o melhor de nós
com uma pitada de boa vontade e fé
Uns preferem desistir a insistir
isso é da evolução de cada um
não aponte seu dedo magrelo pra ninguém
apenas faça sua parte
dê o seu quinhão de colaboração
para transformar o mais em menos.
A Lua vem
A mente voa
Não me sinto bem
Me sinto outra pessoa
Dou asas a imaginação
imagino como seria bom
se meus problemas não passassem
de uma ilustração
A chuva cai
lava as ruas
mas meu problema
continua
me sinto bem por um momento
mas só em pensamento
logo me lembro e me lamento
o que dói é o sentimento