Textos de Chuva
O TEMPO
O tempo parou
Quando os lábios se tocaram
Você me beijou
Os olhares se encontraram
A chuva selava
Os vidros embasados
A vontade Matada
De você ao meu lado
O relógio parou
Congelado com o momento
O silêncio se instalou
Quebrado pelo vento
O tudo se fez nada
Tudo que eu esperava
Nada que faltava
O tempo continuava
Ó, doce dia de verão,
Porque choras sobre mim?
Por acaso refletes minh'alma
Ou choras para levar minha tristeza?
Ó, doce dia de verão,
Alegra-te, pois feliz agora estou!
Suas águas pureza trouxeram,
A minh'alma agora renovada.
Ó, doce dia de verão,
Feliz estou por te encontrar,
E ansioso a te mostrar...
Meu sorriso para agradar.
ILIMITÁVEL
Queria sair de si e ganhar o mundo,
conhecer lugares, pessoas, prazeres,
sentir o vento no rosto,
sentir a chuva no corpo,
sentir algo ao qual nunca havia vivido antes.
Impossível...
Então mergulhava nos livros:
aventura, ficção, romance, poesia
queria voar, correr, viajar sem sair do lugar
sem fermentados, sem ilícitos, nem destilados,
sem alucinação ou devaneios,
apenas a imaginação como passaporte
pra ir até onde sua mente o permitia chegar.
E conseguia facilmente ir a qualquer lugar
a qualquer hora
mesmo preso naquela cadeira de rodas
que o fazia ganhar o mundo
sem sair do lugar.
A vida é doce e suave feito mel.
Igual ao que sentimos quando
estamos amando.
Temos é que aproveitar cada
segundo desses doces momentos
e vive-los com a suavidade
do tempo que passa sem percebermos.
Temos que nos divertir com a chuva.
Vibrar como sol e brilhar como a lua,
cheia de esperanças sobre esse amor sentido.
Uma atração fatal surgiu
diante de um olhar
diante de um toque
Poderas vivê-la sem medo?
Apaixonada encontro-me
ouvindo sua voz
sentindo seu cheiro
Tendo sua presença
Extasiada quero entrelaçar-te
No cair da chuva ,no queimar do sol,no silêncio da noite e na claridade da escuridão
Desejo fala mais alto
Seduçao vem no sobrenome
Acordo e vejo que tudo foi ilusão
P O E T A
- ah! Poeta...
que se encanta com as cores das flores
que diz que saudade tem cheiros...
que respinga estrelas nas poças d'água
que faz a lua brilhar numa escura noite.
que se enternece com o sorriso da criança,
lágrima que escorre ao ouvir suave canção,
nostalgia ao lembrar-se momentos da infância
que sente na alma a magia do lusco-fusco.
que faz amor com sua musa na lua que brilha
que sente a chuva cair bem devagarinho
que solta barquinhos de papel na enxurrada,
que traz para nós o arco-íris em festa.
- ah! Poeta!
Recompensa Divina
Da pior seca dos últimos tempos
Ao período que mais choveu...
Com Deus não há tempo ruim
Não desampara quem Dele careceu
O pasto está crescendo
O gado engordando
A barragem sangrando
E o povo agradecendo
Graças a Deus,
É a chuva que chega ao sertão
Para fazer de 2013
Um ano de muita recordação
O que seria uma dia chuvoso em nossas vidas?
Talvez uma possibilidade de recomeço?
Ou até mesmo, uma possibilidade de alegrias vindouras….
Apenas não sei.
Mas que sentir a chuva bater em meu rosto, e sentir como se ela tivesse levando tudo de ruim e mal embora, é a melhor sensação que existe.
E mesmo, que corremos o risco de ficarmos resfriados, não importa.
A Limpeza de minha alma já foi feita.
C H E I R O S
Cheiro de fumaça de café quente,
Cheiro de pão fresquinho,
Cheiros que estão na alma da gente.
Cheiros...
Do leite tirado na hora.
Cheiro do gado no curral.
Cheiro de infância...
Cheiro da chuva molhando a terra.
Eu-menina sorrindo na enxurrada.
- Às vezes o dia tem cheiros de ontem!
BOM DIA – 22/08/2017 – MUDANDO O CENÁRIO DO DIA
Bom dia! Das ventanias retiremos os sopros suaves de brisa leve, dos temporais aparemos as gotas de chuva miudinha... hoje vamos colorir pensamentos cinzentos com matizes de arco-íris imaginários... vamos vestir nossas palavras de poesia, e num passe de mágica, trocar falas, mudar os cenários.... Transformar este dia em um belo dia para se viver!
Saudade
Saudade é a ausência que não se cala,
Da presença que não fica.
Saudade são os dias que se demoram
E a hora que não se finda.
Saudade é a garrafa vazia,
Que enche de vinho o copo; tormentos.
Saudade é a madrugada que vira sol,
De um dia sem brilho, lamentos.
Saudade é a canção que entristece o olhar
E mexe na ferida aberta sem estancar.
Saudade é o braço que abraça a solidão,
É o momento que envolve emoção.
Saudade é quando madrugo lembranças
E estampo sorrisos fingidos pela dor.
Saudade é sentimento em alerta
Toque de recolher interno; revelador.
Saudade é não falar da falta que sente
E o que sente se manifesta sem consentir.
Saudade é chuva que não molha,
Verão que evapora, outono que nunca tem fim.
Saudade é turbilhão que aflora o gostar,
É terra que faz água do rio secar.
Saudade é vestir-me de ti em cores,
Abrir o mundo, arrancar dores...
É ter-te aqui, ali, fora e dentro de mim.
Refém do destino?
Entrou na minha vida por um acaso, pra mim viraria mais uma grande amizade. Um instante bastou pra trocarmos um olhar que virou beijo, naquele momento não sabia o que fazer, como uma chuva de verão que você não imagina que vai acontecer mas de repente o tempo fecha, você já é refém.
Rio de Janeiro
Rio, de Janeiro a dezembro
Insegura em seu mar de arrastão
Violencia que o mundo está vendo.
Na terra do Cristo
Comandada por um bispo
Que na forte chuva a rua... vira Rio
O prefeito, ninguém viu.
Rio de Janeiro,
lá fora vira Brasil
Se gasta tanto dinheiro
Na cidade do carnaval
Que o prefeito não viu.
Rio de Janeiro, a terra do Cristo
Comandada por um bispo
Que na segurança falhou
Sabe que nao planejou
E que o povo confiou.
Rio, de Janeiro a dezembro
A terra do Cristo,
Estaremos torcendo
Pra queda do bispo
Rio de Janeiro
A terra do Cristo
Niguém viu o bispo
Do morro ao mar
A cidade só quer amar.
Ele ainda vai aturar todas as minhas tolices,rir das minhas mancadas, me chamar de boba,ingênua.
Vai virar todas as noites para mim e dizer que me ama, vai me abraçar apertado e me fazer sonhar.
Vai puxar o lençol toda a madrugada, ficar roçando seus pés com os meus.
Ele ainda vai me pedir para fazer o lanche sempre que estiver com fome, todas as horas,até de madrugada.
Ele ainda vai me chamar pra festa, me dar um beijo na testa. Vai me chamar de chata,vai aturar meu mal humor e me chamar a atenção sempre que precisar.
Ele ainda vai brigar comigo,achar que sempre tem razão e nunca vai querer perder uma discussão.
Vai dizer que eu sou uma tola por chorar por uma briga a toa,eu ainda vou vestir suas blusas,vamos continuar a dormir agarrados sob o barulho da chuva,ele
vai estar aqui para fazermos planos,para caminhar na praia,vai me proteger e será meu apoio e vai continuar me amando como nunca ninguém me amou.
Ele ainda vai me aceitar do jeito que eu sou e conhecer meus problemas,meus defeitos e me fazer bem.
Ele ainda vai amar meu jeito menina de gostar de usar franjinha,fazer trancinha e chorar por coisa boba.
Ele ainda vai amar a mulher que eu sou,mãe,amiga,guerreira,simples,humilde.
Ele ainda vai acordar comigo bagunçando a cama, rindo alto e dizendo que eu já dormi demais,vai me olhar nos olhos, e descobrir todos os meus segredos. Eu vou sentir frio, mas ele ainda vai estar aqui pra me esquentar,me abraçar, e nunca mais soltar.
A natureza não aguenta mais engolir tanto lixo e está tratando o seu mal, tomando água para poder vomitar tantas impurezas, assim como fazemos quando comemos comida estragada.
Ela está cansada de disfarçar tanto lixo e segurar tantos barrancos.
A natureza precisa respirar, ela está sufocada.
Deixe a natureza agir e ensinar de alguma forma como devemos viver, usando tudo que ela nos proporciona de maneira correta.
A chuva é bênção de Deus, nunca esqueça disso.
RIBS
E se me perguntarem quem eu sou, eu diria que sou uma imensidão de infinitas coisas...
Posso ser a brisa que toca o seu rosto em uma manhã ensolarada de domingo. Como também posso ser o sol que aquece os seus dias frios e cinzentos. Como também posso ser aquela leva chuva que cai e te molha nas manhãs de primavera. Como também posso ser aquele vento suave das tardes de outono que chega sem avisar.
Sou uma multiplicidade de infinitas coisas e cada um tem de mim exatamente aquilo que cativou.
Meus cílios são como barras de ferro aprisionando meus olhos
eu os sinto pesarem, ando olhando para o chão
a loucura é um espelho que liberta meus dragões
enfurecida, incendiosa
voo, subo alto e sou puxada de volta
não posso ultrapassar muros
as sombras nascem junto com o sol
antes que a realidade queime minhas retinas
vou arranhar paredes, roer as unhas
preciso ser mais leve
me desfazer de mim
comer a boca, me consumir inteira
serrar as grades
e todo dia engolir um sol,
pra fazer parar de chover aqui dentro.
Gotas de prata dançam no chão,
Lágrimas do céu em sua solidão.
Em cada gota, um suspiro ecoa,
O eco do amor que não se encontra à toa.
Nas ruas molhadas, passos vagarosos,
Cada um conta uma história de desejos.
A espera pelo toque, pelo olhar,
Mas a chuva, implacável, parece brincar.
Em cada pingo, um sonho se dissolve,
No ritmo da chuva, a saudade se envolve.
Mas em meio ao clichê da chuva e do amor,
Persiste a esperança, mesmo na dor.
CHUVAS DE OUTONO
Sonhei que chovia, acordei chorando. Antes de levantar-me, penso sobre o quanto a vida é injusta, e o quanto somos egoístas ao ponto de priorizarmos nós mesmos e nossos sentimentos. Bom, ao deixar minha cama, volto ao meu cotidiano entediante.
Já não fico mais faminto, é como se eu estivesse cheio, mas de que ? Sendo que não comi nada. Cheio de sentimentos negativos ? Cheio de pensamentos autodestrutivos ? Talvez eu só esteja cheio de você.
Você é saudade, e vem rasgando minha carne. Mas eu me recuso a sofrer de novo, embora a tentação seja grande. Tomara que as águas de abril carreguem a tristeza e a solidão que em mim habitam.
O riachinho chorão
Eu sei onde se esconde
Um riachinho chorão
Fica lá bem pertinho
De um pé de Cachuá
Junta-se ao som do vento
Que sopra sem parar
E ao pranto da chuva
Que cai de Marachuá
Vira um Chororô só
Irritado o riachinho
Desce como enxurrada
Barulhos se misturam
Reclama o riachinho
Ninguém liga pra mim
Diz balançando o Cachuá
Porque foges de mim?
Cai a chuva sem parar
Vendo tudo inundar
Começa a reclamar
Sempre sobra pra mim
Chuá,Chuá,Chuá,Chuá,
Chuá,Chuá,Chuá,Chuá,