Textos de Chuva

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Hoje a saudade apertou
O coração sangrou.
Sentimentos misturados
Remoendo o passado.
O vento soprou e eu pude sentir seu abraço
Aquele abraço
Aquele suave abraço.
O céu ficou escuro
Ia chover
E antes da chuva cair foram minhas lágrimas que vieram a descer.
Você sabe
Bateu saudade.
Mas logo após a chuva e o tempo fechado
Veio um sol.
Ainda havia nuvens mas o sol raiou mais forte
Ainda havia saudades mas o amor próprio falou mais forte.
Hoje a saudade virou saudade.

Meus olhos observaram aquela estrada molhada,
em que os lados eram cobertos por árvores,
no qual a água de uma chuva já passada deixou um brilho em toda a paisagem,
onde o vento congelante se fez de música e entre os galhos das árvores aos poucos criaram uma doce canção.

Nesse momento minhas pernas ganharam vida
e assim como em efêmeros pensamentos,
eu caminhei, um passo atrás do outro, sem rumo,
apenas olhando o fim daquele longo trajeto que parecia nunca chegar.

Um passo atrás do outro,
eu me imaginava como nuvens no céu lentamente seguindo seu destino,
sendo guiadas apenas pela força da natureza,
sem procurar ao certo um lugar.

Um passo atrás do outro,
eu ouvia os pássarinhos batendo suas asas
e meus ouvidos me davam imagens,
imagens lentas, calmas, coloridas.

Um passo atrás do outro,
eu estremecia meu corpo por inteiro,
meus dentes batiam como um martelo,
mas o meu frio era bem mais quente que uma fogueira no clímax de seu calor.

Rosto
Rosto nu na luz directa.

Rosto suspenso, despido e permeável,
Osmose lenta.
Boca entreaberta como se bebesse,
Cabeça atenta.

Rosto desfeito,
Rosto sem recusa onde nada se defende,
Rosto que se dá na duvida do pedido,
Rosto que as vozes atravessam.

Rosto derivando lentamente,
Pressentindo que os laranjais segredam,
Rosto abandonado e transparente
Que as negras noites de amor em si recebem

Longos raios de frio correm sobre o mar
Em silêncio ergueram-se as paisagens
E eu toco a solidão como uma pedra.

Rosto perdido
Que amargos ventos de secura em si sepultam
E que as ondas do mar puríssimas lamentam.

Você Cuidou de Mim
( Cleyton M. Ribeiro - letra e musica)

Quando mais precisei de alguém
você estava lá e me tratou tão bem
Com seu jeito todo especial de amar

Agradeço por ter você aqui
Não mereço mais ainda vou pedir
Que esse amor não se acaba nunca mais

Você cuidou de mim mostrou pra mim
Um lugar especial
Ninguém pisou aqui, vou retribuir
Prometo te amar até o final

Lá fora a chuva cai então
Eu escrevendo esta canção
Pra te dizer o quento eu penso em você
te enxerguei onde ninguém mais viu
Mesmo quando tentou se esconder
Linda nossa amor trouxe você
De volta pra mim

Quinze horas em Belém, clima ameno e fechado. Da fachada de casa posso ver o céu coberto por nuvens de chuva e, ao meu redor, um cheiro forte, característico, dessa época ("vide" Águas de Março). Marcos, que é meu aluno, tenta fazer o dever de casa sem a minha ajuda.
O dia segue como esperado, nenhum interferência indesejada.

⁠Então choveu abundantemente, choveu como nunca antes. E submerso afundei lentamente, até não restar mais ar em meus pulmões...
Sem nem ao menos me debater, ou tentar de alguma forma lutar contra a correnteza, me deixei levar pela maré e absorvi todo aquele caos.
Era o azul das águas, era o profundo do mar, era o abismo, era a escuridão...

⁠Quando o sonho alcança o céu

A poeira atesta a vontade do chão
de ganhar os céus em sua lida.
A flor realiza-se em seu pólen vão,
pegando carona nas abelhas.
Seu fruto não nasce sem antes sentir
a suave sensação dos ares.

O mar aspira também aos céus,
nas ondas que se erguem e depois caem.
Cada gota sonha em ser nuvem,
renascer no ciclo eterno da criação,
flutuar e chover liberdade.

E nas noites claras, onde estrelas brilham,
meus sonhos se elevam em constelações,
buscando no alto o brilho eterno,
a essência pura das canções.
É quando o sonho alcança o céu.

Tudo que existe anseia às alturas.
Assim, meu coração entrega-se ao vento,
em versos que ao vento se lançam,
tentando tocar o infinito,
onde reside o teu pensamento.

Meu pensamento criou asas,
fez minha alma ao alto voar.
Minhas palavras, essas sim, caminham.
Por isso, no poema, quando você é o tema,
nunca sei se vou ou se voo.

Lá fora não chove

Conheço muita gente
E muita gente me conhece
Está feliz e risonho,
e derrepente entristece

Isso não é uma repente
é rima que adoece
Vai do amor da princesa
Até á dor de quem verse

"Mas menino não chora
Engole o choro e sorri
Pra não fazer cara feia
E pros parente engolir"

Olha pro céu meu amor
No chão o meu coração
Nessa dança de palavras
Quem quebrou seu coração?

As pessoas só precisam de luz quando está escurecendo,
Só sentem falta do sol quando começa a chover,
Descobrem que amam quando deixam a pessoa ir,
Percebem que estavam bem quando se sentem mal,
Só odeiam a estrada quando está com saudade de casa,
Olhando para o nada esperam que seus sonhos durem mais,
Porque sonhos chegam e se vão na velocidade das nossas escolhas.
Mas bom homem é aquele que cultiva sonhos, não envelhece nunca,
pode ser até que ele morra de repente, mas morrerá em pleno voo.

Inserida por alphmatt

PELA VIDRAÇA

Chove muito e as gotas d'água
deslizam suavemente pela vidraça.
Pela janela observo a mulher
que caminha lentamente pela rua deserta.
Para onde ela irá assim sem pressa?

Imersa em seus pensamentos
segue em frente e fico a imaginar
o que faz uma mulher caminhar
tão tranquilamente ignorando
a chuva forte que cai.

Seria o término de um romance,
de um belo caso de amor?
E indiferente aos pingos de chuva
que molham sua roupa, seu corpo,
segue levando consigo o seu segredo.

Verluci Almeida
250210

Inserida por VERLUCI

⁠Chove lá fora e aqui?

Chove lá fora e aqui eu continuo no computador, escrevendo, ouvindo o som dos pingos caindo no chão.

Chove lá fora e eu trabalhando, concentrada, e entre um pensar e outro, ouço o barulho da chuva lá fora por um segundo, que tranquilidade!

Chove lá fora e eu estou quase dormindo, minha mente já habita o subconsciente e lá no fundo uns estalinhos de água, ah vou ter um bom sono...

Chove lá fora e as crianças inventam uma nova brincadeira aqui dentro, imaginação não falta, basta dar asas a ela.

Chove lá fora e não consigo sair de casa, mas que tal tomar um banho quente, ler um livro, ouvir uma música e relaxar? Isso faz bem!

Chove lá fora e ficamos juntinhos no sofá, o clima é bom para os casais, que tal um vinho, um aconchego e um carinho para aquecer?

Chove lá fora e já que não posso trabalhar ao ar livre, que tal pensar numa outra atividade? Sempre há o que fazer, mesmo nos dias chuvosos!

Chove lá fora e o silêncio habita aqui dentro, que bom aproveitar esse momento e descansar, desligar-se por um momento do mundo e meditar.

Chove lá fora e as plantas agradecem, a água é fundamental para a vida.

Chove lá fora e o ar fica mais puro, que maravilha poder respirar sem a fumaça, acabar com a seca e umedecer os pulmões.

Chove lá fora e aqui agradeço pela chuva que cai, pelo rio que corre, pela paz que transmite.

Logo a chuva vai embora e tudo volta ao normal.

Aproveite agora!

Aproveite a chuva para sair da rotina, para limpar a mente e lavar o coração.

Inserida por thaiscritocomamor

chororô

o cerrado chora
chororô
chove lá fora!

é chuvarada, sinhô
18horas: melancólica hora
e eu também tô:

- chorando...
pobre pecador!
que no peito vai gotejando

uma tempestade de amor
de chuva e choro infando
lá fora chove, e eu sofredor!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2019
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CHOVE LÁ FORA, MAS HÁ DE CESSAR...

Chove lá fora, vejo a vidraça chorar,
Como meu coração também se molha de aflição,
Chove lá fora, a chuva mansa, água incessante,
Como é também a tristeza que me vence...

Chove lá fora, meu coração é árido,
Como um campo rachado, angústia sem remédio,
Chove lá fora, se molham as flores,
Molham-se nesta água mágica e incolor...

Chove lá fora, a janela revela pessoas apressadas,
Como lhes vai à alma? Como a minha?
Talvez seca, talvez molhada,
Em busca da liberdade, das cores do arco-íris...

Chove lá fora, a chuva nem me deixa ao menos adormecer,
Nem mesmo me anestesiar dentro dessa melancolia,
Chove lá fora, eu sem sono, sem travesseiro,
Somente introspectivo, envenenado, tenso...

Chove lá fora, não consigo fazer um verso,
Cantar, fantasiar ao menos um amor singelo,
Chove lá fora, água persistente, contínua,
Faz-me apenas conversar comigo...

Cessa a chuva lá fora, vejo a esperança renascer,
Nascendo junto com o céu anil, para me reconduzir,
Cessa a chuva lá fora, vem também o vento, vem o sol,
Como amiga e companheira, reluzindo a dourada justiça,
Sedando-me, me fazendo dormir...

Inserida por marcelloamorim

Lá fora chove muito, Vou para a rua e tento Chamar seu nome e não vejo ninguém, Só vejo a imagem de um trem. Vindo em minha direção, Entro em desespero, choro, Rezo para Deus me ajudar Nessa hora. O trem se aproxima Cada vez mais, e agora chegou O meu fim, por um momento Tudo ficou escuro. Fechei os olhos lentamente E o trem parou bem na Minha frente, foi sorte neste Dia minha gente. No dia seguinte a Chuva parou de repente E invadiu o meu peito Iminentemente. Meu coração já Estava ficando carente, Tanta gente nesse mundo E ele escolheu justo você que sempre foi Incoerente. Que tanto me humilhou, Que tanto me desprezou, minha Mão sangra de ódio e rancor, Eu sinto dor pelo seu amor. Sem coração, você não Merece ser feliz com Ninguém ,coitado do homem Que namorar com você. Tu vai deixar ele Na sarjeta como fez Comigo, mal ele sabe que está Dormindo com o inimigo.
Sua vida se acabou Ordinária, perdeu sua chance De ser feliz, agora segue o Rumo da razão.

Inserida por pablotevez1

⁠⁠Chove lá fora uma grande expressividade celeste que soa uma sonoridade emocionante que se mistura com uma chuva de notas, resultando numa composição imponente que logo se transforma em conforto para a mente.

Um evento simples e poético que chega a ser muito notável neste mundo que muitas vezes é tão caótico, um feito através de uma emoção sinfônica, uma chuva de fortes sentimentos que prontamente revigoram durante um breve momento.

Então, havendo uma percepção sóbria focada na simplicidade, cuja naturalidade é harmônica com tantos detalhes e várias formas, virá um avivamento até mesmo com o cair da chuva num entrosamento com uma linda música.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠Fuligem

Chove um chuvisco de nada.
Partículas diminutas...
Quase parecem enxutas.
Caem no mar...
Pra lá, pra cá...
Às ondas salgadas vão se incorporar.

Labaredas de fogo no meu coração...
Gotinhas miúdas me deem a salvação.

Lavem minha tristeza.
Mostrem-me que há beleza
no mundo de fuligem
que insiste em me acompanhar.

Inserida por RosangelaCalza

(...) Atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos, começa a passar.(...) “Tenho uma boa taça. Quero compartilhá-la com você”. Estende as mãos para a frente, como se fosse tocar o rosto de alguém. Mas você está sozinho, e isso não chega a doer, nem é triste. Então você abre a janela para o ar muito limpo, depois da chuva. Você respira fundo. Quase sorri, o ar tão leve: blue.

Cai chuva do céu cinzento Que não tem razão de ser. Até o meu pensamento Tem chuva nele a escorrer. Tenho uma grande tristeza Acrescentada à que sinto. Quero dizer-ma mas pesa O quanto comigo minto. Porque verdadeiramente Não sei se estou triste ou não. E a chuva cai levemente (Porque Verlaine consente) Dentro do meu coração.

Quem tem amigos nunca fica desabrigado.
Abraço de amigo é casinha em dia de chuva.
Tem abraço que é feito de palha
e faz um barulhinho tão bom quando o vento bate...
E tem aquele abraço feito de tijolo e concreto
que te envolve firme e nunca deixa a tempestade te levar.
Bom mesmo é saber que quando nosso teto desaba a gente pode morar nos braços de amigos... braços abrigos.

Chove por mim os teus olhos

Chove por mim os teus olhos
Abusando do instante que te dou
Retrata o teu espírito
E com ele todo teu amor

Delineando tua face
Expõe-se a gota da dor
Entoando com arte
Reverencia-se ao observador.

O cheiro do teu sentimento
Exibe-se todo enfim
E o gosto de teu pensamento
Impregna-se em mim.

Chove pôr mim os teus olhos
Furtando-me o mundo em que estou
Deixa-me repleto da culpa
Pôr por ti não ter amor.

Enide Santos 21/10/14

Inserida por EnideSantos