Textos de Carinho
Velocidade é a bola da vez. Não sei bem se é isso, mas não tenho mais tempo para errar. Há alguns meses, numa mesa-redonda em Belo Horizonte, o professor Eugênio Trivinho (PUC-Santos) falava em "dromoaptidão". Nunca mais me esqueci. Ele fala difícil, a platéia de estudantes de graduação em Comunicação ainda não sabia o que fazer com aquelas palavras. Muita gente riu baixinho, pensou logo no dicionário. "Dromoaptidão" era um conceito que Trivinho desdobrava ali para aquela "galera". E era mais ou menos a aptidão que nós (e os próximos habitantes desta Terra) devemos ter para lidar com a velocidade.
Além do professor de Santos, capítulos de livro trazem pesquisas sobre o tal do "tempo real" e a perseguição de um intervalo cada vez menor entre os fatos, os fatos e as idéias, os fatos e os textos, os fatos e o jornalismo. Uma correria que aparece na vida de todo mundo das mais variadas formas. Gerações que se sucedem e ficam sem o que fazer cada vez mais cedo.
A geração dos meus professores universitários fazia doutorado aos 45-50 anos. A minha geração é de doutores antes dos 30 ou pouquíssimo depois. Inventou-se, para dar conta disso e manter a "linha de corte", o pós-doutorado. E deste se pode ter um, mas é pouco. Há jovens estudiosos com cartelas de dois, três ou quatro, antes dos 40 anos, uns dentro e outros fora do país.
Vou pelo mesmo caminho, mas não sem me perguntar: para quê estou correndo tanto? Onde vou parar? Para quem quero falar o que eu aprendo? Turmas cada vez menores? Poucos indivíduos que querem fazer carreira na ciência? Embora haja vasta comissão de ressentidos que vão mal na profissão ou que apenas repetem a crítica infundada àqueles que fazem da pesquisa a profissão (muitas vezes a vida), é nisso que este país se fia, com o pouco que ele é, para atravessar camadas e camadas de ignorância reverberada até por quem estuda.
Em todas as grandes universidades deste país (não estou falando de faculdades), há equipes grandes de pessoas de variado nível de formação questionando, examinando, estudando e propondo o que se faz do lado de fora daquelas cercas. Em qualquer região do Brasil, pessoas dedicadas ao conhecimento (e não apenas à informação replicada, muitas vezes mal replicada) fazem seminários para ver o que é possível para melhorar isto ou aquilo.
Fico observando aquelas equipes da Engenharia de Materiais. Eles têm de pensar em tudo, no presente e no futuro, e de fato alteram as perspectivas do que acontece dentro de nossas casas. Ou aquela turma de jaleco branco que acaba de passar por ali. São biólogos e vão almoçar. Um pouco mais cedo, estavam discutindo alguma coisa sobre meio ambiente. Os cientistas da Computação estão ali trancados resolvendo o que fazer com a pesquisa de um tal ex-aluno de doutorado que inventou algo muito importante para isto ou aquilo. E a turma da Faculdade de Educação entregou hoje cedo as matrizes que direcionarão o ensino de Matemática nos próximos anos, se os professores deixarem.
E para quê corro tanto? Para ver a banda passar. Para chegar na frente. Para que minha vida aconteça à minha revelia. Para que meu filho tenha um futuro bacana. Para ter grana. Para aprender coisas que pouca gente sabe. Para contribuir. Posso dizer tanta coisa para me justificar, mas prefiro ficar cansada. No final, estaremos todos vizinhos nas mesmas covas. Para quê correr?
Uma moça me contava, há duas semanas, a experiência de morar no exterior. Não em Londres ou em Nova York, mas em Moçambique. Antes disso, fez um estágio no interior da Amazônia e depois concorreu a uma vaga na África. Lá, não tinha quase onde morar. Pegou malária duas vezes. Depois de três anos, resolveu voltar para o Brasil porque ficou grávida. Não fosse isso e teria curtido mais a missão. Dizia ela: "Aprendi muito com esses povos. Lá você dizia ao cara para pensar no futuro, guardar a comida, conservar o peixe e ele dizia: para quê?". Quando ela argumentava: "Para você ter um dia melhor amanhã". O africano dizia: "Mas aí eu posso ter um dia melhor hoje". Caça, pesca, coleta. Isso mesmo, vida de quem está, não será. E se for, melhor.
Ela dizia isso e sugeria a alunos de Letras que concorressem a vagas oferecidas por agências nacionais de fomento para viagens ao exterior. Não para Milão ou para Lisboa, mas para Moçambique ou para qualquer outro canto do mundo onde não haja uma vida, no fundo, muito parecida com esta. Ela dizia isso e refletia: correr para quê?
Não quero viver da coleta. Não sou caçadora e nem estou preparada para o "carpe diem" dos filmes americanos ou dos poemas árcades, mas bem que eu queria um descanso. Não este descanso falso dos finais de semana que começam no sábado à noite. Não a pseudoparada dos que dormem de dia. Ou a noite exausta de quem trabalha sem parar. É isso o que se tem feito. Eu queria o descanso de viver este dia do moçambicano sertanejo. De quem não conhece, simplesmente não sabe o que é, o celular, a televisão, a caixa de e-mails ou a luz elétrica. Impossível.
Faz tempo que a velocidade vem mudando de jeito. Não por conta da internet, que esta é apenas a etapa que nos soa mais fresquinha. Desde o telégrafo, o trem a vapor, o telefone. Desde que a distância pareceu ser relativa. Desde que os burricos que atravessavam montanhas pararam de trabalhar. O tempo vem sendo manipulado. As pessoas vêm delegando suas reflexões e seus desejos a outras. Se gostam ou não, se querem ou não, se são ou não, tanto faz. Terá sido tudo uma imensa onda de práticas meio espontâneas.
Sem ler sobre o assunto, mesmo sem freqüentar aulas de "Análise do Discurso", seja de que linha for, é possível parar para ouvir os ecos de tudo o que se diz. Aqui, neste Digestivo, é possível ler uns textos que ecoam outros; tantos que expressam bonitamente a conversa do boteco, com mais elaboração, é claro; outros tantos que conversam entre si e nem sabem. O que importa é saber o quanto estamos presos a uma rede invisível de sentidos que já vêm meio prontos. Uma teia de relações que já chegam feitas. Uma onda transparente de significados que carrega os ditos e os não-ditos. Sem ter como escapar. Os dizeres estão sempre presos a outros, mesmo que não se saiba se alguém já disse aquilo antes. E principalmente por isso.
Pensar deveria ser a coisa mais importante de tudo. Da vida em família, da escola, da convivência. Saber pensar deveria ser a habilidade mais almejada de todas. Antes de saber envergar roupinha de marca ou saber inglês, antes de conhecer música ou ler Machado de Assis. Antes de ser "do contra" ou de apoiar a "situação". Pensar deveria ser obrigatório. Não sei pensar. Não aprendi direito. Antes que eu consiga (porque eu até tento, há quem nem isso...), vêm logo essas redes de sentidos me carregando. Que antídoto há para isso? Pensar de novo, ler mais, conhecer os textos (falados, inclusive) que já rolaram nesta correnteza e tentar ao menos me localizar. Saber que ecos tem minha voz. Pensar de novo e assistir aos efeitos do que eu disser.
Em 2002 eu tinha um blog. Ele era até conhecido. Fazia resenhas e entrevistas com escritores. Depois me cansei dele. Hoje tenho preguiça dos blogs, assim como de outras coisas e pessoas. Lá no meu blog era assim: eu mal pensava e já havia escrito. Muitas vezes funcionava. Mas isso não tem a menor importância para mim mais. No blog, no site, na mesa de bar, a velocidade eclipsa uma série de coisas mais importantes. Muito do que se escreve é de uma irresponsabilidade exemplar. O Digestivo já foi texto de prova de vestibular várias vezes. Imagine-se o que isso ecoa nas práticas de muitos lugares? Parece bobagem? Não é. Muito do que se toma como verdade é irrefletido, bobo, superficial, reelaborado, tolo, restrito, mas se quem escreve só faz escrever sem pensar, imagine-se o que fazem os que apenas lêem, e lêem mal?
A velocidade com que as coisas podem ser feitas e ditas tem trazido à luz o que deveria ficar guardado em tonéis de carvalho. Há produtos da cultura que jamais, esteja a tecnologia como estiver, sairão dos barris antes do tempo. Ainda bem.
E SE VOCÊ, OU ALGUÉM QUE VOCÊ AMA MORRESSE ?
Quantos comentários na sua page você acha que teria ? E quantos chorariam ? E quantos de verdade sentiriam ? Quantas curtidas seus Status que antes nunca foram lidos por ninguém ganhariam ? E quantos fotos de perfil escrito luto perpetuariam ?
Quantos textos lindos, e quantas fotos com legendas tão bacanas aparecem, quantos vídeos perfeitos de homenagens. Mais aê ? Era pra ele(a) ? Queria que ele(a) lesse ? Tem certeza ? Se era por que não fez antes ? Se morria de saudades por que não à matou ? A esqueci, o seu maldito orgulho não te deixava demonstrar o quanto ele(a) era importante para você né ? Ai ele(a) morre e você vai lá, se declara, rasga o coração e seu orgulho some junto com ele(a). Lamento, mais e tarde demais, ele(a) não vai se orgulhar de você, por que onde ele está agora não existe internet, você tocou o coração dos que ainda batem, aquele que já parou, não funciona mais. Então por favor, para de hipocrisia. Talvez ele(a) ficaria muito contente se tivesse lido isso antes de partir pra uma melhor. Talvez você até mudasse o trágico destino. Mais infelizmente só existe o agora, o daqui a pouco tá longe demais é tá na mão de Deus. Faz agora ou caso contrário guarde suas fotos, textos e lágrimas naquela pastinha secreta sua no computador junto com seu remorso. Não atormente quem realmente amava a pessoa com suas crises de consciência.
Dê flores enquanto se pode aprecia-las, por que depois que morrer, só serviram para cobrir sepulturas. Da vida agente leva a vida, é só, aproveite por que você tem uma vida só, pra sonhar, sofrer, tentar, fazer, errar, aprender a viver, sofra por tudo, menos pelo o que deixou de fazer. Dê cartas enquanto se pode ler. Fotos enquanto se pode ver. Arranque risadas, gargalhadas enquanto se pode sorrir. Abraços e beijos enquanto se pode sentir.
Afinal, Você sabe o dia que quem você ama vai partir ?
Sim eu sei que poderia ter tentado mais
mas você nem lembrava a garota que eu conheci
acostumou a cair...
Nem seus olhos erguia
enquanto a luz do sol se escondia
em seu coração.
Não vou dizer que me libertei
tentando te decifrar,
tentando te iluminar
muitas vezes em tua sombra chorei.
Acostumei a cair...
Nem meus olhos erguia
Enquanto a luz do sol se escondia
Em meu coração.
(Tentando te Decifrar)
Instantes que duram quilômetros de horas...
Amor incondicional, que eleva o suspiro e afrouxa o coração para mais um sopro de conquista!
Largo sorriso, forte expressão, que cobiça meus olhos se instalarem nos seus e tudo se ascende dentro de mim e faço festa com o simples absurdo de não tropeçar nas palavras e conseguir alinhar a minha voz que sussurra rouca e embebe meu espírito que, manifesta leveza e uma silhueta de total "graça"!
Simone Resende
O abraço mais esperado do mundo
Resumo:
A importância de um abraço caloroso, apertado, embelezado, sincero e desabafado, nas relações humanas.
Poucas pessoas sabem da importância de um abraço fraterno, terno e brando
Poderia eu viver por uma semana, sem um único abraço teu, apaixonado ?
Não consigo viver, sem teu olhar fascinado, sem teu aperto de mão carinhoso, sem um abraço gostoso, dramático e chorado
Chore querida ao me abraçar, deixe que cada lágrima sedenta a se explanar, venha ao meu ombro espontaneamente e naturalmente cair
Deus por favor, me remova da Terra, se aqui eu não ganhar um abraço entusiasmado e simpático
Hoje eu suplico valorosamente que ao me ver, você não se contenha, me abrace apertado nem que seja docemente retraído, um pouco inseguro, fracamente inibido e finissimamente tímido
Espero sentir suas mãos tremerem em cada toque em minhas costas, revelando sua insegurança aparente num gesto desajeitado
Reconheço sua afeição acanhada e introvertida, com receio bobo de amar e não ser correspondida
Capto sua inibição apaixonada, que esconde explicitamente uma quantidade imensa de atração que se encontra sedenta a ser por fim revelada
Num abraço aconchegante, surpreso e muito esperado, sonho em te abraçar emocionado e alegremente alternar vários abraços culminante de benquerença redobrada
Meu objetivo é lhe fazer rir atoa, e faze-la notar que és uma rara e extraordinária mulher bem amada
Valiosa mulher apreçada, entre milhares meu coração veio a ambiciona-la, pra ser definitivamente minha deusa interminavelmente estimada
Meu bem já se sinta poderosa, meu amor eterno por ti preencherá todo seu vazio de vulnerabilidade, hesitação e duvida
Só lhe peço um abraço pra que sinta a ternura infindável que há em mim por ti, e lhe transmita confiança e segurança, renovando nosso laço de ternura eterna, imutável
Espero que meu abraço acalme teu valioso ser inquieto, perturbado e desesperado
Quero que meu abraço revigorize teu ser desanimado, desencorajado e adormecido
Meu designo é lhe aliviar deste mundo de tensão, lhe libertar deste mundo de stress, elevar tua auto-estima a um ponto soberano até ser renovada por completo
Desejo que meu abraço jubile teu ser, anteriormente abatido, desolado, prostrado, aborrecido e consternado
Aspiro um dia finalmente receber o titulo definitivo de: "seu protetor". Porque é isso que eu sou !
E o único guardião cavalheiro, valente, corajoso e honrado de seu coração!
Cavalheiro pois você há de merecer minha generosidade, por ser uma dama preciosa, fina, simpática, amável e educada
Valente pois diante de uma adversidade contra ti, eu não hesitarei em lhe defender com meu próprio punho
Corajoso pois arriscaria minha própria vida pela tua, meu sacrifício não será em vão, afinal te ver viva já me trará imensa satisfação
Honrado por ser o mais nobre e empenhado entre os cavalheiros que cortejaram teu coração e tua mão
HOJE ESPERO QUE ME ESCOLHAS PRA SER O TEU ÚNICO E FIEL GUARDIÃO !
Tem uma parte de mim que é amor e à outra, paixão pura!
Tem um lado meu, que coleciona emoções e o outro, as compartilham.
Tem uma criança em mim que nunca cresce ou deixa de sorrir, apesar dos pesares. Assim como, tem em mim, uma mulher madura e guerreira que, busca fôlego a todo custo por uma vida decente e vibrante!
Tenho uma ingenuidade que não dispenso, uma simplicidade que não omito, uma delicadeza que só agrega, uma docilidade que não mela, uma sensibilidade aguçada, um espírito humano que só aumenta e uma vontade viver que só multiplica minha vida em doses certas de amor próprio e otimismo!
Tenho sede de vida, tenho dois pulmões que se enchem quando olho o dia, à chuva, à noite, às estrelas, quando estou com pessoas que amo e principalmente, quando Jesus coloca uma borboleta soprar em um jardim me dizendo em voo, que sou filha do Rei, que nasci para brilhar, encantar, deixar-me encantar, fazer o bem e graciosamente recolher flores pelos campos da vida, ainda que venha a seca e falte água para regá-las... Estarei sempre pronta para enfrentar os não planejados.
Afinal, sou a menina que espera radiante, sempre, pelo arco-íris que nasce sem percebermos, emana cores, exalta nossos olhos e depois se vai, assim como chegou, de repente, depois de uma chuva e deixa cores no meu coração, me faz espargir nuances pelo corpo afora e tecer retalhos multicoloridos!
Quando a vida nos coloca em situações difíceis...
Temos que acrescentar a fé que possivelmente temos reservada no cantinho secreto do nosso coração, fazer que ela seja sol no corpo todo, que transborde e vaze pelos olhos em oração!
Deus quer o nosso reconhecimento e nós, almejamos suas bênçãos, façamos então, uma parceria de amor, fé e redenção.
Logo, as nuvens dão licença aos raios de um dia de flores que começarão tímidos e o vento leve chega levando os entulhos que, eventualmente faz parte e faz-se partido pós um sorriso em agradecimento!
Quando eu era muleque lembrei de algo que diziam,
que a medida do amor era amar sem medidas.
E se não souber amar, intão nem procure aprender,
por que amar é tão fácil, o díficil é esquecer.
A arte de amar é a mesma de ser poeta,
casar linhas com idéias e rimas na direta.
O amor não é palavras que se dizem ao acaso sem pensar,
são outras emitidas ao sorrir e ao abraçar.
Saudade é aquilo que fica,
daquilo que não ficou,
mais pra fugir dos espinhos desse mundo enganador,
eu penso nos teus carinhos e sonho com seu amor.
O mundo é loco, é da vontade de chorar...
...aprendemos com a dor o que alegria não soube ensinar.
01/05/2018
Bom dia, seja bem vindo Maio
Maio surge novamente no calendário
com muitas comemorações e homenagens lindas,
Temos sempre muitas esperanças e perspectivas pessoais.
À uns o maio é das noivas,
à outros de religiosidade maior,
ainda com comemorações, níveres, lembranças aos montes.
E como não poderia deixar de ser: com a homenagem maior à mãe:
que tem sempre papel marcante e relevante na data
Se maio tivesse corpo, fatalmente teria a face da mãe,
com toda sua roupagem e magnitude
à sí atribuida pelo amor do Criador
Seja qual for o motivo que nos sugere Maio
leve sempre sua alegria e carinho com seu gesto e jeitinho de comemorar,
abraçar e levar alegria.
Com certeza estará dando motivos para que se impere
o calor e o amor em toda comemoração,
que o tempo e o momento sugerir.
" Meu mundo é tão pequeno sem ela
porque assim, ele se resume a nada
Vago pelo céu, olhando a terra que vivi
sobre mares e montanhas
suntuosos sonhos
cantando, sobrevivi
subordinei com muito rock
para as galáxias próximas, mandei muito pop
para ela, mensagens enviadas numa garrafa sideral
mas ela não leu
nem percebeu
que eu ainda estava aqui
ouvindo o barulho do mar
ontem ainda, olhando para o céu, vi um et planando sua aeronave
parecia me olhar, estava a mil
numa fração de segundos me abduziu
subimos ao cosmos
como se eu fosse um generoso troféu
logo eu, que na ausência do amor,
e na saudade dela
sou peregrino de um mundo só meu
o que dizer aos lunáticos compatriotas
direi que o et foi um idiota
quando por algum motivo,
me confundiu
Sei que há o sagrado
abençoado
protegido
que há abrigo
sustento
alfa definido
sei que existe amor
comprometimento
um pai lá no céu
mas e ela
a flor mais bela
aquela que dá a vida
que faz tudo ter sentido
que brilha
o ser divino
que todo masculino se rende
à essência
à mãe...
Bom dia, de mais um lindo domingo!
Feliz semana das mães
Mães...
que pensam com o coração,
agem por impulso, diante das mais adversas situações
que suscitem proteção.
Banham-se em emoções,
despejadas pelo próprio instinto materno como forma de gratidão.
Vibram-se
com intensas sensações de amor, carinho e luz,
esbanjando-se, toda sua beleza e graça.
E na grandeza de seu espírito,
abraça o universo ao desabrochar-se como em uma nova flor,
fazendo nascer seu presente de amor:
gerando mais um novo ser.
Um raio se desprende do céu para coroá-la não apenas como mãe,
mas como alguém que tem a missão
de ensinar, conduzir e amar:
"Tornando-a...
verdadeira missionária de luz e amor!"
"Bom dia linda mamãe, hoje novamente o Criador lhe sorri,
lhe abraça e parabeniza,
pela linda missão de vida e amor!"
Hiato
Fiz a ti um verso,
Uma lembrança,
Fiz a ti uma memória,
De tantas outras, fiz a ti.
Revés o mundo tem,
O seu explicável,
Seu firmamento trancado,
Abraça-me.
Anamnese eu,
Diferente de tantas outras,
Intensa,
Cobra-me.
Tu,
Uma centelha de estímulo,
Calmo,
Espero.
Uma escada ao ar livre,
A conversa, a curva do sorriso,
Um toque, o beijo... O beijo!
O tchau.
Estava chovendo quando saí de casa para a estação de metrô. Era bem cedo, não havia muita gente na rua, apenas alguns comerciantes abrindo suas lojas e pessoas voltando de trabalhos noturnos com um ar de cansaço. A melancolia recorrente do dia nublado era evidente e eu gostava daquilo, me fazia pensar sobre a vida, sobre a tristeza personificada em um dia qualquer, nublado e chuvoso.
Chegando na estação logo avisto uma condução vindo. Após entrar no metrô vou andando para os vagões da ponta, onde posso ficar encostado em uma haste de metal. Começo a observar ao meu redor, muitas pessoas pegam essa condução pela manhã pois vão trabalhar, estudar ou os dois, como eu. Muitas feições de cansaço e tristeza, assim como as dos trabalhadores que vi mais cedo. Foi aí que me perguntei: “Mas por que essas pessoas estão tristes em plena manhã?”. Estava maquinando e pensando nos porquês das caras murchas que via ali na minha frente quando avisto uma senhora em pé sendo espremida entre duas outras pessoas. Cheguei mais perto e a ajudei a sair de lá, quando percebi ela já estava no meu lado com um sorriso que ia de uma orelha a outra, me agradeceu e perguntou a onde eu estava indo numa manhã tão chuvosa, eu virei e falei que estava indo trabalhar e logo ela se aquietou, alguns minutos depois voltou a falar comigo:
- Percebi uma coisa nessas manhãs nubladas, todas essas pessoas que vejo todo santo dia estão com essas mesmas caras. Meio amargas e olha que nenhuma ainda chegou na minha idade!
- Eu percebi a mesma coisa hoje, nenhum sorriso, nenhuma feição alegre, apenas rostos pálidos e distantes.
Conversando mais um pouco com a pequena senhora percebi o quanto de vida ela emanava que, por mais que sua aparência evidenciasse sua idade avançada, ela estava disposta e alegre.
Desci na Estação Central, ainda estava chovendo quando saí da estação. Andando na rua me deparo com uma moça de meia idade segurando uma criança de colo, era uma pedinte e estava cedo da manhã naquela chuva, embaixo de uma sacada para não se molhar. Percebi que diferente das pessoas tristes que vi hoje, o semblante dela se destacava, era indiferente, escondido. Quando passei ela me deu um sorriso e estendeu a mão que não segurava a criança, eu já havia tirado uma cédula para dar. Ela me deu um sorriso e logo me agradeceu, assim como a senhora no metrô. Naquele mesmo dia eu percebi o motivo da tristeza desvairada que presenciei. Depois disso, sempre que acordo peço aos céus que o desejo de ajudar o próximo consiga sempre superar o egoísmo e falta de esperança no ser humano.
Eu gosto de você.
Gosto do quanto você gosta do meu coque bagunçado. Gosto mais ainda quando você imita ele.
Gosto do formato da sua boca, gosto especialmente quando você está dormindo, a combinação dos seus lábios com os olhos fechados te deixa com cara de criança, e eu sorri quando vi essa cena, assumo que fiquei admirando por alguns instantes.
Gosto de te ver cozinhando, você fica sexy na cozinha. Gosto quando se empolga ouvindo uma música que gosta muito e fecha os olhos tocando sua bateria imaginária. Gosto do teu gosto musical. Gosto da sua boca, mas gosto MUITO do seu nariz, acho um tanto quanto charmoso.
Gosto do seu jeito espontâneo, e gosto mais ainda da mistura da espontaneidade com seu jeito carinhoso, meu coração até bate mais forte com teus carinhos repentinos.
Gosto do quão atencioso você é. Gosto mais ainda quando você atentamente me escuta falar sem parar por horas. E sabe o que eu gosto mais que isso? Quando você fala por horas. Adoro quando você se abre comigo. Gosto quando fala do seu dia, do seu passado, dos teus amigos.
Eu gosto até de te ouvir falar sobre o seu amor mais recente. Gosto de saber do quanto você se dispôs a lutar por ela, é bonito. Gosto da sua sinceridade. Gosto até da saudade que você sente dela. Gosto de te consolar por isso. Gosto do seu abraço, e preciso admitir, me senti estranhamente bem acordando em teus braços. Gosto do teu beijo, é quase tão intenso quanto o meu, dizem os astros que é uma boa combinação. Gosto da forma que você me segura pela cintura. Gosto dos teus olhos, gosto mais ainda quando você me olha fixamente. Gosto do teu jeito moleque, e gosto ainda mais quando sua maturidade supera sua idade. Gosto do teu cheiro, gosto mais ainda quando chego em casa e percebo que ele ficou em mim. Gosto dos teus amigos, gosto mais ainda dos nossos amigos em comum. Gosto da nossa amizade, e sou completamente fascinada pela nossa sintonia. Gosto da saudade que sinto de ti, tenho a sensação que é recíproca. Gosto de você, gosto tanto que nem sei dizer quanto, mas gosto carinhosamente de nós. Nossa amizade, nossa intimidade, nossa cumplicidade, essa nossa sintonia surreal, nossos corpos tão grudados que quase sinto tua alma encontrando a minha. Sempre gostei do singular, mas o nosso plural me encanta, me desmancha... são três letras e meu corpo já estremece inteiro: n-ó-s. Gosto de nós!
Em todo momento seu quero estar; Em todas as fases suas vou lhe auxiliar; Em toda conquista tua irei me orgulhar. Mas quando eu for embora, quero que se lembre, que sempre estive e estarei a te gurdar; Te amo pra vida inteira e não irei te desamparar. Pois em todos os meus mals momentos, você estava lá.
Mesmo pequena e inocente, os seus olhos já me diziam: - Mãezinha fica firme, pois eu sou tão pequenina! Faço gracinhas, canto e danço para alegrar os seus dias, você é tudo que tenho e também me dá muitas alegrias! Deus me trouxe à você, sabendo o que eu seria: seu anjo protetor, que aqui na Terra te alivia.
Dedicado à Lorena Rodrigues (2 anos e 3 meses)
Tristeza aqui não se cria!
Pode haver insônia
Estresse e cansaço
Pode faltar colinho
E também aquele abraço
Pode ser que eu venha ler, ouvir e ver
Tudo aquilo que não quero
E querer só esquecer
Do trabalho, das tarefas, do querer
O importante é que no fim
Depois de algumas hora de sono
E de ver aquele sorriso
Pelo qual eu me apaixono
De ver aqueles olhinhos
Tão cheios de amor e carinho
Eu me lembre do que me motiva
E faz seguir meu caminho
Assim, inspirada e cheia de fé
Vou aqui concluindo
Tristeza, aqui você não se cria
A senhora pode ir partindo
Para você não tem espaço
Nessa minha moradia
De mim você não faz casa
Aqui quem mora é a alegria
Conhecidos
Estranho! somos conhecidos.
Ah!.. estes olhares que se cruzam no repente
Pra se prenderem apaixonadamente...
Assim você ganhou o meu amor e o meu coração.
Mais estranho é saber que desse jeito eu já fui visto
E sou amado por alguém...
Que me ame esse alguém,
Se não você, não me seja outro alguém.
É frio o desencontro desses corpos
Que se vem a vagar distante d’alma gêmea,
Meu corpo, outro corpo, são só corpos vazios
Que se juntam para enganar a solidão do desamor.
Posso escolher não te querer,
Mas não há como enganar o coração.
Posso me acompanhar de um outro alguém,
Mas não posso sentir teu calor.
São muitas as paixões que movem a vida ou morrem com os sonhos,
Mas é único o sentimento que nos faz viver, o amor.
Às vezes é preciso matar o sonho pra que alguém possa viver seu próprio sonho,
E nem por isso deixa de ser uma prova de amor.
Edney Valentim Araújo
Exílio do teu coração
Estou fugindo desse amor
Já partido de alma e coração.
Deixo para ti o meu calor
Caso chegue frio inverno da solidão.
Se lembrares de que eu te amei
Saiba que é mentira!...
Ainda hoje eu a amo apaixonadamente
Mesmo que não more em teu coração.
Para onde eu vou sabes tu,
Vou para o exílio do teu coração.
Não é a minha morada, é meu castigo,
Viver perto de você e tão distante desse amor.
Terá em mim um coração aberto,
Venha quando quiser...
Seja do teu jeito,
Se me amares, sempre será bem vinda.
Edney Valentim Araújo
Deleite
Ensejo fora quero entrar
momento dentro quero ficar
enquanto fico me alegro
jubiloso me comovo
fascinado me cansa
repentino me arrebata
revivo dessassossegado
acelerado envolvente
alma, corpo e mente
concomitantemente
infindo infinito
fico distendido
tímido quero sair
inerte ao cair
suspiro silencioso
ensaio ser carinhoso
nostálgico quero adentrar