Textos de Caminho

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Pedras no caminho

Na minha longa caminhada, me foram tantas as pedradas que hoje eu não sinto mais os espinhos, e mesmo em meio na multidão, engraçado; não sinto sequer o bater do coração e nem te vejo mais no meu caminho.
Por anos a fio te procurei, me foram noites e madrugadas; te busquei por dentre a chuvas e o frio, mas não encontrei nada.
Por vezes no desespero eu chorei; já descrente e desorientado, eu me perdi, mas nunca te encontrei.
Ocorreu-me que hoje, no meu vagar sem sentido pelas ruas, o acaso me trouxe lembranças suas, num repente o vento se fez mais veloz e por instante, me pereceu o ouvir da sua voz.
Olhei esperançado ao ouvir a voz estranha, adentrei no vazio do meu ser, na imaginação voei por entre vales e montanhas, mas, não era você.
Infelizmente, hoje me encontro aqui acometido pela idade; e numa breve introspecção, me brotaram as lágrimas da saudade.
No olhar sombrio, não alimento mais ilusão, eis aqui a vagar, apenas um corpo cansado, inerte e já sem o coração.
Sem sentimentos, me costumei a caminhar sozinho, onde apenas uma alma despedaçada, por raras vezes reclama e ainda clama por um carinho, porém, já sem esperanças de nada.
A verdade é que tu já não mais me existe; e viver assim, embora que triste, pra mim tanto faz, e também já não importa mais, pois que me abracei com a solidão e nela encontrei a minha paz.

Abraços fraternos

Inserida por Santos21

Deixe seu coração te guiar
Deixe seu coração te dizer o caminho
Nunca me arrependerei disso
Ele me levou ate você
Ele me fez querer
Querer apenas você
Você virou meu tudo
As vezes penso no futuro
E la esta vc nesse pensamento
As vezes sonho algo bom
E la esta vc nos meus sonhos
Eu n consigo mais esquecer
Esquecer você
Virou algo impossível para mim
Tudo isso pq eu escutei meu coração
Deixei ele me guiar
Deixei ele me levar
Ate vc

Inserida por AleNascimento

A pedra
Certo dia encontraram uma pedra no caminho, Davi matou Golias, Drummond a poetizou, mentirosos dela fizeram histórias, crianças por hora com ela brincaram, o agressivo fez dela uma arma, o sábio a usou para construir sua escada na vida... E agora lhes pergunto: O que havia de importante nessa pedra? Nada! A importância estava e está no homem, em suas atitudes, em seu modo de ver as situações diárias. Uma simples pedra teve muitos significados. Portanto tome em suas mãos a sua pedra, faça dela o que lhe faz feliz e lhe convém. Lembre-se: o diamante é só uma pedra bruta, o que o torna uma jóia é o modo como o lapidam!

Inserida por Bruna-Lima

Quanto mais reclamo, mais coisas para reclamar surgem em meu caminho.
Quanto mais lamento, mais coisas para lamentar surgem em meu caminho.
Quanto mais odeio, mais sou odiado.
Quanto mais críticas eu fizer, mais coisas para criticar aparecem diante de mim.
Se tu sabes que esta é a lei
Reflete no teu dia-a-dia.
Reparas como estás agindo.
O teu mundo exterior é reflexo do teu mundo interior."

Inserida por amarisa

"Remexo dentro de mim,
nem sempre é fácil
saber a parte de nós
que ficou no caminho:
toco... faço a ferida arder.
Sentir a ferida, é a maneira
mais rápida de curá-la.
Nada em mim foi covarde,
nem mesmo as desistências:
desistir, ainda que não pareça,
foi meu grande gesto de coragem."

Inserida por katiacristinaamaro

Quando não se está feliz
com o caminho que escolheu,
voltar não é derrota,
tampouco perda de tempo.
É busca de renovação.
E tem-se a segurança de que,
esse retorno é uma estrada conhecida,
pois foi construída
com pedras que foram jogadas
ou que deixou-se cair.
Reencontrar
onde o sorriso se perdeu
e se completar novamente como ser,
é ter coragem
de apagar, reescrever e
reconduzir a própria história.

02/10/2015

Inserida por InesSeibert

Enfim uma estrada...
Algo que se presuma leve a algum lugar,
O caminho do pequeno Arameu, volta a fazer sentido.
Ele agora tem destino!
Embora todos sejamos prisioneiros de grilhões invisíveis,
Devemos nos contra por...
Nos revoltar ante o riso contido...
O andar vacilante e as frases inacabadas.
Mais aguerrido, mais motivado, mais determinado e mais gentil...
Acompanhado segue ...
Sem olhar para trás, caminha em busca de seu fim, o velho Arameu!

Inserida por ElmarSantos

"O diario de um errante".

Descobrir nosso caminho pessoal e ter a sensação que chegamos ao lugar que nos foi preparado é a grande missão de nossa vida. Alguns chegarão muito rápido,
outros levarão anos para chegar ao seu destino; outros ainda nem chegarão lá,
pelo menos nesta vida...
Mas o caminho precisa ser feito.
Escolher pela margem dele, ou pelo retorno ao ponto de partida, significa negar-se a mudança, o amadurecimento, a auto descoberta.
Se o Eterno está ao nosso lado, e foi Ele quem nos estimulou a sair da parentela (nossas raízes familiares e culturais),
da terra (nosso lugar de origem), e ir para o lugar que nos mostrou,
então não devemos temer o caminho...

Inserida por ElmarSantos

Caminhando pelo vale da escuridão,
Em silêncio, pois em nada me adiantariam as palavras,
Caminho de olhos abertos, olhos que se adaptaram ao escuro,
Caminho na vazia e sombria escuridão, com meus sonhos quebrados e o vazio no coração,
Passos lentos e cautelosos para não sucumbir ao primeiro obstáculo,
Caminho consternado e sozinho em busca de respostas, em busca de uma luz...
Talvez a escuridão tenha se tornado minha luz,
E o vale tenha se tornado meu lar.

Inserida por luiscarlosaraujo

Um caminho,uma direção.

Todos têm o caminho a seguir,amores a decidir,decepções a esperar. Comigo acontece tudo um pouco. Sem sequer escolher sem sequer saber o meu caminho. O que é isso para uma pessoa como eu ?.Por que decidi ser diferente?Não
.Eu não decidi. E sim a diferença me escolheu.Posso ser criticado todo santo dia. Mas o importante é que eu escolho meu "novo caminho" significa que escolhi as consequências e meu próprio túmulo para me afogar de uma vez na terra e conhecer o que os humanos não sabem dizer como é...estou me referindo a morte. "A Amarga Morte"...será que ela é amarga assim?Ainda não sei mas quando chegar minha hora.. essa dúvida será respondida e me deixará calmo.Não saber seu caminho é como você pôder se tingir de qualquer cor. De qualquer pessoa...de qualquer dúvida...apenas ter esperança...Basta .Pois é ai que o incentivo vêm das profundezas da sua pessoa e te faz acordar do túmulo. Levantar-se e enfrentar o que vêm pela frente.

Inserida por AlexandreKazuto

AO DEUS DESCONHECIDO II
Antes de prosseguir no meu caminho
E lançar o meu olhar para frente
Uma vez mais elevo, só, minhas mãos a Ti,
Na direção de quem eu fujo.
A Ti, das profundezas do meu coração,
Tenho dedicado altares festivos,
Para que em cada momento
Tua voz me possa chamar.

Sobre esses altares está gravada em fogo
Esta palavra: “ao Deus desconhecido”
Eu sou teu, embora até o presente
Me tenha associado aos sacrílegos.
Eu sou teu, não obstante os laços
Me puxarem para o abismo.
Mesmo querendo fugir
Sinto-me forçado a servi-Te.

Eu quero Te conhecer, ó Desconhecido!
Tu que que me penetras a alma
E qual turbilhão invades minha vida.
Tu, o Incompreensível, meu Semelhante.
Quero Te conhecer e a Ti servir.

Friedrich Nietzsche - Oração ao Deus desconhecido.

Friedrich Nietzsche (1844-1900) em Lyrisches und Spruchhaftes (1858-1888). O texto em alemão pode ser encontrado em Die schönsten Gedichte von Friederich Nietzsche, Diogenes Taschenbuch, Zürich 2000, 11-12 ou em F.Nietzsche, Gedichte, Diogenes Verlag, Zurich 1994.

Queria acrescenta-lhes algo também maninhos e maninhas... Paulo esta em Atenas. Ele estava naquele lugar. Havia muitos ídolos. Ele falava de Jesus Cristo a quem quisesse ouvir. Algumas pessoas o chamaram de tagarela. Paulo foi convidado a ir ao Areópago — um lugar em que os filósofos se encontrava — para explicar mais sobre o Eterno Paulo mencionou o altar dos atenienses que fora dedicado ao "DEUS DESCONHECIDO", e ele pregou sobre o Deus verdadeiro. Ele lhes falou sobre a ressurreição de Jesus Cristo. Algumas pessoas zombaram, outras desejaram ouvir mais, e algumas se converteram.

Mas agora eu queria convida vocês a Grécia antiga com o Escritor Don Richardson, ele escreveu o livro O Fator Melquisedeque — e conhecer a história de Epimênedes, profeta do DEUS DESCONHECIDO...

Os atenienses

Em alguma época, durante o sexto século antes de Cristo, numa reunião do conselho na Colina de Marte, em Atenas...

“Diga-nos, Nícias, que aviso o oráculo de Pítias lhe deu? Por que esta praga caiu sobre nós? E por que os inúmeros sacrifícios realizados de nada adiantaram?”

O impassível Nícias olhou de frente o presidente do conselho e afirmou:

“A sacerdotisa declara que nossa cidade se encontra sob uma terrível maldição. Um certo deus a colocou sobre nós por causa do medonho crime de traição do rei Megacles contra os seguidores de Cylon.”

“É verdade! Lembro-me agora”, disse sombriamente outro membro do conselho. “Megacles obteve a rendição dos seguidores de Cylon com uma promessa de anistia, depois violou prontamente sua própria palavra e os matou! Mas qual é o deus que ainda nos condena por esse crime? Já oferecemos sacrifícios de expiação a todos os deuses!”

“Não é bem assim”, replicou Nícias. “A sacerdotisa afirma que resta ainda um deus a ser apaziguado.”

“Quem poderia ser?” perguntaram os anciãos, olhando incrédulos para Nícias.

“Não posso contar-lhes”, respondeu ele. “O próprio oráculo parece não saber o seu nome. Ela disse apenas que...”

Nícias fez uma pausa, observando as faces ansiosas de seus colegas. Enquanto isso, da cidade enlutada à volta deles, ouvia-se o eco de milhares de cânticos fúnebres.

Nícias continuou: “... precisamos enviar um navio imediatamente a Cnossos, na Ilha de Creta, e trazer de lá para Atenas um homem chamado Epimênides. A sacerdotisa assegurou-me que ele saberá como apaziguar esse deus ofendido, livrando assim a nossa cidade.”

“Não existe alguém suficientemente sábio aqui em Atenas?” esbravejou um ancião indignado. “Temos de apelar para um... um estrangeiro?”

“Se conhece algum grande sábio em Atenas, pode chamá-lo”, disse Nícias. “Caso contrário, cumpramos simplesmente as ordens do oráculo.”

Um vento frio, frio como se tocado pelos dedos gélidos do terror que varria Atenas, fez-se presente na câmara de mármore branco do conselho na Colina de Marte. Aconchegando-se mais em seu manto de magistrado, cada ancião refletiu sobre as palavras de Nícias.

“Vá em nosso nome, meu amigo”, disse o presidente do conselho. “Traga esse Epimênides! Se ele atender ao seu pedido e livrar nossa cidade, nós o recompensaremos.”

Os demais membros do conselho concordaram. O calmo Nícias, de voz suave, levantou-se, inclinando-se diante da assembléia, deixando a câmara. Ao descer a Colina de Marte, ele se encaminhou para o porto de Pireu, que ficava a 13 km de distância, na Baía de Falerom. Um navio achava-se ali ancorado.

Epimênides desceu agilmente para a terra, em Pireu, seguido de Nícias. Os dois homens encaminharam-se de imediato para Atenas, recobrando aos poucos a força das pernas depois da longa viagem por mar, desde Creta. Ao entrarem na já mundialmente famosa “cidade dos filósofos”, os sinais da praga eram vistos por toda a parte. Mas Epimênides observou outra coisa:

“Nunca vi tantos deuses!” exclamou o cretense para o seu guia, piscando surpreso.

Falanges ladeavam os dois lados da estrada que saía do Pireu. Outros deuses, centenas deles, adornavam um terreno íngreme e rochoso, chamado acrópole. Tempos depois, nesse mesmo lugar, os atenienses construíram o Partenon.

“Quantos são os deuses de Atenas?” inquiriu Epimênides.

“Várias centenas pelo menos!” replicou Nícias.

“Várias centenas!”, foi a exclamação espantada de Epimênides.

“Aqui é mais fácil encontrar deuses do que homens!”

“Tem razão!”, riu o conselheiro Nícias. “Não sei quantos provérbios já foram feitos sobre ‘Atenas, a cidade saturada de deuses’. Com a mesma facilidade que se tira uma pedra da pedreira, outro deus é trazido para a cidade!”1

Nícias parou repentinamente, refletindo sobre o que acabara de dizer. “Todavia”, começou pensativo, “o oráculo de Pítias declara que os atenienses precisam apaziguar ainda um outro deus. E você, Epimênides, deve promover a intercessão necessária. Ao que parece, apesar do que eu disse, nós, atenienses, ainda precisamos de mais um deus!”

Jogando a cabeça para trás e rindo, Nícias exclamou: “Realmente, Epimênides, não consigo adivinhar quem poderia ser esse outro deus. Os atenienses são os maiores colecionadores de deuses no mundo! Já saqueamos as teologias de muitos povos das vizinhanças, apoderando-nos de toda divindade que possamos transportar para a nossa cidade, por terra ou por mar.”

“Talvez seja esse o seu problema”, disse Epimênides com um ar misterioso.

Nícias piscou os olhos para o amigo, sem compreender, como quem deseja um esclarecimento desse último comentário. Mas alguma coisa na atitude de Epimênides o silenciou. Momentos depois, chegaram a um pórtico com piso de mármore, junto à câmara do conselho na Colina de Marte. Os anciãos de Atenas já haviam sido avisados e o conselho os esperava.

"Epimênides, agradecemos sua ... " começou o presidente da assembléia.

"Sábios anciãos de Atenas, não há necessidade de agradecimentos." Epimênides interrompeu. "Amanhã, ao nascer do sol, tragam um rebanho de ovelhas, um grupo de pedreiros e uma grande quantidade de pedras e argamassa até a ladeira coberta de relva, ao pé desta rocha sagrada. As ovelhas devem ser todas sadias e de cores diferentes - algumas brancas, outras pretas. Vocês não devem deixá-las comer depois do descanso noturno. É preciso que sejam ovelhas famintas! Vou agora descansar da viagem. Acordem-me ao amanhecer."

Os membros do conselho trocaram olhares curiosos, enquanto Epimênides cruzava o pórtico em direção a um quarto sossegado, enrolando-se em seu manto como num cobertor e sentando-se para meditar.

O presidente voltou-se para um dos membros jovens do conselho'. "Veja que tudo seja feito como ele ordenou", disse ele.

"As ovelhas estão aqui", falou o membro jovem, humildemente.

Epimênides, despenteado e ainda meio dormindo, saiu de seu descanso e seguiu o mensageiro até a ladeira que ficava na base da Colina de Marte. Dois rebanhos - um de ovelhas pretas e brancas e outro de conselheiros, pastores e pedreiros - achavam-se à espera, debaixo do sol que nascia. Centenas de cidadãos, desfigurados por outra noite de vigília cuidando dos doentes atingidos pela praga e chorando pelos mortos, galgaram os pequenos outeiros e ficaram observando ansiosos.

"Sábios anciãos", começou Epimênides, "vocês já se esforçaram muito ofertando sacrifícios aos seus numerosos deuses; entretanto, tudo se mostrou inútil. Vou agora oferecer sacrifícios baseado em três suposições bem diferentes das suas. Minha primeira suposição ...”

Todos os olhos estavam fixos no cretense de elevada estatura; todos os ouvidos atentos para captar suas próximas palavras.

" ... é que existe ainda outro deus interessado na questão desta praga - um deus cujo nome não conhecemos e que não está, portanto, sendo representado por qualquer ídolo em sua cidade. Segundo, vou supor também que este deus é bastante poderoso - e suficientemente bondoso para fazer alguma coisa a respeito da praga, se apenas pedirmos a sua ajuda."

"Invocar um deus cujo nome é desconhecido?" exclamou um dos anciãos. "Isso é possível?"

"A terceira suposição é a minha resposta à sua pergunta", replicou Epimênides. "Essa hipótese é muito simples. Qualquer deus suficientemente grande e bondoso para fazer algo a respeito da praga é também poderoso e misericordioso para nos favorecer em nossa ignorância - se reconhecermos a mesma e o invocarmos!"

Murmúrios de aprovação misturaram-se com o balido das ovelhas famintas. Os anciãos de Atenas jamais tinham ouvido essa linha de raciocínio antes. Mas, por que, perguntavam eles, as ovelhas deviam ser de cores diferentes?

"Agora'" gritou Epimênides, "preparem-se para soltar as ovelhas na ladeira sagrada! Uma vez soltas, deixem que cada animal paste onde quiser, mas façam com que seja seguido por um homem que o observe cuidadosamente." A seguir, levantando os olhos para o céu, Epimênides orou com voz profunda e cheia de confiança: "ó, tu, deus desconhecido! Contempla a praga que aflige esta cidade! E se de fato tens compaixão para perdoar-nos e ajudar-nos, observa este rebanho de ovelhas! Revela tua disposição para responder, eu peço, fazendo com que qualquer ovelha que te agrade deite na relva em vez de pastar. Escolha as brancas se elas te agradarem; as pretas se te causarem prazer. As que escolheres serão sacrificadas a ti - reconhecendo nossa lamentável ignorância do teu nome!"

Epimênides sentou-se na grama, inclinou a cabeça e fez sinal aos pastores que guardavam o rebanho. Estes vagarosamente se afastaram. Com rapidez e voracidade, as ovelhas se espalharam pela colina, começando a pastar. Epimênides ficou ali sentado como uma estátua, com os olhos baixos.

"É inútil", murmurou baixinho um conselheiro. "Mal amanheceu e raras vezes vi um rebanho tão faminto. Nenhum animal vai deitar-se antes de encher o estômago e quem acreditará então que foi um deus que o levou a isso?"

Epimênides deve ter escolhido esta hora do dia deliberadamente!" respondeu Nícias. "Só assim poderemos saber que a ovelha que se deitar o fará em obediência à vontade desse deus desconhecido, e não por sua própria inclinação!"

Mal Nícias terminara de falar quando um pastor gritou: "Olhem!"

Todos os olhos se voltaram para ver um carneiro dobrar os joelhos e deitar-se na relva.

"Eis aqui outro!" bradou um conselheiro surpreso, fora de si por causa do espanto. Em poucos minutos algumas das ovelhas se achavam acomodadas sobre a relva suculenta demais para que qualquer herbívoro faminto pudesse resistir - em circunstâncias normais!

"Se apenas uma deitasse, teríamos dito que estava doente!" exclamou o presidente do conselho. "Mas isto! Isto só pode ser uma resposta'"

Com os olhos cheios de reverência, ele se voltou, dizendo a Epimênides: "O que faremos agora?"

"Separem as ovelhas que estão descansando", replicou o cretense, levantando a cabeça pela primeira vez desde que invocara o deus desconhecido, "e marquem o lugar onde cada uma se acha. Fa­çam depois com que os pedreiros levantem altares - um altar em cada ponto onde as ovelhas descansaram!"

Pedreiros entusiastas começaram a fazer argamassa e no final da tarde ela já havia endurecido o suficiente. Todos os altares se achavam preparados para uso.

"Qual o nome do deus que gravaremos sobre esses altares?" perguntou um dos conselheiros do grupo mais jovem, excessivamente ansioso. Todos se voltaram para ouvir a resposta do cretense.

"Nome?" repetiu Epimênides, como se refletindo. "A divindade, cuja ajuda buscamos, agradou-se em responder à nossa admissão de ignorância. Se agora pretendermos mostrar conhecimento, gravando um nome quando na verdade não temos a menor idéia a respeito dele, temo que vamos apenas ofendê-la!".

"Não podemos correr esse risco", concordou o presidente do conselho. "Mas com certeza deve haver um meio apropriado de - de dedicar cada altar antes de usá-lo."

"Tem razão, sábio conselheiro", declarou Epimênides com um sorriso raro. "Existe um meio. Inscrevam simplesmente as palavras agnosto theo - a um deus desconhecido - no lado de cada altar. Nada mais é necessário."

Os atenienses gravaram as palavras recomendadas pelo conselheiro cretense. A seguir, sacrificaram cada ovelha "dedicada" sobre o altar marcando o ponto em que a mesma havia deitado. A noite caiu. Na madrugada do dia seguinte os dedos mortais da praga sobre a cidade já se haviam afrouxado. No decorrer de uma semana, os doentes sararam. Atenas encheu-se de louvor ao "Deus desconhecido" de Epimênides e também a este, por ter prestado socorro tão surpreendente de um modo verdadeiramente engenhoso. Cidadãos agradecidos colocaram festões de flores ao redor do grupo despretensioso de altares na encosta da Colina de Marte. Mais tarde, eles esculpiram uma estátua de Epimênides sentado é a colocaram diante de um de seus templos.

Com o correr do tempo, porém, o povo de Atenas começou a esquecer-se da misericórdia que o "deus desconhecido" de Epimênides lhes concedera. Seus altares na colina foram negligenciados e eles voltaram a adorar centenas de deuses que se mostraram incapazes de remover a maldição da cidade. Vândalos demoliram parte dos altares e removeram pedras de outros. O mato e o musgo começaram a crescer sobre as ruínas até que ...

Certo dia, dois anciãos que se lembravam da importância dos altares pararam diante deles a caminho do conselho. Apoiados em seus bordões eles contemplaram pensativos as relíquias ocultas por trepadeiras. Um dos anciãos retirou um pouco do musgo e leu a antiga inscrição encoberta por ele: " 'Agnosto theo'. Demas - você se lembra?"

"Como poderia esquecer?" respondeu Demas. "Eu era o membro jovem do conselho que ficou acordado a noite inteira para certificar-me de que o rebanho, as pedras, a argamassa e os pedreiros estariam prontos ao nascer do sol!"

"E eu", replicou o outro ancião, "era aquele outro membro jovem e ansioso que sugeriu que fosse gravado em cada altar o nome de algum deus! Que tolice".

Ele fez uma pausa, mergulhado em seus pensamentos, acrescentando a seguir: "Demas, você talvez me considere sacrílego, mas não posso deixar de sentir que se o "Deus desconhecido" de Epimênides se revelasse abertamente a nós, logo deixaríamos de lado todos os outros!" O ancião barbudo balançou o bordão com certo desprezo na direção dos ídolos surdos e mudos que, em fileira após fileira, cobriam a crista da acrópole, em número maior do que nunca antes.

"Se Ele jamais vier a revelar-se", disse Demas pensativamente, "como nosso povo saberá que não é um estranho, mas um Deus que já participou dos problemas de nossa cidade?"

"Acho que só existe um meio", replicou o primeiro ancião. "Devemos preservar pelo menos um desses altares como evidência para a posteridade. E a história de Epimênides deve, de alguma forma, ser mantida viva entre as nossas tradições."

"Uma grande idéia a sua!" entusiasmou-se Demas. "Olhe! Este ainda está em boas condições. Vamos empregar pedreiros para pô-lo e amanhã lembraremos todo o conselho dessa antiga vitória sobre a praga. Faremos passar uma moção para incluir a manutenção de pelo menos este altar entre as despesas perpétuas de nossa cidade!"

Os dois anciãos apertaram-se as mãos para fechar o acordo e, de braços dados, seguiram caminho abaixo, batendo alegremente os bordões contra as pedras da Colina de Marte.

— Aos que me acompanharam até aqui, nessa leitura entusiasmada, oque diremos nós maninhos e maninhas, oque nós diremos, eu você, e todos aqueles que segui a Jesus Cristo com a consciência que nEle o Pai depositará todas coisas, diante desse relato magnifico, desse DEUS DESCONHECIDO, não tenho muito a fala não — A não ser, falar oque o próprio Paulo, Apostolo de Cristo pela vontade do ETERNO disse; Ora, todos os atenienses, como também os estrangeiros que ali residiam, de nenhuma outra coisa se ocupavam senão de contar ou de ouvir a última novidade. Então Paulo, estando de pé no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vejo que sois excepcionalmente religiosos; Porque, passando eu e observando os objetos do vosso culto, encontrei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais sem o conhecer, é o que vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido por mãos humanas, como se necessitasse de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas; e de um só fez todas as raças dos homens, para habitarem sobre toda a face da terra, determinando-lhes os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação; para que buscassem a Deus, se porventura, tateando, o pudessem achar, o qual, todavia, não está longe de cada um de nós; porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois dele também somos geração. Sendo nós, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou prata, ou pedra esculpida pela arte e imaginação do homem. Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam; porquanto determinou um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que para isso ordenou; e disso tem dado certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos. Atos 17:21-31

Inserida por FranciscoWallas

Com paciência retiro cada espinho que jogaram em meu caminho
Com mansidão suporto todas as criticas e humilhações
Com sabedoria procuro superar todos os obstáculos que
a vida me impõe
Com esperança me levanto todas as vezes que tropeço e
caio
Com fé sigo o meu caminho sempre acreditando que o
Meu amanhã será bem melhor e que minha vitória vinrá!

Inserida por camilyrosario

Caminho da vida...
Por onde quer que vá,
seja o caminho da vida,
próspero de minhas necessidades e livre,
daquilo que não me serve
e nada me acrescenta.
Que as pedras, sejam afastadas,
mas não retiradas,
para que ao tropeçar nelas,
eu desperte
e continue a caminhar
mais atenta a tudo
aquilo que me cerca.
by/erotildes vittoria

Inserida por erotildesvittoria

Diante do rio a saudade bate dos momentos de embate e
perante a estrada que caminho todos os dias encontro os desafios que deixa meu coração por um fio.
Na sociedade sou a maldade
Na comunidade a humildade
No Brasil sou índice
E na minha casa sou o refugiado
Na literatura encontro o caminho e nela percebo que a flor não só tem espinho. Preto, mulato, branco, pardo, vermelho, gordo, magro, obeso e esqueleto tudo é motivo de preconceito. Vejo de longe e de perto que a ignorância é que deixa as pessoas a margem de um pensamento alienado, sem perspectiva de crescimento e que ainda colabora para que outras caiam em seu tormento.
Do meu pensamento eu vivo, porque o que está aqui dentro ainda se encontra vivo, vivo de amor, de esperança e vivo também da nova aliança, no gueto a criança canta, dança faz arte e mesmo assim no gueto ainda acontece desastre. Pararemos para refletir, melhor para agir e assim de toda forma inibir qualquer que seja o motim. Quando se busca uma nova forma de viver, encontramos de fato a paz. Menino sagaz da viela, ou o taxado de playboy são os mesmo que adiante lutará por nós. Meu Brasil, minha Bahia minha terra de rainhas e reis jamais te abandonarei.
Wesley Dias

Inserida por WESLEYGDIAS

É tanta gente fechando os olhos pro amor.
Não tem outro caminho: ajudar a senhora a subir no ônibus, abrir a porta pra mãe com criança no braço, parar o carro pra alguém atravessar, doar 500 cestas básicas pra quem precisa e tantas outras coisas, que estejam ao alcance daquilo que cada um pode fazer, são capazes de tornar tudo mais feliz, mais em paz.
Amar é coisa grande que vira prática nas coisas pequenas. Um abraço, um sorriso, um bom dia. Qualquer coisa que faça bem. Dá pra evitar tanta coisa ruim! E é simples o caminho: fazer coisa boa!
Quem pode fazer coisa boa, faça. Não espere nada. Apenas faça.
"Filhinhos, não amemos de palavra nem de língua, mas de fato e de verdade", foi o que João disse no cap. 4 da primeira epístola. João que viu o Cara que o ensinou isso amando por meio de coisas tão simples [e também de grandes].
Que não haja cobrança, mas dedicação sobre aprender o mais puro com aquele que amou primeiro, e então o mundo seja um lugar melhor. Ao menos um pouco melhor.
O amor é o que brilha.

Inserida por nathan7

Um minuto sem amar...

E por um minuto inconstante perco
a vontade de amar
deixo pelo caminho o sentir
adormeço o sonho escrito em pergaminho
que um dia hei - de reler
o meu peito ameaça transbordar
me perco achando seu caminho
minha garganta pulsa
o amor cansado voa
como pássaro assustado
lábios suplicantes
atormentam as palavras
só os silenciosos gritos
ecoam no tempo
como um corvo pedindo abrigo
no santuário da paixão
entregue aos devaneios
que ferem a carne por dentro
este minuto insano
sem teu amor
são como asas engaioladas
em meu coração
que lutam para voar
meu rosto alquebrado
cheio de sombras
mistura na alma
as cores de amar
e em fração de segundos
transformo-nos em borrão
ah se este minuto não durasse uma eternidade
transforaria as minhas notas
em segundos infinitos de amor
voaríamos em outros mundos coloridos
e cantaria
sem medo de nos perder no tempo...

Inserida por AnaTerezaATAB

Meu Caminho

Num gesto desesperado
Elevei aos céus meus olhos inchados
Procurando no escuro opaco
Teus olhos na imensidão cinzenta

Meu coração se escurece
Pois mesmo com a mais dura prece
Meu demônio só cresce
Detrás dos portões de meu íntimo

Teu sustendo vem do abraço da solidão
Que o mantém próximo como querido irmão
Daquele que um dia lhe pareceu digno de perdão

O que busco agora no dito azul infinito
É achar Meu Caminho, um alguém tão perdido
Onde meu espírito não seja ferido
Nem por mim, nem por outro, nem ninguém.

Inserida por StaWod

Eu me perdi no caminho
Eu não vejo nada na neblina de meu coração
Tão difícil e doloroso de explicar
O que acontece dentro de mim
Tão confuso e inesplicavel esta situação

Eu não consigo enxergar
O que daria a minha liberdade
Eu não consigo ver
A guerra em meiu peito,
Apenas sentir
Não sei como conseguir
Como expulsar toda esta tristeza
Dentro de mim

Eu posso correr
Mas nunca darei em algum lugar
Onde possam finalmente me ver
Eu não sei como me libertar
Deste medo, dos pensamentos ruins
Para me mostrar ao mundo

Em lugar vazio
Apenas como um feixo de luz
Fantasiando futuros em minha cabeça
Mas não me movendo para serem concretos
Pois não sei abrir a janela

Não sei como reagiram ou se entenderam
Quero me mostrar ao mundo
Como realmente sou
Quero mudar de posição
Quero expandir esta luz
Mas mal sei por onde começar

Inserida por Anoniima

Só queria que você soubesse
Que as estrelas não brilham mais
Que a lua não ilumina mais o caminho
Que minhas noites estão mais escuras sem você

Você era o centro do meu universo
Você me fazia sorrir de um jeito que ninguém fazia
Você me amava de um jeito que ninguém nunca amou

Eu ainda espero pela sua luz
Iluminando meu caminho
Em meio a escuridão

Inserida por Anoniima

Espalhei pétalas pelo caminho
Como que a indicar a direção
Não foi o bastante
Deixei cores de arcos iris de lágrimas
misturadas aos sóis de esperanças que tive
E tudo passou
Quando vi alguém ocupar meu lugar
lamentei, oh sorte
E desejei a morte
Mas sobrevivi
Não me restou alternativa a não ser frutificar da semente
Um pingo de dignidade
E renascer...

Inserida por OscarKlemz