Textos de Boas Energias

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Vivi ao tentar amar
Perdi ao tentar mentir
Venci ao tentar lutar
Caí ao tentar partir

Cresci ao tentar rezar
Subtraí ao tentar trair
Investi ao tentar somar
Omiti ao tentar sentir

Existi ao tentar voar
Desisti ao tentar sorrir
Consegui ao tentar passar
Resisti ao tentar ruir

Pressenti ao tentar pensar
Dormi ao tentar sair
Digeri ao tentar parar
Evoluí ao tentar subir

Vesti ao tentar causar
Ouvi ao tentar fluir
Admiti ao tentar lacrar
Insisti ao tentar florir

Tentei morri covarde
Conquistei pari coragem

Inserida por andre_villasboas

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Amizades não são impostos compulsórios
Laços afetuosos não dissipam nossa compostura
Na sobriedade armazenada em barris de carvalho
Na embriaguez coletada em nascentes potáveis
Condescendência não se sustenta sem lisura

Amizades não são tributos mandatórios
Elos afáveis não consomem nossa virtude
Na discrição engarrafada em pallets de madeira
No pileque reunido em estuários correntes
Benevolência não se sustenta sem atitude

Amizades não são dízimos capitais
Ligações amistosas não esbanjam nossa castidade
Na austeridade gravada em medalhas de prata
No porre recolhido em baías balneáveis
Diligência não se sustenta sem verdade

Inserida por andre_villasboas

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Ansiedade, não me devore
Ansiado estou, regozijo diário
Aflição, não me apavore
Preocupado estou, eterno cenário

Instantâneo não perdura
A unanimidade é burra
Estou a levar uma surra
O frenesi me sussurra

Afobado estou, imutável otário

Felicidade, não me demore
Apurado estou, mal do sagitário
Sorte, me revigore
Dedicado estou, é deficitário

Prosperidade que não dura
A velocidade me empurra
Estou a pedir com condura
A alucinação me esturra

Acalmando estou, sou retardatário

Sucesso, não evapore
Preparado estou, é fiduciário
Resiliência: não comemore!
Consciente estou, pois é temporário

A idade amadura
O tempo me urra
Visto armadura
Venci a ditadura

Saciado estou, sou majoritário

Inserida por andre_villasboas

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Liberdade é manifestar...
Nome e sobrenome sem receio
Sonhos e conquistas dos anseios
Amores e afirmações sem rodeios

Viver é expandir...
Sem invadir os limites de ninguém
Falar, ser ouvido e compreendido por alguém
Concordar ou discordar sem retificações
Somar e ratificar sem abreviações

É poder andar, cantar
Dançar, rir e chorar
É ser carne, osso e espírito
Gargalhar sem motivos
Sorrir para as crianças
Espreitar o subjetivo

É poder ficar feliz ou triste
Errar, perdoar, aprender e evoluir
Aplaudir o privilégio
Exorcizar o sacrilégio
É fazer nossa alma fluir

Inserida por andre_villasboas

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Quando espreito condições adversas, as tiro das sombras e as coloco sob a luz. Assim confronto meus maiores temores a partir da racionalização da origem. Caso fuja do que chegou para testar minhas fraquezas, posso ficar acorrentado no passado ou encadeado no futuro.

Depressão, ansiedade e ausência íntegra de uma reconexão com um presente que espera o máximo de mim. A guerra interior é desencadeada, e eu crio minhas trincheiras para eliminar tudo que tenta esmagar meu coração.

Reviro minhas gavetas e busco na dor extrema, aquilo que pode ser a base do iceberg. Neste exato momento expando minha consciência e volto a respirar evolução e prosperidade.

Um guerreiro não parece, ele é.

Inserida por andre_villasboas

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Sonhar é ansiar o impossível
Realizar é tornar factível

Escrevi não tinha tinta
Recitei não tinha verso
Comprimi não tinha cinta
Inverti não tinha inverso

Adoeci não tinha leito
Pari não tinha feto
Amamentei não tinha peito
Dormi não tinha teto

Engordei não tinha roupa
Mastiguei não tinha dente
Ruminei não tinha boca
Atirei não tinha pente

Laborei não tinha aula
Soletrei não tinha letra
Capturei não tinha jaula
Discuti não tinha treta

Projetei não tinha escala
Plantei não tinha rosa
Viajei não tinha mala
Conversei não tinha prosa

Garimpei não tinha ouro
Meditei não tinha mantra
Amarelei não tinha louro
Contraiu não tinha câimbra

Planejei não tinha plano
Juntei não tinha caco
Enxuguei não tinha pano
Naveguei não tinha barco

Acordei não tinha sol
Encorajei não tinha luta
Relacionei não tinha rol
Atendi não tinha escuta

Rezei não tinha vela
Advoguei não tinha caso
Adotei não tinha tutela
Posterguei não tinha atraso

Subi não tinha escada
Abri não tinha janela
Queimei não tinha largada
Fritei não tinha panela

Escavei não tinha terra
Soprei não tinha vento
Amputei não tinha serra
Superei não tinha talento

Inserida por andre_villasboas

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Sete dois; comecei a ensaiar o livre arbítrio no ventre da minha genitora, e materializei meu elo com o mundo já no primeiro choro. O aprendizado, a dor e o desconhecimento do provérbio "só se afoga quem sabe nadar". Afundei nas minhas primeiras tentativas ao optar pelo gume errado da faca, e lembrei que a piscina amniótica não serviu como treino.

Criei uma carapaça tão forte quanto a armadura de Ogum, "cascorei" e saí cavalgando até tropeçar com a fraqueza dos fortes. A ansiedade antagônica e latente me desviou do tempo do Homem, e hoje ainda me sinto responsável pela erupção de algo adormecido perante a visão daqueles que ignoram.

Enquanto meu âmago ainda espera por um comportamento diferente do mundo, torço calado por uma reação massiva à minha voz.

Inserida por andre_villasboas

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Quando me predisponho a sentar, escrever e decifrar a vida com doses de eloquência e pragmatismo, faço associações e remissões para um raciocínio coerente e fechado. Invariavelmente, meus pensamentos estão associados ao propósito e remetidos aos vínculos estabelecidos entre o nascer e morrer.

Propósito para termos um futuro que impulsione nosso presente, e vínculos porque não construímos destinos com carreira solo. Temos os que torcem incondicionalmente, os que aplaudem, os que invejam, os que são indiferentes, e aqueles que fazem acontecer junto. Todas essas interações na busca por um sentido, tornam-se vínculos.

É muito surreal achar que um propósito almejado e plantado ao longo de uma jornada linda e exaustiva, bem como os vínculos impagáveis que construímos ao longo deste percurso, aconteçam sem explicações ou justificativas. É muito raso acreditar que tudo faz parte de uma cadeia fria e evolutiva, com legados inteiros virando pó sem uma perpetuidade espiritual. Não se trata de apego, mas de sanidade.

Prefiro acreditar em um fio invisível que estabeleça conexões após nossa desmaterialização, que nos conecte aos nossos antepassados e tudo aquilo que absorvemos de aprendizado para uma encarnação mundana. Prefiro desacreditar que depois de tanta luta e troca, tenhamos que nos preparar para uma finitude, um desfecho vazio para os que partem e cruel para os que ficam.

A vida nos ensina o poder dos significados, e por isso buscamos um sentido para tudo. Eu imagino uma morte travestida de renascimento, um legado ativo das pessoas que tive a sorte de conviver, e uma consciência imortalizada para uma evolução espiritual. Se meus pensamentos são fruto de um delírio pessoal, porque existimos e aprendemos a amar tanto a vida quanto o próximo?

Inserida por andre_villasboas

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Devotei boa parte da vida ao acaso, mas foi o descaso alheio que implodiu nas minhas entranhas. Frustro, afoguei minhas expectativas em lágrimas de descrença e vi minha magia exclusa da vulgaridade que se agarra aos abecedários triviais.

Segui sem estupidificar minha mensagem, e vi os frutos da minha imaginação morrerem em terrenos inóspitos. Direcionei minha alma para os que enxergam além dos estribilhos que viram bordões na boca dos insipientes, e reagià força centrípeta que comprime toda a manada no senso comum.

Sustentei meu cerne, mas perdi para os estereótipos e protótipos que pregam o populismo. Vi o frenesi da criação transbordar de erudição pelas minhas próprias mãos, e naufraguei em um mar inepto e desprovido de sentido.

Quase meio século e sinto que estou ermo, mas prostituir meu talento seria divagar em tempestades de sucesso, enlouquecer diante de algo que não se presume e me resume sem autenticidade.

Entre aniquilar minha essência e pluralizar, fico singular.

Inserida por andre_villasboas

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Existem situações que nos levam a uma saudade imensurável, e aí vemos o Universo parar no tempo. Se melancolia remete a coisas não experimentadas, nostalgia é a lembrança vivida na prática.

Ontem senti uma agrura psicológica e quis ser 36 anos mais novo. Balbuciei uma juventude de barba e cabelos brancos.

Inserida por andre_villasboas

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Do samba ao fado
Subitamente
O impossível golfado

A tarde decora
Meu cárcere privado
O silêncio isola
Meu grito abafado

O tempo passou
A barba cresceu
O diabo amassou
Pão desvaneceu

A noite aflora
Meu décimo verso
Meu medo evapora
Joguei pro Universo

Pensamento fluiu
Dormi, repensei
A vida extorquiu
Meu triunfo, cobrei

O dia acalora
Meu sol, astro-rei
Caipira, caipora
Eu desenterrei

Meu tesouro perdido
Meu sonho real
Tudo faz sentido
Brasil, Portugal

Inserida por andre_villasboas

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⁠Sentei à margem do rio
Do cais espreitei o cais
Da nascente para Foz
Corrente inquieta
Barcos inertes

Observei minha tela
Emoção fluiu na inquietude
Razão ancorou na estaticidade
Distanciei os pólos do vislumbre

Legitimei a inconstância
Autentiquei a impermanência

Fechei as janelas da alma
Clamei por equilíbrio
E meu córtex reverenciou o rio

Chorei, lembrei de você
Olhei para o horizonte
E minha razão já estava longe

Inserida por andre_villasboas

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Fulgurei no picadeiro ao transformar dor em metáfora. Maquiei a minha retórica e retoquei a sua anáfora.

Recitei tais repetições ao esgotar minhas alegorias. Evitei as contradições e mergulhei na poesia.

Cunhei minha resiliência ao acordar da letargia. Carreguei as raízes nas asas e abdiquei da nostalgia.

Amputei um passado longínquo ao bancar tal decisão. Alinhei o que era oblíquo e persisti na fulguração.

Inserida por andre_villasboas

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O Fascismo feroz
zanzou loucamente pela Esplanada
A Liberdade sem voz
foi abortada pela Mãe Gentil
E a Democracia do “Nós”
foi perseguida por uma matilha
e suas cadelas no cio

O ex-presidente algoz
excomungou a paz e fugiu da justiça
O articulador atroz
insuflou a desgraça do Boca Raton
E a polícia de Oz
estava em Nonéstica
e se eximiu do epílogo Dantesco

O pré, durante e após
do Capitólio Tupiniquim
da intolerância enrolada na bandeira
e da opressão carregando uma cruz
deixa-nos uma grande lição
o ventre que abortou a igualdade
continua mais fértil que nunca

Regresso

Inserida por andre_villasboas

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O Brasil está entorpecido

do antagonismo burro
da oposição ignorante
de contradições levianas
da altercação deliberada
da desinteligência vil
da incongruência malévola
da discórdia mentirosa
de sequelas fascistas
de regimes despóticos
de sementes tiranas
de símbolos nacionalistas
de preconceitos cabais

e precisamos curar a ressaca
bolsonarismo nunca mais

Inserida por andre_villasboas

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Meus olhos choveram
Quando perdi você
Os lábios tremeram
Pois não pude te ver

Parte do que sou, extirpado
Silêncio ecoou, gritado
O vento levou, cremado
Sua alma elevou, curado

Minhas mãos escreveram
Quando lembrei de ti
Os dentes cerraram
Quando tentei sorrir

Agonizei quando percebi
Morri depois que partiu
Renasci assim que entendi
Aceitei o que Deus decidiu

É vida que segue
Mesmo longe de ti
E onde estiver
Sei que zela por mim

Inserida por andre_villasboas

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Eu e o horizonte
Um fio invisível
Dois gêmeos siameses
Simbiose perfeita
Escambo incondicional

Descanso as retinas
Clamo por inspiração
E tudo ao redor goteja
Pinga, destila

Escancaro meu cerne
E as palavras me molham
Encharco de criatividade
E simplesmente escrevo

Sempre foi assim
Registro autoral
O entorno, interpretativo
O adorno, contemplativo
Só me expresso

Banho diurno, alma lavada

Alforria das folhas de gaveta
Metamorfose, aviões de papel
Serei descortinado?

O ceticismo celebra
O ostracismo agradece
O anticeptismo expõe
O talento resplandece

E somente o tempo
Juiz da sentença
Senhor do deferimento
Saberá o futuro

E eu, poeta presente
Em vida, na morte, talvez

Que venha o que vier
Que seja o que for
Advogarei pelo anticeptico
E conduzirei meu lado cético
Ao banco dos réus

Que assim seja

Inserida por andre_villasboas

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Quem me dera decifrar
A intimidade codificada
Poderia potencializar
A sensibilidade inesgotável

Quem me dera entender
O coração intervalado
Poderia externalizar
A febre interna que não cede

Oxalá, eu tivesse
Esta habilidade sensorial
Revigorizaria minha mente
Transcenderia a obviedade

Oxalá, eu tivesse
O dom da racionalização
Endureceria minhas emoções
Amoleceria duras razões

Eu escreveria o belo inimaginável
Dissertaria o airoso extraordinário
E atropelaria a pobreza midiática

Enquanto isso
Minha mente prosa
Meu coração poesia

Inserida por andre_villasboas

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Antes romances e dramas baseados em realidade, que ficções recheadas de conversa. Nossa história não precisa de personagens fictícios, mas de protagonistas reais.

Autenticidade de dentro para fora, genuidade de fora para dentro e legitimidade de cara lavada. Sem scripts, medos ou âncoras.

Nada que nos acorrente a uma única cultura ou nos algeme em um único lugar. Tudo que possibilite imprimir nossas digitais nos lugares e pessoas que tendem a figurar nos capítulos que ainda escreveremos juntos.

Inserida por andre_villasboas

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Lindo mundo
Dentro de mim

Mundo sincero
Rodeado de hipocrisia
Mundo altruísta
Ladeado de egoísmo
Mundo intenso
Sitiado de preguiça
Mundo transparente
Cercado de escuridão

Sou o que sinto
Vivo o que penso
Implodo quando frustro
Explodo se reconsidero

Sou o que sou, extinto
Desequilibro, descompenso
Esclareço se ilustro
Resiliente quando espero

Belo acervo
Dentro de mim

Abundante verdade
Rodeada de mentira
Abundante benevolência
Ladeada de ganância
Abundante jovialidade
Sitiada de inveja
Abundante clarividência
Cercada de dúvida

Sou eu, rei de mim
Sem reinado, influência
Sou o que sou, grande jardim
Sem gramado e indulgência­­

Inserida por andre_villasboas