Textos de Beleza
Quando estou a te contemplar
imagino o quão tu serias linda,
muito mais do que eu ando a falar
se eu pudesse te olhar
por meio de uma visão interestrelar.
Pois estando em uma cidade
o que é vejo é apenas uma ideia,
uma especifisidade
daquela que sabe encantar toda a plateia.
Porque, no campo,a beleza que encanta
como a da majestosa Lua cheia,
tem como parceiro, um amigo que gorgeia
o amor das estrelas que brilha como a lareira
despertando a atenção, até daqueles,
que ignoram a sua verdadeira beleza.
Nenhuma câmera jamais conseguirá capturar toda a magnificência que nossos olhos contemplam. O mundo ao nosso redor é um verdadeiro espetáculo de cores, formas e detalhes, e é simplesmente impossível reproduzir toda essa beleza em uma imagem ou vídeo. Os olhos são os verdadeiros artistas, capazes de capturar instantaneamente todas as nuances e sutilezas que a vida tem a oferecer, e transformá-las em momentos inesquecíveis. A câmera pode até tentar, mas sempre ficará aquém da maravilha que nossos olhos são capazes de enxergar. Portanto, abra bem os olhos e aproveite cada segundo dessa incrível obra de arte chamada vida.
Insta: @elidajeronimo
“Faz com que o mundo, não tem mais sentido, eu não ligo.”
Digo o que vivo e vivo o que digo,
Entre tropeços e reparos, me ilumina a certeza,
Me recompensa a beleza de vida!Ah que vida,
Te ter um Deus comigo,
Meu amigo.
Já vivi o oposto,
Vida sem gosto.
Escrava do dinheiro, de um isqueiro,
Noite fria, garrafa vazia,
O som do silêncio de uma alma que grita,
Aflita,
Batia a cabeça no travesseiro,
Que desespero!
O sono não vinha, paz eu não tinha.
Me arrumava pra festa, festa?
A corta essa...
Alegria falsa é o que resta.
Rodeada de gente bonita,
Toda rica, só não se sabe de que.
Segurando numa mão um vazio
E na outra um pavio,
Prestes a estourar, será?
Não se engane amigo,
O mundo é bonito, até quando tu acordar.
Sono da morte, e se não tiver sorte, a merce ficará.
Eu só queria deitar num tapete com você,
Perder tardes inteiras imbuídas de risos despejados sem sentido,
Escrever meu nome com o seu naquela arvore,
Como num clichê daquele filme que não vimos juntos,
Ouvir músicas inteiras embalando nossa trilha sonora,
Fazer filhos da fé. (Há quem entenda).
Ter poesias declamadas com hálito de café pela manhã, vestidos de meias, havaianas e moletom,
Criar,
Viajar horas planejando nossa viajem, ainda que não saia do papel.
Caminhar pela cidade de mãos dadas,
Transformando todo cinza em verde-água.
Ver o sol se Partir filosofando pela noite até o sol raiar.
Formato em nuvens,
Cafuné.
Contar estrelas e sorrir...
Só pela presença.
Viver à Pressa
Flor que nasce na primavera,
Olho para ti, pareces tão bela,
Cesso o meu passo para te olhar
Até à noite te procuro ao luar.
Flor que ignora as garras do tempo,
A hora não passa enquanto contemplo
A cor que não te envergonhas de ser,
Até quando o mundo não te está a ver.
Flor que só vive do sol e da chuva,
Ouves tudo o que o vento murmura
E guardas segredo como se tua voz fosse,
Em estranha humildade que me sabe tão doce.
Flor que aos meus olhos perdidos é pedra,
Já não és novidade que o meu olhar espera,
Mas continuas sorrindo na sábia certeza:
Não é do olho que olha a tua beleza.
Flor que me observa enquanto eu passo,
Os meus olhos para ti já não têm espaço,
Inebriados bebem do que não interessa,
Não sabem sentir porque sentem com pressa.
Flor que está ao longe acredita em mim,
Um dia terei força para voltar ao jardim
E perceber que mais vale cessar o meu passo
Que caminhar errante sem à beleza dar espaço.
Despe-te...
Olhei,
Como se o olhar te despisse e vi-te como és:
Parede que se esconde em palavras e atos que não és tu
E muralha de receios que suspendem a beleza que se quer mostrar.
Desisti,
Se te escondes não deixas que eu te encontre,
Se gritas não se ouve a voz que és
E se não és tu, como me posso apaixonar por ti?
Voltei a lutar,
Porque sei que a parede não são mais que tijolos,
Sei que as palavras não são sentimentos
E a beleza, nunca a soubeste ocultar.
Deixa de lutar,
Seria tão fácil se apenas fosses tu,
Se o teu grito não abafasse a voz da tua essência
E não receasses mostrar aquilo que nunca se quis esconder.
O mundo está repleto de belas coisas
que infelizmente não são para todos,
porque nem todos se permitem contemplar
essas belas coisas.
O belo não costuma ser raro,
raros são os olhares treinados para
reconhecer sua magia.
Com todos os ônus e bônus,
as pessoas raras têm acesso a raras contemplações, aprendizados e vivências
concebidas como verdadeiras bênçãos da vida.
Yasmin
Espirituosa e encantadora
Carrega em si uma energia encantadora
Brilha mais que o sol
Seu sorrio encanta quem a encontra
Sempre em sincronia com céu, terra e mar
Yasmin carrega sua beleza no olhar
Quem a conhece de verdade
Não tem coragem de magoar
Sua gentileza e bondade é difícil de encontrar
Conhecendo raizes
De pele escura e tranças firmes
Segue uma cultura que não se atinge
De turbante enrolado e bacia na cabeça
Lá vai ela, como se fosse a rainha da beleza
Do trigo ao pó
Do grito ao céu
Lá vem a moça bonita dos olhos de mel
Da chuva que cai
Do vento que sai
É a magia africana
Aquele que distrai
Da senzala
Pra liberdade
Hoje vem mostrar pro mundo
O que é beleza de verdade
Natureza
Olhando a imensidão do mar
Analisando a calma
Que ele me traz
O que me falta mais?
Pisando na areia
Pensando no que
Me anseia
Sem preocupar com a opinião alheia
Só esperando a
Lua cheia
O som das ondas
Batendo na areia
Traz uma paz serena
Que me deixa plena
Diante desta cena
Entrando na água fria
A pele até arrepia com toda esta boa energia
Que vem com a maresia
Causando alegria
Contemplar a natureza
Admirando sua beleza
Entendo com clareza
Toda sua grandeza
Diante de tamanha nobreza.
Por vezes amizades virtuais são mais reais do que as realmente reais...
E em certas ocasiões especiais, elas são extremamente benvindas...
Fazendo com que as amizades possam sentir-se juntas ainda que distantes...
Osculos e amplexos
Marcial
A BELEZA DAS AMIZADES VIRTUAIS
Marcial Salaverry
Para entender como surgem as amizades virtuais, temos que lembrar que o advento do computador possibilitou uma agilidade tal nas comunicações, que favorecem o surgimento dessas chamadas "amizades virtuais", principalmente pela necessidade que muitas pessoas sentem em conversar, trocar idéias, confidencias, enfim, coisas de amigos. Mas com uma grande vantagem, que é a distancia entre os interlocutores, possibilitando uma conversa íntima, sem o tradicional olho no olho, que muitas vezes inibe as pessoas, e com o aparecimento de certos contratempos, que desaconselham contatos pessoais, e assim a virtualidade faz sua parte...
Essas amizades virtuais são feitas com a rapidez de um e-mail, ou de um "zapzap". E muitas vezes são feitas, e até mesmo perdidas, sem sequer um encontro pessoal, dentro de um anonimato real.
É difícil calcular quantos amigos fazemos e até mesmo perdemos no espaço virtual. Geralmente nunca paramos para contar nem para imaginar o quanto pode ter nos custado essa perda. Por vezes, algumas dessas amizades que somem, nos fazem falta. Lamentamos aquele e-mail que não mais apareceu, sem que possamos saber o
real porquê do sumiço. Coisas da "vida internetal..."
Alguns desaparecem, somem nervosos, por causa de uma discussão, mas outros saem tão silenciosamente quanto o virar de uma página, suavemente, sem nada nos dizer. E muitas vezes fazemos o mesmo, ou seja, sabe-se lá porque, corta-se o contato, quebra-se o encanto da amizade, e sem um adeus algo termina, sem que se saiba a razão do acontecido. Da mesma maneira que nasceu do nada, volta para o nada...
Algumas dessa amizades voltam, simplesmente voltam, embora não saibamos, nem porque saíram, nem porque voltaram. Simplesmente reaparecem na telinha. Por que? Ora, porque...Talvez pela necessidade de haver o contato com esse alguem que foi especial, e pode voltar a se-lo... Explicações para o que aconteceu? Para que? Entre
amigos são dispensáveis. Houve, deixou de haver, e estão "havendo", e se voltou a haver, alguma razão houve, e basta a aceitação do fato pura a simplesmente, e se houver o "haverá", o futuro o dirá...
Enquanto alguns reatam os laços, há outros que nunca mais retornam, sem que jamais se possa saber o porque. Analisando e-mails trocados, chegamos à conclusão de que pela perda de alguns a responsabilidade é nossa, talvez por causa de uma palavra grosseira, uma piada mal formulada, ou algo que não entendemos, e pronto, fim de papo. Era uma amizade virtual apenas, que acabou sem penas, pois não era uma realidade virtual... Claro que muitas vezes ficamos intrigados e magoados quando não recebemos retorno de uma mensagem ou quando notamos que estamos sendo evitados, sabe-se lá porque, mas nem sempre vale a pena procurar saber o que foi que aconteceu... Por diversos motivos, não insistimos no contato para saber o porque, simplesmente aceitando o fim da amizade. Afinal, era virtual mesmo...
O número de amigos virtuais que conseguimos, é muito grande, e por muitas vezes, eles são perdidos para sempre. Fazem falta, mas sempre serão substituídos por outros. Assim é o ciclo de vida da virtualidade.
Poderíamos parar por um momento durante o nosso tempo on-line, e ficarmos atentos para sentir o que pode estar acontecendo. Talvez assim possamos detectar a causa do eventual sumiço. Fica a questão sobre o prazo de validade de uma amizade virtual, e de sua intensidade.
Há que se considerar que muitas amizades virtuais permanecem, e mesmo com eventuais sumiços, são sempre reatadas. E solidificam-se após o contato físico. E até podem se transformar em um amoramigo real.
Assim é a virtualidade real dos dias que correm, ou será uma realidade virtual?
E pensando nas amizades virtuais, desejo um real LINDO DIA, esperando que aconteça o tão falado "tudo vai passar..." para que esse LINDO DIA possa ter uma sequencia real, ainda que virtual...
Matinas
Pai inalcançável, quando nós fomos originalmente
expulsos do paraíso, você criou
uma réplica, um lugar de alguma maneira
diferente do paraíso, sendo
planejado para ensinar uma lição: por outro lado
a mesma – beleza em cada lado, beleza
sem alternativas – Exceto que
por não sabermos qual era a lição. Deixados sós,
nós exaurimos uns aos outros. Seguiram-se
anos de trevas; nos revezamos
trabalhando no jardim, as primeiras lágrimas
encheram nossos olhos conforme a Terra
ficou turva com pétalas, algumas
vermelho-escuras, outras cor de carne –
Nós nunca pensamos em você
a quem aprendíamos a venerar.
Nós apenas sabíamos que não é da natureza humana amar
somente aquilo que retribui o amor.
Meditação
Olhe o sol. Imagina essa luz dourada entrar pelo sua cabeça e iluminar todo o seu corpo. E se direcionar para onde vc quiser e iluminar com muita intensidade os seus pés. Para te curar e te dar paz. Depois sinta essa luz retornar para seu coração. Agradeça a Deus e deseje no fundo de sua alma: paz, beleza, gratidão e amor para todas as pessoas do planeta, do mundo e do universo. Amém.
Gratidão sempre😘🙏
'QUANDO EU PARAR DE SONHAR...'
Quando eu parar de sonhar,
serei um hipócrita simulando poesias.
Praguejando dias irreais.
Sem cordilheiras,
fingirei a presença de verbos...
A caminhada será insensata,
abstrata com sua burca espalhando negrume.
O novo Oriente implorará complacência.
Pretenso,
não mais falará de religião...
Quando eu parar de sonhar,
Não terei os abraços convencionais,
desleais/egoístas.
A casa não terá crianças para avivar os dias fúteis.
O ar exalará despedidas misturada à escassez de utopias...
O coração arrítmico confessará segredos não mais sonhados.
Medos terão descansos promíscuos.
Ao lado a realidade verídica,
tão implícita,
agonizando os dias reais...
'VELHO ANO...'
Mais um Velho Ano que se aproxima. Menos saúde para comemorarmos. Milhares de células morrendo. Nunca entendi, por exemplo, algumas das comemorações. Para quê tal, se um Velho Ano não faz tanto sentido, faz tão mal para um velho bocado de pessoas...
Quem conquistou, quem não conquistou não interessa! Interessa nos reconhecemos. Sermos mais irmãos! Se bem que essas frases de Ano Velho não surtem mais efeito na vida das pessoas. Elas continuam as mesmas. Do modo como vieram ao mundo. Talvez não!
Dia dos Namorados, Natal, Ano Velho e Outros tem cara de Segunda-Feira. As pessoas vêm e vão. Outras com fé, outras com sentimentalismo. É aquele famoso rodízio melancolizando os dias que virão...
Que venha o proximo ano parecido com o que se foi. Talvez a grande diferença seja o fato de termos menos tempo. Sabe Deus o quanto! Apesar dos pesares, quero agradecer por ainda estar preso nele, comemorando a minha forma velha de vê-lo...
''NÃO HÁ...'
Não há fases para predizer o presente.
Sequer liberdade para abraçar o infinito derramado sob a terra em avesso.
Nada cíclico!
Para quê infância,
mistérios,
míseros sonhos exalando pelas mãos...
Inerte cenário!
Não há fotografias antigas para matar a saudade!
Nem pinceladas atuais tratando um novo destino.
Sem fotoperíodos para o crescimento do caule na alma.
Só evidencias regressivas estilhaçando desígnios...
Não há imaginário,
fantasias.
Apenas corridas contra o tempo.
Tudo opaco e vazio,
tal qual o eco de um desconhecido falando de razão.
Suspirando um novo espírito nos órgãos.
Sob a janela amarroada,
amparando vaga-lumes,
ausentes de lumes nas seguidas noites sem canções...
'QUANDO EU CRESCER...'
Abarcarei montanhas e mares de ausências, turbulência e poeira nos olhos tornar-se-ão verdadeiras. Ficará a saudade dos abrolhos nas plantas rasteiras exalando o que realmente seria a vida...
As lágrimas cor de sangue ficarão mais impetuosas e perceptíveis. Não haverá mais lugar para elas caírem ou mãos para agarrarem-nas nas pontas. O sol agora em ruínas tornar-se-á mais avassalador, dissecando dores e as poucas esperanças nas tempestades e dias sombrios...
Quando eu crescer, quero ter olhos de criança. Não o ser sem bonança que fizeram de mim: sem identidade própria e lugar no mundo, trancafiado numa caixa de pandora, respirando desvairados acasos e um amotinado de questões sem respostas ...
Tudo acontece lentamente quando se vai espichando o espírito. A coleta de sorrisos esparramados tornam-se resquícios, sem arco-íris. Quer-se acalanto, um mundo menos profano e de todos, sem metafísica...
Quando eu crescer, quero ser um casebre de palha, sem retratos pendurados nas janelas. Sem sequelas ou falas para reproduzir a harmonia passada. Tudo sem dualidades, sem metáforas que fazem da vida uma repetição desastrosa e colapsada. Eu nunca pedi para crescer! ...
'ANÁLOGO...'
Análogo, repetitivo. Ele caminha observando as mesmas imagens. Plantou sua imortalidade nos filhos. Acreditou naquilo que poucos acreditam: cogitação perpétua...
Análogo, símile. Ele acorda às seis da manhã e dorme após às duas da madrugada tentando encorajar seus congêneres. Poucos sabem, mas ele é reticências...
Análogo, tem dormências diárias. Não contraria o acaso. Mas ver-se disperso fitando início, meio e fim. Quebra espelhos! Mas espelha-se no semblante abatido e cansado na qual todos tornam-se...
Análogo, fitando o absurdo. Ele é mudo nas horas hostis. Observa a sobrevivência das orquestras cantando as mesmas canções há milênios. Melodias antifônicas que fazem parte do mundo, sobrevivendo e enraizando as almas...
'LIBERDADE'
E quando algum dia tudo findar,
não serei religião.
Sem razão ou princípios abstratos.
Não mais serei terra seca,
emoções,
essências ou buscas.
Tampouco punhado de areia [fragmentado],
deixado aos cantos,
felicidade exilada ou resignação...
Não serei saudade nas alcateias que compartilhei.
Tudo sempre será como fora um dia.
Sem matilha,
o mundo será o mesmo.
Agora deitado ao chão,
Não quero donzela reascendendo paixão fúnebre ou amores de outrora.
Quero algo maior!
Não o luxo de uma consciência sem lume...
Liberdade!
As portas do primeiro choro cumprirão suas promessas.
Deverias vir sorrindo,
brancacenta,
sem foice nas mãos.
Mais pessoas precisarão serem libertas.
Sentir a calmaria do teu bafo quando a dormência ficar o coração.
Pode vir sem dó,
aduzindo ventos [galhas] e palmeiras...
'ANIVERSÁRIO'
Não gosto de aniversário! De comemorar um ano a menos. Muito chato! Aqueles bolos recheados, devorados por dentro sob à mesa...
Não me dê presentes! Consideremos. Nada de parabéns por uma data destarte. Aniversário não tem sentido. É muito ambíguo. Certo! Já tenho setenta...
Talvez esteja desgastado pelos ventos, Tanta hipocrisia nos olhos. E dias miraculosos. Soltos à espera de destroços. Óbito nos cantos. Não quero velas, não quero palmas...
Ah saudoso aniversário! Quando ao lado cultivava esperanças. Bonanças nas tempestades. Fervilhando-me a alma e a ponta dos pés...
Não quero ser lembrado. Sou indignado por abraços e míseros aniversários que me faz ser humano a cada passo. Ultrajado. Desgastante...