Textos de Autores Famosos

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Secretos Desejos


Desce o Sol ao horizonte, suavemente;
Renasce do outro lado do mundo.
Interiorizas um sonho fecundo
Na noite, mais acolhedor ambiente.

Surgimento de repentinas manias.
Toques sutis, sussurros adocicados;
Lado de dentro, movimentos delicados.
Mulher, revela-se em fantasias.

Mistérios desfeitos na superfície,
Pele como folha de papel;
Dedo, insinuante pincel.
Arte dissimulada por artífice.

Momentos de indescritível sensação
Flor umedecida pelo orvalho,
Êxtase no diverso atalho.
Entregas o que negas pela razão.

Amada impiedosa, contraditória candeia.
Apelos por direta solicitude,
Sinais à merecida atitude.
Descortinas o que te incendeia.

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Refeição


Sacra hora, azeite e reminiscências cristãs à Última Ceia
Celebração reflexiva com elevada alimentação na interioridade
Plenitude por nutrir sabiamente corpo e alma a qualquer idade
Reunião familiar, simbolismo em cada um que a mesa rodeia.

Há o clássico romantismo da celebração amorosa à luz de velas
Casais na paz do amor ensaiando o vínculo nesse encantamento
Nunca se deve perder a substancial chama durante o casamento
Ainda que venham jejuns, tristes indisposições, vazias panelas.

Simplicidade e requinte, tornam-se ao alimento um plano de fundo
Comida industrializada desumana é oponente do organismo humano
Esportistas-referenciais propagando hábitos saudáveis pelo mundo.

Escritor ou leitor, atleta ou sedentário, chef gourmet ou moribundo
Simbólico Mundo de fome e desregramento gera desvalidos todo ano
Palavra-alimento corrige o pensamento como ideal suprimento fecundo.

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Personalidades estilhaçadas


Não caminhamos sobre um mesmo chão.
Não observamos as mesmas coisas,
Ainda que fitemos um mesmo objeto.

Não pertencemos a lugar nenhum.
Não usamos as mesmas palavras,
Ainda que tenham as mesmas letras.

Não sonhamos os mesmos sonhos.
Não pensamos igualmente o Pensar,
Ainda que tenhamos mesma opinião.

Não compartilhamos os mesmos anseios.
Não viveremos uma mesma vida,
Ainda que nasçamos com corpos unidos.

Não respiramos da mesma forma.
Não sentimos os mesmos sabores,
Ainda que saboreando as mesmas frutas.

Não percebemos a variação essencial.
Não enxergamos a nós mesmos no espelho,
Ainda que a imagem permaneça conosco.

Não nos tornamos infalíveis.
Não somos um mesmo personagem,
Ainda que atuemos num mesmo papel.

Não há diferença entre Eu e Nós.
Não existiu somente um em mim,
Ainda que atendam pelo mesmo nome.

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Cem reais

Há quem não vê, cegueiras...
Há quem vê indiretamente
Há quem vê uma simbologia
Há quem vê um signo linguístico
Há quem vê o ovo de Clarice Lispector
Há quem vê a nota rasgada
Há quem vê cigarrinho monetário
Há quem vê um papel estilizado
Há quem vê a maior nota
Há quem vê um maço dela

Há quem vê o preço de um produto
Há quem vê lá e eventualmente
Há quem vê ali e sempre
Há quem vê o fim da sequência de cédulas
Há quem vê 10 notas de 10
Há quem vê a tarja, a marca d'água...
Há quem vê o que não é, a falsificação
Há quem vê a estética
Há quem vê uma garoupa que assistiu pela TV
Há quem vê e lembra dos tempos do "O Dólar Furado"
Há quem vê e quer na coleção

Há quem vê a inflação
Há quem vê um aumento salarial
Há quem vê o investimento multiplicado
Há quem vê um componente da matemática financeira
Há quem vê reserva de divisas
Há quem vê libra, euro, dólar
Há quem vê a bolsa de valores
Há quem vê um tributo
Há quem vê política nisso
Há quem vê uma propina
Há quem vê instrumento para Deus ou Diabo
Há quem vê oferta ou oferenda

Há quem vê filantropia
Há quem vê o sorriso estupefato do mendigo
Há quem vê uma filosofia de vida
Há quem vê a sorte de quem achou na rua
Há quem vê o programa de uma garota
Há quem vê seu valor diminuir
Há quem vê tal valor invertendo valores
Há quem vê o mal do mundo

Há quem vê e sonha
Há quem vê um centenário
Há quem vê aula sobre Saussure
Há quem vê um abstrato número
Há quem vê um retângulo alongado
Há quem vê uma dobradura lúdica
Há quem vê uma aposta
Há quem vê indo pelo ralo
Há quem vê e sente a mão coçar
Há quem vê e imagina cheiro de dinheiro novo

Há quem vê saindo do caixa eletrônico
Há quem vê sendo depositado no caixa
Há quem vê "sem" hoje e cem amanhã
Há quem vê cem hoje e "sem" amanhã...
Há quem vê o pagamento de uma dívida

Há quem vê uma ou mais coisas
O que é tua nota de cem?
E o que você vê?

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Sementes



Sementes singelas semeadas;
Sutileza e continuidade;
Germinada nova verdade;
Brotos vitimados por geadas.

Sobrevivência vil ameaçada;
Galhos teimosos podados;
Seiva e tronco judiados;
Sentenciada atrofia forçada.

Milagres: pródiga natureza!
Cuidados à persistente planta;
Reduzidas aridez e aspereza.

Folhas e flores admiráveis:
Pólen, frutos, sementes.
Solo e raízes formidáveis.

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Dia dos namorados


12 de junho, 22h10, César Magno se prepara para dormir, já na cama, envolve-se nas cobertas e em pensamentos sobre o dia, significativo dia...
O que povoa parte do rio de pensamentos desse homem no período antecedente ao sono em um dia como esse? Justamente em tal data, para tantos impregnada de legítima carga emotiva, embora não se possa desconsiderar o lado mercantil, quando tantos comercializam relacionamentos a dois.
Não se trata de nenhuma festa junina, mas sim do dia dos namorados, para César Magno é um dia augusto, revestido de anseios, sonhos, objetivos e necessidade de uma completude específica, que como algumas outras, não depende somente de si para alcançar.
Ele autoindaga:
- "Onde estará minha criatura feminina, companheira constituída de uma constelação de virtudes? Encantadora e recatada; elegantemente simples; com irrisória malícia de coração; sentimentalmente séria mas doce e meiga ao externar-se; dedicada e sem friezas; educada nas atitudes." (certos anseios)
- "Que seja bela, graciosa, distinta e polida nos modos, nas vestimentas, nos encantos, nas feições." (um arquétipo)
- "Que saiba se colocar em qualquer ambiente, e tenha sabiamente o que dizer de instrutivo, irradiando essencial cultura." (imaginado conteúdo)
- "Certamente terá um jeito reservado de ser com os homens e de se revelar na intimidade somente ao escolhido; incondicionalmente se envolver e tratar com respeito o amado." (subjetiva dedução)
- "Havendo o alicerce fundamental, o Amor, que isso desencadeie a coragem decisiva para entregar-se inteiramente, abrindo mão de algumas coisas em prol de outras; que esse sentimento não seja apenas uma bela palavra, e que não se parta o coração nem seja corrompido o amor pela deliberada infidelidade, que fatalmente o compromete irreversivelmente, ainda que se tente rejuntá-lo..." (solidez do vínculo)
- "Aquela que contribua com sua parcela para um resgate, nessa sociedade decaída, dentro do possível, mas acima de tudo, do perfil de mulher virtuosa de Provérbios 31." (uma crença)
- "Já encontrei algumas assim... e quão maravilhosas são... cada uma delas é capaz de tornar verdadeiramente feliz, completo e realizado o seu preferido." (alguns suspiros)
- "Mas não basta encontrá-la, é preciso algo de misterioso, um toque superior em um contexto favorável, sem certas barreiras... Nada é impossível na vida, e que ocorra benevolamente, como uma chuva após o plantio, ou mesmo uma rebrota após a geada." (elevada reflexão)
- "Que seu papel feminino de ajudadora seja retribuído em mão dupla, visto que elo amoroso implica crescimento pessoal, estímulo das virtudes e elevação mútua. Ao menos a tentativa e o esforço já serão válidos!" (missão de vida)
- "Que ela não tenha ares de perfeição, pois ao cotidiano do amor não cabem utopias, e as rosas naturalmente são dotadas de espinhos, e que exista um contraponto por meio de imperfeições, mas que a árvore seja sobretudo boa, seus frutos doces e alimentem amavelmente a quem a ela se achegar: quer seja o marido, filhos etc." (esteio familiar)
- "Mas a minha, aquela tão sonhada... ainda não a tenho hoje, deixo para o futuro, no devido tempo. Quem saberá dizer que experiências a antecederão, ensaios, até mesmo novas desilusões... dolorosas aprendizagens." (apelo à resignação)
- "Já tive namoradas que muito me amaram, mais e melhor do que fui amado nos últimos tempos... vi o outro lado da moeda, as quais extraíram de mim maravilhas superiores, o meu melhor, meu próprio Eu; por tal razão, por contexto, coisas da vida, agora que vou dormir recuperando um saudosismo, os desagravos e desapontamentos amorosos ainda me entristecem, maltratam o coração, insistem em querer afugentar o sono... mas amanhã é outro dia, outro dia... mais um dia..." (triste ansiedade)
Assim ele adormece. Mas não se distingue quando está sonhando, quer de olhos abertos, ou fechados.

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Distâncias



O que quantifica e qual a natureza da distância? Do ponto de vista da Física, aplicada tanto no campo astronômico como no geográfico, a distância se configura mediante tempo e espaço; se a teoria da relatividade for aplicada, temos então um contexto mais complexo. Nada tão complexo (e por vezes tão simples) quanto a distância percebida sobre o prisma transcendental concernente à espiritualidade e aos sentimentos... Toda essa elucubração, para sondar parte dos mistérios que envolvem um coração enamorado... É fascinante como um sentimento amoroso é capaz de aproximar as pessoas, ainda que elas estejam "separadas" (é conveniente restringir o sentido da palavra) por quilômetros, oceanos, continentes... bem como barreiras sociais, econômicas, religiosas, culturais etc. Penso que está por ser descoberto um outro tipo de "Teoria da Relatividade" para determinar esse espectro proveniente do conceito bruto de distância... Me proponho a desvendá-lo um dia.

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Entorpecentes bombas atômicas

Quem não se recorda, pasmo pelo terror, dos devastadores efeitos das bombas atômicas do século passado nas cidades de Hiroshima e Nagasaki no final da Segunda Guerra Mundial? Pois digo que aquele horror tão evidente não tem o impacto dos horrores causados por outro tipo de "Bomba Atômica": o advento das drogas. A partir da década de 1960, com a liberalidade exacerbada apregoada pelos quatro cantos do mundo como modelo de virtude, presenciamos o surgimento e a detonação da mais devastadora "arma letal" dos últimos tempos, a bomba das drogas, a qual repercute tão ferozmente e destrutivamente, sendo um tanto difícil mensurar em poucas palavras os estragos por ela causados... Inicialmente, dois tecidos são dilacerados, o epitelial, ou seja, a pele, o corpo, a saúde dos consumidores de drogas. Depois o tecido social, ou seja, a sociedade estabelecida e principalmente sua célula preciosa: a família. Em efeito dominó, bairros vão sendo corrompidos, cidades, estados, países, continentes... O poder público, notoriamente e historicamente corruptível, é mais suscetível aos desdobramentos e efeitos colaterais das drogas, pois alastrou-se pelo mundo todo um tipo de câncer causado pelas drogas que se configura pelo poder paralelo, uma criminalidade que produz drogas, forma marginais, gera enfim... morte! A bomba das drogas, ora silenciosa e sorrateira, ora escancarada e noticiada, é algo sem precedentes na história humana, pois repercute no âmago do indivíduo e da sociedade de forma incomparavelmente nociva, um cogumelo de irradiação dilacerante, ceifando vidas, estruturas familiares; corrompendo valores, princípios, democracias, leis... Os jovens constituem a faixa etária mais visada e mais vulnerável, um público cativo muitas vezes, tanto em bailes Funk como em campanhas de apologia às drogas e sua liberação... não têm consciência de que são contribuintes na lógica da arregimentação de partidários e na arrecadação de fundos da indústria armamentista da metafórica bomba atômica, entranhada nas hierarquias da governança que move o ser humano, criatura tão apegada ao poder e ao que ele simboliza. Com isso, governos mesclam o Estado de Direito com o Estado Paralelo, num enlace nefasto, por si só, outra "bomba atômica"... Reflito novamente sobre o poder de destruição das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, agora convido o leitor deste texto a fazer o mesmo, comparando-as com os rastros de destruições que presenciamos tão cotidianamente ocasionados pelas drogas... Portanto, proponho uma questão: o que fazemos para que não seja apertado o botão detonador da "bomba atômica" das drogas?

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Linguagens


A natureza tem um alfabeto e um idioma peculiares para nos expressar sua sabedoria, cuja procedência é celestial na origem, além disso, as linguagens possíveis de serem extraídas na interação com ela são vastas. Mas existem outras linguagens e formas de expressão, por exemplo, os inúmeros idiomas pátrios e seus diversos alfabetos, numerais, codificações... há as linguagens de programação na informática, linguagens pictóricas, linguagens icônicas, linguagens corporais e dos sinais, as preces religiosas e orações, os mantras, as partituras musicais etc. Há o idioma dos sentidos e há o idioma transcendental. É bem comum e sensato chegarmos à conclusão de que somos sempre analfabetos em alguma coisa, portanto, prudente é não se contentar somente com a alfabetização secular, acadêmica, mas acrescentar novas formas de interagir com tudo aquilo que nossa percepção consegue captar, assim como agregar novas ferramentas de captação do que está em nós, um microcosmo, bem como do que perpetuamente estará ao nosso redor, o macrocosmo. Entretanto, resumo tudo no mais importante, o idioma universal, a linguagem sublime e eterna, simples e suprema, capaz de abarcar todos os demais idiomas e formas de expressão supracitadas, e o tal... é o Amor!

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Harmonia da unidade na diversidade


Observemos a magnitude e a diversidade da Criação. Meditemos por um tempo, eis que as elucubrações e inspirações vão se sobressaindo diante do encantamento e da desconcertante reflexão contemplativa.
Particularmente, abstraio um princípio recorrente na Criação, tanto no âmbito da matéria, como no campo metafísico. A estruturação celestial, sob a ótica da transcendência, é constituída por uma multiplicidade unificadora do Criador, manifesta pela Trindade, expressiva por excelência, Centro e Razão da magnífica ordem do universo, capilarizando-se na hierarquia celeste que inclui os santos e os anjos em suas categorias.
Focando o campo astronômico, vejamos a existência evidente da multiplicidade, em profusão tal, que causa perplexidade na comunidade científica... São planetas, estrelas, cometas, asteroides, buracos negros, a enigmática matéria escura etc., tudo isso bailando no cosmo, num espetacular entrelaçar de leis da física, princípios inicialmente científicos, mas que ensejam a transcendência.

Utilizando a metáfora do planeta Terra, pondero sobre a abundância da diversidade da Criação, constelação de criaturas tão próximas de nós humanos, mosaicos determinados e ligados pelo mesmo "cimento" unificador, muito embora nosso "mundo" lamentavelmente quebre a "lei" da harmonia da unidade na diversidade, mais especificamente, no tocante à interferência maléfica humana, por sua faceta decaída e tudo o que advém dela.
Nosso planeta é constituído por uma ampla diversidade de elementos químicos, os quais combinam-se infinitamente transformando a matéria e dando suporte à vida. A lei biológica do equilíbrio da Natureza é a prova retumbante da harmonia da dinâmica entre a biodiversidade e os biomas nos quais estão contidas, revelando uma infindável teia de relações entre os seres viventes, a biodinâmica.
Contemplemos a diversidade das árvores, tão sublimes existências do reino vegetal, atentemos para a variedade de suas famílias botânicas, caracteres como tipos de flores, folhas, frutos, sementes, caules, porte, colorações...
Há o magnífico exemplo do natural equilíbrio entre as espécies animais em sua extraordinária biodiversidade... Milhões de criaturas multifacetando o reino animal, cujo representante da redenção desse atributo é o ser humano, capaz de elevar-se ao plano espiritual por ser dotado de uma parcela do Criador e ter a potencialidade de exercer e conservar essa vivência divinal, por isso ser denominado como "à imagem e semelhança de Deus". Curiosamente e propositalmente, nós humanos simbolizamos o objetivo do Pai Criador, justamente por personificarmos a multiplicidade e a diversidade, seguindo o desígnio bíblico: "Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a Terra". Com efeito, praticando a constante da "equação" da Criação. Somos dotados de personalidades ímpares, diversas, etnias variadas, povos distribuídos pela face da Terra evidenciando multiplicidade e diversidades de regionalismos, idiomas, linguagens, culturas etc.

No campo da individualidade humana, notemos o corpo de uma pessoa, são inúmeros órgãos trabalhando em conjunto em prol da harmonia, bom funcionamento e sobrevivência do organismo que, por si só é ícone de unidade na diversidade. Cada célula do corpo é composta de um rol de elementos, uma reprodução em escala reduzidíssima da lógica do organismo humano. O DNA alocado no núcleo celular é diversidade por excelência, capaz de condensar microscopicamente imensa quantidade de informações genéticas de um indivíduo, muito mais complexas e personalizadas do que uma impressão digital... Tal DNA tem sua diversidade manifesta pelas combinações moleculares que geram desdobramentos ao longo de toda a vida útil do organismo, e cada molécula também tem sua diversidade de átomos, e os átomos por sua vez estão incluídos significativamente no princípio da diversidade: prótons, elétrons e nêutrons variando permanentemente.

Conclusão, seja no microcosmo, seja no macrocosmo, sob a perspectiva da matéria ou da metafísica, constato a existência eterna, constante e dinâmica de uma diversidade convergindo para a Unidade, pois a natureza desse princípio é a Harmonia, regida e resguardada por Deus Criador, mas que no gênero humano, fica exposta à corruptibilidades e fragilidades inerentes à essa vivência, mas cuja volta à concepção original e perfeita, só foi possível por meio do Deus-Filho - Jesus - o Verbo Criador feito carne, o Centro da história e alicerce unificador do universo, algo tão acima da capacidade de compreensão humana, que conseguimos vislumbrar frações da Plenitude do Infinito, uma forma de interagirmos com o Elo emblemático da unidade na diversidade da Criação.
Ao Homem foi concedida a capacidade criadora, o ato de criar implica conceber, trazer à existência novas coisas, ou seja, diversidade. Estamos invariavelmente envolvidos nessa questão, de uma forma ou de outra.

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Álcool-Etanol

O Álcool-Etanol se configura na forma de um líquido incolor, cuja fórmula química é C2H5OH. Enquanto combustível, não faz jus ao atributo de ecologicamente correto, visto que sua cadeia produtiva não corrobora para com esse rótulo que é muito influenciado pelo mercado e por interesses econômicos...
Fato é que, ponderando sob uma gama de pontos de vista, pode-se concluir que o resultado final do álcool no escapamento de um veículo automotor não lhe confere a prerrogativa de ser denominado "combustível ecológico".
Justifico o argumento:
- A cana-de-açúcar é cultivada na forma de monocultura extensiva, o que é prejudicial para a agricultura sustentável e para o ecossistema;
- Durante o período de cultivo, o solo perde em vitalidade e fertilidade, inclusive após alguns anos de plantio de cana-de-açúcar, o solo utilizado fica deveras empobrecido, comprometendo sua utilização eficiente para outras culturas;
- O emprego de substâncias danosas no solo, no caso o vinhoto (vinhoto ou vinhaça é o resíduo pastoso e malcheiroso que sobra após a destilação fracionada do caldo de cana-de-açúcar, ou seja, a garapa fermentada);
- As maléficas queimadas de cana causam um terrível efeito no ecossistema local, pois libera gases poluentes, destrói a vida animal abrigada nas plantações, extermina insetos e degrada o solo;
- A criminosa derrubada de árvores para plantio de cana, as quais são ocultadas após a derrubada, sendo colocadas em gigantescas valas abertas por máquinas de grande porte, é por si só um contrassenso à proposta ecológica do álcool enquanto combustível;
- O transporte da cana colhida é feito por caminhões, geralmente movidos à diesel, altamente poluidores. Tais caminhões ainda acarretam a deterioração acelerada das estradas, especialmente em se tratando dos treminhões (caminhões de carreta longa, com duas ou três enormes caçambas);
- Utilização de mão de obra tida como "semiescrava", devido à extenuante e insalubre carga de trabalho em função da baixa remuneração;
- O álcool está sendo cogitado como estratégia mercadológica internacional, um perigoso interesse puramente financeiro e de barganha comercial que pode propiciar um desastre ambiental de imensa proporção em várias regiões brasileiras etc.;
- Boa parte das terras atualmente destinadas à produção de cana e as que estão em vias de agregarem o "território canavieiro" seriam melhor empregadas, por exemplo, na agricultura familiar, na diversificação agrícola, na reposição de florestas nativas proporcionando uma geração de emprego e renda de forma mais sustentável e humana.
Portanto, posso afirmar que o álcool não foi e atualmente não é um combustível ecológico (pode vir a ser), pois apesar de ele supostamente emitir menor quantidade de gases poluentes no processo de combustão do motor de um dado veículo, toda a cadeia produtiva desse combustível não permite que o nobre adjetivo "ecológico" lhe seja conferido... Se houvesse uma certificação para combustíveis, equivalente a dos produtos orgânicos, ou as conferidas pelo Inmetro e Procel, por exemplo, certamente o Álcool não receberia o "certificado" de "Produto Ecológico".
O biodiesel é uma proposta nacional deveras interessante e com uma perspectiva mais viável e atraente tanto do ponto de vista do meio ambiente, como da criação de empregos mais dignos e geração de renda alicerçada num processo produtivo mais "limpo" em vários sentidos... pois estará até então desprovido de lobby e interesses escusos... Não sou contra o álcool como combustível, mas considero fundamental um prudente aprimoramento e uma ética efetivamente ecológica na sua produção, combinada com incentivos ao uso de veículos elétricos, à produção de biodiesel e à efetiva agricultura sustentável.

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Geração individualizada de energia elétrica

Tenho um pensamento com ares visionários, o qual consiste em uma teoria sobre o rumo que será (ou já deveria ser) tomado por muitos países no sentido da geração sustentável de energia elétrica, portanto, passo a discorrer sobre os aspectos dessa questão preponderante para um bom andamento do desenvolvimento sustentado relativo às matrizes energéticas. Vislumbro o cenário para um porvir dentro de poucas décadas, uma tendência que pode ganhar força já no paradigma socioambiental contemporâneo.
Posto isso, enxergo a importância da ideia que denomino como "geração individualizada de energia elétrica", a qual se traduz por práticas e dispositivos setorizados focados para se suprir demandas energéticas nos âmbitos residenciais e corporativos, dessa forma, sob o espectro crescente de novas tecnologias e equipamentos em gênese nas vanguardistas universidades e centros de pesquisa, tanto para fins industriais como domésticos, tendo em vista a otimização do consumo de energia elétrica. Destaco a aplicabilidade de primorosos e importantíssimos equipamentos geradores de energia limpa, ou seja, por meio de processos não poluentes para amealhar eletricidade sem trazer danos ao meio ambiente. Sou entusiasta das turbinas eólicas, das placas de energia solar, dos geradores por meio de energia cinética e biomassa.
Minha ideia consiste na construção de casas ecológicas e prédios corporativos/industriais incorporando soluções arquitetônicas e de engenharia, aliadas a mecanismos e eletrodomésticos que otimizam o emprego da energia elétrica, mas o grande diferencial é a instalação de equipamentos de geração de energia para suprir a demanda da respectiva construção, com efeito, gerando-se energia a partir de uma determinada residência, por exemplo, um percentual de eletricidade proveniente da rede da respectiva concessionária de energia deixaria de ser demandado, num efeito coletivo amplificado, muita energia seria poupada nesse processo, acarretando uma necessidade cada vez menor de se recorrer à ampliação da matriz energética nacional. Inicialmente, toda novidade tecnológica, por mais útil e necessária que seja, tem um custo de produção elevado, entretanto, com o decorrer do tempo, em razão da demanda de consumo e aplicação, os custos são automaticamente minimizados, tornando mais acessíveis e presentes essas tecnologias nos lares, empresas e indústrias, sem dizer que na zona rural isso terá um efeito poderosamente benéfico, visto que as possibilidades de geração de eletricidade de forma localizada implica em autossuficiência, ou menor dependência de infraestrutura e de um fornecimento de energia alheio à propriedade. Afora a geração de energia elétrica, os biodigestores, por exemplo, proporcionam a geração de um outro tipo energia, que é o gás natural, o qual além de poder ser empregado para combustão em fogões etc. ainda pode movimentar geradores de eletricidade a gás; agregue-se a necessidade de popularização dos carros elétricos, os quais poderiam ser abastecidos domesticamente, propiciando imensa economia à população, entretanto, isso se chocaria com "grandes interesses", por exemplo, da Petrobras... Os desdobramentos possíveis partindo da geração individualizada de energia elétrica são amplos, uma força motriz em prol da sustentabilidade no campo energético.
O Brasil, privilegiado devido aos seus atributos geográficos, tem atualmente a configuração de sua matriz energética disposta em 75% da geração de eletricidade proveniente de usinas hidrelétricas, complementadas por usinas termoelétricas, as temerárias usinas nucleares e as demais fontes alternativas. Destaco o fato de as turbinas eólicas serem mais viáveis que as usinas nucleares, por vários motivos, cujo investimento se pagará ao longo dos anos, sem os riscos de catástrofes ambientais e produção de lixo atômico. Essa é uma macrovisão, que se grandemente fracionada, resulta na ideia da geração individualizada de energia segura, limpa, inteligente, sustentável, técnicamente viável e, com o decorrer das décadas, economicamente compensadora. Tantos são os argumentos prós, mas a acolhida depende da capacidade de visão das lideranças, da boa vontade, da sensata compreensão do grave contexto ambiental do planeta e da colaboração individual ecoando no coletivo, englobando as diversas esferas sociais.

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Sacolas plásticas e garrafas PET

Com o término do fornecimento gratuito de sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais paulistas, algo positivo, surge a ponderação sobre o uso do plástico (originado do petróleo) pelo consumo involuntário de garrafas PET, nas quais estão contidos os produtos que de fato interessam aos seus consumidores específicos. Tão ou mais danosas que as referidas sacolas, essas garrafas abrigam produtos que, em sua maioria, são prejudiciais à saúde, afinal, refrigerantes produzem malefícios ao organismo e suas embalagens tão típicas completam os danos, mas em relação à "saúde" do meio ambiente. Posto isso, caberia uma taxação, à parte, dos produtos que utilizam tal embalagem (garrafa PET)? Ou caberia mais ainda uma expressiva e intensa campanha de reciclagem com caráter pedagógico?
Pilhas, baterias e celulares precisam ser encaminhados pelos consumidores para serem recolhidos por órgãos específicos, ou pelos respectivos fabricantes, e encaminhados ao correto descarte; por que não proceder de forma equivalente em relação a determinadas embalagens plásticas, especialmente as garrafas PET?
Se os consumidores podem se adaptar às mudanças, os fabricantes também. Ou convém interromper o uso do nocivo plástico atualmente empregado em garrafas PET, por outros materiais menos danosos (por exemplo, plástico de origem vegetal)? E em relação aos outros produtos que também são vendidos em embalagens plásticas, as quais são adquiridas de forma casada? Afinal, há a compra implícita e involuntária da embalagem plástica juntamente do seu conteúdo...
O plástico descartado é um "X" da questão, além disso, considere-se o imenso volume que é depositado no meio ambiente em relação ao pouco que é reciclado, assim como a lógica consumista e os grandes interesses envolvidos (por exemplo, os da Petrobras).
Que o consumidor não seja um "detalhe", ou vetor de ilusória mobilização dos supermercados etc. em prol de uma sustentabilidade a qual ainda demanda resultados práticos mais significativos e eficazes.

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Alea jacta est

Fui perguntado sobre os riscos de se praticar ciclismo no trânsito de uma metrópole ou de alguma outra grande cidade.
Calei-me.
Pensei e respondi:
— É muita gente normal dando vida a um trânsito anormal, o qual tantas vezes causa neuroses e tira vidas.

Mas, que saída se tem? Se mudar para Amsterdã ou Copenhagen? Tais cidades, em certos contextos, têm mais bicicletas do que carros no trânsito...
É possível ser cidadão do mundo, identificar-se com o que de bom há em cada hemisfério, continente, país, região.
Mais ainda, pela fé cristã, temos cidadania celeste, não havemos de nos conformar com este mundo, mas lutarmos para não nos degradarmos nele. Nem que isso custe abstinências e/ou isolamentos. Nesse ideal, também somos reputados como ovelhas para o abatedouro, numa causa aparentemente perdida.
Microdigressão: de onde foram extraídos, por exemplo, os personagens Capitão Nemo, de Julio Verne; Robinson Crusoé, de Daniel Defoe; Dom Quixote, de Cervantes; Príncipe Míchkin, de Dostoiévski?
É preciso respirar fundo e tocar em frente, especialmente de bicicleta...
Mas, respirar fundo, no sentido literal, implica interiorizar nos pulmões o ar impregnado de partículas poluidoras do ar, lançadas por carros, motos e ônibus, estes últimos ícones do transporte de massa, tido como solução plausível aos caóticos congestionamentos. Assim como existem fumantes passivos, há os inalantes passivos da poluição, sejam eles ciclistas, pedestres ou os próprios motoristas, estes últimos acabam dando "tiro nos pés"...
A tecnologia da eletricidade para motores de carros, ônibus, trens, motos e bicicletas existe, já está bem desenvolvida, acompanhada da tecnologia do hidrogênio veicular. Até existem carros movidos a ar!
Então, como podem ser lançadas diariamente na atmosfera toneladas de poluentes via escapamentos?
Quero pedalar e respirar algo melhor! E depois, expirar, inspirar e transpirar mais saúde...
Ou será que, para contrabalancear, terei que cuidar ainda mais da alimentação já repleta de antioxidantes e depurativos? Chega-se num ponto em que não basta alimentar-se de forma saudável, praticar uma sadia atividade física e dar uma parcela de contribuição ao desafogamento do trânsito.
A lei do consumismo e do mercado, além de manter combustíveis fósseis sendo queimados, acresce mais veículos no trânsito a cada dia, as ruas e avenidas não se expandem na mesma proporção, ao passo que a lei da Física diz que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Portanto, conflito gerado, polêmicas disputas de interesses e opiniões, enquanto o futuro (já apocalíptico) do planeta está em jogo.
Epílogo: pensamento latino, Alea jacta est (a sorte está lançada).

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Investimento alimentar

Alimentação saudável é sinônimo de saúde, parece óbvio mas é fato. A maior prova é a dieta mediterrânea... Quem busca a saúde do corpo deve necessariamente considerá-lo como mecanismo biológico regido por certos princípios, portanto, é sensato para um indivíduo alimentar-se adequadamente para que sejam prevenidas doenças e demais inconvenientes provenientes do mau funcionamento do organismo, com isso, evitar a possível necessidade de se recorrer a remédios que, devido às suas composições, causam efeitos colaterais, dependência e altíssimos lucros à indústria farmacêutica...
Muitos alimentos saudáveis são palatáveis, saborosos e acessíveis para praticamente todas as classes sociais de quaisquer países, afinal, existem frutas, por exemplo, possíveis de serem extraídas da natureza, cultivadas domesticamente e também adquiridas por ótimos preços no comércio. Hábitos alimentares têm mais relação com a educação e a formação do indivíduo, do que com a classe social a qual pertence, nesse caso, as escolas desempenham papel crucial na influência alimentar do contingente de alunos sob suas responsabilidades, o que pode transcender a esfera escolar e gerar efeitos nos lares de proveniência dos alunos, num "efeito dominó". Países em desenvolvimento podem cuidar na escola da saúde da população jovem para que, num futuro, venha a ter uma população adulta menos dependente de hospitais e planos de saúde, cujas verbas de investimentos em saúde seriam mais eficazmente aplicadas na prevenção e menos no penoso ato de remediar, um popularmente conhecido "enxugar gelo"... Sugiro a inserção de disciplinas, nas grades curriculares nos ensinos fundamental e médio, que propiciem aos alunos conhecimentos sobre educação alimentar, além disso, tantas escolas poderiam dispor de hortas com finalidade pedagógica, que também poderiam servir às demandas das merendas por elas servidas.
Dentre uma infinidade de possibilidades, citarei poucos mas efetivamente maravilhosos alimentos benéficos ao bom funcionamento orgânico humano e com baixo custo (ou custo zero se cultivados domesticamente, inclusive em vasos dependendo do caso):

Babosa/Aloe Vera (um prodígio da natureza pelos benefícios proporcionados)
Quinua (cereal andino que é outro prodígio da natureza)
Pólen apícola (concentra todos os aminoácidos que o nosso organismo necessita)
Mel
Alho cru (ótimo para regular a pressão arterial, propicia vastos benefícios)
Cebola crua (semelhante ao alho nos benefícios)
Pimenta (termogênica, antioxidante potente e excelente para o aparelho circulatório)
Farinha de linhaça (potencializa as propriedades da semente, rica em ômega 3, excelente para redução de colesterol)
Soja
Azeite de oliva (extraordinário óleo vegetal)
Aveia (ótima, assim como os cereais em geral)
Levedo de cerveja (depurativo do organismo)
Café
Cacau - Chocolate amargo (com elevado percentual de cacau, é um poderoso antioxidante)
Alecrim
Salsa
Hortelã
Erva cidreira
Canela
Gengibre
Limão (torna o sangue mais alcalino)
Banana (fruta perfeita aos esportistas, rica em potássio)
Amendoim* (rico em vitamina E, ferro, magnésio, fósforo, selênio e zinco) *vide Paçoca mais adiante.
Castanha do Pará (rica em selênio, poderoso antioxidante)
Abacate
Maçã
Goiaba
Manga
Maracujá
Acerola
Bardana
Inhame
Batata doce
Couve
Brócolis
Agrião
Espinafre
Ora pro nobis
Ovo (alimento completo e rejuvenescedor. A albumina contida na clara é poderosa na construção das células e no ganho de massa muscular, especialmente em contexto de intensa atividade física, quando consumida antes de dormir e no desjejum)
A lista poderia ser imensa...
Vale uma ponderação moderadora, baseada no pensamento do renomado Antoine Lavoisier: "A diferença entre o remédio e o veneno está na dose", sendo assim, a justa medida (princípio consagrado pelos grandes pensadores gregos) é sabedoria.
A ingestão de água, em abundante quantidade, mesmo não sendo alimento, é preponderante, diria fundamental para um bom funcionamento dos órgãos e do corpo como um todo.
Portanto, é comprovado e evidente que a prevenção de doenças e uma boa saúde dependem mais do hábito alimentar saudável conciliado às atividades físicas (caminhadas não têm contraindicação e são acessíveis a todas as classes sociais, não há necessidade de gastos com academias), do que à ingestão de medicamentos e suplementos alimentares químicos sintéticos - embora alguns deles sejam recomendáveis e bastante necessários-, os benefícios podem repercutir poderosamente na população, que desoneraria o Sistema Único de Saúde (SUS) e deixaria de recorrer tanto aos sistemas público e privado de saúde, estabelecendo um círculo virtuoso que só contribui para uma efetiva qualidade de vida.
Há de se considerar também o surgimento de um ramo da medicina, conhecido como "Medicina do Envelhecimento", que tem por objetivo propiciar um envelhecimento mais lento e menos impactante negativamente ao organismo, além de prevenir doenças, postergar seus surgimentos e/ou minimizar seus efeitos.
Pratico ciclismo, e dou o exemplo, pois tenho cuidado ainda mais da alimentação e esta tem influenciado positivamente o meu desempenho, acarre tanto benefícios significativos além do âmbito da prática esportiva, pois minha saúde é invejável, aliás, desde a infância sempre tive alimentação mais natural e isso tornou-se hábito alimentar até a idade adulta. Citado o ciclismo, ressalto que participo de um grupo ciclístico de mountain bike e vale uma bem humorada e honrosa menção às lendárias paçoquinhas, que fazem parte da alimentação de alguns ciclistas nas pausas dos nossos passeios em trilhas.
Por fim, faço uma contraposição reflexiva entre o exemplar cultivo de alimentos orgânicos e aquele à base de agrotóxicos. Melhor "cultivar" nossa saúde com menos intervenções químicas artificiais...
A natureza é sábia, tem suas leis de equilíbrio e é prodigamente saudável na autossustentabilidade.

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Ciclismo: mobilidade e sustentabilidade

Em um período histórico contemporâneo, que clama por sustentabilidade, não somente no âmbito das questões ambientais, mas principalmente sociais, pondero como relevante a questão dos meios de transporte. A bicicleta, a meu ver, é um meio de transporte, fonte de lazer e instrumento de práticas esportivas profissionais e amadoras; por tais atributos, a considero preponderante para contribuir como um ícone de mobilidade com sustentabilidade, focando a promoção da saúde pública e a reversão do processo de superlotação das vias públicas por parte de veículos automotores, bem como do comprometimento da vitalidade atmosférica em decorrência dos gases poluentes emitidos pelos tais.
A argumentação preambular se interrelaciona com duas fontes de informações, citadas no post scriptum, que abordam a questão ciclística e são expressivas no sentido de contrastar dois caminhos de duas localidades paulistas distintas, constituídas por suas peculiaridades mas com filosofias práticas de sustentabilidade destoantes e desproporcionais. A cidade de Campinas, pujante, desenvolvida, arborizada e expressiva metrópole interiorana paulista dispõe para sua população, composta por mais de 1,2 milhão de habitantes, de aproximadamente 15,7km de ciclofaixas e 4km de ciclovias... números incompatíveis com o porte e o perfil da cidade. Já Sorocaba, cidade paulista de menor porte, mas que tem postura ideológica de sustentabilidade efetivamente presente em grande medida no cotidiano do município, partindo da esfera social e encontrando acolhida no âmbito político-administrativo. Há de se considerar o princípio da isonomia, tão celebrado como pilar constitucional, afinal, os ciclistas também têm direitos de utilização das pistas de rolamento, das quais atualmente praticamente só motoristas de veículos automotores podem desfrutar...
Minha concepção sobre as questões de sustentabilidade e saúde pública também está evidenciada no artigo intitulado "Investimento Alimentar" e no projeto "Refluxo Migratório", ambos constantes em meu perfil do Recanto das Letras, no Facebook e neste livro. Portanto, intertextualizando a presente argumentação, convido o leitor engajado na causa ciclística, a refletir e externar junto às autoridades suas ideias, ideais e anseios por localidades melhor estruturadas em mobilidade.

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Pré-sal


Petróleo, no final das contas, resulta em dinheiro e em gases poluentes na atmosfera. É a inexorável realidade.
Tamanha quantidade de carbono, alocada nas profundezas das camadas geológicas da costa tupiniquim, será trazida à tona, se diluirá no ar que respiramos... Se exportá-la, então no ar do mundo.
Há pesquisas sérias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), as quais comprovam indubitavelmente que a poluição atmosférica paulistana mata mais do que o trânsito, a diferença é que não é tão noticiada, nem dá tanto Ibope.
O mundo está pelejando, com boas iniciativas em vários países, para baixar os níveis de poluentes na fina e frágil camada atmosférica que abarca os seres viventes no planeta, pois vidas humanas estão em jogo, o futuro da espécie está em jogo, os animais etc. estão em jogo.
Como contrapartida à exploração petrolífera, serão feitos fortes investimentos em educação e saúde, pelo menos em tese é o que foi divulgado ao povo, eleitores implícitos...

Ora, um silogismo:
País evoluído tem educação de altíssimo nível; educação de altíssimo nível implica boa saúde da população e sustentabilidade (incluindo redução de emissão de poluentes).

Eis um paradoxo:
Investe-se em educação de altíssimo nível, a custas de emissão de poluentes (fruto da árvore petroleira); ensina-se aos alunos que a saúde da população e a sustentabilidade são antagônicas ao obsoleto petróleo como origem de combustíveis; portanto, investimentos assombrosos para pedagogicamente negar a própria origem dos investimentos...
Há de se pagar o preço? Para obtenção de recursos, para alavancar a economia (prioridade política), deve-se ir na contramão do que requer a combalida natureza (prioridade política secundária)? Vale o sacrifício? Ela tem um preço? Mas os valores a serem gerados pela exploração petroleira já foram calculados, com precisão e entusiasmo...
Investir em educação com recursos do pré-sal mas deixar como herança para a atual e as futuras gerações um meio ambiente cuja deterioração atmosférica já é apocalíptica? Não é investir, e sim cinicamente indenizar...
Já se investe alto em educação, o problema é a ineficiência, é o despreparo, é a herança de décadas de descaso com o ensino no Brasil.
Coreia do Sul, Finlândia e Suécia, por exemplo, não dispõem de pré-sal, são economias menos portentosas que a brasileira, no entanto, são o que denomino como "países-professores", que têm muito a ensinar sobre como se deve investir em educação. A Suécia tem um interessante bônus pedagógico, ou seja, lá, os políticos não têm salário, não têm regalias, não têm moradias luxuosas cedidas pelo governo, não têm as verbas de gabinete que no Brasil são tão polpudas, tantas vezes gastas de forma obscura...
É líquido (literalmente) e certo, petróleo é sinônimo de cadeia produtiva e consumo final danosos, desde o refino, até a sua saída nos escapamentos de veículos, dentre outras fontes de emissão.
Há também o especto de interesses da indústria automobilística, cujo lobby é fortíssimo, capaz de intervir nos rumos da economia do País. Automóvel é ambíguo, beneficia e prejudica ao mesmo tempo, dependendo de paradigmas se polariza mais para uma do que para a outra característica. Veículos elétricos indubitavelmente sobrepujam os movidos a combustíveis fósseis no sentido ecológico.
Cabe uma observação sobre derivados do petróleo como, por exemplo, o plástico. Assim como o automóvel, ele é ambíguo. Pode ser útil e perigoso, descartável e reciclável. Se a reciclagem não acompanhar o descarte, eis um problema. E se o uso desmedido e supérfluo prevalecerem, multiplique-se o problema. Como o petróleo é uma fonte esgotável, o plástico do futuro terá sua produção a partir de outros materiais, afinal, por exemplo, existe até o plástico biodegradável de origem vegetal.
Petrobras e Souza Cruz podem dar as mãos, uma é a poderosíssima empresa cujo ramo de atividade é lidar com produto poluente atmosférico, e a outra é uma empresa cujo produto polui os pulmões dos fumantes; e como elas geram lucros! O lucro é hediondo no paradigma que se denota.
Refrigerantes são venenos sutis à saúde pública, acidificam o PH do sangue, o que é potencial gerador de câncer e outros malefícios, pois têm uma formulação química monstruosa, e são consumidos até compulsivamente mundo afora, causam degradações inumeráveis ao organismo de quem os consome. Mas a indústria de bebidas lucra alto... A Coca-Cola por anos figurou como a empresa mais poderosa do mundo. Poderosa, poder... Poder e Lucro, divindades deste mundo, soberanas, veneradas pelas economias de mercado.
Atualmente, evidenciou-se na mídia a judiação que foi a situação de cães Beagle em laboratório de pesquisas de remédios na cidade de São Roque (SP). Remédios que curarão (tentarão curar...) doenças causadas em decorrência do consumo, por exemplo, de alimentos nocivos industrializados, como os refrigerantes; doenças causadas pelo cigarro; doenças causadas pela poluição, desde tumores a alergias, asma etc. E remédios têm efeitos colaterais, que demandam remédios para atenuá-los, assim, há potencial efeito dominó, sob risco de "passar o dia tomando remédios".
O narcotráfico quer lucro, dinheiro aos montes, ostentação, poder! Dane-se o dependente químico! Que se deteriorem pessoas, estruturas familiares, governos, o País! Eles querem lucrar! É um business, com requintes de estratégias econômicas, organização paramilitar, para superar os concorrentes e oponentes, dominar o mercado, ter gestão admirável e gerar admiração de jovens e adultos que são destruídos em bailes funk, cracolândias, morros e também em mansões e altos cargos. É democrático e generoso o público...
Há filantropias na seara criminosa do tráfico, os mafiosos assim também o fazem, chegam a fazer alguns "nobres" investimentos no social, na comunidade local! Também são irônicos, matam e mandam flores para a viúva...

Outro silogismo:
População brasileira com mais saúde (e mais esclarecida), costuma apresentar menos doenças; logo demanda menos remédios; sobrecarrega menos o Sistema Único de Saúde (SUS) e diminui o mercado dos médicos e clínicas particulares; logo a indústria farmacêutica precisará produzir menos remédios e usar menos Beagles como cobaias (deveria também pesquisar como não usar animais); logo os laboratórios, os quais possuem ações nas bolsas de valores, terão diminuição dos lucros... Epa! Veja só o lucro aqui novamente!
Então, mais doentes implica mais lucro! Mais petróleo, mais poluição, e mais lucro!
Lucro é relativo, se investir em educação e saúde de forma a implicar lucros escusos, maquiados, ilegítimos, que tenham como missão fortalecer a economia, mandato político, perpetuação do poder, a arquitetura da teia de beneficiários alheios ao povo como um todo, então isso soará como uma desculpa demagógica que sonega a nobreza do fomento nesses setores vitais.
É uma conta salgada a ser paga no futuro, e já é pré-salgada!

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Candidaturas

Nesse período eleitoral, após as campanhas e o horário eleitoral gratuito (sofrível), imaginativo que sou, elaborei uma ideia para que se filtre o contingente de aspirantes às candidaturas aos cargos do Executivo e Legislativo, nos âmbitos estadual e federal: trata-se de submeterem-se a uma prova (uma espécie de vestibular) a ser aplicado pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), e em caso de aprovação, então estariam aptos, perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para postulância ao pleito popular. Com efeito, candidatos que não tiverem uma qualificação mínima, certamente não participariam do processo eleitoral na condição de candidatos, assim como os candidatos que infringirem a Lei da Ficha Limpa.
Para concorrer às vagas da Assembleia Legislativa, por exemplo, os postulantes deveriam ter conhecimentos prévios de aspectos socioeconômicos da unidade federativa a qual pretendem representar, bem como sobre fatos geopolíticos, geográficos; agregado-os a conhecimentos de português, matemática e informática. Aprimorou-se tanto o instrumento de captação de votos, ou seja, a urna eletrônica (agregando-se atualmente a tecnologia de leitura de impressões digitais), por sinal uma referência mundial bem-sucedida, entretanto, tudo isso pode se perder devido aos maus candidatos, eleitos ou não.
Pensamento meu: Mais vale um voto na cédula de papel em um bom candidato, do que um voto eletrônico em um mau candidato...

Portanto, negligenciou-se o procedimento depurativo das candidaturas em detrimento do procedimento de captação de votos, ao passo de que ambos deveriam ser burilados igualitariamente.
Apenas trato de minhas sugestões, pois os critérios para a referida "sabatina" estariam sob inteira responsabilidade do TSE e TREs.
Imaginemos centros de excelência em suas áreas, como o Instituto Rio Branco, a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco da USP, o Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA), a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade de Campinas (Unicamp) e as universidades federais, para fazer parte do corpo discente (e também do corpo docente), os candidados passam por processos seletivos exigentes, criteriosos e predominantemente eficazes.
Imagine-se, guardadas as devidas proporções, peculiaridades, e propósitos, em relação aos cargos mais expressivos da governança... Para ser, por exemplo, um deputado, deveria ser exigido antes e após o processo eleitoral, um maior quilate dos candidatos... Tal texto surgiu em virtude do inconformismo pela vitória (e da forma como ela ocorreu) do candidato "Tiririca" e pelo fato de a postulância dele não ser um caso isolado.

Inserida por autoraugustomatos

O tapete

Ao capricho da tecelã,
o tapete é bordado.
E os desenhos são feitos ,
conforme o capricho e o nós
da tecelã.
A cada ponto; uma oração.
A cada desenho. Uma dança
Feliz que deixa saudade,
Quando separado por novos desenhos,
E cores que comporão o tapetes,
Com novos nós. Que irão separar
Por espaços. Ao capricho da tecelã.
E o cortar da tesoura.
Novamente se encontrando em novo,
Desenho. As linhas que guardaram
Saudades daquele encontro anterior.
Entrelaçar-se-ão novamente.
Ao capricho da artesã.
E poderão expor-se novamente ao
Esplendor. Daqueles que as enxergam,
Em novo desenho que será bordado.
Os pontos que ficaram amarrados por detrás,
Do tapete. Poderão um dia se encontrarem
Para formar novos desenhos em nuances de cores
Bonitas. Que deixarão novamente saudades.
Ou poderão separar-se por espaços distantes.
Ao capricho da tecelã. Que nunca para o seu tear.
São tantas linhas cingidas em diferentes
Espectros de cores. Que: quando se juntam,
Em diferentes desenhos e nós.
Abrilhantam e fascinam o olhar,
De quem as observam.
E provocam o desejo intenso, de se amarem
Também naquele desenho.
Mas ao capricho da tecelã.
Os desenhos e pontos. São realizados.
Rezados e bordados, onde só o mosaico,
Só pode ser visto, pelo lado de fora do tapete.
Se aquelas linhas vão se encontrar novamente.
Só o espaço de tempo irá dizer.
E: irão se lembrar novamente?
Não se sabe.
Tudo ao capricho da tecelã.
Um bom encontro de fios.
Que formam, um esplendoroso desenho.
Deve ser celebrado e rezado com intensidade.
Porque não se sabe. Quanto espaço, os fios
Irão encontrar-se novamente. Para comporem
Aquele desenho que deixou saudade.
Ao capricho da tecelã.

Marcos fereS

Inserida por marcosviniciusfereS

O REFLEXO DA ESTAÇÃO

Enquanto cai a chuva de outono lá fora eu ouço, e seu som traz musicas repetitivas e lembro-me de cada momento poético que me inspirou na vida.
Então eu olho na janela do meu quarto e lá está o meu reflexo.
Como sempre em todos aqueles momento de outrora,
tanto o quanto agora...caindo e escorrendo sobre a vidraça.
Então eu me pergunto; "Seria de fato, todos os meus melhores momentos terem sido assim? ... desde a infância, até agora?"
Então eu abandono o interior do meu quarto e deixo que as lagrimas caiam sorridentes la fora.
Na esperança de que as lagrimas do céu tomem o seu lugar e tragam por fim uma outra poesia para o meu coração, agora.
No reflexo da estação. :'(

Inserida por ValeriaRibella