Textos de Ausência
Ainda ouço longe o toque do amor. Os acordes harmoniosos da sua presença se contradizem com a estupidez da sua ausência. Toda ausência é burra, quando as atitudes não combinam com a vontade. Mas a gente continua buscando o tempo, falando com a solidão, maltratando o coração. E o violão quebra a corda, o piano desafina, a sinfonia perde o ritmo e o maestro se despede; fecham-se as cortinas. O som se cala e o amor chora. Nada mais ouço além do som da partida. Nada mais vejo além de palco vazio, de uma vida sem música.
Um “eu te amo” reside em muitas frases diferentes. Em “comprei essa bolacha que eu sei que você gosta”, em “deixa que eu te ajudo com a declaração de imposto de renda”, em “vem aqui que você precisa cortar a unha”, em “eu te busco no aeroporto”, em “apaga essa merda desse cigarro”, em “pega um casaco que tá frio lá fora”, em “você tem dinheiro pro táxi?”. Algumas vezes o “eu te amo” sai em forma de “eu te amo”. Tantas outras não. Mas ele está lá. Basta que a gente esteja disposto a encontrá-lo ao invés de reclamar a sua suposta ausência.
Você erra, você é falho. Eu errei, fui falha também. Você me culpou, e eu me refiz. Me fiz de novo, tentei mudar. Eu acho que consegui fazer um pouco diferente, tentei ser um pouco melhor. Mas agora, poxa, agora quem desandou foi você. E olhe só, foi me deixando, se fazendo tão ausente... Não culpo a nós. Mas eu te peço, por favor, não me troca assim, não me faz perder a fé no amor outra vez.
Não sei dizer se é gostar, possessão ou amor, mas, algo me prende a você de uma forma que não sei explicar. Fico presa em pesamentos, devaneios, perco a fome, perco o sono, perco tudo! Menos você. Não sei se da cabeça, do coração, ou dos dois. Tento encontrar formas de me livrar dessas amarras, mas, quanto mais eu tento te esquecer, mais eu lembro, mais eu sinto falta, mais perto me encontro independente da distância. E sua ausência me deixa um vazio, que é repleto de você.
É o SE que me incomoda, atormenta, perturba. Quando estou mal, é o SE que me faz pensar como seria se ele estivesse aqui para me fazer rir. Quando estou bem, é o SE que me faz fantasiar como seria se ele estivesse aqui, para viver esse momento comigo. É o SE que me persegue, me maltrata, me ilude.
A verdade é que a vida não espera você se recuperar dos furacões, dores e frustrações que ela mesma te causa. Enquanto você está aí, deitada na sua cama a dias, se lamentando com aquele velho urso de pelúcia e chorando, a vida segue e as pessoas também. Entenda que até mesmo aqueles que agora sentem sua falta, um dia vão se acostumar com a sua ausência, pq assim é a vida, a gente se acostuma e se molda de acordo com os acontecimentos.
Ninguém é insubstituível, ninguém é bom demais para qualquer coisa, sempre existirá alguém um pouco melhor ou igual a você! Portanto seja simples e humilde, seja direto e honesto. Trabalhe com paixão com aquilo que ame fazer e não somente pelo dinheiro... Nunca se ausente, ou não falte muito, porque um dia descobrirá que sua ausência pode não fazer diferença ou até mesmo nem ser notada. Você pode ser ousado e se valorizar, mas cuidado pra não haver exageros... Sempre haverá outro para ocupar o seu lugar no primeiro descuido. Falo isso para mim mesma todos os dias.
Saudade nao sobrepõe a vontade de querer perto, nem impõe o desejo das expectativas. Saudade são lembranças boas que ficam para sempre. Saudade é ausência mesmo. Não machuca porque sabemos que são apenas lembranças, não é físico. Saudade é o amor que passou e ficou, é àquele até logo...
O que me aterra nos meus regressos de agora é não ter mais quem espere por mim, ninguém. A casa e os móveis, o ambiente que me faz recordar que algum dia tive alguém que me esperasse com ansiedade, mas "nesse algum dia" não sabia o que era ter alguém. O vazio da minha liberdade total.
Ontem J. veio me visitar. Em conversa reclamou que minha resposta à carta que ele me escreveu fora muito cruel. Fiquei assustada, pois não tive a intenção de magoá-lo, mas disse apenas o que penso sobre a amizade e a sua transformação com a ausência. E estava com razão, tudo ficou confirmado. Onde o amigo de há alguns anos atrás? O que agora tinha na minha frente era um conhecido apenas, que não sabia mais de mim e nem eu dele. Arrastamos a conversa pela noite adentro, o seu reencontro não me deu nenhuma emoção, está morto, ou, estamos mortos um para o outro. Nada fará reviver o que foi antes. Podemos começar uma amizade nova, como se fôssemos estranhos, mas o que passou está acabado, morto.
"Havia tinta, sim. Tinta cor de carmim,e do meu peito eu tinjo as folhas brancas de papel ainda amassadas. Junto à lareira, tento aquecer-me do frio, do gélido sentimento da ausência . Ainda sobre a mesa, a conclusão, de uma enquete de um simples pasquim,em tinta azul: "Não há culpados, sim, a injustiça mórbida da maldade alheia,impetrada contra um amor que não vigiou a si mesmo e deixou-se denegrir pelo tórrido egoísmo de ambos" . Enquanto leio,uso o vermelho para escrever- lhe com a inspiração de um coração que sangra em face da luz,aquela em cujo reflexo, permeia a lenha que queima ardentemente e lança faíscas sobre a minha pele,causando fissuras, capazes de tirar da noite o sono e fazer dormir o dia. O silêncio do lado de fora, da azo aos pensamentos de outrora, enquanto tento mudar o tom da cor das palavras que te escrevo..
Ouço a voz do silêncio e o calar da noite. Sobre lua e estrela, procuro-te. Sobre o mar e o ar, sinto-te. Faço festa quando a tua imagem, a mim, vem. Defino traços, tatuo espaços, vastos, sobre tudo que de ti há em mim. E sobre tudo que és, nada sou em tua ausência, além da tua presença vivida em canto espectro do meu ser.
Ela estava ausente. Nada a presentificava onde deveria estar. Nenhum fio de cabelo se movia, nenhuma pálpebra batia, nenhuma lágrima caía. Estava ausente da rua, do trabalho e até do mar que continuava a quebrar nela as suas ondas, como a dizê-la que tudo passaria. Estava fora do seu corpo, a embalagem que vestia a sua ausência e fazia os outros acreditarem que ela ainda existia e andava e comia e vivia, quando apenas sobrevivia a si mesma!
Sinto falta de um mundo que talvez nunca tenha visto, um mundo de verdade, onde é prioridade a cultura e a arte é devidamente respeitada e cultivada, onde as pessoas se interessam umas pelas outras não pelos erros, mas pelos calos que a vida deixou e quem essa pessoa se transformou, sinto falta de sorrisos sinceros, de não me sentir saturado pela mesmisse, sinto falta de músicas que tinham conteúdo, pessoas com conteúdo... Talvez eu já esteja ficando velho de mais para esse mundo, ou talvez os valores é que se inverteram e bem poucos notaram!
O que fazer quando não se sabe o que fazer? Quando buscamos a resposta que queremos em todos os lugares mas não conseguimos absorver o que respondem como a resposta que bate aquela sensação de "é isso!". O que fazer quando o que se deseja parece utopia? O que fazer quando a alma grita por um sentimento correspondido mas que muitas vezes só encontra eco em atitudes, mas não em palavras? O que fazer quando o Eu Te Amo não é muito claro verbalmente mas as ações mostram o amor na forma mais sutil de um entrelaçar de dedos dando as mãos, ou um olhar longo de carinho? O que fazer quando duas almas parecem se completar tão bem mas não podem estar sempre juntas? O que fazer quando o amor é tanto que transborda pelos olhos em lágrimas de saudade? Aos olhos de outros tudo pode ser resolvido com tamanha facilidade e brevidade, é tudo muito simples. É só fazer isso ou aquilo. Mas a alma que grita não ouve, a alma que chora não entende, a alma solitária não aceita a distância. Parece que a separação é infinita mesmo quando se passaram apenas alguns dias. A dor amplia o tempo, enquanto a alegria parece ser tão fugaz. Num instante acaba, e volta a alma a ansear pelo seu amor e a se questionar sobre o que fazer de sua existência.
Uma saudade que acalenta a alma, mantendo viva a imagem daquele que partiu. A família nutre a lembrança com afeição e devaneios, enquanto uma melodia de ternura ecoa pela ausência perene. Uma quimera de reencontro que persiste no coração.
A pior omissão é a falta de um propósito. O sentimento de vazio e desorientação que tantos de nós experimentamos decorre da mais grave omissão que podemos fazer: a ausência de um propósito. Encontrar esse propósito é a chave para preencher o vazio, orientando-nos através da vida com clareza e paixão.
O sujeito não era nenhum gênio do crime. Porque diabos ele fez o que fez? Como conseguiu evaporar? Essa ausência de respostas me rouba o sono há mais tempo do que consigo lembrar. Apenas recentemente comecei a admitir que, neste caso, a ausência de provas é uma condição permanente – ou, no mínimo, uma condição que durará mais que eu.
Por diversas vezes erramos. E mais com os que amamos. Talvez com o intuito de protegê-los de nossas debilidades e/ou inconstância emocional. Fato é que quanto mais amamos uma pessoa mais ainda nos é exigido um grau de responsabilidade em não nos tornarmos 'peso" na vida dela(e). Portanto, buscamos por uma tomada de decisão qual o coração não quer... Entretanto, a razão exige sensatez e prudência. Nossas decisões trazem consigo consequências, ás vezes irreversíveis, contudo necessárias. Logo, depende desta o crescimento social do outro. Certamente, quando após determinado tempo, diria até considerável tempo, cerca de 10 a.; entende-se que não fomos o melhor para esta pessoa. Não atribuímos á ela(e) um bem maior. Talvez sejamos o motivo qual não permitiu que esta evoluísse. Claro que, não temos certeza de nada na vida. Porém, se minha ausência contribuir mais do que minha presença então, logo acredito que, me afastar é o melhor á fazer á respeito. Ainda que me doa a alma. Desejo-te sorte de bençãos! Anseio que sejas de fato Feliz Jr ! Grata por tudo que vivenciamos, especialmente por seu amor. Temo que, não seremos mais os mesmos. Mas rogo que sejamos melhores. Nisto se faz a vida, evoluir.
Hoje o dia amanheceu pra mim mto nublado. Lágrimas rolaram dos meus olhos, uma dor me invadia o peito, eu sentia como se estivesse partindo minha alma ao meio. Hoje foi mais um dia em que tive que lutar contra minha vontade de insistir, de tentar te convencer de que a gente valeria a pena. Hoje foi mais um dia que eu não pude te ter, nem falar contigo. Hoje foi mais um dia sem você. Que falta você me faz.