Textos de Ausência
Páscoa
Será que pode nascer de novo quem morreu por falta de amor, por ausência de empatia?
Será que é pedir excessivamente um milagre de ressurreição, que devolva vida para toda essa gente?
Será que a dor vai passar e o será que o corte vai se fechar?
Será pedir demais, querer um tempo de trégua, ou mil anos de paz?
Nildinha Freitas
Ausência
Hoje é um domingo de chuva
E meu coração continua frio
O mundo lá fora parece ruir
E aqui dentro tudo segue inerte e vazio
Colmei-me da esperança de que um dia você pudesse voltar
E chorei com a certeza de que nada nesse mundo
Jamais tomaria o teu lugar
Fui à janela lateral
Fumei meu cigarro enquanto olhava a chuva cair
O mundo lá fora parecia apático
Mas chovia torrencialmente aqui
Eu tossia em meio às lágrimas
O vento assanhava meus cabelos
A chuva me roubava as palavras e transbordava todos os meus medos
Me lembrava daquela noite fria
Em que juntos cruzamos a cidade
Nos amamos sem pudor
E eu sei que te fiz esquecer a vaidade
Pois ao menos naquele instante você me amava
Eu sentia.
O ar ameno adentrava as janelas do carro
E fazia minha pele arrepiar
Eu gritava porque estava viva e sabia
Você pisava no acelerador e sorria
Tão lindo, tão leve
Que poderia facilmente flutuar
Acontece que perdi-me na penumbra dessa escuridão
Perdi-me tentando freneticamente encontrar você
Me martirizei ao pensar em tudo que podia ser
Mas pra nós não há outro final nesta dimensão
Você que sempre disse odiar meus vícios
Se tornou o maior e pior deles
Diariamente dilacera meu coração
Com tua ausência e prepotência
Sequer parece ter dito que me ama tantas vezes
Eu senti um enorme pesar quando o nosso amor morreu
E jurei não mais te amar
Mas se não falhasse, não seria eu
Nunca fui fã de inícios
Menos ainda de finais
Mas se chuva apaga a chama
Você fala que me ama
E eu te digo nunca mais.
Abraço a racionalidade
Ponderando os prós e os contras em que nossa história se deteve
Assumo a responsabilidade
Aceitando que é impossível perder aquilo que nunca se teve.
Thaylla Ferreira Cavalcante
Uma traição não chega a ser uma dor. Na verdade é uma ausência de dor. Uma ausência de esperança no ser humano.
A traição afeta nosso ego, nossa autoestima e a gente se pergunta os motivos.
Por não termos as respostas, nos sentimos pequenos seres descartáveis, por gente que não sabe nosso valor.
Ausência
Quantas vezes a espera , se faz presente na ocasião , amores perdidos distendidos
Remanescentes da dor e da ilusão ,
Quem sabe atros sensação , cúmplices amantes , quem pode titular tal sentimento , quem ?
Aqui ali , quando , por onde ou porque .
O que o coração diz a você , bem se o coração é só um músculo porque ele dói quando sofremos , nem os físicos explica
Pobre coração , pobre musculo sentimental .
DOR
Se o vento soprar silêncio
E me perguntar o que é a dor
Direi no vão momento
Que é ausência de amor.
Mas, se insistir o que é tristeza
Causa de nos magoar
Direi então é a beleza
De sorrir para não chorar
Que são fagulhas de espinhos
Que penetram minh´alma
É a distância do carinho
Do tudo que fez-se em nada
Posso dizer sentida
Que a dor é pranto que cai
Que é todo o mal que fica
Quando todo bem se vai.
A Copa do Mundo e os Conceitos da Noção de Ausência e Falta
Sempre tive dificuldades para entender muita coisa nesta vida. Coisas que aos outros parecem pequenas, perante mim, elas se agigantam. E eu me apequeno diante delas. Desconfio que isso seja psicológico. Há muitas faltas na nossa breve existência que em algum tempo não foram preenchidas. Porém não é sobre isso que tentarei esclarecer o nebuloso objeto deste monólogo. Antes de tudo, adianto ao possível leitor, que tal clareza busco para meu espírito. Se mais alguém ficar satisfeito com aquilo que vier à superfície, dou-me por satisfeito também, como o finado Brás Cubas. Se não ficar, não pagarei com um piparote. É assunto subjetivo e cheio de lirismo. Vamos ao problema.
A questão que nunca ficou nítida para mim é a distinção que se faz aos conceitos de ausência e falta. Músicos, poetas, filósofos sempre falaram sobre o significado diferente que esses termos têm entre si. Para Nando Reis a falta, por exemplo, é a morte da esperança, mas ele justifica sua ideia com uma situação do roubo de um carro, na letra da composição, o que faz com que eu não experimente essa sensação de perda absoluta sentida pelo eu lírico. Um outro exemplo, é o poema dedicado por Manoel Bandeira a Mário de Andrade em razão da morte deste, "A Mario de Andrade ausente". Embora chegue a tocar no objeto da ausência, pela tristeza provocada no leitor, fico sem uma clara noção do que seja o elemento da falta, apresentado pelo poeta. Porém a esperança que temos é a de que qualquer objeto que se insinua nos signos determinados por ele, mais cedo ou mais tarde, um dia se revelará em signos mais familiares. Não como uma primeira revelação, mas como um desdobramento de si mesmo em tantos outros signos que a realidade vai formando em cada um de nós. Finalmente, parece que o momento dessa revelação chegou sob a aparência de um grande elemento da cultura global: a Copa do Mundo.
Millôr Fernandes, na moral da sua fábula, A morte da tartaruga, arremata no desfecho da narrativa, de modo genial, ao nos abrir os olhos, o conceito de perda, quando enuncia: 'o importante não é a morte, é o que ela nos tira.' Durante muito tempo, essa afirmação, contextualizada no enredo da fábula de Millôr, ficou martelando na cabeça, porque a narrativa é surpreendente. Desconfio agora durante a Copa, que a sensação de perda sentida pelo garotinho pela frustração de não ter mais funeral, uma vez que a tartaruga não morrera, é parecida com a derrota do Brasil para a Croácia e sua consequente saída do torneio.
A Copa do Mundo é uma festa. É um cerimonial para o qual nos preparamos a fim de desfrutarmos das coisas que só o lúdico é capaz de trazer ao espírito. É um torneio único para o mundo do futebol. Primeiro, é único pelo espaço de tempo entre um evento e outro. Quatro anos parecem ser pequeno, porém para um torneio que provoca tantos efeitos de sentidos, de fato, não é. Em quatro anos, mudam-se governos, crianças nascem e, legalmente, precisam estar matriculadas em alguma instituição educacional, terminam-se ciclos de estudos na escola, nos institutos, universidades etc. Para quem sai da Copa sem ser campeão, o tempo parece interminável. Comissões técnicas são renovadas porque outras foram destituídas e, às vezes, muda-se toda uma geração da bola para dar lugar ao novo. É a força do tempo na transformação das coisas.
Segundo, o torneio é único porque estar na Copa é a glória de um país. É um cerimonial vivido durante trinta dias: a entrada em campo, o cantar do hino oficial do país, as resenhas midiáticas que proliferam...A afirmação de pertencimento a determinada nação parece se intensificar ao ouvirmos o toque magistral da nossa música mais emblemática. Somente a Copa produz isso. Acrescente-se a tudo, o fato de que nada se compara à vibração das torcidas na hora do gol. Como dizia o slogan de um programa de televisão: ‘Gol o grande momento do futebol’.
Evidentemente, a Copa cria um clima que mexe com uma nação inteira. Calendários são ajustados para ninguém perder os detalhes da seleção que nos representa enquanto Pátria e Nação. A cada vitória, vamos sonhando com a chegada da grande final. Até os jogos dos outros são importantes porque queremos imaginar quem serão os nossos possíveis futuros adversários na passagem de uma fase para outra. Depois da fase de grupos, tudo é tenso e eufórico.
Particularmente, nesta Copa, preparei-me para assistir Holanda e Argentina e ao confronto mais esperado: a boa seleção inglesa contra a atual campeã e favorita ao título, a França. Pelo bom desempenho de futebol e resultados na Copa, a Inglaterra fez crescer o meu interesse pelo jogo dela contra a equipe francesa, que já demonstrou ser uma seleção altamente perigosa, porque sabe aproveitar oportunidades perdidas pelos outros e conta com excelentes jogadores para concluir jogadas. Do outro lado, queria ver também a Argentina no confronto com a Holanda, porque os argentinos são os nossos maiores rivais, não em títulos, pois a diferença é gigantesca. Somos penta há vinte anos, e eles há trinta e seis anos lutam para buscar um tri. É mais uma rivalidade de parentesco. São nossos vizinhos mais chatos.
Entretanto, embora não confiante e satisfeito com o futebol apresentado pelo Brasil, confesso que a expectativa para ver outros jogos já mencionados, era justamente a esperança de ver um confronto Brasil e Argentina ou Brasil e Holanda na semifinal. Todavia, nem por isso, subestimei a Croácia, tampouco, superestimei a seleção brasileira. Mas não contava ver uma equipe, durante um bom tempo da partida, tão atrapalhada em campo contra uma Croácia que, apesar do bom resultado no Mundial de 98 e, principalmente, porque é atual vice-campeã, ela não figura na tradição das copas: só tem seis participações. O nome ainda pesa muito para se criar uma cultura de respeito mundial. Não falo do respeito dos críticos, mas do nosso: o torcedor.
Mas como dizia, o futebol atrapalhado do Brasil contra a Croácia, a meu ver, foi o que pesou muito para sairmos da Copa, aliás, em nenhum momento a Seleção apresentou um futebol envolvente e convincente durante os cinco jogos disputados. Penso que o ex-treinador foi o grande responsável por isso. Não víamos um desenho de jogo em campo quando a bola rolava, apesar de termos uma boa seleção. A qualidade da nossa geração atual é boa para o momento. Do mais jovem ao mais experiente quase todos estão jogando na melhor praça de futebol do mundo, a Europa milionária. Mas em campo, mesmo com esses craques fazendo algumas jogadas diferenciadas e resultando em gols, no geral o Brasil foi um time fraco para a dimensão de um torneio curtíssimo. Por isso que sua saída da Copa me deixou triste, mas não decepcionado. Faltou o encanto que nos derruba quando caímos jogando bonito. E isso já faz tempo que não acontece.
Abro aqui um pequeno parêntese, para dizer que é bastante compreensível entendermos a grande tristeza dos novos torcedores. Mais do que os veteranos, os novatos aguardavam com ardência pela final, principalmente, quem nunca viu o Brasil ganhar uma Copa. Seria o almejado hexa para o velho e para o novo. Nos distanciaríamos ainda mais da demais seleções do mundo. Para a nova geração de torcedores, a tristeza e decepção chegaram com igual intensidade. Mas o torcedor de mil novecentos e antigamente, acostumado ao grande futebol do passado e a grandes derrotas também, por certo, não está sofrendo com a perda da Copa atual. Aliás, é bem interessante o que as Copas produzem nos torcedores de diferentes idades. Um brasileiro de vinte anos, por exemplo, deve ter em mente que a maior tragédia da Seleção foi a derrota de 2014 no Brasil para a Alemanha. Uma mancha eterna no nosso orgulho. Porém, os torcedores de bem mais outrora sabem e ainda sentem que a maior tragédia foi a derrota na Espanha de 82. A Itália de um certo Paolo Rossi derrubou o melhor futebol do mundo. Para muitos, o único futebol que é comparável ao de 70 de Pelé e companhia. Mas não é sobre isso que trato neste monólogo.
Ao fim e ao cabo, saímos da Copa e perdemos o direito da presença. Não a nossa presença física. Muitos brasileiros ficaram por lá. Milhões continuam assistindo ao resto da Copa pela televisão, como eu também. O que perdemos, evidentemente, foi o direito da presença da Copa em nós. Isso é coisa que não se explica. Mas pode ser sentida. Eu, por exemplo, fiquei sem achar motivos para assistir Holanda x Argentina, Inglaterra x França, embora tenha assistido e forçado a barra para vibrar com o futebol das duas últimas equipes. Mas as ruas ao redor já estavam silenciosas, sem a energia da própria nacionalidade. De repente, a Copa se tornou estranha, vazia, apesar da força da mídia em manter seu brilho. Deve ser este o grande medo que já vivemos em outros eventos: a estranheza. Cada jogo se torna mais um. Para minimizarmos isso, a mente cria a estratégia de simpatizar com algum outro país, a fim de buscar nele uma afinidade ou empatia que gere em nós o desejo de torcer pelo estrangeiro, apenas como forma de dar sentido àquilo que perdemos. O sabor da Copa em nós, a adrenalina da tensão que só o sentimento de pertinência provoca.
Verdade é que, quando a seleção sai da Copa, perde-se o clima, porque a nacionalidade volta para casa também. Esse vazio que fica deve ser aquilo a que chamam de FALTA. A falta é a morte da presença. Manoel Bandeira, afirma, no caso da morte de Mario de Andrade que ela, a falta, viria um dia, pela força persuasiva do tempo. Mas não de modo repentino, como acontece na desclassificação de uma seleção afeita à cultura do futebol como a nossa. Perde-se o sabor, o colorido dos lances. Agora é possível conversarmos, durante as partidas, desinteressados pelo jogo dos outros, porque a ansiedade é alheia. A falta imediata da presença da Copa, em nós, gera estranheza. Fomos desconectados do Mundial sem aviso prévio. É um corpo social que fenece abruptamente. Morremos.
AUSÊNCIA
anoitece como se as estrelas caíssem
e os relâmpagos se apagassem sem trovões
como se nas veias me corresse ácido
e tudo se perdesse nos meus olhos
nem o brilho cristalizado pelo desejo
nem a angelical imobilidade dos lábios entreabertos
ou a memória das mãos no corpo
protegem da insónia e atenuam a ausência
apenas tento o sono depois de gritar o teu nome
sobressalto ou inquietação
tortura de pensar
silêncio
silêncio
angústia
Teorema
Não estou querendo nada além de silêncio
Sentir sua ausência machuca por dentro
Esse firmamento qualquer hora vai passar
Posso jurar não vou largar a hora que você chegar.
Eu sou como girassol em dia nublado
Eu sei a direção do sol nunca está longe
As vezes o amor se esconde por não ser a hora.
No tempo tudo existe um brilho que não vai embora.
E um coração apaixonado ele pode até morrer
Porque mesmo que tudo vale muito apena...
É do tempo o teorema alguma coisa se desfazer...
Não sei o porque que com você essa arte não há de acontecer...
Seu sorriso é um imã que cola no meu peito.
E o coração cheio de amor por ti sempre um lindo respeito...
Te amar é minha sina e não existe outro jeito.
E quando você me beija acende o sol por dentro e brota um novo desfecho...
07.01.2023
O amor ele chega sem esperar.
Não bate na porta.
Até seus defeitos é sentido na sua ausência.
O amor ele quer sentir seu calor .
Porque é disso que se alimenta.
Ele é quente e delicado .
Sincero e durável.
O amor pede atenção.
O amor pede perdão .
O amor anda na chuva e no sol.
Não é pra qualquer um não.
Na ausência do sol' o brilho do dia se esgotou
e sem o molhar da chuva com sede a minha planta ficou
Sem o raiar do sol nem o molhar da chuva
Apenas nuvens negras sobre o seu ceu"
Vi o sol se pôr ontem, e até agora não apareceu.
Intristecido perguntei ao universo o que aconteceu
E no termino da tarde' com um grande luar e o cintilar das estrelas
a noite respondeu.
Se sou ausencia no momento , lembre que a vida segue , e tudo q vivemos continua em mim , pois nao me arrependo das coisas boas q me permitir viver , nao é pq nao estamos no dia dia juntos q nao os ame q nao sinta saudades , as vezes so o tempo para apaziguar algo q nao se somava. Por isso respeito todo jeito de ser. Sabe muitos nao se entende , quem dira o meu eu , se quem ama deixa ir entao pode ir , e se nossos caminhos voltar a se cruzar saiba q continuo lhe mandando carinho emanando positividade , felicidade... jamais o seu mal , se nao for pra te querer bem , jamais querer teu mal✨🌿
Liberta todo sentimento que te faz mal abrace o sentimento bom.
Permita e tbm liberte
Criate na luz , crie pasaagens felizes , msm sem saber se fica pra sempre naquele agora , oq importa msm estar de vdd para si e para um alguem e sentir fez o bem🌿🌻✨
Nao more deixar de usar mascaras o tempo td para os papeis da sua vida , a redeas sao suas. Permita conhecer seu melhor eu🤞🏽
No tocante à minha poesia,
Eu falo do que me toca
E também do que não me toca
Falo da ausência, da solidão, do que me deixa vazia
Também gosto de tocar a poesia nas cordas de um singelo violão
Por mais que, na maioria das vezes, elas não toquem o mais profundo de alguém
Eu retoco a maquiagem,
Para que não transpareça tanto a pobreza do meu ser e a miséria do meu coração
Ao toque de recolher,
Vou me deitar em meu leito de sono profundo
Não consigo dormir, porque me toco que as coisas estão me tocando cada vez menos.
Nada me toca mais como antes.
Tanta falta faz o arrepio na pele quanto na alma.
"Se eu pudesse eu estaria em todos os lugares que eu tivesse sua presença.
Em sua ausência se faz presente, da sua companhia, minha abstinência.
Eu abstive da sua companhia, abri mão da minha insistência.
O coração implora suas carícias, a razão pede clemência.
Sua companhia sempre me fora um presente, agora sua ausência marca presença.
É frequente lembrar-lhe e o sofrimento tem constante frequência.
Esse sentimento tem elevado nível de indecência.
Ao meu coração, o comandante do meu sofrimento, presto as minhas condolências.
Quando repouso sobre ele, e escrevo a mais doce das palavras, presto a minha mais singela continência.
Eu já perdi muito no campo minado da 'sofrência'.
O coração e a razão, não importa quem vencer, eu sairei perdendo nessa guerra serena.
Ao lembrar-lhe, por vezes, perco minha eloquência.
Eu perdi muita coisa, só não perdi, minha paciência.
Eu estou em todos os lugares, só não estou onde tenho sua presença..." - EDSON, Wikney
Devaneios
És reclusa em minha mente
Tua ausência me causa nostalgia
Quero-te perto de mim constantemente
Minha pequena poesia!
Conduzes o meu pensamento
Vivo no desespero o dia inteiro
Sinto teu cheiro em qualquer momento
Ah!...
Minha alma entrou em Devaneios.
Tenho meu mundo
P'ra lá contigo me mudo
Meu amor...
Eu assumo...
Meus sonhos têm asas
P'ra o teu coração é o meu rumo.
Minha alma é viajante
Com tua imagem deslumbrante
Pousamos em uma bonita paisagem
Mas...isto é apenas miragem.
UM QUERER
Um beijo.
Um querer.
Um amor para viver.
Uma ausência sentida.
Uma saudade sofrida,
um sofrer que dói.
Uma dor que destrói.
Enfim,todo amor maltrata,
mas, é um bom sinal,
que de verdade, se ama.
E se esse amor
correspondido é, a dor
logo se esquece.
Vive-se outra vida,
vida mais consciente
de quem, em seu peito
sente,uma alegria incomum.
Uma alegria só sua.
Dividí-la,só com quem,
seu coração,consente.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
𝚂𝚒𝚖, 𝙴𝚞 𝚜𝚞𝚖𝚒.
Sumir para que você notasse que a minha ausência te faz falta, para que você notasse que a minha presença é importante.
E que os pequenos gestos que eu fiz por você são valiosos...
Precisei espairecer a mente para que você notasse... Que também te causo falta!
AUSÊNCIA
Tua presença no passado,
Não me gerava interesse algum.
Agora, com tua ausência estou entediado.
Algo que nunca acontecera, muito incomum.
Volte a ser tudo aquilo que eras para mim.
Não deixe perder o sentido.
Que nosso amor não termine assim.
Algo tão lindo deveria ter surtido.
A cada vez que escutava tua voz a me chamar.
Meu coração parava de chorar.
Sentir que tu vinhas a me encontrar,
Permitia-me imaginar,
Me apaixonar,
Te desejar.
Trazia meu céu a terra.
Libertava pensamentos que estavam em guerra.
Tornavas minha ânsia por ti em realidade.
Tem efeito tua presença.
Me sinto confortável,
Me sinto bem,
Me sinto instável,
Me sinto zen.
Tenho esperança.
Talvez o interno
tornar-se externo.
Talvez esse amor
seja recíproco.
Ausência
Sua ausência é a demência da minha calma;
Sua ausência devora fundo a minha alma;
Sua ausência é um poço sempre frio e vazio;
Sua ausência é um beco esquecido e sombrio.
Sua ausência é o penhor do meu desamor;
Sua ausência é um caminho tênue para a dor;
Sua ausência é um livro sem história;
Sua ausência é um brilho perdido na memória.
Sua ausência foge da minha compreensão;
Sua ausência tira de mim a razão;
Sua ausência é um silencio inquieto;
Sua ausência é um túnel infinito...sempre reto.
Imposição..
Assim você quis
Impor sua ausência
Porque?
Medo !!!??
De que ?
Apaixonar-me por
Você?
Não precisavas...já tinha
Consiencia de que não
Seriamos nada mais que
Amigos...
Sabe!! Dou muito valor a
Uma amizade, e muitas vezes até mais do que um amor...
Pois a amizade não deixa de ser um amor, de forma diferente... Não precisavas afastar-se..
Tristeza causastes em mim
Com que intuito?
Que dentro da sua depressão você sozinha só olha para você mesma e esquece que a sua volta pessoas podem estar querendo te ajudar sem qualquer interesse....
Moça...
Deus está te dando oportunidade de ter um amigo
Desperdício.
Que pena !!!
MESA DE BAR
A noite é fria... Lá fora a chuva incessante
Lembra tua ausência que chega a todo instante...
O seresteiro indiferente à minha dor,
Solfeja notas de saudades em langor!
A canção me diz de cabelos anelados,
Longos cachos de fios negro – prateados,
A lembrar teu rosto amado, teu corpo esguio...
Versos de queixumes, lamentos entoados,
Que dentro d! alma ressoam em tons magoados,
E então me perco num olhar distante e frio...
As mãos do artista deslizam ágeis, ardentes
E ao som do piano ando em voos transcendentes...
Na febre dos desejos e da insanidade,
Vejo-me longe, fora da realidade...
Onde estás? Que fazes doce criança?
Meu alento! Derradeira esperança!
Ah! Sorte madrasta... Incauta solidão!
Pobre vate: Inunda de dor a face ingrata,
Tal qual a chuva lá fora, caindo em prata,
Inunda de lágrimas a negra imensidão!