Textos de Ausência
Vazio
O vazio nem sempre significa que você esta num espaço com a ausência de objectos,
não quer dizer que não há pessoas a sua volta ou seja…
Você pode não estar fisicamente num vazio, nem espiritualmente pode se sentir ou estar vazia ou vazio…
As vezes as pessoas confundem o estado espiritual com o emocional.
Esta certo que é Nele que procuramos o refugiou salvação para tudo…
Mas quando lhe retiram a algo ou alguém , que você gosta muito.
O que lhe traz a alegria todos os dias ,acordar e agradecer a Deus por mais um dia de plena felicidade…
Quando lhe retira isso …
Como você vai se sentir ?!- Vazio.
"Distância íntima"
Não me venha você reclamar minha ausência
eu estando aqui ao teu lado, reclamar o fim
da estação das flores entre nós; pois aqui
em mim sempre esperei você repensar atitudes,
preencher teu coração de sol, me sentir
e rebuscar a primavera para entre nós.
Saudades... consequência de uma longa ou pequena ausência. Há quem diga que a distância pode amortizar emoções, pode ser que tenha fundamentos lógicos, mais acredito fielmente que é capaz de plugar uma turbina de desejos e sensações inexplicáveis.
Te ver mata a ânsia do desejo de te querer, ouvir a sua voz que ecoa no timbre dos meus definidos sentidos. Tato, olfato, degustação, visão e a ciência tentando me explicar que eu preciso disso para acalmar meu desejo, tão louco, incontrolável e proibido.
O mais maluco dessas sensações é a criação inconsciente do meu momento, que te englobar nas diversas paisagens humanísticas, físicas e críticas e prisioneiras dos meus próprios pensamentos.
Liberdade de expressar o quanto te quero nesse momento. E a razão vem à tona, me pôr no chão e sinalizar que ocultos estão e deverão ficar...quando não se pode ter aquilo que se almeja é melhor se desprender do fato de não ter aqui do meu lado.
Hoje eu tive medo ao passar no corredor escuro. Será tua ausência à me apavorar?
Hoje eu tive medo de perder-te. Sem ao menos possuir-te eu temi.
Hoje eu tive medo de nunca mais tê-la comigo. Será que você entenderia se eu dissesse que a quero longe?
Hoje eu tive medo desse querer. Até parece que não tem chão, que vou cair, que você não vai me segurar.
Hoje eu tive medo de mim mesma. Quando tive raiva de mim mesma, tive medo do que eu seria capaz de provocar à mim quando de repente eu me enxergasse.
Hoje eu tive medo de ferir-te. Eu costumo machucar à mim, mas não suportaria se fosse à ti.
(Eu não te machucaria nunca)
Hoje eu tive medo de amar-te. Sim, eu poderia. Só não assumiria, porque tenho medo.
Hoje eu tive medo por estar sem você, e não necessariamente por me ver sozinha nesse quarto escuro com sombras que geralmente me assustam. Eu senti o teu cheiro na bermuda de flores laranjas e pensei: como eu queria que ela estivesse aqui. Porque de repente meu coração doeu e eu sei porque.
Ela não confia no que digo, mas espera, eu não digo, eu nunca digo. Eu me calo porque temo.
Sim, eu tenho medo. Muito medo.
E eu sempre soube que você correria de mim. Eu sempre tive medo.
Só te peço uma coisa: não me faça acreditar que você vai ficar pra depois ir embora da minha vida como se eu não fosse sentir, como se não importasse. Se for pra ficar, fique. Se for pra sair, saia.
Hoje eu tive medo que você não ficasse.
Na ausência de um amor
Eu prefiro como for
Me guardar para amar
Antes que por leviandade
Sem carinho, sorriso e fidelidade
Eu possa encontrar a felicidade
Esperando um amor de verdade
E pra quem é recalcado
E está acompanhado
Sem amor passa e vive
Mas no fim terá apenas passado.
Por isso prefiro a solidão
Que meus sentimentos guarda no coração
E na mente uma esperança
Que dará fim a solidão
Deus
Por um desses dissabores
Que plenamente assemelha-se
à ausência de flores
Que infesta este Universo
Invertendo, assim, valores
Medíocres ideologias
Que nunca fizeram nada mais
Que ensinar outros medíocres
A igualar os desiguais
Fizeram pior
Ao igualar mantiveram-se acima
Crendo-se assim serem mais
Tendo por intento algo
Para eles intangível
Incapazes de enxergar o invisível
Impossibilitados de entender
Nem mesmo a sabedoria
Que ensinam os animais
Jamais vão compreender
Que para atingir
A velocidade da Luz
É preciso reverter o fluxo do Tempo
Pobres são aqueles
Cujo pensamento somente conduz
Ao Ouro que enferruja
Ao domínio da carne suja
Ignorando que em seus arquivos
As traças corroeram
Todos os livros
Que eles confiscaram
...Mas não leram
Chega uma hora do dia que a lembrança é mais presente
A dor da ausência, inexorável
Chega um momento que o peito se enche de uma enganosa esperança
Um desejo apenas: uma chance.
O silêncio é a resposta
O não tão dolorido ainda fere a alma
E o tempo também responde, implacável
Que não importam os dias
Há adeus que nunca termina
Existem presenças que, mesmo depois da partida, continuam a crescer dentro de nós.
Um grito de saudade urge
Gerado pela impossibilidade de afetos
Uma ausência arbitrária
Inclino-me a dor
E aceito como deve ser
Deixo que faça as mudanças necessárias
Talvez assim brote um raio de vida
Como um girassol sem Sol
Que redescobre uma razão
Um feliz e mágico sentimento
Futuro com flores
Alegria
Desculpas.
Desculpas? Mas o que é isso?
Desculpas! Um apelo, uma ausência de culpa. O que são desculpas para uma alma em pedaços e um coração em frangalhos?
O que são desculpas para um deserto em meio a varieddes, pois em seu infinito nunca saberá de fato o que é a culpa.
Kare Santana
O preço da minha ausência
Quanto vale a minha ausência?
Vale muito com certeza
Vale conluios inquestionáveis
Dos disco voadores a espreita.
Quanto vale a minha ausência?
Vale aos óvnis adiáfanos
Que por entre nuvens escuras
Expõem translúcidos a imprudência.
Quanto vale a minha ausência?
Vale a minha sabedoria no anonimato
De atos e fatos que ressurgem encolerizados
E mitigam a minha dor.
Quanto vale a minha ausência?
Vale saber tão naturalmente
O que floresce da demência,
Entre as estrelas mais brilhantes
Estão os ufos ainda mais reluzentes.
Um ano atrás, eu escrevia uma carta de amor. A que escrevo nesse momento, é de ausência.
Escrevi, falei de amores, dei presentes, recebi, beijei, fui beijado.
Agora, onde tua mão ocupava, o que ocupa, é um copo de vinho, vinho ruim, barato. Minha companhia são as letras e pensamentos.
Onde teu corpo ocupava, existe um vazio. Onde preencho com coisas que nem eu mesmo explico.
Não tenho a companhia de meus pais, não tenho a mesma casa que ias, como morada.
Meu olhar já não é o mesmo, minhas feridas são ainda maiores.
Todo dia encosto minha cabeça no travesseiro, sempre parece úmido, deve ser das lágrimas que não derramei. O cobertor parece cada vez mais curto, durante a noite. Minhas poucas horas de sono, são piores do que ficar acordado.
Todos os dias, meu rosto demonstra o cansaço e a inquietação.
Mas como disse, um ano é muita coisa.
Nessa data, ano passado, devo ter escolhido mais um filme para assistirmos. Você já estava aprendendo a não dormir, durante eles. Devo ter ficado irritado, quando cochilou.
Não lembro dos detalhes, nem dos presentes, nem de nada. Pois essa pessoa que você passou a data, ficou aí.
POETA É TODO MUNDO E NINGUÉM
Esta ausência conduz a inspiração;
este veículo faz ampliar todos os tormentos,
mas nos conduz com essa tarifa de angústia à amplitude de uma inspiração,
que faz reluzir matizes de tons divinos.
Poeta é todo mundo e ninguém;
esta multidão, que caminha,
que se esbarra sem imaginar as mais ínfimas emoções em cada alma,
que fere ou só arranha,
ou a dor mais profunda de alguém, que se joga do vigésimo andar;
ou alguém indiferente, que se isola como uma partícula de um átomo indivisivel.
Poeta é todo mundo e ninguém
é purgar como um espectro por seus pecados
na translucidez pesada dos subterfúgios ou na transparencia das coisas invisiveis;
quebrar nas ondas de um mar revolto
ou só velejar na calmaria de um lago azul.
Os namorados se beijam num parque
e o mundo deles está restrito a duas bocas
dois pares de olhos, dois narizes e suas respirações ofegantes,
mas a grama, a brisa e as estrelas são indispensaveis;
tudo que canta, grita, cala, ou só lampeja,
tudo o que se sente, se ressente ou se dessente,
tudo que ascende ou cai infinitamente...ou nada!
Não vou deixar que tua ausência faça dos meus dias; dias frios e sem vida. Tua ausência vai me fazer enxergar que todas as coisas que deixei para trás continuam ali nos mesmos lugares, antes de ter um breve perda de mim (de consciência) e esquece - lás.
Hoje graças ao meu retorno (a consciência); os dias parecem melhores, mais cheios de vida, cor e calor.
Mais cheios de MIM.
Ausência
Escuto em silêncio
A música que toca
E viajo em suas notas
Nas lembranças ficadas
De um tempo...ido
Já não enxergo teus contornos
Tão pouco escuto a tua voz
Teus planos escoando na chuva
Que melancólicamente cai
Refrescando minha mente
E tudo o que dissemos
Ficou naqueles tempos
Em que só nós vivemos
Sem nenhuma testemunha
Só nós...sabemos
Ver teus sonhos desfeitos
Tuas coisas espalhadas
Teu sorriso despido
Tua casa abandonando (os teus sinais)
Te faz ainda mais próxima (de mim)
A música cessou
A luz se apagou
É tarde...o presente se impôs
Você se foi e eu...
Fiquei
(Nane-23/11/2014)
A vida parece não ter razão
e o pior de tudo isso
é a ausência de uma solução.
O amanhã é uma tortura,
sentimentos são pedras duras
que deixam a visão obscura,
tudo isso é uma grande loucura.
A sanidade se intercala
com palavras embriagadas.
O mundo para por um segundo,
num instante tudo fica mudo.
Amor Verdadeiro
Amor verdadeiro, quando perdoado.
Jamais apenas uma vez, mas tanta.
Ausência de amor, perdão espanta.
Fugindo, buscando, outro inusitado.
A capacidade para amar, somente.
Entendendo amor, como a verdade.
Uma vez instalado, brotada semente.
Escrevendo amor, numa eternidade.
Jamais esquecido, invencível amor.
Tampouco, um encanto transitório.
Sentimento puro, um amigo da dor.
Porém incutindo, sempre probatório.
Jamais domina, e tampouco sufoca.
O amor deixa livre, permitindo viver.
Como a esperança, sempre enfoca.
Contudo ajudando ao outro crescer.
Na ausência de um rio, faço de ti meu oceano.
Na ausência de um verso, faço de ti o meu poema.
Na ausência de uma nota, faço de ti minha canção.
Não havendo oceano, poema ou canção eu mergulho em ti, decoro-te e posso te entoar.
Ou mesmo só havendo uma gota, uma palavra ou uma letra, o resto eu crio. Pois sua simples respiração me faz juntar tudo o que parece ser nada e recriar, te recriar, me recriar.
Semeando Ausência
Longas ausências fazem as coisas mudarem.
Vira costume e deixa
de ser notável.
Minutos de atenção, não curam o coração que se sente esquecido,
assim como a solidão, não desaparece com um abraço no travesseiro.
As memórias antes bem vivas, se tornaram velharias, lembranças abarrotadas em um quadro sem cor.
A alegria não vem de uma sala vazia,
ela não atravessa paredes grossas e quase nunca é percebida quando não há demonstração.
E o amor não se trata de palavras escolhidas. Se trata de uma ponte entre as almas, algo que não pode ser construído se o corpo desconhece a paixão.
A ausência é só uma sementinha, mas quando bem cultivada se torna floresta densa, labirinto tão fechado, que desmotiva o coração.
Ausência
Hoje ao acordar, olhei no espelho e vi que a chuva estava caindo dos meus olhos
Sintoma da falta que você me faz
No peito um canivete atravessado evidenciava os relâmpagos
Um estrondo forte dentro de mim, era o trovão dos meus pensamentos
Todo meu corpo pulsa a dor da sua ausência
Todos os momentos vividos ainda estão presentes dentro de mim
As lembranças me consomem
Apesar de calma por fora, por dentro grito... choro...
Me encontro em total desespero e em vão vou em busca do seu sorriso, do seu olhar e tudo que encontro é o vácuo...
A dor da sua ausência faz minha alma adoecer
Sinto falta do abraço, dos braços, das palavras, do cheiro, do beijo...
Lembro do mar, da praia, das risadas... do chinelo cor de rosa no mercado, será que você se lembra?
Lembro de contar moedas, da sua voz e de não ter grana pro pedágio, rs....
Mas essa dor é minha e eu vou carrega-la dentro de uma mochila como um viajante.
Mas essa não será uma viagem eterna, um dia desse jogo a mala no rio e vou embora.
Vou libertar meu coração de um destino que não teve fim.
História mal acabada e cheia de cicatrizes.
Hoje eu choro, grito, dentro do meu silencio, clamo tua ausência.
Castelos desmoronados, restos de sonhos não concretizados...
Minha fé me diz que nada e ninguém se encontra por acaso, mas eu precisava realmente ter vivido isso?
Busco uma forma de tirar o canivete do meu peito
Mas minha mão não o alcança.
Quebrei o espelho para não ver mais minha dor
Joguei fora as lembranças.
Mesmo assim você ainda vive dentro de mim, me sufocando com sua insistente e desesperadora ausência.
Vai embora por favor!
Coloque suas botas gato e pegue outra estrada.
Faça o caminho inverso.
Boa sorte! Seja feliz!
Dor de alma
Ausência pouca, camarada!
Por que a mim traria dor,
O que mais vejo na estrada?
Por que com olhos de terror,
Enfrentaria essa jornada?
Se com os mesmos olhos o amor,
Cavalga a mim, na alvorada?
Por que perder-me do favor,
De mais um dia em caminhada?
Culpando o tempo sofredor,
Nas demasias desgastadas?
Por mais que eu sofra em temor
O Temor de mim, não leva nada!
Senão o próprio precursor,
O medo, o sofrer; a dor passada...