Textos de Angústia
A imagino ensinando-lhe os primeiros passos, as primeiras palavras, sua angústia a cada joelho ralado, os abraços apertados antes de dormir...
O imagino na fase dos "porquês", dizendo "mamãe!", a admiração a cada nova coisa aprendida, ao tocar a carpintaria pela primeira vez...
A imagino vendo-o cair sem poder ajudar-lhe nesses passos, tão ferido que não fala, joelhos em carne viva, sem poder abraçar-lhe...
O imagino vendo sua mãe e já aceitando todos os "porquês", sem poder falar "mamãe!", tão certo da missão que a admiração foi-se ficando no caminho, tocando a carpintaria pela última vez...
A imagino Mãe...
O imagino Filho...
"Ele me invocará, e Eu lhe responderei, na sua angústia Eu estarei com ele, livra-lo-Ei e o glorificarei" (Salmo 91.15)
A resposta à oração nem sempre é a concessão das coisas que pedimos. Paulo pediu uma cura, mas recebeu algo melhor: uma aproximação do Senhor pela Sua graça.(2Cor 12.7-10). É impossível acontecer qualquer mal àquele que pertence ao Senhor. As mais esmagadoras calamidades nada mais fazem do que encurtar a peregrinação do crente e aproximá-lo do seu galardão.
- As dificuldades são bênçãos numa forma oculta;
- As perdas o enriquecem;
- A doença lhe é um remédio;
- O desprezo do mundo é a sua glória;
- A morte lhe é a porta do céu.
Deus concede a mais perfeita paz e alegria justamente quando Seu servo está cercado de perigos (Sl 92.11)
A palmeira é bela, poderosa, frutífera e útil. A palmeira fica firme nos lugares mais difíceis, onde há mais mister dela. O cedro cresce nos picos perigosos das montanhas, desafiando as tempestades.
Por isso... você que serve a Deus, convença-se de que não se deve buscar a vida fácil, pois os atalhos na sua grande maioria nos permite se perder.
Angustia
Por um breve momento, tive meu passado em meu presente, obtive poder e escolha, optei pela renuncia, desta vez não por covardia, mas porque percebi que o bem e o mal pertencem a um só ser, e é sobre o que as escolhas refletem. Durante muito tempo estive cansada e doente por uma obsessão que me cegou e bloqueou-me no passado, embora meu corpo envelhecesse minha mente e meu coração estava em direção a um único proposito, a verdade.
A verdade, a que me concedida em pequenos enigmas, que com o tempo não decifrei, uma mente doente e cansada se perturba e despercebe os acontecimentos ao seu redor, tive medo da intensidade que carregava então a bani junto com todos os meus anseios, sim, eu desisti, mas bastou um nome, um momento, e meu demônio me dominou e pude perceber que sou covarde, e uso rotas de fuga para projetar meus desejos em pequenas ilusões.
O que me tornaria um ser de remorso medo e angustia em um futuro não distante, o sofrimento esteve presente, porém não me cabia interferir, não enquanto não aceitava minha dádiva, e tudo isso, todos os pesares e sentimentos distorcidos e criados mostraram-me que só havia um jeito para descobrir o enigma da minha busca, a verdade. Embora houvesse alguns detalhes, o predador era mais forte que a presa, o medo maior que a coragem e a ausência de álcool, e então foi o estopim para renunciar minha obsessão novamente, me tornei ser de continua dor e miséria, vivendo na sombra e nos fatos de outros.
Realmente não tinha o direito, e meu amor próprio se extinguira ,busquei forças em possíveis mentiras que não somente não convenciam a minha alma, mas não eram suficientes pra ninguém, cometi tolices, errei, como se erram os apaixonados ao dizerem que estarão para sempre juntos, e que nada os impedirá, porém assim como eu, não sabiam do que era feito o futuro, mas agora o resto que sobrou do meu ser antigo e ingênuo sabe do que é feito o futuro, escolhas!
Angústia e Solidão
No canto escuro do meu quarto
Me abraça a Solidão
Junto com a tristeza
Me destrói o coração
As vezes rio por rir
Mais no fundo eu choro
Por detrás de um sorriso sofro
Em lágrimas me afogo
Minha vida é viver
Sorrindo e fingindo
Vivo a sofrer
Com vocês sou Feliz
Aos Amigos e Família sou grato
A Deus digo Obrigado.
Esse sentimento que me consome
Sem nome
Não se interrompe
Não dorme.
Essa angústia infinita de morte
Que grita à alma
E chora
Não vai embora
Rasteja no limiar da vida
E não se precipita
Deixa estar, deixa estar,
?
Desista.
A umidez dos lençóis, o choro amargo
E um silêncio profundo. O que se passa entre a ideia e as lágrimas?
Que sofrimentos tem que eu não escuto?
O cansaço de uma alma perturbada,
Ou melhor, de uma sombra na vida errada,
O erro, o tropeço, a queda, o choro
E a confusão da criança perdida.
A umidez dos lençóis, o choro amargo
No cantinho dos olhos escondido
Não escondes a amargura que a resguarda
Tudo mostra o teu olhar perdido.
Dormem as casas, as estradas, os homens todos,
E não dorme a sombra dolorosa
Da dor, da lívida e assombrosa dor.
Tua idade me espanta
te defende e me acusa.
Ignoras o vento da angustia
com seu fardo, mas paira sobre ti
um fovor de musa que reencontro
em teu rosto. Amanha traduziremos
juntos versos de Emily
ao acaso. E viras com tua
mufla azul-cobalto.
Alma vivida sabes dar vida
a mim que ignoro e tateio
num tempo que voa
como os teus trinta anos.
Fagulhas geladas
Sinto Angústia em meu peito
Basta uma fagulha
E fico deste jeito
Em angústia a mente mergulha.
O Frio já não é tão doce
Pois agora ele machuca
E me perturbo como se fosse
Uma tacada errada de sinuca.
Não consigo decifrar
O que está acontecendo
Eu perco o ar
E o coração continua batendo.
Existe uma personificação
Quer quer arrancar
Arrancar meu coração
Mas ele continua lá.
Não há nada para comparar
Nem mesmo a tempestade
Nem mesmo as ondas do mar
Se parecem com essa tarde.
Nessa hora poderia me transformar
Em uma Águia grande e bela
Para bem longe iria voar
Fugir do que me atropela.
Chão que nada dá
Estou em pétadas
Caída no chão
E machucada por tantos espinhos
A angústia me sufoca
A tensão supera o meu sono
Acordada tenho mais pés nos chão
Como rosa em pedaços que sou
O que restou foram os pés
Até o aroma eu perdi
Hoje estou em luto
Em luto pela esperança
Não há mais luta!
Ex-pero
Só desespero
E me lembro que nada posso esperar!
Como ter forças se minhas pétalas secaram, verão?
O que verão?
Não verão a chegada da primavera
Nem a colheita dos frutos
Vamos sofrer a secura como um deserto
Com um jardim sem flor
A tristeza de um pé doente
A lembrança de uma rosa branca
Que você não ajudou a brotar
Espere na negação do cuidar!
Experimente a amargura de uma verdura
Que não teve o seu aguar
Encha seu vaso de flores
Com as flores de um jardim que não cuidou
Saboreie do néctar da fruta que você também não plantou
E dê de presente uma rosa
Que nunca pôde viver!
Sentimento
De onde vens? Para que vens?
Ás vezes me angustia e põe medo.
O que queres de mim? Se não te conheço.
Não posso entende-lo! Vives comigo,
Partilhas todos meus momentos.
Me vê feliz e me torna assustar.
Já fostes deixado? Te fizeram chorar?
Dizes pra mim para poder te ajudar.
Não faça de mim alguém inseguro.
Pois um dia eu aprendo a te dominar.
Existem dias de lágrimas salgadas, de coração apertado, de angústia que nos tiram a respiração e trazem dor.
Mas também muitos outros são de lágrimas doces, lembranças que nos proporcionam sorrisos, paz de espírito, leveza na alma.
Então por vezes quando as lágrimas teimam a cair por minha face, não provo o seu gosto, prefiro acreditar que sejam açucaradas e simplesmente sorrio!
A dor que senti no futuro
Esse nó é saudade, é angustia e felicidade.
Essa saudade é vida, vida que foi vivida.
Essa vida é rápida, passa e nada quando se faz, da em nada.
Esse nada é o dia, é a hora e o momento.
Esse momento caí, escorre e chora, apela por entre imperceptíveis horas.
Por ter vida, por ser tempo, esse momento se instala em nós de saudades, angustia e felicidade.
Da vida que não suguei, da paciência que não ganhei, do tempo que não acrescentei, mas não perdi por estar triste.
Foram sobre as metas, sobre esses, foram sobre tudo aquilo que temi, num sonho que amanha vivi.
Foram sobre cortes e penetrações numa alma, foram sobre o tudo e ao mesmo tempo, o nada. Foram esses instantes que me tomaram um instante, pra escrever a dor e através de letras pedir que ela me encante.
Não sou rima, não sou verso, sou sentimento aos aversos.
Nem sou paz nem tempestade, sou humana e de verdade te digo, hoje o amanha não veio, mas do tempo que já perdi, não quero saber novamente que morri, viva respirando e em êxito.
Paciência para esperar
Decepções no caminho
Angustia que maltrata
Coração ferido
Horas, dias, meses
E a insegurança persiste
Duvidas
Incertezas
Falta de comunicação
Como sobreviver a desconfiança
Ao descaso
A mentira
Ao engano?
Colocar um ponto final
No que faz mal
Começar ao invés de recomeçar
Não se amarra um nó
A menos que este
Lhe passa a segurança
Firmeza
Confiança
Dignidade e
Respeito
Senão dá pra ser assim
Melhor desfazer as amarras
E deixar a vida seguir.
Poetisa
IsleneSouzaLeite
To preso na minha angústia.
Na angústia mais desgraçada que existe.
Como me livrar? Parar de pensar no passado.
Parar de pensar que a vida dos outros é melhor que a minha.
Que eles tem mais amigos e são mais felizes, mas no fundo no fundo , eles são solitários também, não de um nível tão elevado que nem eu, mas são.
Na escuridão da noite, no fundo do poço do desespero e da angústia.
Nada mais parece ter solução e o positivo nada mais é do que o inverso do negativo, algo que você nunca poderá ter em sua vida.
As pessoas que deixamos, a luta que encaramos, o sonho que perdemos e o amor que nos fere.
Venho por tanto tempo não me afundar, não me afogar no meio de mim mesmo, no meio de minhas mágoas, de minhas lágrimas e tristezas. Queria que as coisas tivessem tomado um caminho diferente, queria não ter desejado a tristeza em troca de inspiração.
Cada dia é uma tortura, cada segundo em que permaneço acordada e sóbria de mim... Não posso conviver diante de toda essa dor sem saber se vai haver um fim. Não!
A maioria espera de você aquilo que não podem fazer ou ser. Fico me perguntando a cada dia que passa o porquê de eu me sentir tão injustiçada.
Ter de sorrir, não poder me entristecer ou me enfurecer.
Sei que ficar recordando de todas as coisas tristes não irão fazê-las desaparecerem, mas até quando devo fingir que não sinto?
Presa, presa em uma vida, presa dentro de um corpo, de um pesadelo, presa dentro de algo que jamais pensei que fosse me matar aos poucos... Presa dentro de mim.
Refém de uma mente doente e de um coração quebrado.
Chegou a hora de recomeçar....
Me encontro em plena angústia, perdida no tempo e espaço, não sei onde me situar, não encontro meu lugar e quem falou que se faz necessário recomeçar?
Me sinto covarde, desistindo do amor, desistindo de ser feliz. Mas o que eu posso fazer? O que eu devo fazer? Infelizmente, a resposta é: NADA!
Mais uma vez insisti numa conversa apenas para me mostrar presente, mas percebi que o mais importante era eu me tornar ausente.
Posso viver em um mundo de sonhos e ser discriminada por isso mas apenas meu coração é digno de analisar meu caráter. Sempre busquei dar o melhor, mas o melhor talvez não seja o suficiente.
Caminho em paz nessa nova estrada, tento não olhar pra trás, mas lá está ele mais uma vez: meu coração não me permite seguir. Mas agora isso também pouco importa pois arranco dele o ultimo suspiro e resolvo seguir dominada pela razão.
Com tristeza vou seguindo, pela estrada vou caindo, mas me ponho a levantar, é hora de recomeçar...
Quando perceberes que na tua caminhada, algo não deu certo, recomece. Se puder, sem angústia e sem pressa, deixe que a luz do sol entre na tua vida e a chama da esperança seja fortalecida. Que os passos no caminho duro do futuro,seja firme e enquanto não alcances o arco íres da felicidade, não descarte nenhum fruto e não queiras só a metade, desfrute-os por completo.
Profª Lourdes Duarte
Areia do tempo
Me leva,
Espera que angustia e destrói,
Me pega,
Joga onde não ouço sua voz.
Me mate,
De um jeito que seja indolor,
Me enterre,
Onde não nasça nem flor.
Me mostre,
Que o tempo é o senhor,
Me julgue,
Sem dó pelo que faço por amor.
Me esqueça,
Abandonado em gavetas,
Me ame,
Pois compreendi suas facetas.
Me salve,
Já que se interroga na dúvida,
Me abrace,
E me livre desta angústia.
Me tenha,
Junto ao teu corpo que eu amo,
Me molde,
O homem que estava esperando.
Me consuma,
Com uma fome voraz,
E transforma toda minha angústia em paz.
Tem dias
Tem dias que são assim ...com muito choro, choro de angústia, e de decepções ...
Muitas vezes sorrimos no exterior, mais por dentro estamos aos prantos .
No mundo sofremos vários tipos de aflições mais em todas elas ,tenha certeza que suas lágrimas serão enxugadas e a mansidão virá ao seu encontro ,
pois jamais um coração entristecido está oculto aos olhos de Deus .
Tem dias que são mais difíceis do que outros, a cada dia surgem novas oportunidades e com isso também novos desafios e obstáculos á serem superados .
Mas , com os nossos corações cheios de fé e nossos olhos postos em Deus podemos sim superar todas as coisas , pois somente Nele encontramos a força para isso .
Fortaleça o teu coração em oração , e não permita que a dor predomine mais do que se deve , pois há tempo para todas as coisas mas não duram eternamente, a tristeza uma hora é cessada , então espere com paciência no Senhor .
E os dias de alegria hão de vir e encher teu coração de tranquilidade .
Amém
Via Crucis
A cruz é o símbolo mais pesaroso, a maior representatividade da angústia e do sofrimento de Cristo, também serve de referência para o cristão na perspectiva de castigo e libertação. Jesus foi traído pelos bons costumes da moral por desejar uma nação seguidora dele, por ser o protagonista da paixão incondicional e do amor a Deus. Radicalizou na defesa de seu ideal e da ideia de supremacia em Deus. A igreja cristã adotou Jesus como um pacificador, utilizou-se da bondade e humanidade para amenizar todo o sofrimento e dar causas e esperança de vida eterna.
A. V.
SONETO DO RISO HUMANO
A angústia Sartriana, tristeza do primata
espinho que maltrata a alma com terror
quicá fosse alegria, espasmos de amor
o riso é inumano, ilusão da vida ingrata.
Da vida idealizada, da paz tão almejada
De medos, incertezas, daquilo que queremos
de tudo que sonhamos, até do que vivemos
o riso é um disfarce, uma máscara condenada.
A nos questionar se somos gente ou animal
o riso humano revela o que tentamos esconder
práticas inconfessáveis, ora de bem ora de mal.
Onde mora a dor, o choro espera o riso
tudo o que fazemos, queremos um motivo
o homem sonha a vida, a morte o paraíso.
Evan do Carmo 07/04/2018