Textos de Angústia
Há tempos que meu Titanic afundou, e o oceano é fundo demais para que eu consiga tirá-lo sozinho. Quanto tempo desperdicei esperando tê-lo de volta, quanto tempo esperei que salvassem meu Titanic, quanto tempo acreditei que entenderiam que não o afundei de propósito. Agora, enfim, vejo que a cada dia, ele se enferruja mais nas profundezas do escuro, e não sei quanto tempo vai durar sem mim, ou, quanto tempo vou durar sem ele.
Vivo no espelho, visualizando toda dor invertida, esperando que o impossível aconteça. Encarar a minha face que se reflete no espelho, me apavora! Não pela aparência que reluz, mas por não me reconhecer nela. Ergo meus braços com a força de todas as decepções, medos, angústias, inconstâncias, tristezas, tudo aquilo que a de pior em mim; e atinjo o espelho, espalhando pelo chão o que estou sentindo. Meus olhos não cansam de chorar, mas não é pela dor que lhe foi causada na mão, é a dor da alma quebrada que não suporta mais ter sua falsa imagem refletida.
Qual seria o motivo de ainda insistir na vida? Eu sangro por dentro, busco refúgio em um qualquer, ofereço minha alma em troca de nada... O motivo? Falta de coragem. Busco nas minhas fraquezas, motivos para me manter em pé, sabendo que meus sonhos eram apenas invenções, de um mundo que não existe.
Deus nos chama para nele vivermos em novidade de vida e, assim, descobrirmos a vida que traz paz, esperança, superação, amor e vitória. Mas para os apegados à vaidade da vida do si mesmo, só lhes resta esperar pelo o acaso como resultado das escolhas da sua alma e viver a mesmice angustiosa e opressora de todos os dias.
" Quando uma pessoa idosa chega na velhice,onde ela mais precisa de seus filhos...é onde eles agora com seus empregos e famílias,não tem tempo para lhe ajudar e nem para dar-lhes atenção..e assim a cada dia vai pesando sobre eles..a dor,a tristeza,a idade,o abandono,a solidão,as limitações do corpo já cansado e pesado...marcado por uma vida toda de dedicação e sofrimentos para dar aos filhos,uma vida digna e decente"
É parece que a única coisa q me acompanha é essa dor, existente por uma série de negligências te deixam um buraco enorme, infelizmente não é possível apenas passar um durepox e esperar tudo se ajeitar, ainda assim parece que cada vez mais que vc tenta mais você piora, até parece melhor deixar como está, mas você sabe que existe e isso incomoda hora ou outra, talvez um dia você simplesmente esqueça disso, talvez em algum momento vc ache a solução para reparar, ou simplesmente irá continuar a aumentar, a parte mais chata nesse momento é q não se pode mensurar o tamanho desse buraco, e talvez nem seja possível reparar.
Sozinha no escuro sem ninguém para te proteger. Nada do lado de lá dos gigantescos muros... O que você pode fazer?! Os teus olhares fixos para as sombras do além! As tuas trêmulas mãos segurando um crucifixo... Não há anjos. Não há ninguém. É somente você por você mesmo. Então diga amém! O vento uiva incessantemente, as folhas balançam em árvores tortas... E tudo fica estranho e sombrio de repente. Algo pertuba ainda mais a tua mente. O vento faz estremecer as janelas, bate a porta, sacode as cortinas... Lá fora em meio a neblina você vê uma aparição - É uma imagem tua no corpo de uma virgem morta. Um grito no escuro... sem ninguém para te proteger! Nada além dos muros! O que você pode fazer?! Passos na sala. A noite se cala. Na parede uma suja e torta cruz. Na mesa descansa um castiçal e um antigo rosário... Através de um espelho enigmático que ao além te conduz por um caminho longo estreito e solitário você tem um deslumbre e vê um raio de luz - um momento imaginário! Noite macabra de lua cheia! Rasgaram com garras afiadas a tua fetida mortalha. Um sangue negro agora emana das tuas gélidas veias. A praga da noite rapidamente se espalha por entre almas assustadas e cheias de falhas. Vagueia um ser obscuro atrás de você! Sozinha no escuro sem ninguém para te proteger!? O que você pode fazer?!... Cansada de correr, o teu corpo cai ao chão. Quem vai te proteger?! Quem vai lhe dar as mãos?! Chuva, raio, trovão... O que pode acontecer?... A tua face parece que envelhece a cada segundo... A tua alma emudece como se você estivesse em um sono profundo... Recolha as tuas flores...Recolha as tuas dores E vá para o teu leito vazio! - Onde tudo é ainda mais estranho e sombrio! Não há para onde correr!... Você não pode se esconder!... Quem vai te proteger!? O que você pode fazer!?...
Nutrir reflexões de negações, mágoas, ausências, desilusões, entre outras coisas mais! Provavelmente essas sensações lhe transportarão para um estado de angústia. No entanto, tudo que for antagônico a esses sentimentos, lhe transformará numa pessoa louçã, saudável, desperta, consciente, ativa, objetiva e confiável!
Quando pedi desculpas a mim mesma por não ter acreditado tanto quanto poderia, por não ter lutado mais, por ter duvidado da minha capacidade e por ter falhado em uma busca tão importante, a desculpa que dei à minha criança interior por não ter realizado seu sonho… ah, essa desculpa me rasgou. Chorei horas e horas, solucei, e o desespero se fez batuque em meu peito. Já falhei tanto comigo mesma, já me deixei para trás tantas vezes, tudo isso por me ouvir pouco e por acreditar pouco em mim. Eu sei que pedirei perdão a mim mesma a cada dia, e nada nem ninguém me fará pensar o contrário de que eu poderia ter feito mais. Sim, eu sei que terei de me perdoar; estou tentando e me resgatando a cada dia, mas isso não significa que não doa. Isso dói, como dói… A cura dói. Que bom que existe a possibilidade de resgate. Sei que posso ser salva. Talvez por isso eu seja tão boa no que faço; talvez seja porque também necessito desse cuidado, por sofrer e ser tão humana. Ao acolher o outro, também acolho a minha dor. Talvez seja sobre isso, diante do processo de cura: sentir a dor e transformá-la em um resgate diário. Também percebo aprendizado na dor; ela me mostra como sou forte diante de tantas fraquezas. Se você me vê como uma pessoa forte, saiba que grande parte disso vem de marcas e lutas. A dor me fez levantar e seguir; eu escolhi isso. Pois jamais permitirei ser vítima. Eu escrevo minha história e a protagonizo, e para isso terei de rir e chorar. E não leve isso como algo ruim; é bom, é uma vivência real e soberana do meu ser. É o que me faz ser tão, tão, tão… Eu.
De grão em grão, a depressão vai tomando de conta, os grãos são: as culpas; medos; decepções e acusações. E literalmente podem tirar o chão sob meus pés, e me colocar em uma forca, sem chances de voltar, mal sabes que uma palavra negativa é como uma corda em uma árvore, com o nó de carrasco preparado, só esperando o momento certo, para afastar a cadeira, e meu coração parar de bater ao poucos.
"Te procurei por tanto tempo, em todos os lugares, em todos os olhares, sorrisos... quando desisti de procurar, de buscar, te encontrei, dentro de mim. Você ultrapassou barreiras do meu coração e o dilacerou sem piedade, foi quando tive certeza que não era apenas uma simples admiração... Eu já te amava sem nem saber o quanto... Por que tinha que ser você? Luciana Morais _ LM.
Sinto muito que você esteja passando por um momento difícil. Não sei quais decisões você está enfrentando, mas penso que você deve ser intuitivo e brincalhão em suas escolhas e determinado em sua aplicação. Estamos sempre preocupados até iniciarmos a tarefa, mas descobri que, no final, as coisas tendem a encontrar o seu caminho. Confie em suas intuições, elas são os sussurros de Deus, a força justa e indutora, que nos leva sempre adiante.
Foi quando me deparei: a realidade cobriu-me naquele instante, como um véu que cobre objetos e os reduz a nada, senão simples formas. Os vultos me cercavam, e um silêncio ensurdecedor ecoou nos meus ouvidos. A existência, antes anestesiada pela minha tentativa inútil de esquecer-me ou até fugir dela, penetrou-me aos olhos: já não enxergava mais nada. O breu tomou conta de minha visão, e ali já havia entendido — e, certamente, foi o estopim da fatalidade que me poderia ocorrer. Não poderia fugir; como conseguiria, se já não me havia forças para correr, muito menos direção para guiar-me? E, se os tivesse, alcançando o topo da colina mais alta e mais distante de todas, como poderia fugir de mim mesmo? Como poderia fugir da angústia que tomou completamente meu corpo naquele instante? A única coisa que poderia fazer era olhar fixamente para o nada, assim como olho para mim no espelho pelas manhãs. Sem escapatória, era apenas uma alma passando frio, ao lado de tantas outras vestidas, combinadas e esquentadas pelo calor de suas vestimentas: seus corações, que palpitavam ferozmente ao contato dentre tantas outras parecidas, enquanto o meu já não tinha forças para viver. Meu coração estava num imensurável inverno congelante, sem previsão de essência: espera-se, somente, a morte por hipotermia.