Textos de Angústia
As pessoas só te "ajudam" quando te vêem chorando, emagrecendo, se acabando... Mas o perigo maior está por trás de um lindo sorriso! O suicida sempre dar sinais, mas as pessoas preferem fingir que não estão vendo até que se deparam com a morte do indivíduo, então vão nas redes sociais lamentar aquilo que poderia ter sido evitado... Enfim, tarde demais.
12√07√22
"Que minha coragem seja maior que meu medo e que minha força seja tão grande quanto minha fé."
Isso não tem nada a ver com religião. É uma manifestação de espiritualidade e crença em um criador que transcende as limitações impostas por religiões.
Por mais realizado que vc se sinta na vida, você pode vir a ser vítima de momentos em que parece não dar conta de tanta angústia. É quando você percebe que sucesso, dinheiro e poder não compram paz de espírito.
Que nem tudo que precisamos está no mundo real.
Felizes daqueles que quando à sua volta tudo dá errado ele ainda pode pedir socorro espiritual e esperar em Deus.
Certo dia, fui tomado por um sentimento de amor, por esse motivo prometi a mim mesmo que a primeira criatura que eu avistasse, seria essa a quem doaria o meu amor.
Andando pela casa, encontrei uma lagartixa, vendo-a fui em sua direção com intenção de amor, mas não pude chegar tão perto sem que ela fugisse de mim.
O medo nos faz assim! Se defender sem que haja perigo, e enxergar perigo em intenções de amor.
BRINQUEDO QUEBRADO
Se eu fingir na hora de rir
E esconder meus anseios
Com um otimismo inocente
Conseguirei te conquistar
Sou um brinquedo quebrado
Não sou capaz de te entreter e amar
Nas prateleiras fico à mostra pro mundo
com um sorriso e coração costurados
Te esperando para meu bem querer
Na constituição da subjetividade no inconsciente no texto de Garcia Rosa narrando a história da psicanalise de Freud sobre o inconsciente.
Há a crítica que o cogito cartesiano de Descarte penso logo existo parte da concepção de uma verdade na consciência pensante.
A declaração de Descartes é a representação base da verdade;
O crítico de Freud Garcia Rosa parte da subjetividade do texto inconsciente.
Ao criticar o auto pensamento de Descartes, sua consciência rapidamente pensou: "Existo porque penso que sou."
Na teoria de Descartes, a subjetividade do sujeito começa por acreditar que as coisas se baseiam em sua crença de que tudo é possível ser lógico.
A crença estar no valor de uma coisa ou no princípio de uma fantasia ser real.
Há um sujeito que não sabe nem deseja saber. Onde ha um fenômeno que faz pensar na sua paixão por um objeto que é seu.
Nele há um enigima comparado a um objeto de terror que surge do pensar sobre a sua a angustia. Com uma narrativa subjetiva.
Meus desejos são castrados e eu sou torturado! Portanto, tenho medo de banir esse prazer. Eu sei que você odeia pensar que é o lugar perfeito, mas dói porque você não pode tê-lo. Então sofro porque penso e desejo.
Insônia
Na expansão, um breu sombrio
veio desagasalhar a minha alma,
Deixando-a carente e com frio,
como uma criança abandonada.
No estrondoso silêncio do crepúsculo,
Vulnerável, sinto-me a pele arrepiar.
Ao deitar sobre o leito imáculo,
Os pensamentos insistem a vagar.
Vagam pelas memórias em segundos,
Reabrindo feridas já cicatrizadas,
E como ondas do mar num dia turvo,
Me afogam em angustias aprazadas.
O coração acelera e perde o compasso,
Diminuindo a oxigenação necessária.
Do presente ao passado me transpasso,
Numa tentativa de solução ordinária.
Os músculos cansados pedem arrego,
Mas a mente alerta quer conversar.
O inconsciente tentando o desapego,
Enquanto o tempo não hesita ao passar..
O soneto que hoje fiz foi escrito
D'uma forma correta, d'um modo inverso
Sei que morro no final de cada verso
Para enfim renascer no infinito.
Infinito este no qual ecoa o meu grito
Nos confins do meu pequeno universo
Onde comigo falo, me contradigo,me desconverso
No mesmo instante que sou feliz,estou aflito!.
Travo um diálogo mudo entre lucidez e loucura
No mundo claro da minha sala escura
Onde cansado de não correr eu me deito.
Tateando na cegueira a minha mão procura
Achar o teu semblante, a tua figura
Para dormir o sono do amor no teu peito
Vivemos num mundo de pessoas que não veem pessoas, mas que querem ser vistas por pessoas. Querem ser compreendidas mas não compreendem. Mas como ser visto se não vejo? Como ser compreendido se não compreendo?
A humanidade se dá na relação, na troca, sem isto o vazio, a angústia pode ser muito grande e dolorosa.
Valter Fernandes - Psicólogo.
Solidão e Depressão - Palavras Ferem...
Palavras ferem... são ferramentas destrutivas! Se a pessoa não se reveste de escudos — para se proteger, pode se tornar presa fácil de dardos inflamáveis lançados por palavras negativas, que surgem a qualquer hora. O contraste é; que pessoas insensatas e maldosas, se esquecem que o tempo é a melhor resposta — e que elas envelhecem também!
"Muitas vezes uma nova forma de olhar já é o suficiente para transformar completamente uma situação.
Podemos por exemplo colher das adversidades sua angústia, mas se essa for nossa decisão, podemos mudar nosso foco e compreender nelas uma dimensão de aprendizado, logo não um fardo, mas uma oportunidade para aprimorar nossa capacidade de superar obstáculos.
Quando atingirmos esse ponto de evolução, não importam as circunstâncias, teremos transcendido à plenitude do verdadeiro e sublime sentido de "em tudo dar graças"."
Olhando pela janela,
Eu percebo a profundidade na sombra dela
Fica sempre na minha cabeça, não sai dos meus olhos
Eu sinto no vento toda hora que ela sai com seus fogos
Voando pra longe, como um pássaro
Escurecendo as minhas íris, fazendo-me lembrar do passado
Mesmo que eu tenha tentado ignorá-lo
Ele sempre vai estar ali, seja ou não o meu aliado
Então, eu irei sentir essa angústia
Sem saber como extinguir essa fúria
Esse peso horroroso, essa derrota
É um ciclo que se repete, com a mesma rota
E eu vou sentir isso de novo, esse vazio
Apenas por você, dona do meus rios
Você me odeia tanto e eu vejo o motivo
Eu não consegui sorrir o bastante? É o que eu tenho ouvido
Sempre tento voar, mas eu falho
E eu falho e falho.
Eu sempre cometo tantos erros
Que eu tenho vontade de dar tantos berros
Até a rouquidão da minha voz aparecer
Acho que assim vou poder merecer
O seu prestígio.
"Com o passar dos anos aprendi que não importa o quanto me preocupe, os problemas simplesmente não se resolvem com minha angústia.
Ao contrário, todas as vezes em que os encarei de frente sem medos ou receios, e decidi agir para vencê-los, foram nessas oportunidades que alcancei o êxito."
"Absolutamente tudo pode ser modificado pelo ângulo do nosso olhar, como por exemplo os erros cometidos, para uns o cadafalso da angústia, para outros o aprendizado libertador.
Evite as lamentações e procure ocupar aquele segundo pelotão, lá o espaço é mais arejado e menos ocupado."
A FEIÇÃO DO SEMBLANTE É LEAL
Houve dias em que minha felicidade tomou o dia para si, e agora me pego desprevenido e indefeso na limitação do que sou.
A alegria domina o semblante, o garçom grita: "5 segundos para o meio-dia", ao escorrer dos cinco segundos, o semblante que era rico em alegria, se torna rico em tristeza, medo, dor, angústia, gatilhos... Palavras não são suficientes para descrever, pois o que sentia, não soava apenas um sentimento, mas vários.
A verdade foi revelada, ou, estou julgando alguém impiedosamente? No exato momento que a ficha caí, olho para os acontecimentos sem venda, e em minha frente contemplo um quebra-cabeça que se completa por inteiro.
Nunca torci tanto para que eu estivesse errado, pois aceitar essa realidade, alimenta a ansiedade que já não me deixa sossegado.
Quando senti a facada em meu mundo de fantasia, ela doeu! Mas sentir-la em realidade, machucou, e talvez o sangue tenha sido jorrado dentro de mim.
Para aliviar o que eu sinto, determino que estou em um sonho lúcido, mas quando vejo o mundo ao redor andando normalmente, percebo que falhei miseravelmente, e tomo para mim a culpa de que não mereço.
Dilúvio
Olhei para o céu nublado
com os meus olhos também nublados.
O tempo fechado.
O coração machucado.
Tudo anunciado.
O meu dilúvio havia chegado.
Por vezes fui levado.
Caminhando triste, angustiado.
O dilúvio não cessava.
Os meus olhos, cansados ficavam.
Por dias e noites na chuva eu me vi.
Mergulhado em lágrimas que só eu via, só eu sentia.
Mergulhado na saudade que me invadia,
em medos e incertezas que não partiam.
Preso à angústia que me afligia.
E mesmo que eu tentasse sorrir
para afastar o que eu sentia,
no fundo eu sabia
que ainda sim dilúvio eu seria.
"Muitas vezes já me senti premido pelas circunstâncias e colocado em cheque quanto aos postulados fundamentais em que acredito.
É uma coisa muito difícil porque dói, machuca e extenua, a sensação é de estar nadando contra a maré de um mar revolto que te empurra para a margem de si mesmo.
Ainda assim, nesses momentos de angústia, confesso, o maior lenitivo que encontro é saber que estou lutando por uma das parcelas mais importantes da minha essência, o direito de expressar quem sou, minhas crenças e valores, e a fé de que podemos sim fazer diferença neste mundo inóspito e passageiro.
Por isso jamais deixarei de ser crédulo na boa intencionalidade da alma humana, e expressarei a minha dimensão de amor e benquerer para com todos que se predispuserem a recebê-lo.
Eu sei, tenho absoluta convicção disso, que sempre em algum lugar, haverá alguém que mereça receber o melhor do que há em mim."
Aquilo que me asfixia à alma, que prolonga o meu alento, que mistura os pensamentos, que me tira de viver.
Como o nada pode doer tanto, como aquilo que não se ver posso sentir, como sangra o meu corpo à dentro, sem que eu deixe de existir.
Os olhos vermelhos se escondem atrás de uma lente preta, que culmina toda a dor, que tira a minha verdade, que deixa meu mundo incolor.
Os meus passos nunca mais andaram em silêncio, a todo canto que prossigo posso escuta-los, talvez eu já esteja enterrado, mas ainda não me mataram.
Melancolia
És linda triste,
Ainda que insiste
A me fazer deprimir,
Reter o meu sorrir!
A pensar me fazer
Que amar é morrer
De desgosto e decepção,
Sem gosto para a paixão
Que nos dilacera o peito
Como uma fera tem feito!
Amarga melancolia,
Larga de apatia,
Longa de temores,
Prolonga as dores
Que em meu seio tenho
E os anseios que venho
Tentando superar,
Procurando achar
Sozinho sem sorrir,
Caminho a se seguir!
Bela tua tristeza;
Singela natureza
De madrugadas insones,
Transformadas em ciclones
De sentimento e emoção
De dentro do meu coração
Pesaroso e sombrio ―
Amoroso, mas frio!
Destrói-me; faz-me chorar!
Corrói-me; traz-me um ar
Pesado sobre a minha mente,
De enfado, e a encobre totalmente,
Desejando tão somente a morte,
Deixando de ser quente e forte!
O riso se transforma em pranto!
Um sorriso se forma no canto
Do rosto, todo ele amarelado
De desgosto do modo levado
Que tenho vivido minha vida!
No cenho abatido, linhas doridas
Tão cedo trazidas de mordaz sentimento!
Coração ledo na lida, mas sem mais alento!
Melancolia que me toma, fazendo triste
Melodia que se forma sendo que inexiste
Agora em mim, esse terrível sentimento!
Hora do fim, desse sensível esgotamento.
Mentiras devem ser umas das coisas mais fáceis que podem ser feitas.
A distorção entre o escuro, as luzes artificiais e a afinação
As coisas podem facilmente tornar-se avermelhadas, se assim eu quiser.
A quem pertence esta face? Não a reconheço, não a reconheço
Ângulos internos apontam para mim.
Me dilaceram de dentro para fora, agulhas de arrependimento rompem-me.
A realidade novamente é distorcida
Angustiada estou sob este céu vermelho; pássaros pretos sobrevoam minha cabeça, formando em mim uma coroa. Devo exalar cada vez mais desespero. Sobrevoará também todo tipo de desgraça que me foi ensinada.
Estive crucificada por mil meses e mil horas. É de costume vê-los apontando para meu sangue que tem escorrido todos os dias desde então.
Qualquer vício é coincidência
A hipnose em que caí me rodeia de mal
Não posso acreditar, jamais
Deus, dê me asas para que eu possa voar para bem longe daqui.
Espírito sociangustista
Nas ruas da desilusão,
Onde o eco da injustiça ressoa,
Caminhamos com o peso da opressão,
Na sociedade que nos despoja e magoa.
Erguem-se muros de indiferença,
No labirinto do progresso vazio,
Onde a esperança é uma crença,
E o amor, um bem desafio.
Mas ainda na angústia coletiva,
Há uma chama que persiste,
A luta por uma vida ativa,
Onde a justiça enfim existe.
Quebraremos as correntes do medo,
Com a força da união e da palavra,
Por um futuro onde haja mais enredo,
E menos dor que a alma lavra.
Pois somos mais que meros números,
Somos vozes, sonhos e ação,
Contra os abismos sombrios e erros,
Levantamos a bandeira da transformação.