Textos de Angústia
A angústia da maldição
Adão e Eva, a serpente, o triviato da história.
O fruto proibido, paladar maldito.
Assim é o registro, livro da memória.
Caim, a grande tribulação.
Sete à nova geração.
Can, Canaã, o peso da escravidão.
Abraão, transcendência, uma guerra na sua constelação.
Ciúmes, inveja, ódio.
Algumas brilhantes.
Outras estrelas sangrentas gerações.
Gigante Roma, os grandes ditadores.
Guerras, estupros, escravidão.
Sangue, rumores, horrores.
Os segredos, o oculto baú milenar.
A alma de Nero, o mundo está em fogo.
A terra santa, o homem judia.
O homem querendo construir o homem.
Ciência e tecnologia.
A teologia, costumes, adoração.
Cultura, deuses e suas formas.
Cada nariz, cada raiz, normas.
A vida moderna, a informação de oriente a ocidente.
O homem correio, leitura, informação inserida na mente.
Mas, porém, contudo, muito oculto.
O escritório do homem.
O laboratório do luto.
Segura, rouba, desvia todo ouro.
O grande devorador devolve lixo.
Eu aqui, um calouro.
Entendo que a cruz foi, é o capricho.
Pois os gigantes, chifres, basã, os touros.
Giovane Silva Santos
CONFIANÇA NO MOVIMENTO DA VIDA
A angústia invade a alma,
Quando a impotência aponta,
E o controle, se perde
Os pensamentos se subdividem
E correm em várias direções
Carregando medos, tensões e inseguranças
A alma anseia pela calma
Que desponta, quando os pensamentos se calam
E a verdade, desperta
Verdade reconfortante, que se traduz em confiança e fé
Na força interior, capaz de vencer os obstáculos e curar as feridas
E na proteção Divina que nos acolhe e protege a todos os momentos.
Sua Voz
Quando os sentimentos vem me sufocar
E a angustia toma conta do meu olhar
Sua voz suave e meiga me acalma
Como um colo, me acolhe a alma
Cura com um grave toda a minha dor
Renovando a esperança e o amor
E no instante que me tira o ar
O seu agudo me faz respirar
Te ouvir cantar é um prazer
Que não dá nem pra descrever
Queria te encontrar pra te falar
O quanto é bom pra mim te escutar
Angústia
Vejo o rio seguir seu curso,
Encontro-me só.
A natureza chama-me,
Como uma mãe afetuosa.
Expõe toda a beleza
Num piscar de olhos,
Mas o vazio faz eco
No silêncio das palavras.
As força que busco nos sentimentos,
Enlouquece-me.
É um redemoinho de emoções.
Entre o que é,
E o oposto de ser,
Cria-se um abismo,
Que constantemente mergulho.
Ainda consigo submergir.
Até quando?...
Instante
Vaidade, ostentação
Irrealidade, ilusão
Angústia, frustração
E um vazio no coração
Um instante insignificante
Melhor viver desligado
E viver a vida real
Isso tudo é tão desigual
Não se compare aos outros
Não viva em vão
Arrisque todas as fichas
Com emoção...
Somos um instante e num instante não somos mais nada.
Angústia real
As palavras desejadas,
Não ditas, nem ouvidas com o tempo.
Imaginadas, sonhadas em músicas
Ao longe...
Sonho o amor distante, perto,
Ao ouvido.
Muitos sons, muitas rimas,
Muitas poesias, mas um só coração.
Alimento-me desse amor,
Em cada canção:
Todo dia, todo dia...
Os olhos brilham, o sorriso no corpo todo, e o peito explode.
E o dia segue em sonhos.
À noite potencializa as emoções,
Questões?
Há razão?
Solidão. É real.
Deito-me a sonhar, e acordo.
Entre duas mentiras
O trágico estimulado para sua desconstrução, te convida à angústia e à depressão.
Plano traçado, verdadeira manipulação. Ou seria delírio, teoria da conspiração?
Gera consumo, prêmio, consolação. Só um mundo falso de alienação, mas você nem tem a percepção.
Outra mentira, colega daquela, que junto controla nossa compreensão é a fantasia. Esta idealizada para seu entorpecimento, te ilude à solidão. Alimenta sua desesperança e mina sua determinação .
No entanto, são apenas duas mentiras nas quais cabem revisão.
EDVARD MUNCH
No crepúsculo sombrio da alma, Munch mergulhou,
Em um oceano de angústia, onde o tormento fluiu.
Entre gritos silenciosos e rostos distorcidos,
Ele pintou a agonia de um mundo dos reprimidos.
Em cores vibrantes ou em tons de sepultura,
Munch retratou a fragilidade da nossa ternura.
Em cada tela, um eco da dor existencial,
Um reflexo da alma em busca do transcendental.
Nas noites em claro, entre sonhos e pesadelos,
Ele desvendou os mistérios mais belos.
Onde a morte dança com a vida num eterno abraço,
E a melancolia se mistura ao viço do espaço.
Entre o amor e o medo, ele traçou seu caminho,
Explorando os abismos do humano sozinho.
Em cada pincelada, uma viagem ao desconhecido,
Onde o destino se revela no olhar mais perdido.
Munch, poeta do desespero, da solidão,
Em suas telas, encontramos nossa própria aflição.
Sua cosmovisão, um espelho da condição humana,
Num mundo onde a beleza e a dor giram numa dança insana.
Apenas mais um dilúvio
Mais um dia com essa angústia inquietante, essa chama ardente de insegurança , mais uma vez me sucumbi a esses sentimentos, mais uma crise que me deixou sem saídas e sem voltas apenas me sentei ao chão e comecei a chorar, talvez eu exija demais de mim ou demais aos outros, só queria ter um momento de paz, me sentir seguro ou acolhido, queria ser especial pra alguém, me sentir bem comigo mesmo, jurei pra mim mesmo que não iria mais me cortar porém alguns dias são mais pesados que outros, e hoje é um dia desses.
SEXTILHAS DE ANGÚSTIA
O dia alvorece, o chilreio dos pássaros anuncia uma nova aurora.
Acordo ouvindo as árias do saudoso Gonzaguinha
Versos bonitos mergulham...
Dentro de mim
Mais um dia se inicia...
No meu plangente coração.
Dirijo-me ao labor das incongruências e frustrações da Justiça.
Nas profundezas do descaso e da imposição
Na desilusão, no desamor, no mar de falsidade e boçalidade...
Na desonestidade de camorras, nas falcatruas.
Caminho hilariante de bondade
Volto envelhecido na revolta de lágrimas entornadas.
À noite tudo se transforma
Na casa do saber, uma sinceridade em cada rosto
Um convite para amizades singelas
Ou amores inesquecíveis
Aí me esqueço das amarguras e diatribes do dia-a-dia
A paz, momentaneamente, renasce no meu âmago.
À noite o retorno ao lar
No trajeto filas no posto em busca de saúde.
Com chuva ou orvalho das madrugadas
A esperança é o que importa
Num manto falso de ternura
O Bela Vista se ofusca com cobertores da desumanidade.
Na tristeza do poeta, a alma é como deserto.
Como rocha isolada e explodida
Nem uma luz de esperança
Nem um sopro fugaz de felicidade
O amor apresenta como inverno
O murmurar, profundo e abatido.
Entorpecida com roupas brancas de angústia, é assim que estou agora encima desse prédio, no vigésimo sexto andar pra ser mais exata.
Estou entorpecida querido, cheguei no meu ápice, estou presa dentro de cada lágrima que escorre entre a dor insolúvel de minha pele. Estou entorpecida querido, e com um medo avassalador que de cima desceu pra minha espinha, fazendo arrepiar a alma já quase que falecida, ando vagarosamente em passos largos pro início do meu fim.
Perdoe o meu egoísmo, eu só tenho 36 anos, mas tinha mim planejado antes, você que se esqueceu, contudo agora irá lembrar
pelo resto de sua vida.
E entorpecida deletarei e findarei todas as minhas lembranças, mas te deixarei de presente uma última foto do meu sorriso, eu demonstrarei o quanto estarei bem, você verá. Querido, estou entorpecida e farta dessa neblina de fumaça escura sobre esta selva pedrificada, a vista daqui só alcança a poeira o branco e o cinza.
E encima do topo de uma das bases mais desprezível de poluição do mundo me encontro entorpecida pronta pra destruição de mais uma vida insignificante, a minha.
Entorpecida sinto meu estômago congelar, os músculos ficarem tensos e o frio tomar conta de todo o corpo, deve ser breve o
alívio que se aproxima.
Entorpecida sento no meio
fio das alturas querido. Mesmo entorpecida posso sentir a força da brisa do vento querer levar meus cabelos, seu som soa quase que meu nome, talvez O divino tenha se lembrado de mim, talvez Ele quisera dizer algo, mas não consegui entender o final.
E entorpecida vou balançando com euforia meus pés descalços no mesmo embalo da canção que toca no celular ao meu lado, olho pra baixo e vejo muturos da destruição humana, há uma guerra incessante lá embaixo, e não podemos fazer nada, estamos todos condenados querido.
Olhe, você mesmo poderá comtemplar o caos reinando em tudo, é pedra encima de pedra amontoadas como num cenário aterrorizante
de um filme de terror só que em guerra de vida e em tempo real, veja, tem sangue espalhado por toda a cidade e corpos destroçados pela maldade humana e seu abuso de poder, a fedentina é tão insuportável que daqui as narinas chegam a arder. Olhe pra baixo comigo e entenderá o que eu digo, o mundo se perdeu querido, tudo o que eles querem é acabar com quem você é, o diferente incomoda e é isso o que mais me encanta em você, eles querem te controlar com seus tiros e bazucas de canhão e estão conseguindo vencer. Centenas de pessoas estão a correr desgovernadas pra lá e para cá na busca desenfreada por alguém ou algum abrigo seguro, estamos sozinhos agora. Tem idosos caindo e crianças debaixo daqueles carros, todas mortas, tão pequenas, que injusto não? Entorpecida com as mãos trêmulas e voz escassa que
estou na beira do abismo pronta pra cair no caos, pularei de frente pra sentir meu último desespero descer pela garganta até o derradeiro. Cansei, nem sempre um vencedor ganha não é mesmo?
Pulei, e enfim escureceu.
Acordei!
Agora me encontro em forma de um bebê abandonado a gritar no mesmo cenário de destruição, e por cima dos escombros vou engatinhando entre meus berros e choros da alma na busca fracassada por alguém que nunca virá, e na poeira da bagunça quando a solidão se fez presente eis diante de mim surgir um anjo negro com as asas quebradas, me pega no colo com tristeza nos olhos enxuga minhas lágrimas e me salva.
Que nessa outra vida Deus perdoe meu pecado e que eu não te decepcione, mãe e filha.
Final
Tudo surgiu de repente.
Aquele aperto no peito,
Angústia, prazer, tristeza, amor...
Eram muitas emoções, sentimentos que se cruzavam,
Aconteciam com a força de uma tempestade.
Entre ressacas, e belos nascer de sóis, restou um corpo, estendido na praia, uma carcaça, sem vida...
Mas de repente uma brisa leve soprou, e a paisagem se compôs.
O silêncio se fez, e clarificou.
Como diz o poeta: a luz no fim do túnel.
O pulso voltou, a respiração lenta,
Mas com rítmo, com vontade, decidida a superar os obstáculos.
Caiu da cama?
Magoou-se?
Não, acordaste.
Acabaram-se as esperas,
o tempo perdido, este ruge.
A vida é movimento, ação, decisão, se não às tem, tenho eu
desculpe-me amigo,
mas fui!
Adoos hombre!
Até lá vista!
O mau aluno, que deixa para estudar as matérias em cima das provas, sofre a angústia, o estresse e, por vezes, o remorso pelo tempo desperdiçado.
Já o bom aluno, que mantém o estudo em dia, está sempre bem-preparado às provas.
Na vida, as provas finais são surpresas sem datas marcadas.
Estamos prontos?
A angústia que me rodeia.
A angústia me assela, me domina e me fascina.
Me cativa assim como a solidão.
Tão reconfortante quanto se sentar em um banco solitário, em meio ao caos do cotidiano.
Sem questionamentos tolos, sem um real interesse.
Sem a sufocante alusão a meritocracia, que é imposta a nós de uma maneira tão singela e amargosa.
E em meio a isso, chegamos no fim do dia.
Desolados e sem rumo.
Em busca de respostas a qual caminho seguir.
Mas afinal, qual o motivo disso?
Para quem não sabe onde vai, qualquer caminho serve.
A vida às vezes nos confronta com momentos de angústia, especialmente quando somos relembrados de que poderíamos ter algo que é impossível de alcançar. É como se uma sombra escura pairasse sobre nós, provocando um turbilhão de emoções e desejos não realizados.
Nesses instantes, somos confrontados com a dura realidade de que nem tudo está ao nosso alcance. É como tentar tocar as estrelas no céu noturno, sabendo que estão além do nosso alcance, mas ainda assim, desejando poder alcançá-las.
A angústia se instala quando percebemos que não importa o quanto lutemos ou sonhemos, há coisas que permanecerão como miragens distantes, apenas para nos lembrar da fragilidade humana e da finitude de nossas capacidades.
Esses momentos podem nos fazer questionar nossas escolhas e nos atormentar com pensamentos do "e se" – e se tivéssemos feito algo diferente? E se tivéssemos tomado outro caminho? Essas perguntas ecoam em nossos pensamentos como sussurros inquietantes.
É um dilema interno entre a esperança e a resignação, entre o desejo e a aceitação. Como uma corda apertada que nos prende ao passado, a angústia nos envolve em sua teia, nos lembrando de que nem todas as histórias têm um final feliz, e que algumas páginas devem permanecer em branco.
Contemplar o impossível é uma jornada dolorosa, é como olhar através de uma janela para um mundo que nunca poderemos habitar. É uma saudade do que nunca foi, do que nunca tivemos, uma ferida que parece nunca cicatrizar.
No entanto, é importante lembrar que não somos definidos apenas pelas coisas que não podemos ter, mas sim pelas experiências que vivemos, pelas escolhas que fizemos e pelas pessoas que nos tornamos ao longo do caminho.
E, ao enfrentarmos a angústia de um desejo impossível, talvez possamos encontrar um conforto na ideia de que, às vezes, são as próprias limitações que nos levam a descobrir novos horizontes, a criar novos sonhos e a encontrar significado e grandeza nas pequenas coisas ao nosso alcance.
A vida é um mosaico complexo de alegrias e desilusões, e é nesse equilíbrio entre o possível e o impossível que encontramos a beleza de sermos humanos, imperfeitos e vulneráveis, mas também cheios de esperança e capacidade de nos reinventarmos a cada desafio, esquecendo de tudo aquilo que é impossível e nos adaptando às circunstâncias, nos contentando com o que é possível dentro do que nos é permitido.
Aqui estou mais uma vez
Te Olho, te absorvo
Ignorar nao é uma opção
A angustia é inevitavel
Choro, as lagrimas limpam
E tudo cai no esquecimento
Levanto, vivo, durmo
De manhã tudo volta
As lagrimas já não bastam
A dor nao me larga mais
a dor me traz raiva
raiva de sentir tanta dor
nao sei o que acontece
simples coisas me doem
PARE
tds dizem que não tanto
PARE
os céus não gostam
PARE
não queremos ouvir
PARE DE CHORAR AGORA
Povo sofredor
A razão do motivo de cada
Raciocínio é o motivo de angústia de cada cidadão
Angústia que todos temos
Assim mesmo não dizemos
Tantos correm atrás
Ate conseguir oque quer
Mais tantos se cansam
De se jogar aos pés
Sociedade racional
A quem sabe um dia
Apenas riqueza e sucesso
Procuram conseguir
Sociedade que destrói
Que não ajuda a vida
Famílias sofrendo
Pessoas morrendo
Ate quando isso ocorrerá
Educação e saúde ?
Em falta isso está
Agora com a copa
Mais dinheiro o Brasil ganhará
Oque adianta se nos
Desse dinheiro não veremos
Para nossa educação melhorar! !!!
SOU MEU PSICANALISTA (B.A.S)
No lixo da angústia
Vou transmutando
E assim vou aprendendo
A essência da vida, da poesia
Que loucura, sou meu psicanalista
E tropeço nas palavras
E escorrego nos meus sentimentos
Quem sabe em outras humanidades
A folha do papel vazio
Encontro-me e desencontro-me
A metáfora é o caminho
Para reencontrar meu nirvana
Papel não tem cordas vocais
E na alquimia do poema
Transformo o lixo do mistério
No ouro da sabedoria
by:Licença Poética, Editora Biblioteca 24 horas
Bartolomeu Assis Souza, 2011
O que nunca foi totalmente meu!
Eu tive medo, tive saudades, tive angustia, e confundia minha vida com a realidade. Eu tive esperança, tive o máximo de amor, eu vivia em cima da balança, eu vivia a equilibrar sua vida, e só perdia o meu glamour... Ainda sou capaz de lembrar da última lágrima. Ainda lembro do ultimo beijo, ainda tomo seu suco favorito, ainda sinto o seu cheiro... mas são lembranças, lindas lembranças, foram momentos, inesquecíveis, mas que não voltarão!!! Doeu quando você foi embora, e pra dizer a verdade, até hoje dói, eu ainda não entendi o por que... Doeu saber que não foi capaz de ser honesto, com quem só lhe entregou a verdade. Deixo tudo por conta do tempo. Deixo-o decidir minha vida! Cansei de lutar contra mim, agora vivo sem querer motivos! Eu tive que ser muito forte, e lutar contra meus próprios medos e anseios. Mas quer saber? No fundo eu cansei, eu cansei de esperar, de querer, de idealizar, de fantasiar, de imaginar, o que na verdade nunca foi totalmente meu! Por isso, sem magoas te liberto, te deixo livre, sem punições, os castigos vem dos céus e não de pecadores... Você pode ir, e brincar de ser feliz, eu espero o dia em que os humilhados serão exaltados!!!!
ANGÚSTIA ETÍOPE
A minha mãe rezava pra todos os santos
E para alguns deles cantava
Meu irmão era umbandista e queria fazer a cabeça,
Jogar búzios e trazer a pessoa amada...
A minha vó, como eu, era louca de perder a cabeça
E guardava as estrelas que podia
Num saco de papel crepom
Um dia saiu de casa
E tomou banho de mar na praia do Leblon,
Depois foi vista na mata do governo,
Desde então nunca mais apareceu
Agora a vejo de vez em quando pelas praças
Como vejo todos os que já morreram,
Carrega um saco cheio de luzes cambiantes...
Nossos destinos se perdem quando perdemos o tino
Acho que minha avó foi vítima da paixão,
Já que perdera o marido que um dia partiu
Meu irmão foi vitimado pelo coração
Morreu solitário, mas não sozinho
Minha mãe sempre cantou com muita afinação
As canções de amor e devoção que com ela aprendi
Herdei seus cabelos em desalinho
O olhar perdido no vazio
E a angústia etíope de nossos antepassados...