Textos de Angústia
Penumbra da despedida
Dentre todos os amores
És tu, o belo
O causador de tal angustia
És tu, o curador d"mim alma
Que já adormecida padece
Que sofrida, árdua e insolente,
chora tua ausência
E relembra a penumbra da despedida
Regozijando sua partida
Donde sou? Não sei.
Sou tua, ou serei...
Cabe a ti o amanhecer
Cabe a ti minha vida
Cabe a ti a despedida, ou não.
A arte gótica
Que angústia é essa que domina meu ser?
Que me leva a buscar a morte
Quero cometer loucuras, não tenho nada a perder
Viver insanamente, eis o meu esporte
Quanto mais conheço o mundo, mais me revolto
Procuro algo de bom, mas nada me conforta
Buscar a auto-profanação então eu volto
E se eu morrer, bem, quem se importa?
Mas, não posso simplesmente ir embora assim
Preciso deixar algo para ser lembrado
Não vou deixar que se esqueçam de mim
Quando minhas palavras tiverem algum significado
O que realmente estou buscando?
Nem eu sei, talvez a felicidade
Um grande paradoxo estou gerando
Buscando-a na própria infelicidade
Sou como uma sombra que vaga na escuridão
Sem saber de onde vim nem pra onde hei de ir
Na sabedoria busco uma solução
Já cheguei até aqui, não posso mais cair
Busco ideais que me dêem alegria de viver novamente
Pois, sinto que meu mundo se perdeu
A um caminho de sombras vou levar minha mente
Com intelectualismo chegar ao meu apogeu
Meu coração é gélido e o ódio prevalece
Coração que pelo amor já foi aquecido
O amor nos deixa fraco, o ódio nos fortalece
O jeito aqui é manter o equilíbrio
O amor, sentimento incerto que só causa o sofrer de carne e alma
Fazendo-se derramar lágrimas melancólicas,
É como estar em uma selva e não conhecer a fauna
Por esses olhos não parece uma coisa tão antológica
Na verdade, o amor é uma grande prisão
Cujo único jeito de se libertar é pelo próprio amor
A tentativa de fuga é totalmente em vão
Tentar fugir aqui só causará mais dor
O ódio, veneno que nos motiva
É como um anabolizante
Uma coisa atrativa
Que fortalece, mas é mortificante
Vejo homens que por dinheiro caíram em perdição
Vejo um sistema que prega o interesse e o consumo
Vejo pessoas que vivem apenas de ilusão
Vejo pessoas que já desistiram deste mundo
Vejo pessoas que dedicam sua vida a coisas sem sentido
A encontrar resposta que nunca acharão
Vejo um mundo capitalista cada vez mais perdido
Com falsidade, dor e desilusão
Assim fico de lado, no meu mundo imaginário
Sentado em meu trono vejo a humanidade se destruir
Usando a poesia como meu confessionário
Escrevo aqui tudo que eu vir e sentir.
Eu nu desde criança.
Sonho.
Dor.
Angústia.
Medo.
A moedinha raptada.
Meu caráter se formando.
Direção do torto.
Da qual não estou domando.
Inocência.
Incoerência.
Flerte com um mundo febril.
Carência.
Confusão.
Mágoa.
Incompreensão.
Volto a sonhar.
O mar.
Como sou.
Talvez má.
Assim.
Delirante.
O que pensar.
O freio da língua se perdeu.
O preconceito.
A ausência do Conselho.
O sol amarelo que ficou vermelho.
O fogo do desprezo.
Da indiferença.
A dor lateja.
Meu grito pra que veja.
Socorro.
Chicote estala.
Ganha estrada.
Vai a luta.
Enfrentar labuta.
De sentido a vida.
Tudo se repete.
A infância.
A adolescência.
O orgulho.
A vaidade.
O topete.
A ignorância.
A viagem na lama.
O caráter no fétido esgoto.
Um dia eu escroto.
A vida sacode.
Turbilhão.
O que eu roubei e o que a vida me roubaste.
0x0, recomeço.
Criança aos 40.
Jovem coroa.
Uma velha criança atoa.
O sonho não para.
Delírio na cara.
Cozinhado, frito e cru.
Eu desde criança nu.
Giovane Silva Santos
Turbilhão de sentidos
Entre a volúpia da chegada
E a angústia da partida
Não importa, na lacuna,
Quanto tempo transcorreu
Não importa, no tempo,
o que ou como tudo se deu
Chegar e partir
Ficar e sumir
Negar e assumir
São os lados das nossas viagens
Ficar além da conta causa dano
Desfaz plano, irrompe desengano
Finda a imortalidade
Solte as amarras
Que bons ventos nos tragam
novas e boas paragens.
Embarcação
Cabeça a mil,problemas a fiu, marcas, dores, angústia,o passado se torna presente latente, o futuro e tudo, se mistura em carga pesada, me sinto muito cansada.
Tudo isso Parece me devorar, a imensidão da mente dentro de sua própria limitação, não suporta essa devastação, perturbação.
Tento me acalmar mas mesmo o silêncio não quer calar, não pode não dá, um redemoinho, envolve meu ser, meu eu, meu barco, meu coração.
O que será dessa embarcação, desse pobre coração ?
O que será de mim?
Será que já é o fim?
Ao mesmo tempo em que o vento balança meu barco pra lá e pra cá, a tempestade tenta me afundar, por um pequeno instante, um lapso na exaustão, uma voz me fala me acalma, sou Eu seu capitão, enquanto Eu comandar seu barco não vai afundar, você não precisa de esforço fica em paz e vá descansar, deixa que de agora pra frente, tu comigo será vencedor, será resiliente ...
Teu esforço será deixar tua vida nas mãos do criador.
A onda do pensamento, da dor, da frustração, nada é pário para quem morreu pra dar salvação .
Que será dessa embarcação na mãos desse capitão?
Será assim, feliz até o fim !
E mesmo que afunde, que doa, que fira, a paz será a recompensa, e nova vida, novo barco no céu terei !
Nesse capitão prometo que confiarei
E mesmo se tudo falhar, só quero meu Deus em teus braços descansar!
Perseverança
Cada dia um sintoma na emoção, indagações surgem, porque tanta angústia, ore, reze para que haja um espírito de alívio, muitas preocupações, descanse no senhor, desanimado e cansado, respirar fundo e buscar disposição, motivação, logo um rebento de frustrações, lembre se da esperança, sensação de morte, então não perca a fé, e estas situações variavelmente acontece respostas em tempos diferentes, no entanto precisa se buscar incessantemente, com perseverança firme, a natureza humana é um galho que balança, mas o senhor são frutos que renovam, a raiz da vida e da razão, nesse aspecto é que clamo ao altíssimo para que torne o olhar para nossas vidas, render nos ao nome de Jesus, acreditar, confiar, insistir que toda tribulação pode ser vencida por um coração quebrantado, um espírito humilde, a intenção mansa, a que venha o alívio e o sabor das bênçãos, sensato coração em reconhecer a presença e dar glória ao altíssimo, que em minha vida haja luz e este que está lendo seja agraciado com vigor do espírito de paz, clareza e muita sabedoria de vida.
Giovane Silva Santos
Quando me perco eu escrevo ...
🍁🍁🍁🍁🍁🍁🍁🍁🍁🍁🍁🍁🍁🍁
Eu escrevo para dar vazão a essa angustia ...
Eu escrevo porque calaram meus sentimentos ...
Eu escrevo para que minhas palavras voem no tempo onde não serão apagadas ...
Eu escrevo pois todas as letras criam marcas infinitas ...
Eu escrevo para assim eternizar meu pensamento ...
Eu escrevo para que minha voz sem som chegue em todos os ouvidos ...
Eu escrevo para que saiba que a distancia é mero acaso ...
Eu escrevo para encontrar seus olhos a percorrer novamente em mim ...
Eu escrevo para que eu continue existindo para você ...
Eu escrevo porque desaprendi a dizer ...
Eu escrevo porque me é difícil tocar nas palavras pelo som ...
Eu escrevo para que entenda que calar é falar sobre dor ...
Eu escrevo para não sucumbir ao desespero ...
Eu escrevo para sustentar novas insígnias na minha alma ...
Eu escrevo para talhar saídas aos meus sentimentos ...
Eu escrevo pra te encontrar nos meus textos ...
Eu escrevo para não findar o outono sem uma nova primavera
Eu escrevo para que o recomeço não seja um inicio, mas o percurso.
E quero que saiba ...
Eu ainda escrevo 🍁
.
.
.
Sinto
Às vezes parace que nada sinto.
E na minha angústia pressinto.
Eu poderia ser todos, mas não consigo, não desisto.
Parece morto esse céu no meu véu, tantos caminhos e nenhum convenceu.
Vamos mergulhar no altar do meu estar por estar e deixar tudo faltar.
Às vezes isso pode ser uma conclusão sem ação, uma consequência da minha precipitação.
Em tornar ilusão, então.
Às vezes parece que tudo sinto e mais uma vez, (dessa vez) eu sinto.
Amante da tribulação
A angústia triunfa diariamente no meu peito.
Incrível tamanha fraqueza.
Quanto gula pela morte.
Meu pensar vagueia de sul a norte.
Perdoe minha franqueza.
Enfermo a vida.
A guerra de estranheza.
O coração deitado no leito.
O mistério profundo.
Entre sonho e decepção.
Os olhos ganham o mundo.
Mas no próximo segundo.
A entrega.
A frustração.
Será que tem encanto.
Nessa sensível alma.
Assassina a calma.
Aviva a preocupação.
Um Maracanã de ansiedade.
Como explicar a fé.
Como alimentar a esperança.
Incrivelmente pelo desprezo da espada.
Vai à luta desarmada.
Escudo invisível.
Ontem, agora, hoje, amanhã.
Décadas, anos.
Corriqueiramente desde a antiguidade.
A guerra é uma verdade.
É que eu não entendo.
Perco domínio.
Não entendo o coração.
Entre a flecha e o arco.
A espada, a bala e escudo.
A arma do mundo.
A tribulação.
Eu que sofro contrito.
Permaneço aflito.
Eu fui
Eu sou.
Amante da tribulação.
Não porque aprecio.
Porque não domino o equilíbrio da mente e o sentir do coração.
Giovane Silva Santos
180.000 dias de angústia
Alguém pode imaginar.
O rumo da emoção.
O sentimento em equação.
Um pouco mais de 1800 dias.
Andei contando as minhas aflições.
Sorrisos disfarçados.
Anos de alegres ilusões.
O destino quis assim.
Arredio.
Intransigente.
Fui afagado pelo cavalo de Tróia.
A felicidade veio embrulhada no requinte mais prazeroso.
Uma bola.
Uma mulher.
Cifras.
As etiquetas da vaidade.
Curiosamente computei os números.
Mais de quatro décadas.
Quase meio século.
Um pouco mais de 180.000 dias.
Enfadonho.
Tristonho.
Angustiante.
Voo rasante de uma tristeza.
Não diria infinita em respeito à esperança.
Também sei que a fé é real.
A luta é porta.
Além do mais.
O barco que se atraca no cais.
Um dia.
Talvez.
Venceu as tempestades do mar violento.
Em resumo.
Foi.
Voltou.
Existe esse vento.
Se vivo.
Se insisto.
Se perco e não desisto.
A vida.
Viver é o que tento.
Presente de reclusão
A angústia gera a impaciência
Os dias estão custando a passar
A tempestade testa nossa inteligência
A esperança está longe de chegar
Acreditar é preciso neste momento
Difícil manter a fé no amanhã sem união
A reclusão testa nosso comportamento
Dia a dia vivendo neste estado de prontidão
Esta é a nova realidade que nos assusta
O perigo é invisível e está em todo lugar
O sentimento de paz a cada dia se ofusca
Quando silêncio na escuridão chegar
Mente, corpo e alma devem encontrar seu equilíbrio
Sobreviver e resistir é o que podemos fazer
Para que o amanhã não seja mais sombrio
E o hoje ainda possa acontecer
Estamos reaprendendo a viver
Nos reinventando a cada instante
Um novo mundo vai amanhecer
Mesmo que ele ainda esteja distante
Quando a morte quer vida
Minha tristeza é profunda.
Minha angústia é presente.
Desgosto, desprazer, a morte que inunda.
A força bruta que muito se sente.
O oposto renasce.
Floresce.
Acorda.
Não é oscilação.
Nem tampouco confusão.
Parece desentendimento de amar.
Comportamento bipolar.
Não.
Não.
Bem mais intenso.
Batalha.
Guerra.
Luta.
Embate.
Duelo entre a vida e morte.
Um paralelo da esperança e o desencanto, desencontro.
E vem um anseio.
Mudar o mundo.
Opinar perante a sociedade.
Meditando.
Por vezes na força.
Na coragem.
Perspicácia.
Capacidade.
Será.
Onde está esse rei.
Sua coroa é desafiante.
Ser.
Nascer.
Viver.
Quando a morte persegue de forma radiante.
Bem.
O sepulcro convida.
Eu me nego.
Já disse que verei a glória.
Enterro a morte.
Lanço a sorte.
E a vida.
Esperança.
Vitória.
Giovane Silva Santos
Tenho percebido cada vez mais a angústia que as pessoas sentem por não conseguirem desconectar-se das redes sociais. Muito mais que um vício, para muitas pessoas tornou-se uma obsessão, uma dependência. Não é a toa que temos visto com frequência pessoas que estão preferindo e optando pelo seu aparelho celular do que ter um momento especial com seus filhos ou familiares. Chega-se ao cúmulo de famílias inteiras sentarem á mesa e cada qual interagindo com amigos virtuais, e aquele que está ali, sentado ao lado, passar despercebido. O que será que está acontecendo? O que representa este tipo de conexão? Conexão que te rouba os momentos com pessoas especiais para você ter relacionamentos com pessoas virtuais? O que aqueles tem de tão atrativo? O que aquilo te proporciona?
Quando você perde a capacidade de limitar seu tempo com as redes sociais, quando você perde o interesse pelas pessoas que estão ao seu redor, quando você deixa seus compromissos atrasarem, seu sono ser roubado e sua família de lado, é hora de rever seus comportamentos. Eu entendo que é agradável e contagiante estar conectado, mas é preciso aprender a dar um limite, dar um tempo para que você possa verdadeiramente olhar para aqueles que estão á sua volta e trocar com aquele ser que espera sua atenção.
Faça uma análise e responda; hoje, quanto tempo estive conectado, sem dar atenção aos meus familiares? Sem ler um livro, sem fazer meus afazeres, sem comer tranquilamente, prestando atenção apenas a minha alimentação? Se sua resposta não lhe causa culpa e nem angústia, provavelmente você está sabendo lidar bem com seu tempo, sua família e seus compromissos. Parabéns, você está sabendo dosar a hora de estar conectado e a hora de parar. Agora, se sua análise causa desconforto, culpa e ansiedade, provavelmente você pode estar se tornando um dependente pela internet e assim como outros transtornos psicológicos, esta dependência causa isolamento social, perda de interesse pelos estudos, perda de foco, perdas sociais e familiares importantes e perda de tempo pela vida real.
Preste atenção nos seus comportamentos. Se sua necessidade de estar conectado é muito alta, talvez você precisa de ajuda para tratar desta situação.
Vício nunca foi bom, dependência seja ela de qualquer natureza, nunca é boa, geralmente deixa um rastro de destruição.
Faça um favor para você mesmo, desligue o seu celular, seu computador e vá dar um tempo especial para a sua cabeça.
Tem muitas coisas interessantes te esperando.. É só você perceber!
Brasil, a angústia do Brasil e a minha
Quem mediu esse termômetro, porque associar esses dois corpos, talvez pela febre emergir tanto no coração do estado quanto na minha mente, parece uma condição meramente, eu, eu grito quando sou ferido, meu estado geme por esse desvio atrevido, ora, ora, um cansaço descomunal, toda vida e todo tempo são conflitos, batalha dos aflitos eu e meu Brasil, eu navego no pecado, meu caráter é um galho que sacode, sou tentado pela sedução do pode não pode, sou uma porção de ambição, sou sonho, sou delírio, a loucura que oferece colírio, porque minha natureza luta, viaja e anda em terrenos arenosos, clama por laços milagrosos, do qual não prático amor, chamo a misericórdia, essa mesma que meu Brasil clama, pelo desvio, pelo sistema que viaja na lama, poderia dizer que simplesmente um conserto na economia, mas o pão dessa padaria ninguém quer, uma massa desorientada, o esgoto, a Amazônia, a água, as escolas, hospitais, e o seio familiar, a desigualdade, veja quanto somos atingidos por uma bactéria desleal, a inclinação do homem para o mau, tornando o Brasil enfermo, sei que todo emaranhado precisa ser meditado, no profundo, existem fios de esperança, algumas almas perseverante, meu povo que está em guerra, lutar por essa terra, que meu coração aprenda, meu Brasil merece sorrir, uma nação gloriosa de estado e povo aí de surgir, coloco nas esferas espirituais o anseio de luta em penhor, manifestar se nesse contexto a glória do senhor.
Giovane Silva Santos
Ansiedade & Angústia
É no esplendor dessa dor
Que me pego a pensar
Se do aperto que me parte
Desejo não há demais
E se demais eu dê mais
De desejo vou queimar
Se me pede que grite
Que grite ainda mais
Se me pede que guie
Que guie um pouco mais
Há no sufoco de cada grito
Um pouco de ar perdido
Para quem e quê gritar
Se no fim não terá mais ar
Desespero de aperto
Sufoco no peito
Angústia
Leva-me a tantos medos
Se de medo me leva
Medo me pega
Tento evitar
Anseio pelo não ocorrido
Em mil pensamentos a pensar
Me perco no labirinto
De pensamentos
Que não posso controlar
E do futuro que tenho medo
Evitar faze-lo
Ansiedade me prendo
De angústia do antes e agora
De ansiedade do futuro a fora
Eu me perco
Nesse labirinto que sou
Eu mesmo
Não há labirinto!
Se do futuro não posso saber
Nem passado mudar
Para quê tanto grito
Por algo que não posso ver
Nem mesmo mudar?
De mil pensamentos deixar me tomar
No labirinto interno
Irei me levar
Esquecido de mim
Esquecido de agora
Me perco sem rumo
Numa luta ilusória
Se me apego no evitar
Ou se me apego do que veio passar
Eis que entro
Me prendo
Me acorrento
Em pleno desespero!
Quem trouxe?
Da onde veio?
Esse fantasma!
Que me causa tanto medo
Sou eu mesmo!
O morto que me assombra
Meu passado acorrentado
E meu futuro antecipado
Por mim mesmo
Me torno o que penso
Por mim mesmo transformo
Os mortos em vivos
Os vivos em mortos
E medos eu crio
Pelo futuro não visto
Pelo passado perdido
Torno o não real
O meu real
Pois agora
O sinto
O faço
O penso
E o digiro!
Eu o vomito no mundo
O pesamento por mim criado
Onde está a saída?
Do labirinto de meus fantasmas?
Meu próprio labirinto!
Há se disser para onde andam
Para onde vai.
Não há labirinto
Nem fantasma
Nem futuro
Nem passado!
Há memória
Há pesamento
Há sentimentos!
Eles criam, o que antecipo
Eles moldam o que penso
Eles fazem o que eu evito
Eu mesmo sou
O criador
De meus medos!
Onde vou estarei
Onde fujo eu farei
Meu fluxo não cessa
Enquanto não ver
Que o que é visto
Miragem não passa
Quando me deixo
Perder-me
Em mim mesmo
Em correntes de fluxos
De Pensamentos!
Não há labirinto!
Angústia, tal qual negror corroente
Dilacera já exausta e vazia forma
Porém do mundo fantoche se torna
Ainda que paralítica e descrente
Cordas Atadas, pressões cadentes
Despencam de um céu já sem normas
nem, ao menos, fixa bigorna
Para construir algo coerente
Agora não resta sequer o pranto
Dizem:Não há cansaço, não há tempo
Como maquina movido portanto
Relegado a me conformar no canto
embora sem objetivo sem intento
Fico a viver escondido por um manto...
Quando a fé eu não conhecia
No auge da minha angústia e dor.
Venho um temporal violento.
Perdi a paz e o alento.
A namorada abandonou.
O mente pressionada e o coração turbulento.
O dinheiro virou nada, nem para o sustento.
Perdi a dignidade.
O sonho virou saudade.
Uma vida de tanto sofrimento.
Auto estima não mais existia.
Amizades foi raridade.
Ficou apenas a verdade.
Tão triste realidade.
Foi assim um dia.
Uma tempestade perversa.
Enfermidade presente.
Oportunidades e trabalho escassez.
Não entendia mais minha mente.
A loucura e depressão em meu ente.
Um mundo de insensatez.
Aniquilado e maltratado.
Perseguido e acusado.
Um rebento violento de dor.
Hoje 16 anos condenado.
Quando a fé não conhecia.
O desastre me seguia.
Agora voltei a respirar.
Esperança, vida e alegria.
Promessa e confiar.
A fé tenho como guia.
Um senhor, um Deus, Um Jesus.
Clamo pelo transformar.
Um santo Espírito experimentar.
Entender o poder da cruz.
Saciar o gozo da verdade um dia.
Repetindo.
Creio, a fé, meu guia.
Giovane Silva Santos
A Angustia
A angustia não está no passado.
Está no presente para o futuro; passando.
Está na imagem do sofrimento passado.
Registrado em imagens da memória.
Registrada e imprimida de forma tão
Intensa. Que toda vez , que ela emerge.
Surge o medo, de que. Ela se repita.
É trauma de uma ação do mundo.
Ao pequeno universo da sensibilidade
Do homem.
Por vezes não localizada.
Por vezes como fragmentos.
Com fragmentos, que procuramos ,
Recalcar, como projeção, da dor,
Que tanto incomoda o agora.
Aquilo não existe mais.
É a memória. De autopreservação.
Do medo. É o não desejar que aquilo
Se repita. Não existe tempo.
Existem interpretações de fatos
Que emergem. E submergem.
Conforme um instante sofrido.
Memórias afetivas. Que liberam
Prazer em forma de fruídos.
E memórias afetivas em formas
Também de fruídos que geram
O desconforto. A angustia.
A tentativa de eliminá-la.
Da forma que puder.
Tentando sobrepor a consciência,
No momento de vigília, ou num
Pesadelo revelador.
A angustia, é a forma que a Vida.
Revela para o homem.
Que Ele está vivo.
E aquilo que aparece como sofrimento.
É inerente a todos os homens.
E as ilusões, são formas inventadas,
Pelo próprio homem para não ,
Ter que, confrontar tamanha dor.
Que toda hora invada sua consciência.
A criança. Fantasia a Vida.
O menino crescido. Inventa vários
Caminhos para evitar suas dores.
E o pai. Cria forma de ordenar,
Essa caminhada. Para que,
seu filho, sofra o menos possível.
Mas; existem caminhos.
Que além das angustias que assaltam
A Vida dos mortais. Também o sobrecarregam,
Com culpas. Que não deixam de ser.
Uma modalidade do sofrer.
Deixe de comer, por alguns dias.
Deixe de tomar banho por alguns dias.
Deixe de tomar remédio por alguns dias.
Tudo é sofrer. Sofrer prazerosamente.
Ou sofrer com dores pelos próprios
Fruídos , liberados pelo próprio corpo.
Não se culpe. Pela angustia.
Procure aprender como identificar.
E se possível; não se entregar a angustia.
Porque , estamos passando.
E, aquilo que chamamos passado não existe.
O sofrer. Está sempre no pensamento futuro.
Tentar livra-se Dele. É um exercício , que
Precisa ser desenvolvido.
E as formulas são muitas.
Mas estamos passando.
E; se possível for.
Aceite a humanidade desse corpo.
Com suas limitações.
E procure lembrar; se puder.
Que o passado não existe.
E o sofrimento , sempre acontece
No futuro. E nem sempre temos escolhas.
Faz parte do existir.
A verdade que todos procuram.
É tão somente para , se livrarem da dor de
Existir.
Quem perde a memória, não sente dores,
Emocionais.
As aguas do corpo não se agitam e
agridem o cérebro. A ponto de
fazer o corpo sofrer e sentir dores,
emocionais. Pelos movimentos das
imagens sentidas com profundidades.
E, consideradas ruim para o ser vivente.
Por isso. Aguentar suportar a angustia;
Quando ela está em seu pleno momento
De exasperação , na consciência.
Não torna mais fácil, o viver.
Mas como tudo , está em uma contínua
Mudança. Elimine crença que faz pensar,
Ser fraco. E não se iluda, em carregar
Culpa. Isso é vaidade. Que , quando
Confrontada. Desaparece. Seja por
Comparação. A todos que viveram
Até hoje. Ou pelo reconhecimento
Da própria fraqueza. E da humildade.
De que, não somos o centro do mundo.
Mas parte do Mundo. Mais um , entre
Tantos seres viventes. Nem melhores.
Nem piores. Mas com consciências
Limitadas e ; preenchendo um espaço
Nesse planeta. Vivendo e sobrevivendo.
Descobrindo. E se adaptando. Sofrendo
E superando. Até o fim . Como vítima,
Ou guerreiros. Compartilhando alegrias
Com a divisão de estado alterado de ser.
Assim como. Sofrimento. Também como
Estado alterado de ser. Até quando os
Jarro, não consiga mais guardar os elementos
Que o mantem em vivo.
E deixar para Deus. O que é de Deus.
Marcos fereS
O Senhor -
Certo dia,
enquanto eu estava no sofá
de casa,
com aquela velha angústia
das minhas manhãs,
vi pelo portão um senhor parado
na rua em frente.
Percebi que estava perdido,
pelos movimentos repetitivos
da cabeça — que ficava de um lado
para o outro, à procura de algo.
Logo
notei que era um senhor
conhecido,
inclusive por
mim,
que já o vira outras
tantas vezes
por aí,
e, assim como a maioria,
eu sabia que se tratava de
um pobre dependente
de álcool (ignorado como
tantos ignorados),
precisando de ajuda desde
sempre na vida.
Então
eu desci e fui até ele.
— O que deseja? — perguntei-lhe.
— Ir para minha casa. — respondeu-me.
— Onde o senhor mora? — questionei-lhe, mais uma vez.
E após ele dizer o nome do bairro,
eu o instrui para que,
dessa vez,
pudesse pegar o caminho
correto até sua casa.
Chamei-lhe e disse:
Olha,
o senhor vai direto,
e na primeira esquina
vira à esquerda até
chegar à avenida
principal — apontando-lhe
o sentido com um dos braços.
Ele,
que havia perdido um dos
pés das sandálias,
assim o fez.
E enquanto ele seguia,
meio cambaleando,
lentamente seu
destino,
eu voltei para minha
casa, para minha vida,
minhas angústias
diárias.
Minutos depois,
outra vez sentado no
sofá da sala,
agora com uma xícara
de café na mão,
para minha surpresa
(como num déjà vu),
me aparece o mesmo senhor,
no mesmo local, fazendo os
mesmos gestos.
Por um instante,
pensei em descer e, outra vez
ajudá-lo.
Mas percebi que,
independentemente do
quanto demorara,
ele já havia entendido a vida
e seus labirintos íngremes e esburacados — mais cedo
ou mais tarde, no seu tempo,
tomaria o caminho de volta
até sua casa — como o
fizera tanta e tantas
vezes.
Eu é que nada sabia
da vida,
além da porta
de casa,
e era, de fato, quem
mais estava
perdido.
Faça do que te faz mal a força para lutar. Permita que a angústia dê lugar à esperança. Reconheça que os erros constroem a essência. Tenha a habilidade de reposicionar as peças do jogo. Não existe certeza, o hoje possibilita o mundo.
(Re)use sua garra.
(Re)conecte com a sua criança.
(Re)comece sempre.
(Re)afirme o seu valor.
(Re)faça o bem.
(Re)aja na crise.
(Re)mova a âncora.
(Re)faça sem reclamar.
(Re)veja os erros.
(Re)possibilite o amor.
Reinvente-se!
Permita-se!