Textos de Amor Próprio
Às vezes é possível desvendar, com muito esforço e lentidão, por meio do próprio pensamento, uma verdade, uma ideia que poderia ser encontrada confortavelmente já pronta num livro.
No entanto, ela é cem vezes mais valiosa quando obtida por meio do próprio pensamento. Pois só então ela é introduzida, como parte integrante, como membro vivo, em todo o sistema de nossos pensamentos, estabelecendo com eles uma conexão perfeita e firme, sendo entendida com todos os seus motivos e as suas consequências, adquirindo a cor, o tom e a marca de nosso modo de pensar.
Desejo Indomável
Como corre a gazela
pela sombra dos bosques,
enlouquecida pelo próprio perfume,
assim corro eu, enlouquecido,
nesta noite do coração de maio
aquecida pela brisa do Sul.
Perdi o caminho
e erro ao acaso.
Quero o que não tenho,
e tenho o que não quero.
A imagem do meu próprio desejo
sai do meu coração
e, dançando diante de mim,
cintila uma e outra vez,
subitamente.
Quero agarrá-la, mas escapa-se.
E, já longe, chama-me outra vez
do atalho ...
Quero o que não tenho
e tenho o que não quero.
"O “coitadismo” é uma doença grave que torna a pessoa seu próprio algoz e cria a ilusão de que enquanto sua dor transborda alguma boia de salvação virá. Cria a ilusão de que as pessoas ao redor se comoverão.
Mas isso não acontece! Ao gerarmos uma energia de vítima, atraímos mais vítimas. Só a alegria atrai pessoas alegres. Ação e reação. Gosto da frase de Goethe, que diz “A alegria não está nas coisas, está em nós”. Gosto dessa responsabilidade, porque ela me tira da zona do falso conforto e me coloca na dança da eterna mudança.
O que aprendi no decorrer de minhas experiências pessoais é que quanto mais busco, estudo, analiso e questiono em busca de novas respostas, mais vou me livrando dos antigos preconceitos, das antigas verdades – que por um tempo me ajudaram, mas agora me bloqueiam. E mais, com isso vou crescendo em conhecimento e sabedoria pois, em meu entendimento, sabedoria não é excesso de conhecimento, mas sim saber quando, como e onde aplicá-lo."
Aprenda
Uma coisa que é fundamental
Em tua vida.
Você tem valor próprio o que os outros pensam
Ao teu respeito não importa!
Pois Deus conhece-te a fundo e isso já é o bastante!
Valorize-se!
E perca essa inferioridade diante dos que te julgam
Pequeno quando eles por se só são.
”… Quando começo a confiar em mim eu paro de olhar para os outros para provar meu próprio mérito. Quando busco internamente por respostas eu começo a aumentar a confiança em mim. Essa confiança me liberta de perguntar aos outros o que fazer e de ser dependente de orientação externa.
Que hoje eu confie na voz quieta da minha intuição e considere as orientações sábias que ela me revela…”
Um samurai nunca tem um aliado além dele próprio. A morte era sua aliada constante. Não era fácil aprender a morrer: o preparo para ir-se do mundo a qualquer momento de um modo tranquilo, digno e viril, rápido como um breve suspiro, nunca era obtido por completo, por mais que se treinasse;...
(...)
Acreditava em um deus, mas no caminho de um samurai não havia deuses a quem recorrer. Achava que o caminho era absoluto, além do divino Um samurai não deve depender do poder divino, nem se orgulhar de ser humano. Não deve negar a existência da divindade, mas nela não deve se amparar; ao mesmo tempo, tem de ter a profunda compreensão de que ele próprio é um mísero ser, pequeno e frágil, apenas mais um fenômeno neste mundo efêmero."
A maturidade é uma coisa que o tempo nos traz.
Aprendemos a dar espaço e a buscar o próprio espaço sem ofender.
Aprendemos a ser passivos na medida certa, pra que não sejamos duros demais conosco ou alguém próximo; afinal, todos em algum momento irão falhar.
Aprendemos a não exigir demasiadamente aquilo que nem nós conseguimos fazer com perfeição.
Aprendemos a não limitar alguém ao nosso jeito de pensar só porque pensamos diferentes.
Aprendemos que rotina é ruim ou bom atrelada também a felicidade de alguém.
Aprendemos que existe pessoas muito especiais, ao ponto de se tornarem família sem sangue puro.
Aprendemos o valor do apoio, baseado em sinceridade e amor mútuo.
Aprendemos... Maturidade! #RosseliSilva
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” Eclesiastes 3:1
O ser humano só valoriza o amor quando há perda ou risco de perda... Quase nunca durante sua encantatória vigência. Descobrir que amar é também saber amar e transformar a vigência do amor em vivência de amor, em algo bom, pelo gosto de viver e não pelo medo de perder, é sabedoria para poucos [...]. Amar é fazer um pacto de felicidade e não de dor. Quem porém sabe disso?
Cães. Porque seres tão puros sofrem tanto? Falta de um lar, de comida, de uma família, de amor. Tanta gente que reclama da vida, mas tem uma cama pra dormir, alguma coisa pra comer. Cães. Seres que não olham para o que você tem, e sim para sua alma. Mendigo ou milionário, ele te tratará do mesmo jeito. E ainda são maltratados! Só me pergunto porque. Por estar latindo pedindo comida? Já pensou que esse latido pode ser um “eu te amo”? E você manda ele ficar quieto né? Reflita antes de levantar um dedo contra um ser tão bom e verdadeiro, um dos poucos que restam assim nesse mundo.
Amor, afeto e entusiasmo podem sempre ser oferecidos sem medida ou dosagem, quanto maior a oferta, mais positiva a atmosfera. Mas o elogio deve ter a medida do sucesso, seu sorriso é reforçador, é expressão máxima de satisfação, na educação, utilizá-lo é recurso que pode gerar segurança para a criança adquirir novas habilidades.
Claro que se o dinheiro falta, se a saúde vacila, se o amor arma alguma cilada, seu desejo de rir será pouco. Mas combata a depressão. Cultive o bom humor, como quem cultiva um bom hábito. Esforce-se para ser alegre. Afaste os sentimentos mesquinhos que provocam o despeito, a inveja, o sentimento de fracasso, que são origem de infelicidade. Adote uma filosofia otimista, eduque-se para ser feliz.(…) Seja feliz, se quer ser bonita!
Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando a pé pra casa, avariada. (…) Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada. Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor.
Nota: Trechos de crônica de Martha Medeiros.
Há sempre um perigo no amor que tem utilidade. Enquanto o outro exerce uma função na nossa vida, corremos o risco de não experimentar o amor gratuito(...) A utilidade pode parecer amor, mas não é. Amor que se fundamenta na utilidade que o outro tem corre o risco de se transformar em abandono num futuro próximo.
Amor é quando você sabe tintim por tintim as razões que impedem o seu relacionamento de dar certo, é quando você tem certeza de que seriam muito infelizes juntos, é quando você não tem a menor esperança de um milagre acontecer, e essa sensatez toda não impede de fazê-lo chorar escondido quando ouve uma música careta que lembra os seus 14 anos, quando você acreditava em milagres.
Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu – sem o menor pudor, invente um. Pode ser Natália Lage, Antonio Banderas, Sharon Stone, Robocop, o carteiro, a caixa do banco, o seu dentista. Remoto ou acessível, que você possa pensar nesse amor nas noites de agosto, viajar por ilhas do Pacífico Sul, Grécia, Cancún ou Miami, ao gosto do freguês. Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados.
Nota: Trecho da crônica Sugestões para atravessar agosto, publicada originalmente no jornal "O Estado de S. Paulo", em 6 de agosto de 1999.
...MaisPreciso que saiba: nunca deixarei de pensar em você, porque você foi o amor menos elaborado que tive, menos politicamente correto, menos “o cara certo na hora certa”, menos criado no cativeiro da idealização, e essa impossibilidade de intelectualizar o que senti me faz pensar que talvez eu não estivesse enganada sobre aquela ideia romântica de que só se ama assim uma vez.
“Sofrer por amor é um atraso de vida, e não há remédio que entorpeça a dor, que amenize, que anestesie, nada, nada, antidepressivo não funciona nessa hora, e cocaína não ouse. A indústria farmacêutica ainda está muito atrasada em relação a corações feridos, não acha? Psiquiatria que tal?
Não quero um amor de cinema. Quero um amor de arrepiar os dentes, de gelar a barriga, de perder o controle, de tremer as pernas. Quero alguém que me mande sms as 3 da madrugada dizendo que sentiu minha falta, quero um bilhete escrito meu nome achado por engano no meio do seu caderno. Quero amar sabe? Quero amar hoje e amanhã, quero fechar os olhos e entender que sou sua maior fã Não quero um amor de filme, quero um amor de verdade, mas além disso, quero que esse amor seja pra sempre você.
...não se interrogava em saber se o amava. O amor, no seu entender, devia surgir de repente, com ruídos e fulgurações, tempestade dos céus que cai sôbre a vida e a revolve, arranca as vontades como fôlhas e arrebata para o abismo o coração inteiro. Ela não sabia que nos terraços das casas a chuva forma poças quando as calhas estão entupidas, de maneira que se pôs de sobreaviso, até que subitamente descobriu uma fenda na parede.
Afastarei você com o gesto mais duro que conseguir, e direi duramente que seu amor não me toca nem me comove, e que sua precisão de mim não passa de fome. Acho que é isso que você não é capaz de compreender, que as pessoas, um dia, passam a não querer mais o que têm. E a gente esquece sabendo que está esquecendo.