Textos de Amor Passado

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Eu só queria que você me amasse de volta.
Eu só queria que você percebesse o quanto eu te quero.
Eu só queria que você me abraçasse e dissesse o quanto sente medo de me perder.
Eu só queria que você estivesse aqui para dizer que isso tudo não passa de loucura.
Mas, não. Você realmente não me ama.
Eu queria que a dor do amor não correspondido te invadisse e te devastasse.
Eu queria que você não conseguisse pensar em mais nada além de nós dois, igual a mim.
Eu queria que você me implorasse de joelhos para sair disso, e ao mesmo tempo não aguentasse ficar longe de mim por 2 minutos.
Eu queria te matar por não me amar.
Mas, não. Não adiantaria. Por quê?
Eu só queria que você me amasse de volta.

Na Dúvida

Hoje sei que te amo
amanhã pode ser um engano.
Mas pode ser também
que eu diga que te amo muito mais.
Mas vou tentar te querer, pode ser?

Mas pode ser que eu suma,
que eu me esconda,
que eu fuja ou
que eu nunca mais apareça.
Se for assim quero que me esqueça,
se cuide e que você cresça.
Olha na direção do seu nariz e seja feliz,
contente consigo mesma.
Porque o mundo não acaba hoje
e nem no dia em que dá tudo errado
ele acaba no dia que você acaba.
Por isso enquanto viver, viva!

Mas eu juro.
Eu queria dizer que te amo
mas não é isso que amo fazer,
sem ter a certeza de que quero te ter.
Juro que o meu sonho
é gritar para o mundo que encontrei meu amor.
Falar pra todos que hoje
eu sei quem sou.
Que eu tenho uma grande mulher do meu lado
e que vou ser seu eterno namorado.

Carta de despedida

Foi muito maravilhoso ter te conhecido, ter você ao meu lado. Fico pensando e lembrando de cada minuto que ficamos juntos, as coisas que compartilhamos, os lugares que fomos, tudo o que falamos um para o outro de amor, carinho e amizade.
Eu gostaria que nunca tivesse acabado. Achei até que era para sempre. Já planejava o nosso futuro, nossos filhos, nossa família, mas acho que não fomos maduros o suficiente para termos paciência um com o outro.
Peço perdão por eu não ter conseguido ser tão forte para ter paciência e compreensão, e acho que você também não foi tão forte assim para conversar, entender. Talvez nós dois fomos orgulhosos e deixamos acabar o que era para sempre.
Mas quero lembrar das coisas boas e esquecer as ruins, esquecer o nosso egoísmo. Quero continuar lembrando o quanto fui feliz com você. Quem sabe um dia, mais maduros, podemos reencontrar e ser tudo diferente nesta parte de falta de paciência.
Guardarei você em minhas lembranças, saiba que um pedaço de você está em mim para sempre, e este pedaço de você que está em mim continuarei amando, preservando na memória.

Se eu pudesse te amar

Te amaria agora,

Pois eu tenho medo de você ir embora

Não me diga que é cedo

Pois não dá pra controlar

Sentimento vem de dentro

E não se pode evitar

Coração difere de razão

Pois coração tem sua própria razão.

Coração tem sua razão e sua razão é a emoção

Que faz o desejo aflorar

Que faz o gostar virar paixão

Se não fosse o se da questão estaria com você agora

E mesmo existindo o SE você não fugirá de minha memória

Se eu pudesse te amar

Te amaria agora

Não porque tenho pressa

Mas porque o coração avisou,

Que tem medo de ver você indo embora.

te conheço há um tempo
mas você não sabe quem sou
observo você de longe,
sentado no meu banco, lendo
enquanto você ri, chora
vive e namora
eu te amo, será? às vezes me pergunto
talvez
mas como posso amar alguém que nem um
oi
troquei? desconheço esse carma
queria te dar o carinho
guardado
mas se eu chegar falando em amor
você vai acabar me chamando de maluco
meu amor, escute
a única louca aqui é você
que nunca me notou e perdeu
o cara fantástico que posso ser
não sou mais do que um jovem apaixonado
melhor que seus fúteis namorados
acorda garota, e começa a dar valor
ao verdadeiro amor

Choro!

Sem ninguém perceber
Pois é choro da alma
Que ninguém pode ver

Choro!

Por não estar com você
Por sofro por ti
Sem ninguém perceber

Choro!

Não por você
Mas por aquilo que sinto
Sem você perceber

Choro!

Não por causa de dor
Mas choro por algo
Que alguns chamam de amor...

Eis que lhe vejo,
E secretamente a desejo,
Quão difícil é lhe ter
E lhe viver
Me aproximar e ser
Muito mais do que um alguém distante.
Mas se n'alma a razão diz pra desistir,
Penso que talvez tudo mude num instante
E eu deixe de ser alguém de que ouviste dizer
E me torne seu confidente e amante.
Não sei se a vida um dia há de me permitir,
Mas nasce e renasce a convicção em mim
De que é impossível arrancar-lhe do peito e seguir
Sem mais um dia, mesmo em sigilo,
Lhe desejar, amar e, ainda assim,
Enfim, persistir.

E na esperança de te amar eu vou vivendo
a cada dia que renasce
nasce comigo o mesmo sentimento
seu sorriso me guia em sentido à luz
em um caminho escuro o brilho do seu olhar que me seduz
e me reencontrei em você
suas mãos me trouxeram de volta para mim mesmo
quando eu já não sabia mais quem eu era
seu abraço me esquentou
quando meu coração já não tinha mais calor
e assim eu renasço a cada dia
e assim eu vivo
de quase tudo já desisti
de coisas que eu podia ter
que eu podia ser
mas, mesmo que o mundo caia sobre nós,
que as estrelas se apaguem,
eu desistiria de mim de novo,
mas não desistiria de você.

Quem ama, algumas vezes precisa ter a sabedoria de um agricultor, que sabe que nenhuma planta cresce e dá frutos da noite para o dia. É preciso muitos cuidados, dedicação e a crença de que após determinado período, caso pragas e intempéries não assolem a plantação, será feita uma boa colheita.

Sabe, tá difícil amar, tá difícil esquecer, tá difícil achar alguém pra amar, mas que não seja você. Tá difícil chorar, tá difícil escrever, porque as lágrimas correm, na carta que escrevo pra você. Lagrimas malditas, que escorrem sem querem, chamam por teu nome, porque o que queria era te ver. Queria esquecer, e nunca mais lembrar, lembrar do teu sorriso, que ainda me faz viajar. Esquecer o teu olhar, queria esquecer você, mas é impossível esquecer, alguém que sempre vou amar, esse alguém sempre será você...

(...) Deitada na cama, vendo a vida passar, lembrando do passado, do amor acabado. Aquilo me matava por dentro. Como uma mentira pode acabar com um amor de infância? Meu coração ainda bate por você. Quando te vejo perco o rumo, as pernas tremem. Eu até poderia dizer que não consigo viver sem você, mas seria inútil. Você não vai voltar, mesmo querendo. Apesar dos apesares. Você ainda me ama. Eu sei, seus olhos não conseguem negar.
Alguns dias se passaram e vem a surpresa. Uma surpresa que estava dentro de mim, que se mexia, chutava. Era um amor tão grande, que eu nem sabia explicar. Eu renasci quando ela nasceu. Quero que saiba que o nosso amor ainda está vivo e se chama Valentina. E é a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Eu escrevo essa carta só para te lembrar que nosso amor jamais morrerá. Pois nela, está cada momento bom que vivemos. Juntos. Eu ainda te amo e estou te esperando.

Inserida por LuanaFernandes

Glória

Vive dentro de mim um mundo raro
Tão vário, tão vibrante, tão profundo
Que o meu amor indómito e avaro
O oculto raivoso ao outro mundo

E nele vivo audaz, ardentemente,
Sentindo consumir-se a sua chama
Que oscila e desce e sobe inquietamente;
Ouvindo a minha voz que por mim chama

Em situações grotescas que me ferem,
Ou conquistando o que meus olhos querem:
Príncipe ou Rei sonhando com domínios.

Sinto bem que são vãs pra me prenderem
As mãos da Vida, muito embora imperem
Sobre a noção real dos meus declínios.

(in "Dispersos e Inéditos")

O Medo do Amor

Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.

E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.

Martha Medeiros
Crônica "O Medo do Amor", 2003.

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas Gêmeas, a 24 de novembro de 2003.

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Amor Epidérmico

Seus pais foram jantar fora e deixaram o apartamento só para você, seu namorado e a tevê a cabo. Que inconseqüentes! Em menos de um minuto vocês deixam a televisão falando sozinha e vão ensaiar umas cenas de amor no quartinho dos fundos. De repente, escutam o barulho da fechadura. Seu pai esqueceu o talão de cheques. Passos no corredor. Antes que você localize sua camiseta, sua mãe se materializa na porta. Parece que ela está brincando de estátua, mas não resta dúvida que entrou em estado de choque. Você diz o quê? Mãe, a carne é fraca.

A desculpa é esfarrapada mas é legítima. Nada é mais vulnerável que nosso desejo. Na luta entre o cérebro e a pele, nunca dá empate. A pele sempre ganha de W.O.

Você planeja terminar um relacionamento. Chegou à conclusão que não quer mais ter a seu lado uma pessoa distante, que não leva nada à sério, que vive contando piadinhas preconceituosas e que não parece estar muito apaixonado. Por que levar a história adiante? Melhor terminar tudo hoje mesmo. Marca um encontro. Ele chega no horário, você também. Começam a conversar. Você engata o assunto. Para sua surpresa, ele ficou triste. Não quer se separar de você. E para provar, segura seu rosto com as duas mãos e tasca-lhe um beijo. Danou-se.

Onde foram parar as teorias, os diálogos que você planejou, a decisão que parecia irrevogável? Tomaram Doril. Você agora está sob os efeitos do cheiro dele, está rendida ao gosto dele, está ligada a ele pela derme e epiderme. A gravação do seu celular informa: seus neurônios estão fora da área de cobertura ou desligados.

Isso nunca aconteceu com você? Reluto entre dar-lhe os parabéns ou os pêsames. Por um lado, é ótimo ter controle absoluto de todas as suas ações e reações, ter força suficiente para resistir ao próprio desejo. Por outro lado, como é bom dar folga ao nosso raciocínio e deixar-se seduzir, sem ficar calculando perdas e danos, apenas dando-se ao luxo de viver o seu dia de Pigmaleão.

A carne é fraca, mas você tem que ser forte, é o que recomendam todos. Tente, ao menos de vez em quando, ser sexualmente vegetariano e não ceder às tentações. Se conseguir, bravo: terá as rédeas de seu destino na mão. Mas se não der certo, console-se. Criaturas que derretem-se, entregam-se, consomem-se e não sabem negar-se costumam trazer um sorriso enigmático nos lábios. Alguma recompensa há de ter.

Martha Medeiros
Crônica "Amor Epidérmico", 1999.

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas Gêmeas, a 30 de novembro de 1998.

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PARA VIVER UM GRANDE AMOR

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva escura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.

Vinicius de Moraes
Livro de Letras

AMOR FEINHO
Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado, é igual fé,
não teologa mais.
Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho.

Adélia Prado
PRADO, A. Bagagem. Rio de Janeiro: Record. 2011. p. 97

Palavras ao vento

A primeira letra do alfabeto é também a primeira letra da palavra amor e se acha importantíssima por isso! Com A se escreve "arrependimento" que é uma inútil vontade de pedir ao tempo para voltar atrás e com A se dá o tipo de tchau mais triste que existe: "adeus"... Ah, é com A que se faz "abracadabra", palavra que se diz capaz de transformar sapo em príncipe e vice-versa...
Com B se diz "belo" - que é tudo que faz os olhos pensarem ser coração; e se dá a "bênção", um sim que pretende dar sorte.
Com C, "calendário", que é onde moram os dias e o "carnaval", esta oportunidade praticamente obrigatória de ser feliz com data marcada. "Civilizado" é quem já aprendeu a cantar ´parabéns pra você` e sabe o que é "contrato": "você isso, eu aquilo, com assinatura embaixo".
Com D , se chega à "dedução", o caminho entre o "se" e o "então"... Com D começa "defeito", que é cada pedacinho que falta para se chegar à perfeição e se pede "desculpa", uma palavra que pretende ser beijo.
E tem o E de "efêmero", quando o eterno passa logo; de "escuridão", que é o resto da noite, se alguém recortar as estrelas; e "emoção", um tango que ainda não foi feito. E tem também "eba!", uma forma de agradecimento muito utilizada por quem ganhou um pirulito, por exemplo...
F é para "fantasia", qualquer tipo de "já pensou se fosse assim?"; "fábula", uma história que poderia ter acontecido de verdade, se a verdade fosse um pouco mais maluca; e "fé", que é toda certeza que dispensa provas.
A sétima letra do alfabeto é G, que fica irritadíssima quando a confundem com o J. G, de "grade", que serve para prender todo mundo - uns dentro, outros fora; G de "goleiro", alguém em quem se pode botar a culpa do gol; G de "gente": carne, osso, alma e sentimento, tudo isso ao mesmo tempo.
Depois vem o H de "história": quando todas as palavras do dicionário ficam à disposição de quem quiser contar qualquer coisa que tenha acontecido ou sido inventada.
O I de "idade", aquilo que você tem certeza que vai ganhar de aniversário, queira ou não queira.
J de "janela!, por onde entra tudo que é lá fora e de "jasmim", que tem a sorte de ser flor e ainda tem a graça de se chamar assim.
L de "lá", onde a gente fica pensando se está melhor ou pior do que aqui; de "lágrima", sumo que sai pelos olhos quando se espreme o coração, e de "loucura", coisa que quem não tem só pode ser completamente louco.
M de "madrugada", quando vivem os sonhos...
N de "noiva", moça que geralmente usa branco por fora e vermelho por dentro.
O de "óbvio", não precisa explicar...
P de "pecado", algo que os homens inventaram e então inventaram que foi Deus que inventou.
Q, tudo que tem um não sei quê de não sei quê.
E R, de "rebolar", o que se tem que fazer pra chegar lá.
S é de "sagrado", tudo o que combina com uma cantata de Bach; de "segredo", aquilo que você está louco pra contar; de "sexo": quando o beijo é maior que a boca.
T é de "talvez", resposta pior que ´não`, uma vez que ainda deixa, meio bamba, uma esperança... De "tanto", um muito que até ficou tonto... De "testemunha": quem por sorte ou por azar, não estava em outro lugar.
U de "ui", um ài" que ainda é arrepio; de "último", que anuncia o começo de outra coisa; e de "único": tudo que, pela facilidade de virar nenhum, pede cuidado.
Vem o V, de "vazio", um termo injusto com a palavra nada; de "volúvel", uma pessoa que ora quer o que quer, ora quer o que querem que ela queira.
E chegamos ao X, uma incógnita... X de "xingamento", que é uma palavra ou frase destinada a acabar com a alegria de alguém; e de "xô", única palavra do dicionário das aves traduzida para o português.
Z é a última letra do alfabeto, que alcançou a glória quando foi usada pelo Zorro... Z de "zaga", algo que serve para o goleiro não se sentir o único culpado; de "zebra", quando você esperava liso e veio listrado; e de "zíper", fecho que precisa de um bom motivo pra ser aberto; e de "zureta", que é como fica a cabeça da gente ao final de um dicionário inteiro.

Le pregunté a un sabio
la diferencia fue
entre el amor y la amistad, el
me dijo esta verdad ...
El amor es más sensible,
Más seguro de la Amistad.
El amor nos da alas,
La amistad de la tierra.
En el amor es más cuidado,
La amistad en la comprensión.
El amor es plantado
y amorosamente cultivadas
Amistad viene mejilla,
y el intercambio de alegría y tristeza,
se convierte en un gran y querido
compañero.
Pero cuando el amor es sincero
viene con un gran amigo,
y cuando la amistad es real,
Está lleno de amor y afecto.
Cuando usted tiene un amigo
, o una gran pasión,
ambos coexisten sentimientos
dentro de su corazón.

Desconhecido

Nota: Muitas vezes atribuído a William Shakespeare, Mário Quintana e Veronica Shoffstall, sem que se confirme nenhuma dessas autorias.

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O que é mais importante: Perdoar ou pedir perdão?
Quem pede perdão mostra que ainda crê no amor...
Quem perdoa mostra que ainda existe amor para quem crê...
Mas não importa saber qual das duas coisas é mais importante...
É sempre importante saber que: Perdoar é o modo mais sublime de crescer,
e pedir perdão é o modo mais sublime de se levantar ...

Amor não se pede

Uma declaração de amor revoltado.

Se implorar resolvesse, não me importaria. De joelhos, no milho, em espinhos, agachada, com o cofrinho aparecendo. Uma loucura qualquer, se ajudasse, eu faria com o maior prazer. Do ridículo ao medo: pularia pelada de bungee jump. Chorar, se desse resultado, eu acabaria com a seca de qualquer Estado, de qualquer espírito.
Mas amor não se pede, imagine só. Ei, seu tonto, será que você não pode me olhar com olhos de devoção porque eu estou aqui quase esmagada com sua presença? Não, não dá pra dizer isso. Ei, seu velho, será que você pode me abraçar como se estivéssemos caindo de uma ponte porque eu estou aqui sem chão com sua presença? Não, você não pode dizer isso. Ei, monstro do lixo, será que você pode me beijar como um beijo de final de filme porque eu estou aqui sem saliva, sem ar, sem vida com a sua presença? Definitivamente, não, melhor não.
Amor não se pede, é uma pena. É uma pena correr com pulinhos enganados de felicidade e levar uma rasteira. É uma pena ter o coração inchado de amar sozinha, olhos inchados de amar sozinha. Um semblante altista de quem constrói sozinho sonhos. Mas você não pode, não, eu sei que dá vontade, mas não dá pra ligar pro desgraçado e dizer: ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez de não me amar e vir logo resolver meu problema?
Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei. Raiva dele ter tirado o gosto do mousse de chocolate que você amava tanto. Raiva dele fazer você comer cinco mousses de chocolate seguidos pra ver se, em algum momento, o gosto volta. Raiva dele ter tirado as cores bonitas do mundo, a felicidade imensa em ver crianças sorrindo, a graça na bobeira de um cachorro querendo brincar.
Ele roubou sua leveza mas, por alguma razão, você está vazia. Mas não dá, nem de brincadeira, pra você ligar pro cara e dizer: ei, a vida é curta pra sofrer, volta, volta, volta. Porque amor, meu amor, não se pede, é triste, eu sei bem.
É triste ver o Sol e não vê-lo se irritar porque seus olhos são claros demais, são tristes as manhãs que prometem mais um dia sem ele, são tristes as noites que cumprem a promessa. É triste respirar sem sentir aquele cheiro que invade e você não olha de lado, aquele cheiro que acalma a busca. Aquele cheiro que dá vontade de transar pro resto da vida. É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz. Tanto amor querendo escrever uma história, mas só escrevendo este texto amargurado. É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar. É triste lembrar como eu ria com ele.
Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa? Ele sabe, ele sabe.