Textos de Amor Passado
Uma lição de vida seria: viva e esqueça o que aconteceu no passado e preste atenção no agora.
Seria muito fácil esquecer o passado, não vendo as situações que estavam erradas. Seria mais fácil ainda se jogassem uma água nos seus erros, e você não fosse se redimir deles. Só quando as coisas ficam ruins nós nos lembramos das coisas que cometemos, das coisas que brigamos por bobeiras, das coisas que nos fizeram mal, das coisas que nos machucaram, das coisas que fizeram lágrimas escorrer pelo rosto, e tudo foi em vão? Não, pois a cada vez que você errou, um ensino acabava de ter, nada na vida é por acaso, afinal ela é feita de escolhas, as pessoas recolhem o que semeiam. A felicidade, como é difícil de achar, só que, na verdade, ela sempre esteve ali ao nosso lado, nunca nos abandonou. Só que ficamos tão presos aos valores materiais, a dinheiro, a problemas em geral, a mortes, a desilusões amorosas, a amizades pedidas, que não demos valor, e olhamos para o passado, ele não tem como voltar. Muitas vezes dá vontade de pegar uma mochila e sair pelo mundo, e apenas levar a sua liberdade, se desprender do passado, dos erros cometidos. E buscar a felicidade, e não importa quão distante ela esteja, apenas pensar naquilo que está presente ali. Conhecer pessoas novas, que não se aproximem de você pelo que tem, e sim pelo que é. Às vezes achamos que tudo está perdido, mas, na verdade, nem começamos a viver ainda. Por que é tão difícil uma pessoa dizer "Eu sou feliz assim"? Uma frase que deixa qualquer um feliz, apenas ao ouvi-la. Por que é tão difícil uma pessoa dizer "Eu amo a minha vida, do jeito que ela é, com altos e baixos, sendo que ela é tão perfeita, em comparações as outras". Afinal você é o professor da sua própria vida, e cabe a você ensiná-la o que é correto, sem perguntar o porquê disso e daquilo, viver com as coisas que lhe aparecem, e ser feliz, por mais que seja difícil. Você só tem uma vida nesse corpo em que habita, e basta você dizer no fim da sua história "Eu amei viver, por mais que coisas difíceis tenham acontecido, que lágrimas escorreram, mas eu fui feliz em alguns momentos". Não importa em qual idade, você riu, amou, chorou, sonhou, caiu, levantou, brincou, odiou, pecou, invejou, cobiçou, o que importa é que no fim você fez o mais importante, VIVEU, e isso foi maior que qualquer uma dessas coisas, e você vai dizer no fim dessa vida, dessa história, dessa alma: "EU VIVI".
— Você vai procurar por ela?
— Ela está no passado. Eu não me importo com o que está no passado. E o que está no futuro também não me importa mais.
— Então com o que você se importa?
— Um minuto. Um minuto do soldado, na batalha, é tudo o que você tem. Tudo o que veio antes, não é nada. Tudo o que vem depois, não é nada. Nada se compara com aquele minuto.
A indecisão machuca.
É titubear entre sofrer e sorrir
É se equilibrar entre passado e superação
É ter vontade e medo
Ter coragem e incerteza
Achar o feio, uma beleza
E fazer do exato, contradição.
É ser sonho e desilusão
Ser amor e indiferença
Fazer sentir sua presença
sem ferir o coração.
Noite de um inverno
De repente, sinto que estou triste.
Triste pelo que sou,
Triste por tudo que não fui.
Mas, não me aborrece
Essa tristeza ,que vem
E que flui através
Do cinza-azulado da fumaça
Do cigarro, projetada no teto
Mal pintado de meu quarto.
O silêncio amigo que habita
Meu apartamento
Divide comigo o frio da noite,
Que também se vai.
Penso em voltar, penso em partir,
Em estar contigo,
Em dividir essa tristeza
A dois…
Que grita dentro de mim,
Dentro do quarto quieto,
Frio, de ar viciado
De teto mal pintado.
Vejo as marcas incertas
Do pincel,
Como a arranharem
Também dentro de mim
A saudade do que era
E a ansiedade do que será.
Fecho os olhos,
Molhados
E penso num poema que faria,
Se meus olhos molhados
Não estivessem cansados,
Fechados,
Tentando esquecer
Essa tristeza….
O giro do tempo
Pedaços de mim que flutuam no tempo
são pássaros sem rumo e sem pouso
a buscar seus ninhos no céu da memória.
Nas voltas que esse tempo dá, buscam
encontrar aquilo que foi e já não é,
mesmo sabendo que nada mais será
igual ao que era e nunca voltará
a ser o que passou por nossas vidas,
pois não é o tempo que nos para,
somos nós que paramos no tempo.
Desse giro implacável e sem volta
brota a angústia do tempo perdido
em vãs tentativas de reencontros.
São histórias passadas de risos e vozes
que marcaram íntimas relações
que trazem ao presente o ontem,
amado ou sofrido, de toda uma vida.
Persegue-se então, o sonho impossível
que termina no mesmo instante
que percebemos o vazio do tempo.
Cicatrizes
Lembranças, lugares, saudades,
Ausências, pensamentos.
São rostos, são nomes,
Chegadas, são partidas.
São tudo, são o nada…
Momentos.
Nos caminhos da mente,
São voltas,
Alegrias,
Tristezas.
Frases perdidas,
Sem respostas, exauridas.
São passados,
Em páginas amareladas.
Gastas no tempo vivido,
Que voltam e gritam.
Presentes.
Amargas, feridas.
Guardadas, esquecidas.
Memórias de outras vidas,
Esmaecidas, recortadas,
Enfraquecidas.
Tempo perdido
Nas marcas que ficam
Das cicatrizes.
Feridas abertas
Na mente e no corpo.
Sentidas.
Fim de festa
Louca confusão!
É o final da festa.
Pontas de cigarro
pelo chão,
marcam a realidade
do gosto amargo
pelo sarro,
que ficou na boca,
do cigarro.
Um vazio imenso
ao ambiente empresta,
a presença do arrependimento.
Foram risos,
foi música,
foi farsa.
Busca infeliz de um nada,
estampada, agora,
nos olhos cansados,
descrentes e perdidos.
Copos derramados,
paredes marcadas,
por mãos suadas.
Tudo já é passado.
Alegria-mulher que invadiu,
motivadora, minha solidão.
E nada ficou,
nada de profundo,
de definitivo.
Nada que valesse a pena,
apenas um passo
a mais,
na busca do ego
do eu interior,
que não conhecemos.
Século da cibernética,
das máquinas infernais,
computadores,
robôs,
órgãos artificiais.
Homem-mecânico
do século vinte.
Tudo foi pesado,
balanceado,
meticulosamente dosado!
Para que?
Para nada!
Se teu coração vai mal,
nada de anormal,
terás um novo,
a pulsar vigoroso,
injetando sangue
em teus tecidos.
Genial!
E teu sistema nervoso,
teu cérebro,
tua consciência,
tua vivência
anterior?
Século da genética,
da potência energética.
Situação patética,
o vazio da alma,
no vazio da sala,
que me embala
em mil pensamentos,
em arrependimentos,
que são angustias.
Espirais do tempo
Em grandes vôos espirais
procurei nos espaços
descobrir meu futuro,
mas os pontos cardiais
me conduziam, aos pedaços,
a lugares sem nada, obscuros.
Desiludido, cortei as asas
e afundei no mar opaco
que escondia o passado.
Para compreendê-lo, fui fundo,
pouco a pouco, em regressão.
Havia uma criança que não podia
entender, nem aceitar a morte.
Sufocado, busquei a tona
nadando através do tempo
que esse mar revolto escondia.
Vi um jovem atormentado
que desenhava e escrevia.
Sorri e acenei, mas não sorria
e sem me dirigir um olhar
desapareceu na densa bruma.
Continuei subindo e vi o homem
que amava, mas não compreendia
o amor e. por isso, sofria.
Deixei-me então ficar submerso
sem mais coragem de olhar
e,uma vez mais fugi, sem respostas.
Descaminhos
Sem pedir licença
uma onda triste
invadiu minha vida
e construiu barreiras
que bloquearam risos
e trouxeram lágrimas.
Sem perguntar, ainda,
não permitiu espaços
do porque e do querer,
enfraquecendo o corpo,
deixando as mágoas
de momentos não resolvidos.
No passado, busquei saber,
mas nas sombras do presente
pude apenas lembrar
o tempo que fluiu
pelos caminhos sem rumo
e tortuosos da mente.
Sombras, 2010
Um peso, uma tristeza,
Frustações, cansaços.
Sensação do nada,
Desilusões.
Vazios, sombras,
Passadas.
Não mais reconheço
Minha natureza
De outrora.
Fim de jornadas,
Ciclo de vidas,
Vividas,
Em mil lugares;
Perdidas,
Em mil pedaços.
Dores, alegrias,
Sofrimentos.
Vitórias, conquistas,
Derrotas, arrependimentos.
Encruzilhada do ser
E do não-ser.
Túnel do tempo
Apenas uma folha ao vento,
no túnel do tempo, solta,
a vida é apenas um momento
entre alegrias e tristezas
de quem nas vitórias perdeu
o sentido maior de crescer.
Passageiro de seu destino,
segue só, ao sabor de viver
sem um rumo seu e verdadeiro,
escravo de um futuro incerto,
vivendo a vida no presente
e olhando o tempo que passou.
Caminha para o nada e o escuro,
mas quem sabe sejam as trevas
a luz dessa vida que nos leva
desse mundo tão cheio de misérias.
Círculos viciosos
Eu lia, mas não sabia ler,
e tudo que eu lia,
porque não sabia,
não fazia sentido
dentro de mim.
Procurei a ponta condutora,
qual um filão
do entendimento.
Nada!
Busquei fantasmas
em cada negativa.
Vi mortos-vivos,
de passados tão presentes
e mergulhei no fundo,
mais íntimo,
em um reflexo de ternura.
Vi, na minha imagem
um enorme vazio
que transformou meu sonho
na dureza fria
da realidade.
Seria maldade,
ou o desejo de um fortalecimento?
E, afinal, eu vi,
mas não sabia ver.
E tudo que eu via,
porque não sabia
não impressionava
o negativo de minha alma.
E, assim, caminhei passos
sem saber,
e, porque não sabia caminhar
meus passos a nada me conduziam.
E, ainda sem saber,
retornei ao ponto de partida,
sem mais esperanças.
O vento do tempo
No delírio da irrealidade,
acordei consciente
que o tempo correu,
mas ficou no passado,
que hoje é presente.
Sem qualquer maldade,
mostrou o que fui
e já não sou.
Passou apressado
com o vento dos anos
e com ele carregou
os sonhos de antigamente.
No sopro do agora
deixou o medo de viver
nesse passado que ficou,
perdido em muitos lugares,
com diferentes nomes,
em rostos invulgares.
Deixou mágoas, esperanças,
sombras, risos e choros.
Soprou nas praias e campinas,
passou montanhas e mares
com derrotas e vitórias.
Percorreu todos os caminhos
do tempo das crianças.
dos homens e mulheres
que se encontraram
e se perderam
nesse mesmo vento
que carregou o tempo
dos momentos vividos
e não realizados.
Longa Noite
No espelho da vida
revi mil rostos,
velhos, cansados, perdidos
em passados distantes.
Em meu espanto,
percebi também
quem fui,
pois na luz
que refletia
finalmente eu vi
o tempo que passara.
rápido, implacável, irônico.
pedaços de mim
formavam outras fisionomias
que não eram mais
como um dia foram.
E, em minha mente
lutei por descobrir
vestígios de outrora.
em vão!
Lembranças Campeiras
No final da noite
fria,
o vento corta,
cortando a pele
queimada,
com cheiro de suor
e terra.
O sol espia
no horizonte
e clareia o dia.
No chão,
o fogo dança
e espreita
por entre toras.
Na trempe,
a água esquenta
pra fazer o mate
dessas horas.
No espeto,
a carne cheira
enchendo o ar
das narinas
rudes e geladas.
A mão que sova a erva
aguarda
a água quente
pra servir à roda,
com rostos marcados,
de boca em boca,
sorrindo ao dia
que nasce nas coxilhas.
No pampa guasca
é mais um dia
de um conto
gaúcho.
No meio da estrada
No meio da estrada,
parado,
olho à frente;
o desconhecido,
olho atrás;
o nada.
Tudo é nebuloso
em figuras dispersas.
A década perfeita
dos anos dourados,
perdida.
Procurei nos teus olhos
minha própria certeza
esquecida
em alguma esquina de nós.
E, no passar do tempo
ao nos vermos
já não seremos os mesmos
amantes de outrora,
encantados,
encantadores,
mas sombras de um passado
varrido da memória,
mas presente nos corpos.
É este o grande drama do prazer; todas as coisas agradáveis acabam por amargar; todas as flores murcham quando as colhemos, e o amor morre tanto mais depressa quanto é mais retribuído. Por isso o passado parece-nos sempre melhor que o presente; esquecemos os espinhos das rosas colhidas; saltamos por cima dos insultos e injúrias e demoramo-nos sobre as vitórias. O presente parece muito mesquinho diante de um passado do qual só retemos na memória o bom, e diante de um futuro que ainda é sonho. O que alcançamos nunca nos contenta; ‘olhamos para diante e para trás em procura do que não está ali’; não somos bastante sábios para amar o presente do mesmo modo que o amaremos quando se tornar passado. Quando mergulhamos num prazer, o nosso olhar vai para longe - a felicidade ainda não está alcançada apesar de termos o deleite nos nossos braços. Que mau demônio nos afeiçoou assim?”
Will Durant, in Filosofia da Vida
TEMPO
O banco da vida; Imagine se você tivesse depositado na sua conta bancária todo dia R$ 86.400,000... Que você deveria gastar ao longo do dia, porque no final do dia esta conta estaria zerada e no dia seguinte mais R$ 86.400,000 seriam depositados... Todos nos somos clientes desse banco. Deus nos dá 86 mil e quatrocentos segundos para serem vividos da melhor maneira possível, amando, sendo amigo, sendo irmão, sendo gentil, sendo anjo e sendo família, sendo generoso, fazendo amizades, apaixonando, aprendendo, ensinando, caindo, levantando, vivendo...
Quer saber o valor de um ano? Pergunte há um garoto que repetiu de ano. Para saber o valor de um mês, pergunte há uma mulher que teve um filho prematuro. Para saber o de uma semana, pergunte á um editor de jornal semanal. Quer saber o valor de um dia, pergunte para uma pessoa que tem tarefas árduas para serem feitas nesse dia. Para saber o valor de uma hora, pergunte aos amantes que não vêem à hora de se encontrar. Para saber o valor de um minuto, pergunte á quem perdeu um avião. Para saber o de um segundo, pergunte á quem conseguiu evitar um acidente de transito e para saber o valor de um milésimo de segundos, pergunte a um atleta que ganhou medalhas de prata nas olimpíadas...
Por isso não desperdice o seu tempo, ele é seu bem mais precioso... Que é ele que você vai compartir com as pessoas que você mais ama; seus pais, seus irmãos, seus avós, com seus(suas) amigos(as) verdadeiros (a), seus amores... Que agente só se da conta quando perde. Eu tinha tanto beijo pra dar, tanto abraço; Agente tem que viver o agora, não adianta agente pensar que lá no futuro (lá no futuro e se não tiver futuro?). Futuro é o AGORA!!! O ontem é história, o amanhã um mistério, e o hoje é uma dádiva. Por isso que se chama presente: “PRESENTE DE DEUS”.
#JhonAlexModesto
Ela é feita como eu, pedaço de passado mal vivido, ou acontecimentos inesperados que causam grande estrago dentro do coração. Entretanto, ainda chegando de mansinho pude encontrar nela uma parte de alguém que tem um coração tão cheio de amor, e tão meiga. Ainda pequena por fora, mas tão grande por dentro, podendo encantar apenas com o sorriso, parar seu respirar somente com o olhar. Ela é o reverso daquilo que se encontra em qualquer lugar. O oposto de comum, ela é rara de se encontrar. Mas eu encontrei.
- Uma definição
amor é uma luz à
noite atravessando o nevoeiro
amor é uma tampinha de cerveja
pisada no caminho
do banheiro
amor é a chave perdida da sua porta
quando você está bêbado
amor é o que acontece
uma vez a cada dez anos
amor é um gato esmagado
amor é o velho jornaleiro na
esquina que
desistiu
amor é o que você acha que a outra
pessoa destruiu
amor é o que desapareceu junto
com a era dos navios encouraçados
amor é o telefone tocando,
a mesma voz ou uma outra
voz mas nunca a voz
correta
amor é traição
amor é o incêndio dos
sem-teto num beco
amor é aço
amor é a barata
amor é uma caixa de correio
amor é a chuva sobre o telhado
de um velho hotel
em Los Angeles
amor é o seu pai num caixão
(aquele que te odiava)
amor é um cavalo com a perna
quebrada
tentando se levantar
enquanto 45.000 pessoas
observam
amor é o jeito que nós fervemos
como a lagosta
amor é tudo que nós dissemos
que não era
amor é a pulga que você não consegue
encontrar
e o amor é um mosquito
amor são 50 lançadores de granada
amor é um pinico
vazio
amor é uma rebelião em San Quentin
amor é um hospício
amor é um burro parado numa
rua de moscas
amor é um banco de bar vazio
amor é um filme do Hindenburg
se retorcendo
um momento que ainda grita
amor é Dostoiévski na
roleta
amor é o que se arrasta pelo
chão
amor é a sua mulher dançando
colada com um estranho
amor é uma senhora
roubando um pedaço de
pão
e o amor é uma palavra usada
muitas vezes e
muitas vezes
cedo demais.