Textos de Amor e Saudade
Quando a noite se despede da luz e as estrelas bordam o céu com sua tímida claridade, a saudade emerge como uma brisa suave, sussurrando o seu nome ao vento. É nesse silêncio profundo que o seu rosto se desenha na minha memória, cada traço tão vivo, cada detalhe tão nítido, que quase posso sentir o calor do seu olhar e o toque delicado da sua presença. A lembrança se torna meu refúgio, um lugar onde o tempo se curva e a distância se dissolve, trazendo você para perto de mim.
Na solidão desse instante, uma lágrima tímida escapa, carregando consigo o peso de um amor que as palavras jamais poderão conter. Ela desliza lentamente, traçando caminhos invisíveis em minha pele, como se fosse uma prece silenciosa, uma oferenda à mulher que domina meus pensamentos e faz o meu coração pulsar com intensidade.
E assim, no santuário erguido por essa lágrima, encontro um abrigo onde você reina absoluta. Ali, entre as sombras da noite e a luz da lembrança, você permanece viva, imortalizada no espaço sagrado que o amor construiu em mim. Cada batida do meu coração é sua, e cada pensamento meu é guiado pela sua doce existência.
Matando a saudade
Eu já matei a saudade
Milhares de vezes
Tantas foram às vezes
Que já me sinto um assassino
Mais ela sempre teima em volta
Sempre se aproveitando da sua ausência
Basta um breve momento
E já esta ela a me rodear
Como um predador
Em busca de sua presa
Por isso me desculpe
Pelas vezes que te ligue
Sem quase nada a falar
Era a saudade que eu estava a matar.
Dia 9
Esse silêncio ensurdecedor que cega minha alma,
O gosto que desce da saudade que nunca se acalma,
Um suspiro e ao mesmo tempo um deleite,
De saber que é passageiro, para que meu corpo aceite,
Te espero com fogos de intensidade,
Também estarei melhor em toda bondade,
Nesse momento um olhar intrínseco me invade,
Buscando ser melhor,
Para que tenhas um porto seguro ao redor,
Não só por isso,
Entendo e sei que também entendes,
Amar puramente,
Sem antecedentes,
Temos que ter um olhar para a frente,
Como diria Vinícius, “A vida é a arte do encontro, embora, hajam, tantos desencontros pela vida”.
Esse não é um desencontro,
É o conhecimento do próprio encontro,
Para que assim possamos juntas,
De mãos dadas,
Ainda dar muitas risadas,
Contar histórias, escrever e reescrever memórias.
Hoje ao acordar me deu uma carência, uma saudade imensa de pequenas coisas, simples, que com a correria e a rotina do dia a dia, sem nos dar-nos conta deixamos passar, e não percebemos o tão quão são importantes pra nós.
Carente de um sorriso sincero daqueles espontâneos que você recebe simplesmente por olhar, daquele sorrisão aberto de felicidade após uma boa conversa... E até daqueles com segundas intenções...
Carente de abraços, de amigos, de irmão, de consolo e de gratidão, abraço apertado que lhe consola a alma e de abraços longos que lhe aquece o coração...
Carente do olhar sincero, do olhar sério e daquele olhar firme que lhe intimida, daquele que fala e lhe mostra tudo o que você está pensando e um pouco mais...
Saudade do beijo no rosto, daquele selinho doce e daquele beijo que lhe tira o fôlego, que lhe tira o chão e que lhe leva a uma outra dimensão fora da realidade...
Somos tão presos a monotonia do mundo, tão adeptos de um rotina infundada, que automaticamente somos pautados a viver em uma melancolia que pouco a pouco toma conta de nossas vidas.
Nos preocupamos mais com os problemas, com os achismos, com os rótulos e com os nossos desejos, que esquecemos das pessoas e dos nossos sentimentos.
Espere menos dos outros, cobre menos e faça mais, faça sua parte, distribua sorrisos, olhares, abraços e beijos, tire a capa do mundo e vista a capa do amor...
Pense nisso!
Pupila, do verbo dilatou quando te viu,
Inundou de saudade quando partiu.
Pupila, do intransitivo, floriu,
Do inevitável, triste, murchou e caiu.
Pupila, do arregalar da insônia,
Ao ficar acordada, em versos e nostalgia.
Pupila, que brilhou no teu sorriso,
Apagou no luto, um vão indeciso.
Karina Megiato
_KM_
26/02/2025 03:04
Dia 31
Estou sonhando contigo todos os dias,
Acho que é uma fuga de saudade do subconsciente,
Não importa,
O que realmente importa é a consciência,
Eu nunca fui de desistir,
Não sou rasa,
Nunca estou nem aí,
Minha palavra é certa,
Acredito que a sinceridade liberta,
Portanto, não vou agir à contra-gosto,
Do que sou e represento para mim,
Se eu digo que amo,
Não faltará provas,
Ainda mais agora, com essas coisas novas,
A centelha de vida que se acende,
Aqui, intrínsecamente,
É isso que te espera,
Sem cobranças,
Sem lamentos,
Um novo momento,
Para se amar, amar e ser amado.
Dia 27
Nunca passou pela minha cabeça,
Mesmo nessa peleja de saudade,
Te deixar nesse momento seria insanidade,
Uma arbitrariedade,
Como pode outras pessoas te deixarem nos momentos ruins?
Relacionamentos não podem ser assim,
De nenhum ângulo,
Isso fere, interfere,
Numa falta de responsabilidade emocional absoluta,
Com uma frustração absurda de quem recebe.
Eu te amo,
Espero o quanto for sem dano,
Firme, forte,
Com uma estrutura que não conta com sorte,
Pensamentos sem morte,
Físico intacto,
Agora minhas flores já não machucam,
Não sou um cacto,
Juntei os cacos,
Fiz um lindo mosaico,
Reconstrução que não vai pro saco.
Dia 15
A saudade é uma companhia constante,
Dá para ver no meu semblante,
Sei que podemos controlar o pensamento,
Então, não vejo como tormento,
Você no isolamento,
Eu aqui, poderia ser sofrimento,
Mas, não vamos transformar em lamento,
E sim em confiança...
Como uma criança,
No colo de alguém que ama,
Como um autor, que faz direito sua trama,
Aprendizado,
Nao deve ser fardo,
Te espero de peito aberto, sem estrago,
Moldando o melhor de mim,
Para que assim,
reverbere em ti como um carinho,
Para que o sozinho,
Fique para trás,
Até logo mais...
Meu amor,
Meu BB,
Minha Vit ❤️
Hoje é o aniversário do meu pai.
A saudade aperta, mas hoje, mais do que nunca, eu entendo que o amor nunca morre. Um mês antes de partir, o médico disse que ele iria para casa para esperar a morte. Aquilo me revoltou. Como aceitar que alguém que amamos tem que partir? Como poderia ser melhor morrer em casa?
Eu estava assustada, perdida… Mas, conforme os dias foram passando, percebi que Deus nos deu um presente: a chance de nos despedirmos. Durante aqueles últimos dez dias, tive tempo para perdoar, para cuidar, para dizer tudo o que precisava ser dito. E, o mais importante, para dizer a ele que poderia partir em paz. Que nós ficaríamos bem.
Ele não se foi sozinho, em um quarto frio de hospital. Ele partiu no meio de quem o amava. Com a certeza de que sua missão estava cumprida.
Hoje, a falta dele ainda dói, mas sou grata por termos tido esse tempo juntos. Sou grata por ter aprendido que o amor vai além da vida.
Feliz aniversário, pai. Você segue vivo em mim.
Bruna Wotkosky Palestrante
ALÉM DISTO OU AQUILO
Trago nessa narração a forte saudade
Como se fosse um dramalhão à revelia
Que me manuseia e da agitação irradia
Uma falta, tão sentida e tão de verdade
Trago na prosa um desejo pela metade
Pesada de suspiros, com uma alegoria
Já passada, abarrotada de melancolia
O duro dantes sem qualquer piedade
Trago lágrimas, choradas, de tristeza
Leveza roubada da alma, sem afago
Trago os versos nus e sem gentileza
Tudo trago, numa poética sem vacilo
Também, cântico de sedução, trago!
Pois, amar, vai além disto ou aquilo...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 setembro, 2022, 16’38” – Araguari, MG
COVARDE
Se, assim, bater de novo à minha porta
Ah saudade! deixai quieta a minha dor
Não mais me traga sensação que corta
Que açoita a emoção com aflitivo ardor
Do pouco o tudo na recordação importa
E nada comporta um gesto tão opressor
Pois bem, cada lágrima pesar transporta
Então, dar-me-ás suspiro pra lhe transpor
Mas, aí! no peito bate forte está aflição
Sussurra em voz alta, em árduo alarde
Avidando um aperto no sisudo coração
Tremo... Sôfrego... E doloroso... sufocado,
... me deixo bater a saudade como covarde
E me ponho a sofrer como um apaixonado!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 dezembro, 2022, 11’42” – Araguari, MG
SAUDADE QUE CONFESSO
Depois que te perdi, só depois, da tua partida
Senti no peito, um vazio, que cá eu confesso
Um calafrio na alma, aquela pior dor sentida
E, se há igual, parecida, afirmo, não conheço
Suspiros sofrentes e aquele choro espesso
As noites tão compridas na ilusão perdida
Ladeando a emoção, cujo o certo endereço
É o coração, que arde numa aflição sofrida
Depois que foste, só depois, singular paixão
Me vi significado em uma constante tortura
De sussurros duma surtada dorida contrição
De não retribuir, a ti, o carinho que me dava
Com exatidão, repondo com minha ternura...
Ah! Saudade, está sensação, não imaginava!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 janeiro, 2023, 19’56” – Araguari, MG
A VELHA POESIA
Modificou o tempo meu, está distante
Mas a velha poesia teima na saudade
Guardou cada rima dante e o instante
Daquele tempo, de poética felicidade
E agora, a velha poesia, claudicante
Passada... poetisa tudo sem vaidade
O sentimento, nos versos, arquejante
De tanto que penou e tanta soledade
Acho a velha poesia, então, tão igual
Mesmo envelhecida todos estes anos
Não perde aquele suspiro n’alma, real
De sensação cheia, cheia de fantasia
Ela peleja, ela nubla, tem desenganos
Mas, glorifica o amor, a velha poesia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 fevereiro, 2023, 18’46” – Araguari, MG
CÁRCERE DA DESPEDIDA
De que vale as lágrimas se no lamento
Levas a saudade de inevitáveis dores?
Se o afeto perdido lhe ainda é tormento
Com sensação tão cheia de amargores
De que vale prosar, tal poéticos autores
Pra acalmar a sofrência do sentimento?
Se os apertos ainda lhes são sofredores
E no peito ainda um aflitivo sangramento
O que me move é ter comigo a emoção
Um desejo flagrando o aturado coração
É saber que me doei a quem indiferente
E que no pesar, o cárcere da despedida
Encarcera, sova, com uma tal dor doida...
Mas, vale a pena, ao amor que se sente!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/03/2023, 16'42" – Araguari, MG
DEPOIS
Quando a saudade, aperta o sentimento
De um sofrente sentido, ainda que sente
Latente. Uma lamentação vai com a gente
Vai ficando aquele frenético pensamento
Isolado e sombrio, silencioso e sedento
Vai-se marchando tão compulsivamente
Eis que chega aquele pranto, de repente
Sufocando sedes, matando encantamento
Então, no percurso se enxerga claramente
Como a emoção é falaz, e o tempo fugaz
Assim, vemos, que acontece exatamente
Como já estava previsto, o desígnio faz
- e a decepção vai conosco ali presente
E, ilusões e os amores vão ficando atrás...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24 maio de 2023, 13’48” – Araguari, MG
DELITO
Literato poema, vós, estais, sabedor
De uma dor cometida pela saudade
Sagaz, traidora, ao infortunado autor
Que cá dá vida a tristura que invade
O verso, ferido mortalmente de amor
Por uma paixão, afiada, sem piedade
Que inflama até hoje com largo ardor
Causando um poetificar pela metade
Ó tempo, que é o apurado mediador
Da quietude, e, portanto, o defensor
Neste processo dum sentir constrito
Em nome da miseração, pede, urgente
Mandeis a censura ao verso insistente
E, então, privar a poética de tal delito...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 junho, 2023, 15’57” – Araguari, MG
CARA NOSTALGIA
Saudade! Da tua voz balbuciando
E o bafejo na nuca dando arrepio
Saudade! Do teu olhar tão gentio
E os nossos sentidos se tocando
Noite de junho, frio, carinho macio
Ao luar e, nosso coração vibrando
Piando ao vento, ao vento brando
Acalmando a alma, doce fascínio
Saudade! De ter-te no sentimento
Sussurros atraentes, tão sedento
O teu toque, tão pleno de paixão
Saudade! Do que era importante
E que agora se senti tão distante
Saudade! Cara nostálgica sensação!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 junho, 2023, 19'34" – Araguari, MG
RESÍDUOS
Levou-me o pensamento até a saudade
da que tomou conta da minha sensação
do cheiro perdido e mesclado de emoção
deixando o soneto tão cheio de vontade
Uma jornada aflitiva que a alma invade
pondo a inquietação dentro do coração
que diz: sou eu quem te deu tal paixão
então, acalme, pois o amor é divindade
O bem entende a humana compreensão
a ti, este sentimento que amaste tanto
guardando na ilusão e na tua lembrança
Por que o que foi teu, será só sua adição
a estes resíduos, ternura e doce encanto
e para o tempo o desígnio e a esperança...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 maio de 2024, 16’39” – Araguari, MG
NA SAUDADE SE ARRASTA
Os versos que no versejar te beijo
É dura solidão que ali se esconde
Um aperto que a dor corresponde
Do carecer meu, de arfante desejo
Como importa saber como e onde
Caminha o teu coração, relampejo
Minh’alma, e o nosso suspirar vejo
A ilusão, a tortura, o sonho, donde
Vem a sensação do vinho já vertido
Que corre na agonia, tão traiçoeira
Embebedando o sentimento sofrido
Vem da nostalgia, de uma sede casta
Da afeição, e de uma emoção inteira
Ardente, que na saudade se arrasta.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18 junho 2024, 17’31” – Araguari, MG
“prego”
Talvez que um dia no verso meu chorado
sob a luz da saudade, num versar falando
tu ouças nas rimas o meu ser apaixonado
em um grito de padecimento te saudando
Está lágrima que fez o papel ficar borrado
não se atenha. É meu prosar lacrimejando
quando vaza do coração pra ser escutado
e que na dor da solidão vai transbordando
Não é simples sofrer, ou, que nada valeu
é aperto no peito e, que ainda não passou
e cá no soneto, um suspirar cruciante meu
O grito, se ouviste, por favor, é sentimento
que vai corroendo a súplica, assim, te dou
um canto: com choro, gemido e sofrimento.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28 junho 2024, 15’04” – Araguari, MG
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