Textos de Amor e Abandono
Eu tive que te deixar
Quando eu olhei para trás, eu juro que queria voltar.
Quando eu olhei para seus olhos pela ultima vez, eu juro que queria ficar.
Eu juro que não queria te deixar.
Só Deus sabe que eu não queria te abandonar.
Eu fui forçada a te deixar.
Eu fui forçada a matar o que restava.
Minhas lagrimas não compensam o que o passado me fez passar.
Enquanto você me gritava, eu virava minha cabeça e seguia em frente.
O peso das minhas correntes não me deixam esquecer.
Um coração carente eu tive que deixar morrer.
Eu me lembro todas as manhãs,
Um amor esquecido dentro de um cesto de maçãs,
Os olhos de quem estava vendo um grande amor ir embora,
A boca seca de quem já gritou por alguém que já foi embora,
As pernas bambas de esperar alguém que demora de chegar.
Eu sei que para sempre você vai me amar,
Mas eu queria ter a certeza.
Eu sei que para sempre eu vou te amar,
Mas tenho medo de ter deixado queimar.
Eu tenho medo do que eu sinto por você fique para trás.
Odiando ou amando, o passado não volta mais.
Beijando ou lutando, sem você eu sofro demais.
Morto ou vivo, te vejo em todos os locais.
Eu e você, ainda somos reais?
Está indo? pode ir, momento de bonanza é assim nos da certezas sem imaginar fim.
Más a vida cobra, bate, explora, te piora sem ter hora, ai teu sofrimento aflora!
Você sente por ter deixado alguém nobre ir embora! e agora você bate na porta, de quem portava consigo seus curativos, más advinha, ele te retribui, te deixando para fora!
Pai,
que a paz floresça em mim
através do meu silêncio.
Mesmo quando o descrença me domine,
que eu tenha forças para continuar.
Dá-me ânimo, Pai,
pois estou cansada de lutar...
Que eu continue com minha fé,
apesar de ver
o mundo repleto de desamor.
Senhor,
nosso mundo está tão cheio de tristezas,
abandonos, dores e solidão
e tudo o que eu quero
é continuar acreditando
na força do Amor e do Perdão.
23/08/2015
Um ano depois
Sentimentos sombrios
Transpassados de um humor sórdido
Lembanças embebedadas no mais elevado teor alcoólico
E o cheiro a contrastar com estes meus lençóis frios
Aqui da janela, tudo parece uma pintura
Verniz escorrendo no acabamento mal feito
Feio como o conhecido pacto desfeito
Bem-vindo à famosa ausência de compostura
O sangue escorre por meu braço
Lágrimas orvalham meu rosto
No espelho só me vem desgosto
O importante é que rompi o laço.
Cortei as linhas que nos ligavam
Sequei todo sentimento
E por um feliz momento
Desejei poder não dar ouvidos a tudo que falavam.
Por vezes precisei me entorpecer para não sentir
Do meu cigarro favorito foram sete maços
Nas paredes do meu quarto vários traços
A lua me mostrava ser melhor deixar partir.
Thaylla Ferreira Cavalcante
Ave Maria
Quando tu vai,
a saudade chega e aperta,
mais do que aperta em saber que tu tá longe.
Quando tu vai,
meu coração se fecha
Até que chamo,
Mas ele nem responde.
E pra abrandar teu sumiço,
Rezo pro meu padrinho padre Ciço,
Pra afastar essa tua falta.
E quando tu chega,
faço dos teus braços, meus,
Do teu abraço,
o meu deus,
A ele entrego minha devoção.
Nessa vida de nordestina bruta,
Nem Maria Bonita atura,
Tem dias em que sou o cão.
E ainda assim tu me aguenta,
Foguenta.
Aproveita e fermenta essa nossa paixão.
Porque no teu carinho me vejo inteira,
Da tua vida eu sou prisioneira,
A quem interessar digo,
Não me alforrei não!
E se for castigo,
Tu têm sido meu pecado e minha perdição.
Mas me prenda em teus braços
Que eu digo ao delegado,
Seu doutor,
Não quero libertação!
Thaylla Ferreira Cavalcante
Não olhe para trás e esqueça os erros que
cometeu.
Me de a mão e caminhe para a frente,
O tempo não espera aqueles que não acompanham ele...
Corra ou vai se afogar em suas dores...
Você não esta só pois estou aqui com você.
Então caminhe junto a mim.
Tente de novo e de novo na estrada da vida.
Não vou deixar você cair
sempre estarei aqui
ao seu lado...
Mais um dia se passou
As noites e madrugadas parecem ter aumentadas
Enquanto as manhãs encurtadas
Tento ver em você um sorriso
Mas nem você eu consigo enxergar
Você está longe
Mais um dia se passou
Estou aqui com um café
Lembrando de nossos momentos, de nossa história
Tento ver o céu, mas está nublado
Tento ver as flores, mas estão mortas
Tento sorrir, mas só sinto mágoas
Mais um dia se passou
Meus sentimentos e desejos oscilam em meu peito
Talvez meus dias já estão contados, antes mesmo de haver de fato um fim
Caminho pela estrada de terra
Vejo a natureza, observo a água da represa
O vento me acalma
Mais um dia se passou
Mais um dia sozinho
Estou finalmente aprendendo a viver sem você
Sofrer de tudo
Os abraços que não dei mais cedo
E que ficaram num passado proibido
Na ânsia de um amor não vivido
Mataram-me hoje um pouco mais.
A lembrança que vai opalescendo
Pelo dúbio amor que me divide
Refresca meu sentido que insiste
Em ocultar um lume no seu tempo.
E na falta, coisa má e soberba,
Teço fé, vontade e pecado
Na trama de quem também é amado
Em segredo, no sutil sofrer de tudo.
é claro que a gente passa,
passa mal,
passa dias no chão,
passa dias pensando se poderia ter sido diferente,
passa noites pensando se manda ou não mensagem,
passa o dia trocando mensagens comparando o passado com o futuro,
passa algumas vezes dizendo que não sente,
mas a gente sente.
O estômago parece querer sair pra fora,
a boca seca logo depois de 3 copos de água,
a mão coça como se ali habitasse um formigueiro,
o suor toma conta mesmo com a geladeira aberta pra pensar.
as borboletas são confusas, por mais que saiam pelas nossas lágrimas, sempre resta alguma, até chegar a última;
você sente quando ela sai, a liberdade voa junto com ela.
Quando a última te chamar pra voar de novo, jamais volte pensar em prende-las em seu estômago novamente.
o enjoo é cada vez pior.
mas
sempre
passa.
Murilo Augusto
- O QUE VOCÊ QUER QUE EU FAÇA ANA?! – Ele perguntou aos gritos quando parou no meio da garoa que começava a se intensificar, obrigando-a a se virar para ele.
Ela entreabriu os lábios, mas as palavras não saíram e ela ficou apenas olhando a chuva ensopar os negros e curtos cabelos dele e os pingos que escorriam e lhe lavavam a face.
- O que você quer que eu diga? – Ele perguntou novamente, dessa vez em um tom extremamente baixo e com as mãos ainda segurando os braços dela, mas ela continuava sem dizer nada.
- Que toda vez que ela ri é a sua risada que invade meus pensamentos? Que toda vez que beijo a cabeça dela, que beijo o rosto dela…Toda vez que eu a beijo eu penso em você? Que aquele belo par de olhos negros parecem absurdamente errados quando me fitam de manhã cedo, pois meu único pensamento é que eles deveriam ser azuis? Seus olhos azuis. Quer que eu diga que é para você que quero dar colo? Que é em você que penso assim que acordo? Que todos os meus pensamentos antes de dormir são repletos de você? Que minhas palavras não fluem tão facilmente com ninguém além de você? Que não importa o quão ruim esteja o meu dia, dois minutos de conversa contigo e eu já estou rindo e fazendo piada porque você me traz uma leveza e uma paz incomparáveis? Que o que eu mais queria é que fosse eu o cara a te chamar de “minha”, mas não sou e isso me causa uma fúria enorme? Que eu te amo e que ninguém será capaz de fazer tão parte de mim quanto você? Eu digo Ana! Eu digo quantas vezes você quiser ouvir. Mas não me cobre coisas que você não fez. Não recrimine atitudes que você tomou primeiro. Eu estou aqui e sempre estarei. Aceitei o lugar que me coube e isso é mil vezes melhor do que não ter você de forma nenhuma, mas não me culpe por ter dado um pouco de espaço a outra pessoa.
Eu te escolhi,
mas tu não me escolheste
e nesse vai e vem você nem sabe
que eu continuo te amando intensamente.
Te escolheria todos os dias
todas as horas eu seria tua
mas como não me escolheste também,
eu sentirei eternamente a falta sua.
É no cair da chuva
é na sua música favorita
é no seu apelido
é no inverno
é na minha lembrança do seu sorriso lindo.
Você é como um fantasma.
E no meio de tudo que poderíamos ter vivido
existe um sentimento chamado orgulho, eu só lamento.
Eu te esperarei, mas espero que não por muito tempo.
As vezes as pessoas morrem de causa natural
As vezes morrem de acidente
As vezes morrem por estarem no local e hora errados
As vezes por descuido
As vezes injustamente
As vezes por ultrapassarem limites
Mas, quase sempre, elas morrem dentro de nós
Por conta do desinteresse e do descuido
Por conta da ganância
Por conta da falta de amor ao próximo
Não queira sentir a sensação de morrer para outra pessoa
É a pior das torturas
Você simplesmente deixa de existir
Todas as lembranças se tornam um pesadelo
Desistem e esquecem
Pronto, você não existe mais.
(outono)
tire suas expectativas das minhas palavras pois já sou quase outono
brincávamos de emaranhar sufixos atrás das árvores
minhas raízes se fixaram nas suas redundâncias
foi quando comecei a sussurrar fotossínteses
meus verbos explodiram em sentidos múltiplos
nunca exagerei tanto uma floração
mas acordei sozinha entre calafrios e premonições em amarelos
meu corpo cheira à molhado
um vento gelado incendeia minhas folhas de dentro para fora
arrancando meus pecados com seus gritos
você não se lembra porque tinha os olhos abertos
o chão está coberto de pecados coloridos
úmidos
eles se decompõem em expectativas
Controvérsias
Te escrevo esta lírica crítica poética
Como um tolo devaneio desta minha mente
Antes tão inerte, agora inquieta
Redijo substantivos e vocábulos
Tão mornos e oblíquos
Afim de encontrar acalento
À esta minha vida, morna e incerta.
De amantes a inimigos
Malditos escravos
De devaneios antigos
De estranhas aversões
Nossos nocivos estragos
Eu queria a calmaria
Do encontro das marés
Queria a melodia
Orvalhada dos ouropéis
Queria não ser tão estático
E poder não sentir
Essa minha dor
Mas não sei se queria
O privilégio de chamar-te de amor
No ápice de minha saudade
Houve um lapso temporal de desespero
Em que sem pudor ou medo,
Infligi a mim, uma dor de total desmantelo
Queimei-me a pele
Por não suportar o queimor que me aquecia por dentro
Meus epitélios pareciam desgrudar da derme
E seu nome não me saía da cabeça
A tu, eu perdi a sanidade.
Nem mesmo todo o tempo que passamos na estrada
Bastaria a compensar as horas que perdi delirando por ti
Queria não ter essa intensidade exacerbada
Mas das rosas que você me deu,
Sou a estragada.
Desvencilhei-me das lembranças tuas
Mas tua foto ainda está em minha cabeceira
Ainda sinto teu cheiro em pessoas alheias
Em minhas andadas rotineiras
Queria ter lembranças como as suas
Boas e puras
Mas nas minhas,
Só fomos dois inconsequentes
Cambaleando sob a linha tênue à margem da razão e da loucura
Beijei bocas das quais não lembro o gosto
Pousei em corpos estranhos, conhecidos e em tantos outros
Mas sempre foi você,
O fogo que me torna imune aos sopros
Estou numa bolha de inércia prestes a ser estourada
Meu mundo rosa tem coloração acinzentada
És parte fundamental desse caos instaurado em mim
E sem você, eu me resguardado
Nada mais vai ser cem por cento
Nada tem a beleza extraordinamente quântica
Linda, leve
Como teu sorriso e teus cabelos ao vento
Minha energia lasciva destruiu teu carro
E a minha sanidade,
Me trouxe os debates existenciais sobre a beleza da ida
Mas se eu não fosse azarada,
Não conheceria quem me ensinou a fórmula de resolução
Ou da destruição de minha vida
Toda a incompreendida chama que juravas ter
Era brasa molhada, fogo de palha
E agora, cobrança de saudade
Que só sobrou pra mim
Junto à esse romantismo ultrapassado
À imensidão de lirismo incompreendido
Você me trouxe de volta à monótona realidade.
Com a dor de ser o que sou,
Acabou.
Acabaram os vocábulos
Todos os numerados fósforos foram queimados
E apagaram
Só restou a fumaça
E a dor reconfortante de quem os segurou até o final.
Serei sua
Enquanto meus versos inconformados e desajustados
Insistirem em ser seus.
Thaylla Ferreira Cavalcante
Vivemos num mundo onde o que consiste é a inconsistência.
Onde um dia você tem um motivo para levantar, no outro o mesmo para chorar.
Não disseram que viver seria fácil...
A vida não vem com um manual.
O que acontece quando nos acostumamos a sofrer?
Somos eternos sofredores, em constante autodestruição.
Dia após dia, de uma forma nova a cada ciclo.
Pessoas importantes se vão...
Amizades importantes se vão...
E o vazio fica...
A partir do momento que cansamos de brigar por algo que não parece recíproco, descobrimos o quanto tal pessoa se importa.
"Deixe-o livre, se voltar é seu, senão, nunca foi."
Nunca fomos nada
Nem nunca seremos
Talvez seja melhor...
Talvez isso signifique viver...
Talvez signifique aprender.
Porque está tão longe de mim?
Porque o escárnio de tuas palavras vazias me assolam dia e noite?
Porque há de se levantar sobre mim chuva e vento, e mesmo assim, não consigo me ver liberto da sua frieza?
Porque o relvado se torna cinza enquanto tua pele brilha como o sol?
Onde foi que eu errei?
Porque não me perdoas de uma vez se o mandamento dEle é esse?
Porque não tira de sobre mim esse fardo que só tu podes tirar?
Haverá um dia em que te amarei sem embargos, sem máscaras e sem esperas exageradas. Espero ansioso o dia em que me dirá sim, com os olhos ardendo em lágrimas como também os meus.
Desci do meu castelo de papelão, andei pela ponte de plástico e segui a vida como um homem enferrujado ouvindo meus próprios passos com o ranger das articulações cansadas de tanto atrito comigo mesmo.
Me tornei sucata para aquela que não viu mais utilidade em mim e que com medo de se cortar com minhas pequenas pontas soltas, me nomeou lata velha e me pôs a descer as escadarias das emoções que com tanta dificuldade que tive de subir, para ela foi fácil me fazer descer, só com um empurrão de sua imutável decisão de fechar seu coração.
A culpa é minha, pois, sou de chumbo e ela fluia como água agitada, carregada de mágoa e traumas e minhas imendas serviram apenas para tirar dela as sujeiras mais pesadas. Eis a serventia de um homem de lata com um coração implantado que insiste em bater a cada minuto me lembrando que para nada mais sou necessário.
Destino Incerto
No dia em que meus olhos perderem o brilho,
Você poderá estar ao meu lado,
Porém, não estará comigo.
É assim que você quer?
Oh! Não era como imaginei.
Não era assim que acontecia nos meus sonhos.
Você ainda se lembra de tudo que eu disse?
Já nada mais importa, não é?
Quero forças pra seguir em frente.
Não vejo a luz.
Perdido nessa imensidão.
Grito para que me ouçam,
E percebo que mesmo calado, assim o faço.
Se essa é a sua vontade, um dia te verei feliz.
E nesse dia quero estar bem,
Te abraçar e me alegrar contigo,
Vendo o que seria meu futuro nas mãos de outro.
Meus sonhos não eram esses.
O que está acontecendo?
Sinto você aqui, mas não comigo.
Estou perdido no escuro.
Apareça, oh estrelas...
Guiem-me até o sol.
Oh! Tudo perdeu o brilho.
Será que conseguirei suportar? Minhas pernas não aguentam mais esses joelhos levantar...
Nas minhas costas levo sete toneladas de sentimentos, sem perceber chego ao meu fim, me remoendo, me definhando, pondo fim em meus momentos...
Me tire dessa realidade descomunal que é minha vida sem o teu sorriso, puxe meu pé durante a noite e me deixe ser seu amigo, pois que tipo de amor seria o meu sem o egoísmo a ponto de te prender nos grilhões do meu coração e te amaldiçoar com a eternidade presa do meu lado apertando sua mão.
Sinto-te escapando a cada dia,
Teu brilho desvanecendo lentamente.
Não posso culpar-te, pois foi minha própria perspectiva
Que nos levou a este momento presente.
Não desejo perder-te, mas estou sem direção,
Vejo-te afastando-se em meu olhar,
No horizonte, te perco de vista,
E meu coração não sabe mais o que pensar.