Textos de Amizade Antiga
Composição dum Nada
Ao som da orquestralma, que solenelucida
nossa antiga caosciladora descida,
subimos agora escada avulsa e comprida.
Tal como composição por aglutinação,
tornamo-nos um. Para isso, perdi-me
em ti, que te perdeste em mim. Por tanto,
perdemo-nos em nada. Por quê?
Somos um, somos nada.
Ser que me envolve e tem, ancião
tu és de mim. Já que sou tu,
me chame pelo teu nome;
já que és eu, fogo cru,
chamarei-te pelo meu.
Porque te necessito assim como ar.
Porque te almejo assim como andar.
Porém estou sufocada por esse nada
e paralisada por aglutinação indesejada.
"Como o tempo nos muda"
comenta a velha senhora, velha poetisa,
mirando a foto antiga na orelha da obra.
Estação após estação
ela amou o viço das cores, o sabor das rosas,
a graça dos movimentos, o passar dos rios,
as nuvens douradas tangidas pelo vento.
Ano a ano alimentou-se de lírios e livros
e amores poucos, porém intensos.
O sol já não banha sua face com a juventude da brisa
a mão erra pelas páginas, tocando paisagens mudas
as letras tornaram-se miúdas,
os amores se foram,
os sonhos se incorporaram ao céu azul-negrume.
Somos só perfume.
As estações despertam sem pressa
nascem todas por igual
na muda do tempo que não muda
sob terra e cal.
A rua de paralelepípedo
- acarinhada,
Essa antiga rua percorrida,
Pelos teus passos
- apaixonada,
É noite, mas em ti é dia;
Respiras o verso,
e exala toda a poesia.
Vês nas casas antigas,
- mil alegrias,
Escutas as conversas,
que não foram ouvidas,
Porque és pessoa mediúnica,
Trazes contigo essa sina,
Quem te conhece,
Não questiona, e nem duvida.
A busca eterna por um amor,
que alucina,
E por algo que te comova,
e te impulsione;
Além das brumas que te escondem,
Os vestígios foram deixados ali,
Ao pé da montanha como oferenda.
Não te surpreenda,
e não te repreendas:
A fé no amor toma forma,
vai à tona certeira,
A forma que não a forma dela:
a forma de todo o amor...
Não desista da vida,
aos poucos ela vai dando a pista.
Eu gosto de dormir com a TV ligada
De ficar de meia
Da sobremesa primeiro
De música antiga
De água quente
De rosas brancas
De um brinco só
De andar a pé (me ajuda refletir)
De janelas abertas
De soluçar
Escrever à lápis
Eu gosto de me sentir livre
"A nossa liberdade é o que nos prende"
Eu gosto de ser capaz
De ter coragem
De ter escolhas
Eu só tenho uma escolha...
Uma decisão
Uma chance
E as vezes vou perdê-la
Mas tudo bem!
Tudo bem... Tudo bem.
Que horas são?
Hora de certificar-se
Ser quem se é
Olhar para dentro
Gatilhar-se (existe isso?)
É hora de escolher
E não permitir
Que as horas passem mais...
A muitos e muitos ...
E mais muitos ainda,...
Anos atrás.
Eu fazia Edificações na antiga Escola Técnica.
E tinha um colega e amigo meu que era um amôrrr:
Aula no laboratório de Geologia, 12 horas e 30 minutos.
Imagina a fome, com aquele cheiro de enxofre do ambiente.
Na aula podia-se ouvir o som de um mosquito.
De repente papel desembrulhando no final da sala.
De bombom.
Cheiro de chocolate.
Todo mundo olhava pra traz. Era o Niltinho com um Sonho de Valsa aberto.
Ele olhava pra mim e perguntava: _ Quer um pedaço?
Eu só acenava.
Ele lambia o bombom inteiro e dava pra gente. Depois ainda dizia: _ Desculpa, tem três dias que não escovo os dentes, mas você não acha ruim né?
Aff! Que fome!
O palácio das "noivas".
'Breve conto poético'
Numa cidade antiga conhecida como "lugar do coração",
Havia sim, um homem imponente, sábio e virtuoso,
Chamado também Salomão.
Seus pais assim o chamaram,
Em homenagem ao grande rei.
Porque quando crescesse, diziam seus pais,
Ele dirá: grande como ele, também eu serei!
O garoto cresceu, e andou por toda a cidade imponente,
Garboso, observador e contente.
Sempre sorridente,
Mostrando com elegância a linda brancura do dente.
Observara ele o nobre e extravagante,
E sempre se lembrava do Rei Salomão.
Pois apesar de tudo, coisas tristes lhe aconteceram,
Que serviria para uma grande lição.
Então, comparando essas coisas ruins dos nobres e Salomão,
Disse: farei a mesma coisa, mas com encantada inversão!
Salomão Rei tivera mil mulheres,
Que lhe perverteram o coração,
Pois eu terei "mil" noivas que me ajudarão a permanecer no caminho da retidão!
Vi os nobres de minha cidade,
Corromperem-se e casarem-se com a megera luxúria,
E o fruto desse nefasto casamento lhes gerou a penúria!
Vi que puseram em seu leito a amante inveja,
Que sempre deseja o que a ela se supera.
Vi em seu leito a paixão desenfreada,
Que faz perderem-se os homens de nobreza encantada.
Vi o amor ao dinheiro,
Que entorpece o coração,
E faz com que se cometa os maiores atos de devassidão!
Vi a senhora cólera em sua cama,
Violentar sua mente.
Que lhes deixava sempre desgostosos e com espírito descontente.
Observei a mulher mágoa,
E a intensa pobreza de alma em que se lhes deixava!
Convidaram em seu leito a morte,
Acode!!!
Porque contra ela, em amarras de pecado,
Nunca se pode.
Vi acréscimos de núpcias,
Dia após dia,
Vi a fome insaciável de relacionamento com as volúpias!
Vi a maldita traição,
Que levava à morte de um irmão.
Vi o que foi gerado com o casamento da desregra,
Que fazia com que os homens se acabassem numa cela!
Vi infanticídio, matricídio, parricídio,
Vi o irmão de sangue matando irmão de sangue,
Através do fratricídio!
Vi homicídio, feminicídio.
Vi a desgraça que comete o homicídio!
Todos filhos da traição,
Que faz as vidas serem ceifadas sem perdão!
Daí eu disse: eu não quero isso para minha vida não!!!
Casarei com mulheres diferentes, que sempre me deixarão alegre e contente!
Mais sorridente,
Prudente,
Diligente,
Inteligente,
Sapiente!
Relacionar-me-ei com a boa fama,
Por que não há um só dentre os homens,
Que com ela nunca se encanta!
Colocarei em meu leito também a senhora virtude,
E montarei um lindo harém cheio de magnitude!
Se Salomão teve mil,
Mil eu também quero ter,
Mas como eu disse em sentido inverso,
Para não pôr nada a perder!
Quero casar também com a intelectual solidão,
Que sempre me faz crescer sozinho,
E sair um pouco da multidão!
Relacionar-me-ei com a caridade,
Que faz os homens casados com ela,
Sempre fazerem gestos de piedade.
Colocarei em meu leito também a sabedoria,
Que a todos os mistérios sempre nos descortina!
Que faz o insondável ser sondado,
E o importante impenetrável ser com clareza penetrado!
Porei em meu leito a fé!
Que nos faz acreditar naquilo em que não se pode ver.
Com brilhantismo e convicção tal,
Que fica mais fácil de perceber!
Colocarei em meio leito a prudência.
Casarei com a inteligência,
Sapiência que nos fazem evitar a DEMÊNCIA.
Saciar-me-ei no bom e lícito “bacanal” do permitido!
Para que do reino da prosperidade,
Eu jamais seja demitido!
Deliciar-me-ei do banquete do que a vida pode me dar!
E rejeitarei as “prostitutas” da perversão,
Que às loucuras levam ao homem,
Sem pestanejar!
Só colocarei em meu leito noivas virtuosas,
Amorosas e que me querem bem,
Quanto as outras: NEM VEM QUE NÃO TEM!
Quero amar a suavidade,
Boa riqueza e prosperidade.
Quero a boa fama,
A amável sensibilidade.
E com ela fazer de tudo na “cama”.
Relacionamento com a sensibilidade -
Faz a tudo ver com clareza, singeleza,
Justeza, nobreza, delicadeza, pureza.
Puro desejarei sempre ser,
Pois com essas LINDAS “mulheres”,
Não haverá como não ser.
Essas são noivas para mim mui castas,
Puras, santas.
Que me fazem saciar-me em mel,
Preferir o mel, quando penso em me lambuzar de fel.
Como Zeus, que prolongou a noite para deliciar-se com Alcmena em amores,
Quero que o rei dos céus prolongue-me os dias com elas,
Para que eu não tenha dores.
Óh maravilha,
Divindades do céu,
Concedei-me o que vos peço agora,
Para que diante de vós,
Eu nunca venha a perder,
A intelecção do sábio Aitofel.
Aitofel Salomão também conheceu,
Pois fora conselheiro de seu pai Davi.
Davi significa AMADO,
E que sempre amado eu seja óh céu, para TI!
25.10.2015 – 14:35 h
"A vida é uma guerra"(?!)
Essa ideia é um senso comum, mas a vida é mais antiga do que a guerra, então é "A GUERRA É UMA VIDA"
A guerra é a vida de forma condensada, intensa e em cores fortes e por mais que dure, há um final, que é comemorado e afeta a todos; na vida, o final é a morte que, em sua maioria, é anônima, e mal influencia os que estão próximos.
28/03/2023
Sonhei com voce alguns dias ai, todos os dias para ser mais preciso
Em uma cultura antiga os sabios diziam que sonhar muito com uma pessoa e porque elas esta no seu subconsciente, significando que voce se apaixonou
Mas que perda de tempo eu acho…
Nao preciso ler e aprender sobre uma nova cultura de seculos atras para saber disso
Um idiota perceberia que estou apaixonado por voce, nao pelo simples fato de mim falar para todos sobre voce, mas pelo simples fato de que ja nao vivo sem voce
Por onde eu passo nao sou mais so eu, todos me conhecem por ser seu
Para onde eu vou as pessoas perguntam cade seu amor?
E agora eu pergunto, como eu perdi todo esse tempo procurando alguem perfeito se esse alguem era voce
Te digo perdao se eu nao sei demonstrar,e que o problema sou eu, eu nunca fui de ter alguem para amar, ou alguem para me amar
Logo eu que nunca tive sorte consegui a coisa mais valiosa do mundo…
Voce…
Do que vivi na casa antiga
restou distância
e o tempo escondido
em momentos infantis
Daqueles amigos
dormem no peito
saudades e peraltices
Outros sonhos,
embarques sem fronteiras
tomados de esperanças
e desejos a realizar
A vida é um caminho
Alguns decolam fácil,
criando futuros novos,
oportunidades a mais
Foi ontem que nos despedimos
Em cada rosto vi saudade,
angústias de afastamentos,
certezas de esquecimentos
Cada um levou uma alma minha
A vida vai me dando outras
Mas as almas daquela época
foram-se todas (as que eu tinha).
Em 1802, uma mulher viajava de trem pela Roma antiga, quando se deparou com um cara que falava apenas de amor e de calor. Ele falava a língua do amor, a língua da flor. Seu nome era Marcos, o romântico, o homem que conquistava várias mulheres com suas poesias. Éste escritor emocionava as pessoas com sua poesia, encantando-as com a beleza de suas palavras.
O Amor Sincero Do Candeal
Tão longe numa antiga cidade
Um jovem em plena mocidade
Por uma bela mulher se apaixonou
Tinha uma beleza por raridade
E logo que teve oportunidade
A ela, ele se declarou
Ela sorrindo uma graça achou
E dizendo assim com voz doce
Palavras que ele amou
Eu adorei o seu jeito sincero
E este amor puro é o que eu mais quero
Assim sua mão o tocou
E untaram os dedos num abraço profundo
Já compreendia que naquele segundo
O amor nasceu e prosperou
Dançaram a noite toda na festa
Um amor puro que se manifesta
E seu coração assim suspirou
Soube que aquela noite mágica
Uma paixão nascia serena
E da sua boca pequena
Proferiu uma vida nostálgica
Para dar vida ao amor
No jardim colheu uma rosa
E deu a amada esta flor
De perfume assim tão cheirosa
Mas mal sabia ao fim
Que ao sair daquele pavilhão
Encontraria assim
A morte por ocasião
Pedindo por que sofre tanto
E escorria ao rosto o pranto
De alguém agora na solidão
Passou um carro correndo
Numa velocidade tão grande
E viu sua amada morrendo
Alí na rua ofegante
Foi uma noite chuvosa
De tempestade trágica
Que numa extensa verborrágica
Proferia palavras chorosas
O corpo foi enterrado
Numa alcova profunda
Enquanto o pranto vasado
O mundo assim inunda
Mas um amor tão sincero
Dura pela eternidade
E cura qualquer enfermidade
É algo que tanto esmero
Ao raiar do segundo dia
Ao chão daquela alcova
Ouvia-se uma gritaria
Era uma voz dolorosa
Que da terra então se via
Uma mão que saía
E na palma havia uma rosa
Voltou aqui neste mundo
Pois o amor era tão profundo
Que nem mesmo estando ao fundo
Esqueceu quem tanto a amou
E daquele solo fecundo
O corpo que estava ao fundo
À superfície retornou
Veio buscar quem um dia
Com tamanha alegria
Sua mão tocou
Dançou pela noite eterna
E ao amanhecer do dia
Para sua cova voltou
Levando consigo a alma
Daquele que por ato verdadeiro
Tocando-a palma a palma
Num amor que não foi passageiro
Esta história é real
Acredite você ou não
Mas dizem que no candeal
Pode-se ver um cadáver
Com uma rosa na mão
relógio que conta
o passado distante
as encarnações que tive
a antiga
a vintage
a velha
a anciã
a idosa
a antiquada
a peça de museu
que já fui
e ainda sou
espírito de outrora
alma arcaica
de outros tempos
de antigamente
da antiguidade
sinceramente maliciosa
desconfiada
duvidosa
cansada de ser
ou de estar
de viver
ou de privar
de saber
ou de ignorar
de sofrer
ou de resignar
de entristecer
ou de chorar
de padecer
ou de suportar
de perder
ou de encontrar
é isso
preciso me encontrar
me perdi no tempo
nas horas que se foram
nos minutos que estão por vir
nos segundos do amanhã
e até lá, meu futuro
a Deus pertence
e na prisão deste corpo
me implodo
na tentativa de ganhar
a liberdade
não me contenho
nem me contento
sou refém de um tempo
que muito me engana
que muito me ofende
deixo pra lá
deixa eu aproveitar
o que me resta
sem reclamar!!!
Não te materializo mais em sua antiga forma
Mas ainda te escuto com os ouvidos da alma, no canto dos pássaros
Sua filha eu sou
Salve! Caçador das matas
No nosso quintal, sinto suas presenças
Vovó, papai, vovô
E quando pego na inchada
Vocês me ajudar lidar com meus pensamentos e sentimentos
Eu cuidarei bem dele, do nosso jardim
Eu cuidarei bem deles, dos meus antepassados...
Através de mim 🌻 JuMS
Meus sobrinhos acostumados a tecnologias atuais, param boquiabertos diante da antiga máquina de escrever, lembrança que guardo do meu pai.
- Tia, o que é isto?
- O equipamento que usávamos para escrever, antes do computador.
- Como assim...
Coloco uma folha de papel e começo a digitar.
- Uau! Que irado! Nela a gente pode digitar e imprimir ao mesmo tempo!
Exclamam, maravilhados.
Penso! Que pena os adultos perderem a inocência onisciente, do olhar da criança.
Pense numa imagem
Imagine uma foto antiga
Coloque crianças brincando
Algumas das quais
Você mesmo conheceu em outra vida
Coloque nessa figura, algumas árvores
Um pedaço de Céu, nuvens de chuva
A mais pura cara da pureza
E tristeza nenhuma
Agora, de alguma forma
Procure acelerar o que acontece
E veja as árvores crescendo
As crianças envelhecem
Pássaros que vem e vão
E nesse vão que abriste no tempo
Desvendaste alguns segredos
A haste que aos poucos enverga
A terra que entrega a vida
Que depois, cansada, um dia
Ela também se entrega
Entenda, que apesar de tanto
Por enquanto, não viste quase nada
Enquanto pensares
Que nisso se resume a vida
Nas ciências da terra
E nasceres do Sol
A semente germina
E o pássaro que voa, devido à resistência do ar
Nada disso justifica a vida
Enquanto a gente
Não forçar um pouco mais a vista
Pra poder enxergar a esperança
A mentira, o ódio, a ambição
Ciência inexplicada
Da coisa que vira outra coisa
A alegria que nasce do nada
E depressa
No coração da pessoa, se a pessoa dança
Essa linda luz colorida
Que emana da melodia
E perdura
Além da semana de sete dias
Coragem pra se levantar da cama
E voltar a viver a vida
De coração abarrotado de tristeza
Existe uma pessoa, que se chama Fé
Um Anjo que explica a vida
E diz que ela pode ser boa
E com um pouco de boa vontade
Ela ainda pode até
Ser linda de verdade
E que algum espaço esquecido
Lá no canto daquela figura
Um dia, até ser traduzido
Na mais pura e bela poesia.
Edson Ricardo Paiva.
Imagem antiga do meu interior
Sossego!
Ruas de terra batida, cheiro da poeira fina, barulho de pés pisando o cascalho.
Sombra fresca do caramanchão.
Descanso da lida após almoço farto. Prosa boa ou cochilo. Tanto faz!
Na vendinha da esquina, fumo, cereais, pinga da boa, chapéus…e a caderneta do fiado.
Mães amorosas, pano branco na cabeça, levando os filhos para a escola.
Pracinha coroada pela pequena matriz de São Bernardo.
Janelas e portas sempre abertas, acolhedoras.
Na torre única, ninhos de andorinhas e o toque do sino que me toca.
Repica alegre anunciando uma boa nova?
Ou tange triste no adeus a alguém que sobe para morada final.
Que fica lá no limite da vista.
Entre a terra e o céu.
Como um aviso: É preciso apreciar, sem limites, o que o olho vê ou o coração sente.
A imagem antiga do meu interior, encanta o meu presente.
"Há uma antiga história que se passa através de gerações, ao longo dos anos, séculos e milênios, válida até os dias atuais. Trata-se de uma busca, muitas das vezes interminável, de algo que a maioria das pessoas não sabe ao certo o que é, mas que as motiva a procurar, ainda que involuntariamente, respostas para perguntas que nos afligem no dia-a-dia, tais como: Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? Por que estou aqui? Existe vida após a morte? Deus existe? Quem é Deus?!
Muitos são os que procuram ao longo de suas vidas, mas poucos encontram, felizes daqueles que ao encontrarem, cultivem perenemente, tal e qual a chama tênue de uma vela na escuridão. Na maioria das vezes procuramos em diversos lugares, alguns distantes, não raro em peregrinações por outros países (caminhos de Damasco, Jerusalém, Machu-Picchu, Pasárgada ou Santiago de Compostela), outras culturas, outras civilizações, outras religiões, outras filosofias de vida.
E, finalmente, quando alguns encontram o que tanto procuravam e dão por encerrada a busca, constatam que na realidade o que tanto buscavam sempre estivera com eles, muito mais 'próximo' do que imaginavam, no âmago de seu ser, aguardando tão e somente o despertar de sua própria consciência, para que lhes fosse revelada a essência divina, através da comunhão do "eu" menor com o Eu maior, através da sintonia com DEUS, Onisciente, Onipresente, Onipotente!"
Juntei os pedaços.
Colei-os
Refiz minha vida.
À antiga, dei um adeus de despedida.
Ainda sou pedaços...
Um quebra-cabeças
Montado
Que a qualquer brisa suave
Em mil pedaços se esparrama por todo lado.
Sigo bambaleando.
Na corda bamba da vida
Vivendo... existindo
Me refazendo...
Ao sopro forte do vento...
Às tempestades da vida...
Ao gosto amargo de certos dias...
Sigo... resistindo.
Gostávamos da casa porque, além de espaçosa e antiga (hoje que as casas antigas sucumbem à mais vantajosa liquidação de seus materiais), guardava as recordações de nossos bisavós, o avô paterno, nossos pais e toda a infância.
Habituamo-nos, Irene e eu, a permanecer nela sozinhos, o que era uma loucura, pois nessa casa podiam viver oito pessoas sem se molestarem. Fazíamos a limpeza pela manhã, levantando-nos às sete, e pelas onze eu deixava a Irene as últimas peças por repassar e ia à cozinha. Almoçávamos ao meio-dia; sempre pontuais; então não ficava nada por fazer além de uns poucos pratos sujos. Era para nós agradável almoçar pensando na casa ampla e silenciosa; e em como nos bastávamos para mantê-la limpa.
O amor não dura mais que um dia. Amor à moda antiga, já deixou de existir. Os casais da geração passada, foram os mais felizes. Os dias mudaram, as pessoas se apegam mais a bens materiais, moda, likes, seguidores... As pequenas coisas não significam mais nada. Valorizam o que passa e desprezam o que é único e verdadeiro. Programas lixo de TV lixo contribuindo cada vez mais para o fim de tudo. Mulher moderna, homem feministo, ideologia de gênero... Vamos todos morre sozinhos , esquecidos e abandonados. O nosso destino é ficar sentado em uma cadeira , lembrando do que vivemos , do que não vivemos , dos sonhos não realizados , quietos, sem esperanças e certos de que a única coisa que nos aguarda e vai chegar, inevitavelmente, é a morte.
Não podemos esquecer que o orgulho nos priva de muitas coisas.
Confesso que não tenho mais nenhuma esperança quanto à humanidade, ao amor e ao respeito entre as pessoas.
Vivemos, aceleradamente, o fim do nosso tempo.