Textos de Adolescente
Tentações humanas
(Inspiração adolescente)
Da escuridão gélida da noite,
Sem conter um ar de vida em cores,
O feroz ser das multidões longínquas
Fez-se mais uma vez presente!
Conseguias derrubar montanhas onipotentes,
Destruir mil vidas encarniçadas.
Enquanto outras, ainda mais desgraçadas,
Se debruçavam no mundo tristemente...
Em cada face amiga que surgia,
Mais um tremor entre o céu e a terra se fazia,
Mais uma vez plantar seu ódio conseguias!
Tu, o que queres?
O que desejas?
Nenhuma resposta!
Mas algo era certo: era o diabo que surgia!
Agosto/1968
Perdão do esquecimento
(inspiração adolescente)
Pequei!
Se pequei, pecastes mais!
Eu gritei...
E de um surdo eco me arrepiei.
De joelhos mais uma vez fiquei...
Procurei teu olhar sem encontrá-lo.
Queria-te por toda força junto a mim.
Mas nada fazia sentido...
Tudo desfeito!
O amor que nos unia, findou.
Ódio em teu olhar notei!
Compreendi que entre nós tudo estava acabado...
Chorei noites, fiz nascer dias.
Construí e imaginei mortes.
Mas seu perdão eu nunca mais teria...
1968
Sem nome
(inspiração adolescente)
Iluminou-se um caminho.
Fez-se em chamas o Universo.
Estrelas entreolharam-se
Mas simplesmente não se viram...
-- e nem podiam.
Voltaram-se todas para o mesmo caminho...
Num pequeno fim de mundo
Encontram e iluminaram um tesouro,
Tesouro que transmitia amor...
Era um pequeno mundo sem fim,
Onde um menino surgiu, abençoando a Humanidade!
Dezembro/ 1969
.P.A.L.A.V.R.E.A.N.D.O.
PRIMEIRA NEUROSE
(inspiração adolescente)
Sou eu,
Simplesmente isso:
Neurótica.
Vinda de neuroses!
De um caminho...
... beira da loucura!
Sem cura,
Sem remo.
Vai devagar infiltrando-se em minh’ alma.
Escolhe um canto,
Ali mora...
Instala-se!
Cresce e depois simplesmente morre.
Sim, vem com ela a morte.
Eternamente.
Sempre.
Leva-me e leva-o também.
Sempre assim.
Amém!
Jan/ 1969
SEGUNDA NEUROSE
(inspiração adolescente)
Neurose ou loucura?
Até o título mudei.
Passou à frente.
És segunda!
A primeira? Destruída...
Esta? Maltrapilha, fulgurante.
Também, caminha!
Ah, sim, resides em mim.
És amiga nova.
Bem-vinda sejas!
Queres ficar? A casa é tua.
Não mais minha... nem da outra, a primeira.
Como vês, sou bem mais tua amiga.
__ Mas, notes bem, não confia.
Vás levando.
Mores em mim!
Fiques mais. Assim... caminha.
Não tenhas dó.
Há muito não sei disso...
Sou sozinha!
Ah, o amor?
Quantos o temem.
E tu?
Não respondes... é impossível.
Tu és destruição.
O amor constrói. Cria vidas!
Bem, como eu sei?
__ Já amei:
Tomei uma flor...
Rebusquei-a. Maltratei-a até!
Mas ela era perfeita!
Quem não a amaria?
Como vês, quem não ama alguma coisa?
E tu, amas também?
Set/ 1970
BEIRA
(inspiração adolescente)
Com licença!
Aqui não é lugar pra mim.
Eu sou um revoltado...
-- Ora quero amor.
-- Ora a solidão.
Com licença!
Aqui não é lugar pra mim.
Eu sou um neurótico.
-- Ora não sei por onde vou.
-- Ora encontro só caminhos.
Mas com licença!
Aqui não é lugar pra mim.
Bem, eu sou um quase louco.
-- Ora não reconheço imagens.
-- Ora, há hora em que há menos ainda.
Com licença, eu me vou!
Aqui não é lugar pra mim.
-- Ora nem para ti.
-- Ora nem para nós todos!
Nós somos... quase.
Só isso!
Um pouco de nada com um toque de cor!
Set/ 1970
ZOO ? !
(inspiração quase adolescente)
Zodíaco, um aquário...
Lendas mitos e, no fundo, um saber.
Zodíaco, um peixes...
Do mar, do mistério, do homem nu.
Um áries...
Fogo e brasão, representação de gente histérica!
Do taurus... fugidio, rico e que acelera a vida.
Do gêmeos com câncer...
Leva o espírito, mata a matéria compadecido e passivo...
Zodíaco, astrologia leonina...
Marca o marco, ponto largo; o universo gira.
Ah, virgem!
Vida santa, martiriza a flor
Protege seus restos com o poder da vontade.
Signo libra e escorpião...
Vem do amor, marca a música, é imortalidade.
Num quase findar, sagitário...
Arredio, constrangido, que a vida leva.
Que marca o mundo...
Capricórnio...
fim de tudo.
Quase vida.
É terra, da teimosia e das cores negras que não existem.
Todos, tudo unido num poço fundo...
Mistérios que se compadecem da alma humana.
Set/1970
GÊNIO
(inspiração quase adolescente)
Sabe, simples folha,
Branca e mal riscada,
Eu queria te contar um segredo
Revelar a minh’ alma.
Colocar-te a emoção deste momento
Que dedico a um gênio...
Gênio da arte, Chopin!
Chopin com todos se seus prelúdios que me revigoram.
Ah, minha simples folha,
Eu te revelo:
__ Queria ser cada nota deste prelúdio...
De um quase outono.
Ah, como queria morrer...
E me transformar em som melódico
Para vasculhar a alma humana.
Fazê-la voltar-se às coisas supremas
Feitas de notas simples...
Mas amo tanto este impossível
Que possivelmente eu morra antes do tempo certo.
Talvez eu morra antes do meu morrer.
Mas será, folha mal traçada,
Será que compreendes? Responda!
__ Entendo-me!
Mais uma vez há um toque de silêncio,
Mais uma vez só!
Para se repetir sempre.
Impossível eu não me render
Às profundezas deste abismo.
Ah, meu gênio já está morto,
Com uma vida mais de essência.
E é para esta essência que eu caminho:
- Para a essência eterna.
- Para o mundo do além!
Set/1970
Alguém pequeno, tão grande
(inspiração adolescente)
Você criança, de olhos grandes, calmos e serenos, reluzindo como a lua...
Sua voz infantil era sua, só sua...
Quando iria tomar forma?
Quando iria crescer?
Andava tão engraçado...
Eu só podia rir de você!
Meu riso não foi zombador,
Foi somente de dor, em pensar tantas coisas... de você!
Meu riso? Foi riso!
Quem pode dizer do que foi?
Sua altura era sua, só sua...
De repente...
Fez-se gigante, apesar de ser tão pequeno!
Você, rosto fino, mãos longas, pés grandes...
Era engraçado, meio desengonçado!
Mas eu gostava de você!
(1967)
Pequeno caminhante...
(Inspiração adolescente)
Caminhante, seresteiro, sempre a esperar
Uma gota angelical a lhe acalmar
Uma aflição desesperada, onipotente,
Que nem deus dos deuses compreenderá.
Pergunta-te Oh, Senhorzinho, ao ver
Um giro de anjo no ar, se podes mais uma vez amar.
Amor que figura em ti é gostar,
Amar o ser de mulher a correr...
E, então, quando consegues o amor alcançar
Nada há mais a fazer...
Tu, seresteiro, estás a sofrer,
Estás quase a morrer...
E quando encontrares a morte em morrer
Irás querer amar mais a vida, viver!
Então, não deixes que uma musa em ti se infiltre
E te faças sofrer sem querer.
Ame-a e também a ti e, sabiamente, amarás!
Não necessitando que a morte se apresse
Para, então, tua vida desmanchar...
Tua vida levar!
(1968)
Da bondade à maldade
(Inspiração adolescente)
Uma maldade divina do inferno
Surgiu nos passos de regelante vida
Com formas de amor e doçuras de liras
Contendo no coração o prazer
e nas mãos o pecado!
De um sono de anjos, roubavas um beijo
E sempre a beijar guiavas teu anjo ao relevo
De inanimadas vidas e incorrigíveis prazeres
Esquecias que o maior pecador eras tu, pobre imprestável
Em tudo buscavas vida e esta passava a odiar-te!
As coisas que te cercavam morriam odiando-te,
Fugiam desesperadas, sem querer olhar-te
Um perdão nunca ouvistes, tu eras mau
Nada mais para beijar, tu querias o prazer
Implantastes a maldade e colhestes teu plantio,
E por fim, por tua vítima, fostes perdoado...
[Agosto/ 1968]
Poema livre
(Inspiração adolescente)
Página aberta de um livro
Fechou-se...
Capítulo algum,
Não mais existe...
Nada!
Foi de compreensão que sucedeu,
Foi de paz,
Espírito consagrado...
Amor!
Foi e sempre será por nós,
Pelo bem-estar espiritual.
Não virás a mim
Casa minha
Refúgio santo!
Tu somente,
Ninguém mais.
Gélidas vidas?
Nada mais
Só paz &
Amor!
Mas, por quê?
__ Pelo amor, respondem
Mas que amor?
Ninguém explica!
Nosso olhar reflete a alma,
Alma pura de amor
Consagração real de felicidade.
Nossas mãos encontram-se sempre,
Num juramento eterno.
Amar sempre,
Seguir em frente...
Amando-nos sempre...
Sempre!
(1969)
Ponto longe
(inspiração pós adolescente)
Na palidez alva dos teus traços,
A tua alma revestiu-se humilde.
Os teus olhos choraram,
Apesar das lágrimas não rolarem.
Na contemplação do teu amor,
O teu ser, meio envergonhado,
Fez tuas mãos fugirem
Perante o primeiro contato de outra carne.
As tuas mãos vagaram pelo nada.
Ah, quantos vivem tristes,
Quantos não são como este ser amado e se repelem.
E quanta insegurança há neste mundo!
Agora, no fim deste poema,
Pela emoção, nenhuma palavra sai de mim,
não há mais nada.
A capacidade de mudar tudo
tornou-se ponto longe!
1971
Figura de farol
(inspiração pós adolescente)
Chovia.
As pessoas pegavam capas,
escondiam-se da chuva.
Enquanto todos fugiam,
um ser objeto continuava impassível.
Era o semáforo que acenava
suas cores gentilmente.
Não se abalaram as estruturas.
Só gotas d'água lhe escorriam
como lágrimas que fossem suas.
(São Paulo é um santo pesado que uma procissão carrega. Carlos R. S. Araújo)
1971
Descoberta do amor
(inspiração pós adolescente)
Nas reentrâncias imaculadas que se findam,
Não vi nada...
Rodei pelos caminhos atormentada,
Até que me depus adormecida.
Vieram mundos iluminados por luz límpida
Que transportaram, sem receio, você para mim.
Um outro ponto santo me transformou em amante
Para, então, sorrirmos um sorriso eterno.
Vê que mundo brando há em mim,
E quão importante é viver agora?
E quão necessário ter as mãos assim tão postas?
Não existe nada de irregular em nós.
Nem vantagens e nem martírios!
Só um grande amor a nos unir para sempre.
1971
Ao utilizar smartphones e outros dispositivos eletrônicos, é perceptível que crianças e adolescentes demonstram uma redução na expressão facial e no contato visual durante as interações sociais, acompanhada por uma tendência à agitação das mãos e uma excessiva concentração nos dispositivos.
Esses comportamentos assemelham-se aos observados em pessoas com transtornos do neurodesenvolvimento, embora isso não signifique necessariamente que as crianças e adolescentes tenham essas condições.
A menina com nome de Santa
Faz muito tempo, eu era um adolescente tímido e ela, a menina mais bonita do meu bairro.
Ela se destacava das outras meninas.
Não sei se pelo sorriso, ou pelos cabelos loiros e curtinhos, ou pelos olhos claros amendoados, ou pela voz pausada e descansada, ou pelo corpo escultural metido em shorts jeans, ou pelas pulseirinhas de pedrinhas nos braços e tornozelo...
Ou seria aquele jeito de não estar nem aí pra ninguém?
Não sei!
Ela era diferente!
Ela era interessante!
E eu era gamadinho nela!
-Mas coragem pra me declarar eu nunca tive.
E o tempo passou, minha família mudou de cidadee eu nunca mais a vi e nunca a esqueci!
-Essa menina com nome de Santa marcou a minha vida!
Haredita Angel
24.10.15
Não sei o porque estou assim... meio besta quase um adolescente. Quando penso não pensar em você, eis que surge alguma coisa para contrariar-me. Agora, por exemplo, estou no estacionamento de um grande prédio aguardando ser atendido pelo cliente. Bastou um vídeo inocente para que você viesse feito um furacão à mente. Luto bravamente para te esquecer neste momento, mas percebo o quanto sou fraco quando o assunto tem a mínima relação com a sua pessoa.
Decidi desistir de tentar desistir, pois aprendi que só devo abrir mão do que é ruim. Quero mais que você esteja sempre presente, ainda que em pensamentos, pois hoje fui capaz de observar a falta que você me faz.
Adolescente e jovem estragado é o caso também de não cultivar boa intelectualidade e não ter princípios bons de comportamento. Não é só entorpecentes que causam mal.
Ah: depois de criança, cada qual tem liberdade para escolha. Não venha com desculpa de cor de pele ou situação econômica.
Mesmo que uma criança ou adolescente cometa um crime bárbaro.Ninguém pode defini-los como psicopatas,pois ainda não possuem o desenvolvimento mental completo.Por isso, a denominação correta é portadores de transtorno de conduta.Psicopatas são adultos insensíveis que não são empáticas ao sofrimento alheio,ou seja,não sentem
compaixão.Geralmente são pessoas que não derramam lágrimas por apresentarem alto grau de insensibilidade.Psicopatas dificilmente agem por impulso.Seus atos de perversidade são planejados de forma minuciosa.
(des)Contos de Adolescentes!
ela é a querida porém soFrida
muito prazer, Rapunzel
e ela adormeceu, pois estava cansada
de tanto esperar por aquele
que um dia ela idealizou ser o amor da sua vida
mas como a vida tá difícil pra todo mundo
resolveu que mesmo trancada em seus pensamentos
e em seus aposentos
iria dar um jeito naquela situação
porque namorado do jeitinho que ela queria
estava quase uma impossível missão
e um lindo e belo dia cortou os longos cabelos
que cultivara e cuidara com o maior zelo e carinho
se maquiou, se enfeitou, se perfumou e foi a luta
nem se importou com o que as pessoas iriam dizer
porque o que mais importava pra ela
era a sua auto-estima
sua auto-transformação
seu auto-amor
e sua auto-aceitação
e com muita coragem virou uma nova mulher
saiu do seu mundinho cômodo
se libertou das amarras da vida
e daqueles que queriam impor as suas vontades
e melhor pensou... boba de mim seria me deixar levar
pelo autoritarismo, pelo machismo e pela cabeça dos outros
quero mais é me divertir, me alegrar e ser feliz
e como já havia perdido tempo demais
decidiu que dali pra frente seu coracao é quem decidiria
os caminhos que a sua alma levaria
e seguiu em paz seu caminho
pois resolveu acordar pra vida
deu de ombros e nem olhou para traz
lá não teria nada de bom que valesse o retorno
e muito menos um olhar!!!