Textos curtos
A regra número um é que um mapa é inútil se não sabemos como orientá-lo corretamente. Em outras palavras, só podemos usar um mapa se o acompanharmos com uma bússola para nos dizer onde fica o norte. Quando nosso mapa está orientado, os pontos de referência se encaixam e começam a fazer sentido.
Essa sociedade não mudou nem um pouco. As pessoas que não se enquadram na aldeia são expulsas: homens que não caçam, mulheres que não têm filhos. Apesar de tudo o que falamos sobre a sociedade moderna e o individualismo, qualquer um que não tentar se encaixar pode esperar ser invadido, coagido e, por fim, banido da aldeia.
A gente não tem que aceitar tudo, por mais que nossos pais ou outras pessoas com mais experiência de vida digam o contrário, nós somos os construtores de nosso próprio caminho, ainda que alguém voluntariamente nos dê uma ajudinha aqui ou ali, mas é nosso, sumariamente nosso o trilhar nas tortuosas e intempestivas estradas que a vida nos reserva.
Não é prudente e nem sábio encarar as tempestades como se fossem somente alguns perigos pela frente, mas é sensato vê-la como uma possibilidade de renascimento, e mais profundamente ainda como um momento propício para sepultar o “eu” indesejável e decadente que existe dentro de cada um de nós.
E sem criar expectativas vou vivendo, esperando sempre a vida me surpreender pois aprendi com o tempo que a vida e assim, quanto mais expectativas criadas por nos mesmo, maiores as chances de termos decepções no futuro, por isso não crio nenhuma mais, apenas vou vivendo fazendo o meu, em busca de dias melhores.
É como explicar a uma pessoa por que você existe, por que sente dor ou por que sua realidade é diferente da realidade dela. Exceto que é ainda mais complicado do que isso. Porque a pessoa tem toda a história, política, literatura e cultura de massas do Ocidente ao seu lado, provando que você não existe.
O problema com o silêncio é que ele não pode falar e dizer por que está silencioso. E assim o silêncio se acumula, se amplificando, ganha vida fora de nossas intenções. Esse silêncio pode ser mal interpretado como indiferença, ou evasão, ou mesmo vergonha, e eventualmente ele se transforma em esquecimento.
Entre os vários ofícios que exercemos, o de maior relevancia, é em sermos o gari, ou o lixeiro. Correndo atrás dos lixos tóxicos, para jogá-los no caminhão da limpeza da alma, para que não haja acúmulo das imundície em nosso redor. Lixo, atrai ratos, baratas, mal cheiro. E principalmente , os porcos, que trazem consigo, doenças como inveja, maledicência, intrigas. Tudo isso, gerado , em consequência da nossa autorização, em deixarmos os porcos definir onde dispensar ou não os lixos diários que são acumulados na nossa porta
Há! O tempo... O tempo e seus caprichos. Há! O tempo. . Reservando_ nos encontros e desencontros. Há! O tempo. Tênue como os meridianos, mas avassalador como os maremotos. Há! O tempo. Intrépido em seu começo. Como uma brisa, passa e deixa em seu rastro, a certeza que a vida, sempre nós reserva um novo recomeço.
No mar bravio da vida, estamos propensos ao naufrágio se continuarmos olhando para as ondas. Estamos propensos ao naufrágio se continuarmos agarrando a algo, que apenas nós permiti respirar, ficar em pé por um pouco de tempo. Estamos libertos da tempestade, salvos, se segurarmos no Leme com mão firme e conduzirmos o barco da vida, com a força nata, que habita em nós, para além da tempestade. Após a tempestade, sempre haverá bonança, sempre haverá um arco_ Íris, sempre haverá um sol brilhando, sempre haverá brisa!
Se isso era a morte, então a morte era como apagar as luzes de uma casa grande; primeiro os cômodos mais distantes, depois a sala de jantar e a cozinha, e depois a sala de estar, e então, com a casa quase às escuras, há tempo para uma última olhada ao redor, um momento de despedida, talvez, para ver se tudo está em ordem; e então a luz final no corredor. A morte.
“Seria o homem capaz de sublimar seu pensamento diante da terrível e inexorável verdade tão propalada? A saber: diante de tantas pessoas que há no planeta, mais de 7 Bilhões delas, ainda assim, o que faz com que pensemos ser tão importantes para alguém senão pela ilusão afável e ingênua, quando menos, de observar e elucubrar tudo a partir de nosso vetor umbilical? Ademais, somos tão substituíveis e descartáveis quanto qualquer outro ser humano...”
Absolutamente a paz de espírito é uma personalidade atraente, entre agradável, quando está oprimido no ônus de viver acima das suas posses. E como alcança no mundo os pés acorrentados em dívidas, duvidas. Como quem vai alçar, avança. Sua vida é pouco mais que uma labuta animal. Enquanto preferir aplaudir as virtudes mais difíceis da perseverança e outras naturezas vista o fato difícil da energia correr, os raios gentis do sol notável poder da gentiliza. Pelo ônus de viver acima de suas posses.
"Na corrida da vida está em primeiro tem o seu valor, pois segundos, terceiros e subsequentes se preocupam com o que vem atrás (passado). O primeiro é o lider e, quem é líder de si mesmo não fica preso ao passado, pois está comprometido com o objetivo (futuro) a ser alcançado, focado no alvo que está a sua frente."
Uma pessoa não vira adulta ao conseguir emprego, ao aceitar que a vida pode ser entediante, e que fazer o que detestamos durante oito horas por dia é parte integrante da experiência humana, não, não tem nada a ver com trabalho, viramos adultos quando pessoas da nossa idade morrem de forma absolutamente estúpida e podemos contemplar, com a lucidez necessária, a fragilidade e o absurdo da vida.
Há algo a dizer sobe o céu noturno de São Paulo: é dos mais escuros possíveis. O brilho artificial da cidade oculta todas as estrelas do céu, enquanto a iluminação precária dos postes, suas luzes amareladas e caídas, dão a impressão de que, ao andar pelas ruas, você está procurando seu caminho por um mundo de sombras.
É possível alguém ter tanta fé assim na ciência?, ela se perguntou um dia. Na época, aos treze anos, ela ainda tinha algum resquício de fé em Deus, fazia o sinal da cruz ao passar em frentea uma igreja, imitando a avó, mas sentia que sua religiosidadeera apenas residual, algo de hábito, que nunca fora forte, nuncafora relevante, e logo desapareceria por completo. A questão era:quando finalmente abandonasse esses atos mínimos que a ligavam a uma religião, finalmente adotaria a frieza científica do pai?
Não é verdade que amigos verdadeiros não precisam de explicações. Somente as amizades rasas não se ressentem da falta de zelo. Amigos verdadeiros podem ser fiéis e dedicados como cães de guarda, mas sensíveis e carentes de cuidados na mesma proporção. Um mal-entendido pode magoar sutil e irremediavelmente, e quando se vê, não existe mais a presença, não existe o calor, a substância. Somente a forma, vazia e fria, ainda chamada de amizade.
Boas atitudes passam despercebidas todos os dias. Silenciar, ser discreto, evitar um conflito ou a maledicência são atos que deveriam ter o reconhecimento de todos, mas não é assim que ocorre. Por outro lado, a maldade, a grosseria e a mesquinhez chamam a atenção facilmente, e fazem parecer que existe menos bondade no mundo.
Uma grande pena não se puder colher o aprendizado em meio aos sorrisos, seria unir o útil ao agradável, mais não, de fato, ele somente se manifesta em meios as lágrimas, em meio a dor e a angústia justamente porque e agora que a presença dele permanecerá na forma de cicatrizes, que, diga-se de passagem, somente formam-se em meio a dor.